sábado, 5 de fevereiro de 2011

Quinteto Academico



Este foi o conjunto que participou no baile de inauguração do Centro do Bairro Norton de Matos.
Do site Nova Guarda transcrevo o post :

RECORDANDO… QUINTETO ACADÉMICO

O Quinteto Académico formou-se em 1961 e terminou em 1969.
Tal como outros grupos portugueses dos anos do “yé yé”, também este usou na sua denominação a palavra Académico. Recordem-se aqui outros que usaram o nome Académico: Conjunto Académico João Paulo, Conjunto Académico Ruy Manuel, Conjunto Académico Orfeu, Conjunto Académico Os Espaciais e derivações como o Conjunto Universitário Hi Fi. Tudo isto acontecia porque os conjuntos eram constituídos por estudantes
A formação original era constituída por Daniel Gouveia (piano), Mário Assis Ferreira (guitarra), Artur Pinto (bateria), José Manuel Fonseca (clarinete) e José Augusto Duarte (contrabaixo).
Logo em 1965 participam na banda sonora do filme “Domingo à Tarde” de António de Macedo e noutro filme do mesmo realizador, “Sete Balas para Selma”, para o qual compuseram canções com poemas de Alexandre O’Neil, cantadas por Florbela Queiroz.
Editam, em 1965, o EP que contém os temas “Watcha”, “Let Kiss”, “Abdulah” e “Michael”. Em 1966 é editado outro EP com temas de grandes nomes da música Pop/Soul anglo-saxónica, tais como “Reach Out, I’ll Be There” ou “I’ve Got My Mojo Working”. O primeiro Festival de Vilar de Mouros, realizado em Agosto de 1968, contou com a participação do Quinteto Académico.
Neste ano dá-se uma mudança na formação: entram Pedro Osório (teclas), o belga Adrian Ransy (bateria), Carlos Carvalho (guitarra) e o luso-francês Jean Sarbib (baixo). Ficou apenas José Manuel Fonseca da formação original.
Mário Assis Ferreira saiu do conjunto, enquanto músico, e passou a ser o seu agente artístico. A banda tornou-se, por esta época, semi-profissional.
Hoje, Mário Assis Ferreira é administrador do Casino Estoril, sendo ele que faz a escolha criteriosa das personalidades da música que passam por aquele espaço. Afinal, o “bichinho” ficou…
Passado pouco tempo Pedro Osório e Carlos Carvalho saem da banda e entram mais quatro elementos: o teclista inglês Mike Carr, o norte-americano Earl Jordan (voz), um trompetista sul-africano e o guitarrista Mike Seargent. A partir deste momento, e porque a formação passou a ter sete elementos, passou a designar-se como Quinteto Académico +2. Com esta designação gravam o single “Love, Love, Loverman” que chegou a ter uma edição em Itália.
Dany Silva, o cabo-verdiano que obteve grande sucesso na década de 1980 com “Branco Velho, Tinto e Jeropiga” ainda fez parte do Quinteto Académico + 2.
Tocavam muito em Festas de Finalistas dos Liceus, como era habitual na época.
Pelas várias formações da banda passaram 32 músicos, sendo que se considera, hoje, que o Quinteto Académico foi uma das melhores escolas de música da década de 1960.
Todos os temas gravados pelo Quinteto Académico (e Quinteto Académico + 2) foram reeditados no cuidado CD, “Train - Integral 1966-1968”, editado em 2008, numa colecção intitulada “Do Tempo do Vinil” que contém depoimentos de membros da banda, produzidos passados 40 anos. O CD contém, ainda, para deleite dos melómanos, dois inéditos nunca editados na década de 1960.

8 comentários:

  1. Lembro-me perfeitamente desse baile e da actuação do melhor conjunto da época.
    Meia dúzia de anos mais tarde, o Daniel Gouveia pertenceu ao meu pelotão em Mafra. Mais alto do que eu ( coisa rara na altura...), O Daniel tinha uma veia humoristica que ainda hoje recordo.
    Imitava na perfeição os marialvas da noite lisboeta, com o seu linguajar e trejeitos próprios, que nos fazia rir a bandeiras despregadas.
    Do mesmo pelotão fizeram parte outras figuras públicas como o Zé Megre, o Berna ( António Bernardino ), o Beja Santos, o Gilberto Madail.
    Na minha obscuridade, nunca percebi porque me puseram no meio de tal gente...

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  2. O Gilberto Madaíl Presidente da FPF?
    Também eu e a Celeste Maria dançámos neste baile!!!!!
    Foi um acontecimento memorável!!!!

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  3. Caro Abilio
    Lembro-me perfeitamente deste conjunto e do baile de inauguração do Centro. Muito te agradeço esta postagem. Ouvir a sonoridade deste grupo, foi um momento emotivo para mim. Numa época dificil, quero aqui lembrar, sem excepção, todos os que tanto trabalharam para levar a cabo a construçao do Centro que hoje temos. E os outros. Foi uma época - atrevo - me a dizer - romântica do nosso bairro, quando o espírito associativo imperava entre amigos das mais variadas profissões e formação académica...
    Bem-Hajas ...

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  4. Também me deliciei a dançar neste grande baile
    com tão bom grupo!

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  5. Gostei de partilhar esta recordação. Só não falaste, por modéstia, do conjunto em que tu eras um virtuoso contrabaixo! Obrigado Bílio!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Por favor informe-me onde está o nome do Sérgio Borges, que morreu há alguns anos. Este grupo era madeirense e o vocalista era o Sérgio Borges. Assiti a um espectáculo deles na RTP e que foi filmado. Era um grupo famoso nos anos sessenta mas apesar disso não consigo ver o nome do Sérgio em lado algum. È muito estranho. Obrigada pela atenção.
    Maria

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  8. Cara Maria Janeiro
    Este grupo era o Quinteto Académico.
    O Sérgio Borges nunca foi membro do Quinteto Académico,mas sim do Conjunto Académico João Paulo, que não era bem a mesma coisa. ;

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