era uma vez…
um natal feito desgraça
tão sem graça
a meio gás
sem luz nem riso na praça
às ordens do capataz
sem se iluminar a noite
com tudo o que nos apraz
sem coragem que se afoite
por raiva
amor
ou objecto
de saber que se é capaz
de dar brado e colher eco
cada um sob o seu tecto
mas irmanados na paz
era uma vez…
um natal de tal vergonha
dessa coisa vil
medonha
de não erguermos a voz
contra mantos de negrume
ou solitário azedume
sem vontade que se arrume
por não sabermos de nós…
e tudo era o que só era
sem apurarmos porém
que o amanhã está à espera
do dia que já lá vem…
não fiques então à espera
pois quem espera desespera
seja cá
seja em Belém
talvez se unirmos a voz
um ao outro
sem temores
seja o Natal mais de nós
e não de um outro qualquer
mais nosso
com mais valores
e será de mais amores
sempre que um homem quiser.
- Jorge Castro... Sendo esta a mensagem de Natal que me apetece deixar a quem por aqui passar.
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O Carlos Viana acrescenta:
"Quem espera desespera
mas não tem que desesperar.
Essa coisa vil
medonha
de não erguermos a voz
contra vilões mil
um dia vai acabar.
Se unirmos a voz
o tal dia chegará
sem desespero
e o sol brilhará
para os menos ricos
para todos nós
e não para os mafarricos..."
Achei que devia partilhar esta prenda do Jorge Castro pelos meus amigos.
ResponderEliminarExcelente partilha, Paulo.
ResponderEliminarUm Natal com a esperança em dias mais risonhos,para todos e, em especial, para o amigo Jorge e família!
E fizeste muito bem!
ResponderEliminarUm Natal Feliz para o Jorge Castro e familia!
Com amigos assim, não há crise que nos derrube.
ResponderEliminarQuem espera desespera
ResponderEliminarmas não tem que desesperar.
Essa coisa vil
medonha
de não erguermos a voz
contra vilões mil
um dia vai acabar.
Se unirmos a voz
o tal dia chegará
sem desespero
e o sol brilhará
para os menos ricos
para todos nós
e não para os mafarricos...
Sãozita,
ResponderEliminarPartilhaste muito bem.
Para ti e para o Jorge Castro a minha partilha, desejando-vos um 2012 sem mafarricos.
Como se isso fosse possível! Mas, enfim, cá fica o desejo...
E vai de acrescento, que é destas interacções que a malta gosta.
ResponderEliminarAbre aço, Viana!
O Carlos dando cordel à sua poesia!
ResponderEliminarÉ assim mesmo CARAGO!
O Viana disse de sua justiça, nesta bela postagem.
ResponderEliminarPara todos vós o meu abraço ...
Na tal devia ser quando um homem quisesse... mas era bom, era...
ResponderEliminarUm Braço muito Grande.
ResponderEliminarTonito.
Grande Braço, Tonito!
ResponderEliminarAmizades,
ResponderEliminarAgradecendo e retribuindo os votos de boas festas, na certeza de que o novo ano de 2012 será tão melhor quanto dele melhor fizermos e tendo sempre presentes as palavras do poeta José Gomes Ferreira quando diz que «penso nos outros, logo existo».
Com um forte abraço,
Jorge Castro
É mesmo, OrQuita. Mas, quando sou eu que faço uma ferida, nessa altura também ponho "penso em mim".
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