sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

NOTÍCIAS DE COIMBRA

Manuel Rocha operado nos HUC

Director do Conservatório
agredido na Estação Velha

Por não ter lume, o director do Conservatório de Música de Coimbra foi, anteontem à noite, por volta das 20h00, «violentamente» agredido na Estação Velha
ESTA ERA A NOTÍCIA NO DIÁRIO DE COIMBRA

RUI PATO NO FACEBOOK ESCREVEU

Rui Pato
Estou chocadíssimo! O Manel Rocha é dos melhores seres humanos que conheço. Oxalá se recupere e que esses facínoras sejam apanhados.

PAULO MOURA REMETENOS, EM COMENTÁRIO PARA O ARTIGO DO PROF MANUEL ROCHA


"ENCONTRO DE GERAÇÕES" ENTENDE QUE DEVE TAMBÉM DAR RELEVO A ESTE ARTIGO!


Estou vivo e não quero ter medo de ir a Coimbra-B
.por Manuel Rocha a quinta-feira, 27 de Janeiro de 2011 às 2:44.Queridos amigos! Boletim clínico: fractura do perónio e lesão na articulação da perna direita; escoriações muito ligeiras; sem mais lesões físicas ou morais; sono profundo e descansado. Descrição da ocorrência: abordagem por marginal à entrada da estação de Coimbra-B; impedimento, pelo dito, de fecho da porta do automóvel; reacção enérgica, minha, à prepotência do marginal; agressão primeira sob a forma de pontapé; reacção enérgica, minha, saindo do carro para desimpedir a via pública (revelando excesso de visionamento de séries norte-americanas nas quais o "bom" ganha sempre); confronto físico de exagerada proximidade; intervenção do resto da alcateia colocando-me em inferioridade numérica e física seguida de manobra de elemento feminino (demonstrativo de elevado profissionalismo) de inutilização do membro acima referido; pausa para retirar os feridos do campo de batalha (eu). Análise de conteúdo: não se tratou de violência étnica - os bandidos são bandidos seja qual for a característica dos indivíduos. A atitude demissionária e de assobiar para o ar de quem presenciou a ocorrência, não pode ser justificada pelo medo (característica, como é sabido, de quem tem cú), ou não faria sentido evocar esse pilar da civilização ocidental que é o amor ao próximo. Moral da história: há que lutar pela criação de condições que reduzam os caldos de cultura da marginalidade; há que reprimir sem contemplações e com máxima contundência os assomos de marginalidade; há que denunciar a atitude que produz "Solidariedade sim, mas só se for a do Banco Alimentar contra a fome". Tenho a perna partida, é certo. Mas desta vão tratar os profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Quem vai tratar da violência criminosa dos marginais e da criminosa (por omissão) passividade dos cidadãos cumpridores? Grande abraço de gratidão pela vossa amizade

8 comentários:

  1. Rui Pato diz o que é uma evidência para quem conhece o Manuel Pires Rocha. É um ser humano extraordinário.
    Quem o não conhece ficará, lendo o artigo acima, imediatamente a perceber que assim é.
    Ao declarar a absolvição de todas as etnias, condenando todos os bandidos, diz tudo!
    Ou, melhor, quase tudo. Também não perdoa àqueles que "assobiam para o lado", indiferentes à necessária solidariedade para com o seu semelhante.
    Porque para ele, que durante toda a sua vida tem sido solidário com os mais fracos, activamente solidário, seria impensável fingir que não via o que estava a ver.
    Parece-me vê-lo mais revoltado com aqueles que, "por omissão", não exercem os seus deveres de cidadania do que com os selvagens que o molestaram.
    Porque, como bem diz, criminoso é criminoso seja qual for a sua etnia. A solução para combater a marginalidade está na criação de soluções sociais que reduzam o caldo de cultura que a alimenta.
    Quanto aos outros criminosos, àqueles que impávidos e serenos deixaram que um seu semelhante fosse espancado sem mexerem uma palha para o impedir, apenas me apetece dizer que me enoja tanta cobardia.
    Se os primeiros forem, como bem esperamos, julgados e severamente condenados pela selvajaria cometida, ainda ficarão outros criminosos por julgar porque não há nenhuma lei que condene a falta de solidariedade humana.
    Para o meu querido amigo Manuel fica o meu grande abraço solidário.
    Nada mais posso fazer por ti, a não ser dizer-te que estou feliz pelo "caldo de cultura" que ajudou a criar o ser humano extraordinário que és.
    Manelito, força. Recupera rápido porque tens muito que fazer na vida...

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  2. Este triste acontecimento também me chocou e denota bem o estado de miséria social que a Sociedade actual criou.
    Nao me posso exprimir sobre o que se passa em Portugal porque vivo em França mas aqui, vive-se exactamente o mesmo fenomeno.Com o corte de funcionàrios publicos nas administraçoes, constata-se uma diminuiçao de policiamento urbano e subsequente aumento da violência.
    As taxas crescentes do desemprego vieram alimentar as estatisticas de roubos e outros ataques à vida privada das pessoas!Ontem em Marselha, um jovem provocou a morte duma idosa, ao retirar-lhe a carteira, ao volante do scooter que conduzia!
    Mas um dos maiores flagelos que atravessa o Pais, é a liberdade dada pelos Tribunais a criminosos, que em troca duma falsa boa postura prisional, se vêem postos cà fora, aptos a cometerem novos crimes!!!Foi o que aconteceu no principio do mês na Bretanha. Um individuo, jà condenado 15 vezes por atentados sexuais, veio para a rua e matou uma jovem de 21 anos (depois de a ter violado)!!!Como é possivel que isto possa acontecer no século XXI? As leis existem mas hà uma enorme responsabilidade judicial em tudo isto!!!

    Resta-me desejar ao Prof.Manuel Rocha, uma ràpida convalescença e afirmar-lhe a minha profunda solidariedade.

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  3. Ao Professor Manuel Rocha, que não conheço, manifesto a minha profunda solidariedade.E o meu repúdio por este acto bárbaro. O que escreveu, diz bem do seu estatuto e craveira de cidadão.
    Um rápido restabelecimento.
    Afinal, quem tem a obrigação de proteger os cidadãos ?

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  4. Há uma espécie de lei da selva que vai alastrando e gangrenando a sociedade tolerante e solidária que nós os mais velhos ainda vivemos.
    De facto, a criminalidade, que sempre existiu em todos os tempos, hoje vive na impunidade e esse é o mal maior.
    Porque a legitima repressão do Estado não é exercida.
    Porque a prevenção só existe em leis piedosas que mais não servem senão para aliviar consciências.
    Porque o egoismo individual e colectivo destruiu a solidariedade e ajuda às vitimas.
    E este egoismo, visivel na falta dessa solidariedade, não existe só em casos de gratuita criminalidade.
    Ele tem vindo a solidificar-se em todas as vertentes da vida em sociedade, na profissao, nos transportes, na falta de convivio entre vizinhos,na competição selvagem na ascensão social,pisando-se o companheiro para melhor subir na escala dos falsos valores com que o neoliberalismo foi formatando a sociedade.
    Hoje, são os proprios poderes instituidos a valorizarem os criterios economicistas em detrimentos dos criterios sociais e da educação.

    As rápidas melhoras ao Prof. Manuel Rocha

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  5. As melhoras para Manuel Rocha!
    Justiça para quem agrediu e para quem "ficou
    distraido"no momento em que devia AGIR com
    solidariedade...
    Solidariedade não é ver é sentir!

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  6. Manel,querido Amigo,
    já ontem me manifestei no facebook, face à barbaridade que te aconteceu, pois só ontem tivemos conhecimento, mas não quero deixar de também dizer algumas palavras aqui no blog, porque todos ficámos decepcionados tanto pela forma como aconteceu, como pela passividade dos cidadãos que ao presenciarem tamanha selvajaria,
    ficaram indiferentes, como nada se passasse.O resultado, a perna partida,é um atraso de vida para quem como tu, tem tanto para dar, mas vais ficar bom e com uma péssima lição de civismo para recordar! Beijinhos e as melhoras.

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  7. Enoja ver aquela cambada de heróis,cujas façanhas somos forçados a ouvir,ficarem calados e sossegados que nem ratos.
    Se fosse apenas um o assaltante,aquela cambada caía-lhe em cima e vinha mostrar o troféu.Assim,limitou-se a não ver nem ouvir para não se meter em sarilhos.

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  8. Não conheço pessoalmente o prof. Manuel Rocha mas pelo que escreveu não há dúvidas que é uma pessoa com um fundo moral inabitual nos tempos que correm e só lhe posso desejar rápidas melhoras. Lê-lo foi uma lição de humanismo.
    Se esse caso tivesse lugar aqui, tinha saído em todos os médias e intervestariam o porta-voz da polícia que bateria sempre nas mesmas teclas: dar o que nos pedem com uma franqueza total, fixar bem a cara de um dos agressores pelo menos, mas jamais discutir. Aqui discutir sai caro: punhaladas ou uns tiros. Aí vai ser uma questão de tempo. Quanto aos mirones, é inaceitável sobre todos os aspectos. Nos anos 1980, a padeira que vinha distribuir o pão a minha casa foi protognista de uma assalto. Chamou a polícia e teve que ir a tribunal como testemunha. O advogado da parte contrária tentou de tal maneira descreditá-la, que ela sentiu a sua dignidade tocada e nos disse que jamais o voltaria a fazer, qualquer que fôsse o motivo. Foi esse o louvor de um excelente acto cívico. Aqui, chama-se a polícia e informa-se que não desejamos ser nomeados; jamais se verá um polícia ou advogado à nossa frente. O resto, é um trabalho dos inspectores da polícia pois são eles os profissionais no campo. Em casos como este, há quase sempre um ou outro que disfarçadamente até tira fotografias com os telemóveis, enviando-as depois por email para a polícia sem jamais serem incomodados. Se essa lei ainda está em vigor, não desculpando a atitude dos mirones que foi inaceitável, a responsabilidade é dos nosso políticos. Uma lei pode ser sempre discutível no seu fundamente e na sua execução técnica pois há sempre quem defenda o contrário mas neste caso, faz uma diferença muito grande na prática. Caso contrário, não interssa o que pensamos pois continuarão a aparecer casos idênticos. Sei que muitos dos leitores conhecem o que acabo de escrever mas como este blogue é lido por muito mais pessoas do que as que nele escrevem, é possível que apareça alguém que nunca tenha ouvido como actuar, assim como lido ou ouvido falar sobre este lado do problema.

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