quarta-feira, 31 de julho de 2013

Passatempo para caloiros - qual é o número da porta do Hotel Astória? E uma história de bónus!

Deve ter sido das primeiras perguntas sobre Coimbra que me fizeram, quando passávamos em frente ao Hotel Astória, na Avenida Emídio Navarro.
Não consegui responder logo... mas no dia seguinte voltei lá e descobri. Qual é o endereço do Hotel Astória?
Avenida Emídio Navarro, nº...?


E deixo-vos uma história de bónus, que também me contaram quando cheguei a Coimbra. Se é verdade ou lenda, não sei. Mas, como dizem os italianos (e eles sabem dizê-lo tão bem) "Si non è vero è ben trovato".
Quem chega hoje a Coimbra vê a cúpula redonda, do topo virado para o Largo da Portagem, com a cor preta. Mas só foi assim depois de uma remodelação recente (em 2002). Até então, a cúpula era castanha...


... como muitos certamente se relembrarão e se pode ver neste postal:


Pelo que me contaram, as obras do Hotel Astória demoraram bem mais do que estava planeado. Quando estavam praticamente concluídas, o arquitecto responsável pelas obras terá ido passar uns dias de repouso no Buçaco, mas tendo o cuidado de deixar instruções para todos os detalhes que faltava concluir. Só que ter-lhe-ão telefonado, pedindo desculpas pela interrupção do merecido descanso:
- Senhor arquitecto, de que cor é para ficar a cúpula?
E ele terá respondido, revoltado pela interrupção do descanso que achava tão merecido:
- Olhe, da cor da merda!
________________________________________________________
Para uma aula de "Hastória" (inventei agora, para História do Hotel Astória), recomendo que vejam esta página, do blog «Restos de Colecção».

Resposta:
Como toda a maltinha de Coimbra sabe de ginjeira, o número é o "21", inscrito na placa do nome do Hotel, a fazer o "A" de "Astória":


28 comentários:

  1. Sei mas não digo.
    Tonito.

    ResponderEliminar
  2. O Tonito sabe e eu também sei que é mesmo número da famosa casa de meninas da Rua Direita conhecida com o nome de VINTE E UM.

    ResponderEliminar
  3. Ora está escrito na placa...
    O 21 era a casa das meninas diz quem sabe.Esta aprendi agorinha....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mas acompanhei toda a leitura que recomendaste.
      Assim é que se educa!

      Eliminar
    2. Vocês comigo não aprendem nada... mas as coisas que eu aprendo convosco... meu Eros... se a minha Mãe soubesse...

      Eliminar
  4. O Hotel é o 21, mas o 16 da Rua Direita tinha material bem mais interessante!!!...

    ResponderEliminar
  5. Está tudo contadinho, o 21 do Hotel e o outro da Rua Direita!Nunca ninguém se enganou na porta!
    Resto da colecção vale a pena ver.Interessante!

    ResponderEliminar
  6. Vocês são caloiros muito estudiosos. Lindos meninos... e mais lindas meninas.
    Vou lá pôr o detalhe da placa.

    ResponderEliminar
  7. No 21 vivia a menina Rosa, que veio de Braga para fazer a época. Um dia bebi lá uma ginginha com um amigo que me acompanhava. Bebemos a ginginha e partimos. Nada de pensamentos pardos ...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Quando foi a minha inspecção militar, eu já estava a estudar em Coimbra. Fui o único que não fui a essa rua, cumprir a tradição.

      Eliminar
    2. Essa da menina Rosa...foge-te a chinela para o pé!!!!Ou será a chinela que foge do pé?

      Eliminar
    3. E que tal foi a inspecção?Ficaste adiado!

      Eliminar
    4. Apto para todo o serviço...

      Eliminar
  8. Pois, agora disfarça, para logo não levares como rolo da massa na cabeça, lá em casa ...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, sim, eu é que estou a disfarçar... a beber ginjinha...

      Eliminar
  9. E eu continuo aprendendo convosco, mesmo estando cá tão longe...

    ResponderEliminar
  10. Tanto o Quito como a São Rosas, são dois tangas que inventam muito bem!
    Quando o Quito fez 16 anos, idade mínima com que se podia rondar por aquelas bandas, já aquilo tinha fechado há uns 6 ou 7 anos. Quando a São Rosas fez 16 anos... façam as contas mas até já foi depois do 25 de Abril... onde é que isso vai!!!... Já nem este governo se lembra do 25 de Abril, quanto mais!...

    ResponderEliminar
  11. A Rua Direita continuo e continua aberta
    Os negocios foram tranferidos, mais promissores do que nunca, dos primeiros andares para os res do chao

    ResponderEliminar
  12. E rata: ( aqui, com toda a propriedade )

    Continuo - continuou

    ResponderEliminar
  13. Minha querida São Rosas, eu não sei se toda a "maltinha de Coimbra sabe de ginjeira"...
    Sei que o passatempo foi muito bem apanhado e que nos divertiu imenso.
    Depois... tudo de "abardinou" nos comentários. Eu sei que tu nem gostas destas confusões mas se até o ginecologista de serviço se meteu nelas! Que fazer? Paciência, há que os aturar!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Temos que ser todos uns santos, para aguentarmos tantos demónios.

      Eliminar
  14. Só agora vi este post sobre o Hotel Astória depois de ter andado por outras andanças.
    A propósito deste hotel surgiu no Grupo Penedo da Saudade do FB a questão de saber o porquê da estátua desaparecida da sua cúpula frontal e, a propósito desta questão, postei parte do mail que sobre o assunto remeti à Gerência do Hotel, sem resposta até ao momento (também não voltei a insistir).

    É sobre este assunto que transcrevo parte do mail que enviei:

    Procurei investigar o assunto e por consulta do link, http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2011/09/hotel-astoria-em-coimbra.html, cheguei à conclusão:

    O edifício do “Hotel Astória”, em Coimbra foi mandado construir pela Companhia de Seguros "A Nacional", entre 1915 e 1919 sob o projeto do arquitecto Adães Bermudes, que já tinha sido o responsável pela Agência do Banco de Portugal de Coimbra em 1907.
    Tinha como emblema a estátua “O génio da Independência” cujo original se pode observar no pedestal do monumento aos Restauradores, em Lisboa, da autoria do escultor Alberto Nunes.

    A estátua que existia no Hotel Astória era o símbolo da Companhia de Seguros “A Nacional”

    Em 1925 este edifício foi arrendado ao empresário Alexandre de Almeida, que ficou responsável pela conclusão do seu interior e adaptação à industria hoteleira, de acordo com o projeto do arquitecto portuense Francisco de Oliveira Ferreira. O contrato tinha o prazo de 19 anos a partir de 1 de Janeiro de 1926, e o valor da renda mensal era de 4 mil escudos. A Companhia de Seguros "A Nacional" ficou com três divisões no 1º andar para funcionamento da sua agência..

    Mas uma dúvida surge a partir da publicação da Portaria 224/2011 (DR 2ªSérie Nº12-18Jan2011) em que o IGESPAR, ao classificar o Hotel Astória de Coimbra como monumento de interesse público, atribui o projeto ao arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira, com data de 1925, obra de 1929, tendo sido fundado por Alexandre Almeida, criador da cadeia de Hotéis Alexandre Almeida Lª.

    As questões que se levantam é a de saber:

    1º Se está ou não correta a informação constante no link acima indicado;

    2º Sendo a referida estátua o emblema da Companhia de Seguros "A Nacional", foi retirada quando a Seguradora deixou de ter escritórios no Hotel Astória ou quando este passou para a propriedade plena de Hoteis Alexandre Almeida? Em que data foi retirada?

    3º Se a referida estátua, de que não se tem indicação de que material seria feita, foi destruída ou foi colocada em outro local.

    Sendo o Hotel Astória um hotel de referência Nacional e um icon que prestigia a Cidade de Coimbra, não poderíamos ser indiferente à curiosidade de aprofundar o porquê do ser das coisas refletindo e olhando para esta cidade com olhos de ver o que a cidade é hoje e aquilo que foi.
    Ao trazermos à discussão pormenores da história do Hotel Astória naturalmente trazemos para o espaço da Internet a divulgação e o interesse patrimonial dum Hotel tão prestigiado.

    Abraços
    Abílio

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Agora que falas nisso, nem tinha reparado mas de facto havia lá em cima uma estátua.

      Eliminar