A energia eléctrica pode ser gerada por fontes renováveis ou não renováveis.
A energia produzida por fontes renováveis é aquela que menos impacte ambiental causa e divide-se em: Hídrica, Fotovoltáica, Geotérmica, Biomassa, Biogás, Ondas e marés, Nuclear e Eólica, sendo esta última a que produz um nível de poluição mais baixo, nomeadamente em emissão de gases com efeito de estufa, principais responsáveis pelas alterações climáticas.
A par destes benefícios, os parques de energia eólica beneficiam ainda do facto de serem instalações completamente reversíveis no final de vida, podendo os locais serem restaurados e completamente recuperados para o seu estado inicial, sem afectação da normal utilização dos solos para a agricultura, mesmo durante o período de utilização.
A energia eólica é uma forma de energia solar, por ter origem no aquecimento da atmosfera, pelo Sol, que põe em movimento as massas de ar que, com a rotação da Terra , a forma da sua superfície e planos de água, influenciam o regime dos ventos, como sendo velocidade, direcção e variação.
O aproveitamento da energia cinética do vento, que impele rotação às pás de uma turbina de um aerogerador que de seguida a transforma em energia eléctrica, também se designa ENERGIA EÓLICA.
Obs: Em Portugal, a taxa de produção neste momento, ultrapassa já os 20%.
Esta energia é produzida em parques eólicos que poderão situar-se em terra ou no mar, sendo os parques em terra os que actualmente se apresentam em fase mais desenvolvida.
Posto isto, passo a descrever duma forma básica, os processos de construção e produção.
Processo construtivo:
1. Estudo dos locais (parques eólicos) e sua rentabilidade.
2. Construção de parques que inclui a implantação de aerogeradores e subestações.
3. Construção de redes aéreas de transporte de alta tensão.
4. Construção de subestações
5. Introdução na rede energética nacional (REN).
Processo produtivo:
1. Um aerogerador, que poderá atingir uma altura de cerca de 120 metros, é composto por uma torre com cerca de 80 metros de altura, assente numa base de fundação em betão armado e uma casa das máquinas onde se situa uma turbina à qual se a copulam 3 pás, com cerca de 40 metros/cada, de comprimento.
2. Por acção do vento, o movimento das pás (que poderá atingir uma velocidade na ponta da pá de 240 km/h) gera um campo magnético na turbina que se transforma em energia eléctrica alterna, com cerca de 400 a 800 volts, que é depois rectificada para regularização de frequência e novamente alternada e transformada em 20.000 ou 30.000 volts (20/30 kV), no próprio aerogerador.
3. Esta corrente segue então através de cabos elétricos subterrâneos até à subestação do parque, onde sofre uma segunda transformação para 60.000 volts. Obs: há parques que não dispõem de subestação própria, sendo a energia transportada por via aérea até ao parque principal mais próximo.
4. Após esta transformação, a corrente é enviada através de condutores aéreos, apoiados em postes metálicos ou de betão, para outra subestação que poderá receber de vários parques e sub parques.
5. Nesta última, a corrente é novamente transformada e desta vez em MUITO ALTA TENSÃO, 150.000 ou 220.000 volts e injectada na rede energética nacional (REN).
6. Há ainda a possibilidade de aumentar as transformações para 400.000 ou 600.000 volts.
Muito importante e pertinente a tua explicação ao pormenor Henrique, das diversas fases para adquirir a energia que chega a todo o lado tão normalmente, que mal nos questionamos como acontece tudo. Se bem que todos nós tenhamos "uma ideia " nunca nos passaria pela cabeça( falo por mim ) da complexidade de todo o sistema que no nosso quotidiano se transforma num simples clik.
ResponderEliminarSó tive muita dificuldade em ler um texto tão minúsculo ! sabes, é a idade ! deve haver uma forma de o aumentar, mas ainda sou naba nestas andanças...
Obrigada pela tua disponibilidade e oportunidade. Um abraço.
Excelente texto que permite conhecer com algum pormenor esta nova realidade no campo de energias alternativas, nesta caso a ENERGIA EÓLICA!
ResponderEliminarO professor lançou a ideia e a neta do Henrique não se fez rogada: avô és a pessoa certa para fazer um texto sobre a Energia Eólica!
O avô fez e beneficiaram o professor, os seus alunos e...nós aqui pelo blog!
Beijinho á neta e um abraço ao avô !
Nota:Olga, agora a letra já está mais de acordo com os teus olhinhos...
Excelente descrição que nos permite seguir pormonorizadamente o princípio, fabricação, transformação e transporte da energia. Obrigado.
ResponderEliminarComo não sei se por aí já é hábito, aproveito para dizer que há pessoas que têm uma mini-eólica ou painel de energia solar no lado de trás do quintal, ou os dois sistemas, ligados à casa e à rede de abastecimento. Durante o tempo em que originam energia, abastecem a casa e o excedente vai para a rede geral. Durante o tempo em que não conseguem funcionar por falta de luz e vento, recebem a energia da rede geral. No fim as contas dizem quem é devedor ou credor. As pessoas dizem-se satisfeitas.
Texto oportuno, Henrique. O saber não ocupa lugar, e a tua "mensagem eólica" já foi levada pelos ventos até ao Canadá, pela postagem do amigo Chico Torreira ...
ResponderEliminarHenrique senti-me agradàvelmente tua neta ao ler este textinho pois aprendi a lição com muito
ResponderEliminarinteresse...avô sabe ensinar!
Bom texto Henrique.
ResponderEliminarAprender sempre.
Tonito.
A colaboração da família com a escola traz vantagem para todos...até para os amigos!
ResponderEliminarTexto atual e de grande pertinência, já que as energias renováveis são o futuro.
ResponderEliminarBjnho grande meu e da Joana para o tio Henrique
Rafael, obrigada pelo carinho com os meus olhinhos!
ResponderEliminarSempre atento, meu amigo. Thanks.