LEVANTA-TE BRIOSA ...

Exige-se empenho. Há um passado a respeitar ...

Estava longe de pensar, que hoje viria a este espaço escrever estas linhas. Estava longe de pensar, que, após uma primeira volta excelente, a nossa Académica – a Académica daqueles que a amam – corresse para uma situação que, a breve prazo, pode ser aflitiva para a Instituição. Por certo, muitos dirão que no futebol não há dramas. Há que relativizar as coisas – dirão. Mas uma hipotética descida de divisão para a Briosa, seria, não duvido, uma longa travessia do deserto. A segunda divisão, significaria a quase total ausência de público nas bancadas. E a falta de receitas televisivas, que, actualmente, permitem um encaixe financeiro que sustenta o barco à tona. O exemplo do simpático Belenenses faz meditar. Clube de grandes pergaminhos, do Pepe, Vicente e Matateu, vegeta hoje pela liga secundária, com o estádio vazio, sem jogadores de valia, que lhe permitam o regresso ao seu estatuto entre os maiores. E sem dinheiro. Naturalmente, que há ainda muito campeonato para jogar. Mas constata-se, nos blogues afectos à Briosa e nos sócios, uma crescente intranquilidade. Todos já percebemos que a Direcção deu um tiro num pé. Ao aceitar uma indicação – ou imposição – vinda do Norte, de um treinador sem “curriculum” e com um cartão de apresentação que lembrava o fracasso do campeonato do mundo de futebol, pressentia-se que iríamos ter alguns amargos de boca. Como estamos a ter. Apesar de leigo na matéria, mas pelo que vou lendo, deduzo que a equipa está descrente e tecnicamente mal orientada. Nos jogos a que tive a oportunidade de assistir, a equipa foi subjugada por adversários com quem a Académica tinha a obrigação de se bater de igual para igual, com a vantagem de jogar no seu estádio. Resta pois, fazer um apelo aos jogadores e aos simpatizantes da Académica, para que no próximo Domingo, todos unidos, regressemos a uma dinâmica de vitória, que possibilite uma rápida subida na classificação e o fim dos fantasmas. Não é só a imagem desta nossa grande Instituição que está em jogo. Se calhar, até a sua própria sobrevivência.
Q.P.