Calculo que tenha mais de cem anos esta fotografia. E fico admirado por me parecer que a traça urbanistica era praticamente igual à do tempo actual, com a excepção da rua que cedeu ( e ainda bem ) o seu espaço total aos peões.
Esta é a primeira de uma série de 5 que me enviou o Fernando Gaspar.Provávelmente já haverá alguns de vós que as conhece. Todavia achei que são fotos duma Coimbra Antiquíssima(como o Fernando lhe chama),que se gosta sempre de rever.
Se não fosse a charrette, o carrinho de mão e os passantes com os seus trajes da época, poderíamos imaginar a Ferreira Borges, aqui a alguns anos atàs, sobretudo no que se refere ao movimento! Hoje em dia as pessoas escasseiam e o desânimo dos logistas é total, as lojas porta sim, porta não, estão fechadas e a Baixa que outrora foi um ponto de referência...está moribunda, direi mesmo...morta. Chamam-lhe evolução dos tempos!!! Talvez, mas que é triste é! Quem te viu e quem te vê.....
Vislumbrei agora a bonita casa de estilo Manuelino, no principio da Rua Corpo de Deus, que muitas recordações me traz. Foi aí que o meus Avós paternos, o meu Pai e o meu Tio viveram, foi aí, que o meu Avô exerceu o seu cargo de Embaixador do Brasil, enquanto existiu embaixada em Coimbra e também foi aí que tinha o seu consultório médico, onde por várias vezes fui levada pela minha Mãe, teria eu uns quatro anos, quase em estado de sofôco, pois tinha o "vicío" de meter nas narinas, tudo o que me viesse à mão. Tinha uma especial predileccção pelos "bás", borbotos que ao longo da noite ía tirando do cobertor e pelas sardinheiras(flor),que eu adorava esborrachar e enfiar no nariz. Penso que alguns feijões também por lá andaram e o mais engraçado é que me lembro perfeitamente de tudo... Recordações de uma distante, mas feliz infância! Falta-me dizer que o meu Avô era otorrinolaringologista.(ufa, que cansaço)!
Na fotografia estão os motivos da actual degradação. Todas aquelas casas eram habitadas.As lojas eram o comércio de proximidade.Este mudou-se para a proximidade dos actuais polos de habitação. O problema do comércio da Baixa,a meu ver,não é o dos horários dos hiper-mercados.É o da falta de residentes,de moradores,com todos os problemas de segurança inerentes a uma zona urbana deserta. A Baixa só funciona,e mal,no horário da Câmara. A Baixa e quase todas as zonas da cidade velha. Esta a minha opinião.
Calculo que tenha mais de cem anos esta fotografia.
ResponderEliminarE fico admirado por me parecer que a traça urbanistica era praticamente igual à do tempo actual, com a excepção da rua que cedeu ( e ainda bem ) o seu espaço total aos peões.
Esta é uma excelente foto. O pormenor da carroça de cavalos, o cavalheiro de chapéu e bengala ...
ResponderEliminarRomantismo de outras épocas...
Esta é a primeira de uma série de 5 que me enviou o Fernando Gaspar.Provávelmente já haverá alguns de vós que as conhece.
ResponderEliminarTodavia achei que são fotos duma Coimbra Antiquíssima(como o Fernando lhe chama),que se gosta sempre de rever.
Se não fosse a charrette, o carrinho de mão e os passantes com os seus trajes da época, poderíamos imaginar a Ferreira Borges, aqui a alguns anos atàs, sobretudo no que se refere ao movimento! Hoje em dia as pessoas escasseiam e o desânimo dos logistas é total, as lojas porta sim, porta não, estão fechadas e a Baixa que outrora foi um ponto de referência...está moribunda, direi mesmo...morta.
ResponderEliminarChamam-lhe evolução dos tempos!!! Talvez, mas que é triste é! Quem te viu e quem te vê.....
Vislumbrei agora a bonita casa de estilo Manuelino, no principio da Rua Corpo de Deus, que muitas recordações me traz. Foi aí que o meus Avós paternos, o meu Pai e o meu Tio viveram, foi aí, que o meu Avô exerceu o seu cargo de Embaixador do Brasil, enquanto existiu embaixada em Coimbra e também foi aí que tinha o seu consultório médico, onde por várias vezes fui levada pela minha Mãe, teria eu uns quatro anos, quase em estado de sofôco, pois tinha o "vicío" de meter nas narinas, tudo o que me viesse à mão. Tinha uma especial predileccção pelos "bás", borbotos que ao longo da noite ía tirando do cobertor e pelas sardinheiras(flor),que eu adorava esborrachar e enfiar no nariz. Penso que alguns feijões também por lá andaram e o mais engraçado é que me lembro perfeitamente de tudo...
ResponderEliminarRecordações de uma distante, mas feliz infância!
Falta-me dizer que o meu Avô era otorrinolaringologista.(ufa, que cansaço)!
Na fotografia estão os motivos da actual degradação.
ResponderEliminarTodas aquelas casas eram habitadas.As lojas eram o comércio de proximidade.Este mudou-se para a proximidade dos actuais polos de habitação.
O problema do comércio da Baixa,a meu ver,não é o dos horários dos hiper-mercados.É o da falta de residentes,de moradores,com todos os problemas de segurança inerentes a uma zona urbana deserta.
A Baixa só funciona,e mal,no horário da Câmara.
A Baixa e quase todas as zonas da cidade velha.
Esta a minha opinião.
Lindo e concordo com o Rui Lucas...
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