sexta-feira, 15 de abril de 2011
A minha análise às agências de «rating»
E como escreveu o mestre Ricardo Araújo Pereira na sua crónica da «Visão» da semana passada:
"Seria justo que, ao lado de uma notícia que diz «Mercados consideram que o país está a um patamar do lixo», houvesse outra cuja manchete fosse: «Portugal tenta renegociar a dívida junto dos chulos»."
Entretanto, a São Rosas manda perguntar se "rating" é dar notas a ratinhas (de laboratório... não venha por aí o ginecologista a ratear-me).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Bem posso andar a tomar Fosgluten para manter a minha cultura campesina dentro do capacete, que cada vez estou mais ruralizado. Imagine-se que eu julgava que o chulo era o marido da chula. A Chula é uma dança e um cantar do Rancho Folclórico de Juncal do Campo. Por acaso os gajos dançam aquilo boé de bem. Mas não há nada como ter um amigo economista para nos abrir os olhos. Mas, entretanto, apareceu uma São Rosas a falar de ratas e de ratos e estou de novo baralhado. De ratas e ratos só conheço o RACOMIM, que é um veneno que se dá a cada rato numa colher de chá ao deitar. Se calhar os tipos dessas agências de "rating" é que precisavam desta iguaria...
ResponderEliminare elas andam todas por aí com as ratings à mostra...por isso,os chulos vieram...e para ficar como o Toyota!!!
ResponderEliminarA Chula, Quito... é o que mais por aí há: Chula da Educação, Chula da Saúde, Chula da Justiça, Chula da Banca, Chula da Política... é só danças...
ResponderEliminarMeus caros,
ResponderEliminarNós estamos desgraçados mas a culpa é sempre dos outros. Se são estrangeiros que estão em Portugal, a culpa é dos imigrantes mesmo que vão contribuir para a nossa economia como acontece aqui e que bem são acarinhados. Se são os ratings, são eles que vivem à nossa custa. O MFI é uma fatalidade. Nós é que além do que fizemos para trás até esta data e nem no fim fomos capaz de assinar um PEC, nem que lhe tivessem que fazer alterações para evitar o FMI. Em certos médias portugueses até dizem que a Europa é que pressionou Portugal, porque nós não precisavamos de pedir empréstimo. Para mim é natural pois quanto mais tarde, mais eles vão aguentar e mais nós vamos pagar. Mesmo que se tenha que passar um bocado, que fique resolvido para os nossos netos pois os filhos já vão pagar por causa dos responsáveis do nosso tempo.
Aí cada um fazia o que queria. Há perto de uns trinta anos na companhia aonde era vendedor, recebemos da sede em Lisboa um envelope com a papelada para um concurso público que tinha lugar três ou quatro semanas depois, para mobilar um edifício novo a umas dezenas de kilómetros nos arredores de Coimbra. Admirado de tal nos ter sido enviado, disse ao meu chefe que ia lá imediatamente cancelando todo o trabalho planificado para esse dia. Quando no dia seguinte de manhã entrei no escritório, o meu chefe preguntou-me se era qualquer coisa que valia a pena. Disse-lhe que sim, que os móveis já lá estavam porque o Sr. Primeiro Ministro ia inaugurar as instalações nesse fim de semana ou no próximo, pois já não estou absolutamente certo com os tempos . (Não indicarei o nome do PM pois não quero que isto seja levado para a política, quando tem a ver com toda a anarquia que Portugal tem vivido.) Ainda não tinha sido a entrega das propostas, nem abertura das mesmas e depois ainda haveria o prazo para entrega para quem ganhasse mas os móveis, já lá estavam.
Comecei a pensar: o PM saberia? – Talvez sim, talvez não. O problema que notei em Portugal no meu regresso foi que o "importante" não é o que está no topo, pois esse até vive muito bem "cercado" e sem fronteiras, muito bem isolado por vezes. Os importantes, são os que lidam com o importante e assim sucessivamente na escala. Resultado, tem-se feito muita coisa que tanto o importante como vários dos sub-importantes não sabem.
Quanto ao MFI e o PEC, faz-me lembrar a estória real daqui de uma economista que tem de ter um guarda livros para lhe fazer o orçamento mensal. O PEC ou outro nome que se queira dar, não fomos capazes de o executar. Vem o MFI já vamos ser, haja quem mande. Ao menos tem-se alguém a quem chamar nomes para ficarmos com a consciência nacional descansada.
Fiquei admirado com a saída do Otelo...
O que eu não consigo perceber - e penso que não se aprende nos cursos de gestão... - é porque é que são as ratinhas americanas a roer as calcinas da senhora Merkel.
ResponderEliminarE nós, coitadinhos de nós, a fingir que acreditamos que a Europa vai negociar connosco...
O senhor Poul Thomsen é que vai dizer como é que é.
Ainda estou para saber porque é que "vamos a votos".
A Troika que nos vai governar já está eleita, sem campanha eleitoral já ganharam.
Não são chulos.
São vampiros.
Ou melhor, ou pior, são abutres...
O Chico tem razão: nós, portugueses, somos ingovernáveis. O Miguel Sousa Tavares há dias perguntou: "será que há ainda algum louco que nos queira governar?"
ResponderEliminarÉ complicado, porque queremos sempre sol na eira e chuva no nabal. Depois, queixamo-nos de termos apanhado um escaldão do sol... e de nos terem enfiado um nabo no cu.
Bastonário dos advogados admirado com os portugueses que ainda votam
ResponderEliminarMarinho e Pinto incita a “uma greve à democracia”
16.04.2011 - 09:12 Por PÚBLICO
António Marinho e Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados, incita os portugueses a uma espécie de “greve à democracia” nas eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho, frisando que não compreende como é que os portugueses ainda votam.
Começa a ser muito preocupante:
Há meses do lado da direita a Manuele Ferreira Leite dizia que talvez fosse necessário "suspender a democracia"
Agora à esquerda aparece o Dr Marinho e Pinto a dizer para se fazer "greve à Democracia"!!!!
Carlos Viana
ResponderEliminarEstou absolutamente de acordo contigo. Infelizmente os chulos foram de facto os nossos políticos enquanto que classe política, pois individualmente há lá boa gente: andaram todo este tempo a viver de dinheiro dado pelos europeus como foi ao princípio, depois do que veio emprestado da Europa e por isso ela não está disposta a entrar com mais. Que vão chular para outro lado.
Vampiro ou abutre, o FMI é isso tudo ou mesmo pior e de que maneira mas se temos políticos que com a sua cega altivez preferiram esta situação do que assinar o PEC ou outro documento similar, o crime está nos nossos políticos que não tiveram o mínimo respeito pelos que os elegeram. A realidade é bem a que apontaste: o Poul é que vai ditar o que fazer e os nossos políticos vão continuar a mostrar aos seus beija-mãos que até "sabem" governar!
Quanto aos nossos políticos enquanto que classe, não merecem o mínimo respeito daqueles que não respeitaram.
Rafael
ResponderEliminarA nossa mentalidade é a que saíu no week leaks: sabemos que somos enganados mas gostamos! - Vá lá a gente compreender.
Até o Otelo já vai mais longe do que nós. Espero que não queira fazer outro golpe de estado de sentido inverso. Eu já cá estou fora.
Já uma vez comecei a contar o que aconteceu aqui com a exploração dos poços dos gazes de xisto.
As pessoa destes lados ao verem que começaram a abrir poços ao pé das casas deles, aproveitaram-se das redes de comunicação sociais à nossa disposição e entraram em contacto com residentes de Alberta e Estados Unidos, aonde se faz a exploração do petróleo. Eles disseram o que se passava no local: que havia fugas, os terrenos desfeitos, tinham que abandonar as casas por batuta e meia, etc, etc. Alberta que era o celeiro de trigo do mundo sempre a abastecer o Canada e a socorrer a Russia, hoje é o Canada que importa o trigo. Bem, quando um dos dois meninos bonitos e neste caso até herói do Quebec na tempestade de gêlo lhes foi explicar como iria ser no futuro, trataram-no tão mal nas três reuniões porque as restantes já não as fizeram, sem lhe tocarem, que o senhor deu-lhe um ataquezito e foi com o "fanico" para o hospital. O governo ao ver que podia haver um descontrole nomeou logo serviços independentes do MAP para fazerem um estudo mais aprofundado, uma vez que as pessoas não estavam contra a exploração de uma tal riqueza mas sim contra a forma.
Ao aperceber-se que o relatório do MAP não viria a ser favorável de todo, o governo antecipou-se e apresentou de imediato "desculpas públicas" por não ter feito estudos mais aprofundados!!!!! – Até parecem os nossos políticos – Veio o relatório do MAP e descrevia que é uma quantidade tão grande que há debaixo deste solo que tem que ser explorado, só que de forma segura e para isso precisa de fazer mais estudos. Ao ver isto, o governo suspendeu todas as futuras autorizações de exploração e determinou uma verificação apertada às exigentes. Bem, mandou selar dois poços.
Todos sabemos o que aconteceu no golfo do México e até sabemos que é provável haver mais casos pois parece que há para lá muitos problemas. Já alguma vez se viu os EU, Inglaterra, a China, a Russia, os Árabes fecharem um poço de petróleo?!!!!!! Só aqui, mas fizeram-no porque mesmo aonde a ordem e o respeito é de base, há sempre o perigo nem que seja hipotectico do poder na rua, o maior perigo de todo aquele que enveredou pela carreira política.
Aí, andamos com eles nas mãos e depois de tudo o que estamos a ver damos-lhes a absolvição e a culpa é dos outros mininos.
Quando é que a nossa população lhes mostra que o tempo de brincarem com o dinheiro dos outros acabou? Se não fôsse o BCE já nem pagavam ordenados aos trabalhadores públicos.
Olhe, dê mais uma bombo com rancor.
Um abraço.
Fui esta tarde ouvir o Dr. Jaime Ramos no lançamento do seu livro: «Não basta mudar as Moscas», com os professores Manuel Porto, José Reis e Barbosa de Melo.
ResponderEliminarÉ um livro muito interessante sobre o estado do país. E adorei o antetítulo: "Lisboa, amante cara de um país pobre".
Quando fui pedir um autógrafo no livro que comprei, perguntei se a colecção ("Passos Perdidos") se referia a Passos... de Coelho.
ihihihihih
E o Dr. Jaime Ramos mostrou-me estar bem atento: - Então a sua colecção sempre vai para as Caldas da Rainha?
- Dr., não acredite em tudo o que lê nos jornais.
Paulo Moura
ResponderEliminarA situação é a tal nível da nossa classe política que infelizmente seria bom para Portugal que o FMI aí ficasse por um longo tempo. Caso contrário, quando começarem a ver que o dinheiro lhes vai voltar às mãos, começam todos a saber a melhor aplicação do dinheiro que não lhes pertence, mais vinte ou trinta anos e lá vão andar na mesma. Com um tempo longo, quando tudo voltasse ao normal, já seriam os filhos mais novos dos mais novos da nossa época ou talvez mesmo os netos a serem políticos e aí, talvez a mentalidade já fôsse outra.
Para ser possível ver como viver num país pode ser fácil, publiquei ontem no meu blogue, o artigo "Eleições" sobre o assunto. Quem quizer ver é só clicar no:Aaaqui.
Áqueles que forem ler, não fiquem a pensar que é fácil uma aldrabice. É a mesma base que se uma pessoa vir um crime, chamar a polícia ou tirar uma fotografia e enviá-la pela net pedindo sigilo, jamais vai ser incomodado. Nem o resultado sabe a não ser que seja pelos médias mas o criminoso é apanhado.
Assim as mesas de voto também têm dados suficientes para verificarem com certas perguntas a identificação da pessoa. O responsável do gabinete de voto devidamente investido, pode dar voz de prisão. O vigarista sai algemado.
Nos dois últimos casos, os políticos criaram condições para que o governo em vigor não se demita das suas funções.
Por outro lado com sistemas destes, o cidadão comum não nota o que se passa e como tal sente-se livre e vive descontraído.
Quanto ao Dr. Jaime Ramos, aplicaria a célebre frase: "boa malha".
No comentário acima aonde se lê funções, leia-se: obrigações. As minhas desculpas.
ResponderEliminarNão PM "os passos ...perdiddos foram os que foram mal dados há uns anos a esta parte!!!
ResponderEliminarFicámos com as solas rôtas!!!!
...e com as calças na mão!!!!
Toma!
Rafael
ResponderEliminarQuando a São Rosas ler o seu comentário vai achá-lo muito erótico.
Rafaelito, já me conheces há tanto tempo que porventura até já te esqueceste que eu não tenho partido nem sequer consigo ser simpatizante de qualquer partido.
ResponderEliminarIsso sempre me inibiu, como sabes, de fazer comentários sobre política. A São Rosas é que me dá muito jeito, para mudar de temática para coisas bem mais interessantes... mas ultimamente tenho-me baldado a esse princípio que os meus pais e a minha avó desde sempre me incutiram: "a tua política deve ser a política do trabalho". Precisamente porque ouço tantas baboseiras que não consigo ficar calado.
O Passos está Perdido, não duvides. Só um surdo (OK, OK, esta foi forte) não ouve as incoerências dele, as mudanças de discurso, os pés que ele põe na poça (ou "no pote"). O PSD está, desde há muitos anos, um partido de tachos, de compadrios,... tal como o PS.
O buraco em que estamos metidos foi obra do (des)governo actual? Ó rapaz, olha que a política do betão vem dos tempos do Cavaco. E até dá a impressão que o BPN, principal sorvedouro dos nossos impostos dos anos mais recentes, não é um banco com tentáculos no PSD.
Lamento dizer-te, Rafaelito, mas confio tanto no PSD como no PS: nada! Zero! Népias! Como já escrevi várias vezes nas últimas semanas no meu blog («Persuacção»), PS e PSD têm sido, nas últimas décadas, um par a dançar o Vira: "Ora agora viras tu, ora agora vivo eu, ora agora viras tu, viras tu mais eu".
E tu bem sabes que eu não tenho jeitinho nenhum para danças... nem aceito que me dêem bailinho.
Acabo de ler o último comentário do Paulo Moura e lembrei-me da minha vida. Eu conheci a nossa ditadura de direita, a supra ditadura de esquerda em Moçambique que hoje até parece que nem existiu para bem daquele povo, a democracia portuguesa e a democracia que se pratica no Quebec. Pondo de parte as ditaduras que não interessam a ninguém, ainda não encontrei melhor que a democracia se bem que tem que evoluir, como é normal. O único problema que noto é o que a juventude para os seus trinta anos daqui e portanto políticos de topo de amanhã, começa a dizer que ao utilizar-se a direita ou esquerda para defenições do que quer que seja, mais não se está que a dividir o povo e portanto pronto a ficar nas mãos de uns tantos. Por outro lado há aqui a noção que no meu caso Portugal e no de outros a Espanha, mesmo de um ministro de língua francesa desta terra que acaba de lá passar um ano com a mulher e filhos, Joseph Facal , na Península Ibérica as pessoa têm posições altamente radicais que a nada pode levar de bom. Neste lado o partido de que Joseph Facal faz parte é independentista e mesmo esse partido muito aguerrido, nos nossos dias não toma posições tão extremas como se vê aí.
ResponderEliminarSinceramente, com o que aprendi por experiência própria, leio de todos mas não sou de nenhum dos lados e muito menos dos partidos. Quando falo ou escrevo penso o que é bom para o ser humano que até pode fazer parte de um núcleo social e mesmo de um país.
Chico, os partidos sempre me fizeram confusão. Desde o 25 de Abril de 1974, que me apanhou num colégio em Belmonte, nunca me identifiquei com os pensamentos condicionados com que via (e vejo) quem pertence a um partido.
ResponderEliminarAliás, o mesmo acontece com os clubes de futebol. A melhor coisa que me podia acontecer foi quando assumi que era e sou da Académica: ninguém me chateia e posso comentar livremente o que vejo de bom e de mau em todos os clubes (inclusivamente a própria Académica). Se um dia houver um partido como a Académica, filio-me.
Carais!
ResponderEliminarChiça!
O meu querido amigo Paulo Moura dá-me pano para muitas mangas. Mas, não as vou desenrolar aqui.
Vou dar um salto até Genebra, voltarei dentro de uma semana.
Prometo, e isto é uma ameaça, voltar ao assunto.
Mas extra-blogue!
Por favor, não arranquem os últimos cabelitos ao nosso Rafaelito, vulgo Dom Rafael, o Castelão.
Vai lá descansado que nós ao Rafaelito só damos miminhos.
ResponderEliminarBoa viagem, rapaz!
Fazes muito bem em ir até á Suiça!
ResponderEliminarO ar lá está muito mais desanuviado!
também gostava de ir á Suiça...esteve marcado, mas desmarcado e substituido por outras paragens!
Fica para a próxima...se ainda hover uma próxima!
Divirtam-se, matem saudades e dá um grande abraço ao Carlos Alberto!
Quanto ao resto...já percebi que tenho de ler, ouvir(mal) e...CALAR!
É o mais sensato!
Pronto, Rafaelito, entendi-te. Também me calo.
ResponderEliminar