domingo, 21 de abril de 2013

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25 comentários:

  1. Uma ideia interessante. Mas só resulta em paises civilizados

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    1. Infelizmente... concordo! O que é pena!

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    2. Não me admira, mas de acordo com os locais em que nos encontramos, vamos encontrando com incivilizados de actos e mentalidades muito difetrentes. Por aqui pequenas coisitas nem lhes tocam, como ainda no passado dia dezoito do corrente mês dizia no comentário do artigo Já tenho saudades. O melhor exemplo é que não roubam um rádio de carro quer seja bom ou mau, mas o carro sim. Muitas vezes são descobertos ao passar no raio-x que verifica os contentores no porto de Montreal. "Exportação". São muito profissionais.
      Este sistema permite-nos de escolher entre livros que alguém leu e gostou mas ninguém é obrigado a repôr, a não ser que roubassem a caixa metálica mas isso aqui só as dos bancos... com pás mecânicas.

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    3. Romicas,
      A embaixada de Portugal nos Estados Unidos quiz calcetar o espaço à sua frente com a pequenina pedra quadrada preta e branca com que tanto embelezamos os nossos passeios. Autorizaram-na a fazer esse trabalho mas se no caso de uma manifestação começassem a arrancar as pedras com as unhas e a lançá-las contra vidros, carros, etc., ela seria responsável.
      Quando estive aí e fui ver o meu Pai ao hospital, era tanta gente no elevador, que tive que meter os braços à frente do peito. Nunca mais aconteceu porque deixava passar todos os visitantes à frente. Ora ao lado dos elevadores, há ou havia umas janelas com vidros altos. Se fôsse aqui, havia a possibilidade que essas janelas fôssem todas partidas.
      Por isso, são formas diferentes de reagir.

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  2. Pois...
    Por aqui vão havendo algumas iniciativas pessoais que são generosas mas que não me parece que possam resultar.
    Não é verdade, Abílio ?

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    1. Sim, Carlos Viana. Já há algum tempo atrás que o Abílio se referiu a este assunto. Por aqui, penso que foi a atitude das pessoas que deixavam e ainda deixam livros nos locais mais inusitados, que levou alguém a ter esta ideia e uma das cãmaras da Comunidade Urbana de Montreal começou com o sistema. Vamos a ver até onde vai ser seguido.

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  3. também acho uma iniciativa muito boa mas...
    Na rua Marques Bom junto ao Parque Verde um pouco antes de entrar na estrada da Beira pode-se fazer esta troca de livros.
    Ainda não tive ocasião de passar por lá mas irei concerteza um dia destes.

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    1. Rafael
      Coimbra, uma cidade de cultura, se começasse com este sistema vinha mesmo a condizer. Se o sistema existe ao pé do parque, estou confiante que vai funcionar. É possível que agora, seja só uma questão de o espalhar por toda a cidade. Ficaria muito contente, pois é ou seria excelente para muitas pessoas.

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  4. Ó Chico, estás longe da realidade portuguesa!!.., a fazerem isso aqui os livros desapareciam todos na próxima noite!!! Mas acho que sim que seria espectacular se acontecesse cá visto que tenho centenas de livros aqui já lidos e a família não liga e vão acumulando nas estantes que vou mandando fazer!!
    Um abraço
    Fernando AZENHA

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    1. Azenha
      Não me admira que esteja longe da realidade. Eu mesmo penso que uma pessoa para conhecer bem os problemas de uma região e suas mentalidades, deve lá viver dez anos pelo menos. No meu caso, além de conhecer a nossa mentalidade, tenho os jornais que vou lendo diáriamente, blogues e vós mas isto não é tudo. Estou longe há muito tempo.
      As pessoas aqui, quando têm livros bons e não os utilizam qualquer que seja o motivo, oferecem-nos às bibliotecas. Tenho uma biblioteca a seiscentos metros de mim e quatro num raio de três kilómetros. Uma delas é de iniciativa privada e por isso tem que se pagar. Ainda não fechou as portas. Quanto ao dar os livros, aqui ninguém guarda nada, nem roupas boas deppois de lavadas, móveis, televisões, micro-ondas,etc. Basta pôr em cima do seu terreno junto ao passeio.
      Ao dizer no comentário respeitante à Ló, que não roubam a estante fechada, esqueci-me de dizer que um dia quando a porta fechar ou abrir com dificuldade, ela vai abrir ou fechar de vez, "mesmo". Não têm dó.

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  5. Começando pelos comentários, achei bastante interessante os comentários que o Chico coloca em resposta Ló e à Romicas.
    Sobre esta iniciativa, em Portugal até acredito que não furtassem os livros, mas vejo um senão diferente de vós: Haveria uma quebra de compra de livros, sector já tão debilitado neste momento!... Há uns 30 anos para cá que os putos já não lêem salvo raras excepções, claro! Os editores e livreiros não iam gostar da iniciativa e seriam o maior entrave.
    Resumindo: Em Portugal, na maioria das cidades, os livros não seriam furtados.
    As BUGA (Bicicletas de Utilização Gratuita de Aveiro) espalhadas pela cidade, são utilizadas há alguns anos e não há história de as terem furtado!...

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    1. Tens razão, Moreirinhas mas penso que o problema é muito mais profundo e lá volto eu a dizer que os responsáveis são sempre os mesmos, para não pôr nomes. A minha filha desde muito cedo que começou a ir às blibliotecas. Os professores levam os miúdos para as bibliotecas, definem-lhes trabalhos sobre assunto específicos e eles têm que fazer pesquiza nas "prateleiras". Os miúdos habituam-se a praticar esta actividade como um desporto. Muitos deles até ficam conhecidos como "ratinhos de biblioteca", o que os deixa orgulhosos.
      Além disso, os meios de comunicação, muito especialmente a televisão não cessam de ser utilizados para os mais diversos conhecimentos, entre os quais os livros e de forma gratuita. Nos programas da manhã e nas mesas redondas, não só tratam de assuntos de interesse que são excelentes, como no fim lá vem o livro de um ou vários dos presentes que saíu há dias, ou vai saír dentros de dias. Sempre há quem compre.
      No entanto há lacunas que são importantes, vindas de onde vêm: - No museu Grevin de Montreal aonde as figuras são em cera e inaugurado no passado dia dezanove e idêntico no seu fundo ao de Paris, só lá está uma escritora, Mme. Bombardier. Onde estão os outros... Enfim.
      No Quebec roubam à volta de quatro mil bicicletas por ano, nas quais umas duas mil e quinhentas de valor. Bem... em dólares, anda à volta de uns treze milhões por ano. Penso que não roubam pequenas coisas, patins, esquis, pranchas, rádios, mesmo televisões, frigoríficos, fogões, etc, porque a pessoas põem muito material nos jardins para quem esteja interessado. É agora a melhor época do ano pois as pessoas fazem a limpeza e reparações da Primavera, pelo que põe muito material à disposição e alguns caros. Vai vendo o meu blogue, pois lá ponho do bom, do mau e do feio, a nossa realidade. Bicicletas, caravanas, automóveis, camiões... carregados, barcos, etc. vão desaparecendo.

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  6. Pontualmente,faz-se cá no dia Mundial do Livro.
    Deixa-se num banco de um jardim um livro,por exº...
    Em pleno momento de investimento,isto é,sem crise até resultaria pois os próprios livreiros colaborariam.
    A educação do povo só teria a ganhar com iniciativas destas!

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    1. Embora apareçam casos desses, a forma de ver por estes lados é outra, Olinda. A iniciativa privada deve ser acarinhada e não destruída. É precisamente aos livreiros, autores, meio artístico, de comunicação social e outros, de mostrarem intensivamente ao público os livros que vão saíndo com certas descrições. Com o trabalho que descrevo noutro comentário acima junto das crianças, as pessoas de hoje ao serem bombardeadas com tais informações, acabam por ir comprar um livro ou outro. Por sua vez, tudo o que seja cultura é muito bem pago. Têm bons agentes e não é o escritor a procurar os meios. Apresenta-se de frente de um editor que diz de caras que não gosta do que ele escreve ou como escreve, e o escritor não se pode defender. O agente, já é diferente. Pode apresentar vários pontos de vista e comparar com outros que são conhecidos pelo tipo de escrita ou pelos assuntos. Só que por estes lados, até o electricista, coveiro, marceneiro, carpinteiro, que também foram ratinhos de biblioteca e hoje têm bons salários, vão comprar. Por isso, nas pessoas pouco qualificadas, não é só o salário em si: é a influência na própria cultura e noutros campos de um país, não esquecendo a "economia" que isto tudo gera.

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    2. As tuas resposta/elucidação sobre este assunto é muito completa e nota-se que acompanhas de perto tudo o que se relaciona com a partilha de livros/leituras!
      Hoje fiz uma boa caminhada desde do Bairro até ao local onde era suposto ainda existir o tal local, que mencionei num dos meus comentários anteriores lá para os lados do Parque Linear, mais conhecido Vale das Flores.
      Cheguei lá e o "suposto lugar" ´já desapareceu! Agora é mais um loja comercial!
      Portanto morreu à nascença!
      Não me consta que exista outro nem por aqui perto ou mesmo na cidade!
      Ou seja...se querem ler comprem!Prá troca não há "pachorra"!
      Chico que se há-de fazer?Isto só lá vai com novas mentalidades, o que deve demorar anos...

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    3. Rafael
      O problema como tenho escrito nos outros comentários, é muito mais profundo e quanto mais cedo começar a ser resolvido de raíz, melhor. O trabalho junto de crianças, só dentro de quinze a vinte anos se começa a ver. Uma pessoa vai a uma biblioteca e tem tudo. A troca, se está apressado ou por outro motivo e não tem nada para ler, não precisa de ir tão longe: por vezes até se encontra livros bons.
      Admirei a sua boa vontade ao ter ido dar a volta. Bem haja.

      De uma maneira geral as trocas fazem-se mais junto a lojas de todo o tipo com movimento, universidades, etc. Os agentes como aqui se usa nos mais variados campos, tembém têm um efeito benéfico. Ao terem interesse de dar a conhecer as obras dos seus protegidos, conseguem entrevistas com eles que aguçam a curiosidade das pessoas, porque o trabalho já vem de criança.

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  7. Gostei dos comentários. Uma boa postagem do Chico, que permitiu uma troca de opiniões entre amigos. Concordo com o Alfredo, ao dizer da débil situação do sector livreiro. Afinal como se verifica noutros setores. Porém, todos temos consciência de que anda por aí muito lixo editado. Qualquer individuo que seja figura pública de discutível perfil, escreve um livro. Seja amante do presidente de um clube desportivo, pedófilo em desespero ou artista de telenovela a olhar para o seu umbigo. E as editoras, sedentas de vender, inundam as livrarias de tralha consumível, que muita gente lê, mórbida de curiosidade pela vida destas figurinhas de papel pardo, que vão metendo ao bolso mais uns euros à custa da indigência intelectual de alguns, ou de muitos.

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    1. Quito
      Tens toda a razão no problema que defendes. Prefiro ler artigos teus e do Rui Felício que andar a comprar livros que há à venda por estes lados, já não falando em revistas. Isto não é "graxa", é a pura realidade. De todas as formas, não preciso de comprar. Vou à biblioteca e trago-os para casa as vezes que quizer. Outra riqueza. No entanto, derivado à forma como as pessoas foram habituadas desde crianças e ao sistema económico aonde em comparação com certos salários daí têm uma influência muito grande na economia, se bem que haja quem grite sobre o abandono da cultura, tudo se vende. Se pensarmos que muitos leitores utilizam as trocas, bibliotecas, etc, a realidade é que cada vez temos mais produtos para ler.
      Por outro lado, os miúdos tratam bem os livros para no fim do ano irem para a porta do seu estabelecimento de ensino venderem aos novos do mesmo ano, mesmo nos estabelecimentos privados. Outa cultura. Há cá loucuras também, mas em percentagem, muitos poucos são habituados aos "papás ricos", no caso dos livros.

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    2. Chico por cá é diferente.
      As mentalidades são outras,e já não vou assistir a grandes
      mudanças,pois o quintal está a parar lentamente.
      É o que temos por cá.
      Tonito.

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    3. Tonito
      Não sejas fatalista. Por vezes resolvem-se situações sem gastar muito dinheiro. Uma cidade airosa é outra qualidade de vida e pelo que vou vendo daqui, a nossa Coimbra até está mais bonita.
      Chico

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  8. Última hora.

    A GRC que está citada num dos meus comentários acima, acaba de dar uma conferência de imprensa aonde afirmam terem desmantelado uma rede de duas pessoas que tentavam fazer descarrilar o comboio de passageiros, Torronto/Estados Unidos, que habitualmente vai sempre cheio. Bombas para este fim, destruir metal, têm de ser muito mais evoluídas do que as de Boston. Também dizem que os suspeitos pertencem ao Al-Qaida/Irão. Vão ser presentes amanhã em tribunal.

    Se isto por aqui começa assim, a economia vai ter tendência para parar. Com o problema de a China dar provas de insegurança derivado ao problema europeu, vamos ver o que tudo isto vai dar.

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    1. o ouvir na RTP1 a notícia pensei logo que virias abordar este assunto!
      O perigo também já chegou aí!
      Mas por agora, este possivel atentado ainda foi evitado a tempo!

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    2. Eles sabem o que fazem, Rafael e estão bem estruturados. Seria de se esperar um ataque durante os diferentes festivais de verão em Montreal mas viraram-se para um emblema nacioal, a ca. de comboios Via Rail. Qualquer coisa de inesperado. Naquele trajecto anda quase sempre cheio de passageiros e atravessa uma ponte.Um tem trinta anos e foi preso em Montreal mas deve ser cidadão turco. O outro que é residente de Otawa, é cidadão canadiano. Muito provávelmente nacionalizado.
      Quanto ao perigo não é só aqui, pois também os nossos vizinhos espanhois tiveram de fazer face a uma situação muito difícil. Uma das atitudes deles, é o inesperado.
      Sempre que posso procuro informar do que se passa por estes lados. Não quer dizer que seja melhor ou pior, é diferente.

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  9. IA MUNDIAL DO LIVRO
    LeYa oferece livros a utilizadores de transportes públicos
    Ontem5 comentários

    O dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro, vai ser assinalado por uma iniciativa do grupo editorial LeYa em colaboração com os transportes públicos de Lisboa. Vinte mil livros serão distribuídos gratuitamente.
    Os utilizadores dos transportes públicos da região de Lisboa, que usarem os serviços da Carris, da CP, da Transtejo e do Metro vão ser surpreendidos.
    A LeYa vai estar amanhã (terça-feira) no interior dos transportes e nas estações das principais empresas atrás referidas a oferecer livros aos utentes, de forma a comemorar o Dia do Livro. O objetivo é sublinhar a importância da leitura, promovendo, em simultâneo, um contacto inédito entre a equipa que diariamente trabalha na criação de livros e na promoção de autores, e os seus leitores.
    No caso da CP, os livros vão ser oferecidos dentro das próprias composições, entre as 08.00 e as 11.00 na linha de Cascais, Sintra, Azambuja e Sado. Na Carris, os passageiros vão ser abordados no interior dos veículos das carreiras 728, 736, 720 e 15E (elétrico), entre as 13.00 e as 14.00 e das 17.30 às 19.00. Quanto à Transtejo, os utentes podem contar com a presença dos colaboradores da LeYa nas salas de embarque do Terminal Fluvial do Cais do Sodré e do Terminal Fluvial do Terreiro do Paço, entre as 17.30 e as 19.30. Também os utilizadores do Metro serão surpreendidos com a oferta de livros entre as 13.00 e as 14.00 e entre as 17.30 e as 19.00 nas estações do Cais do Sodré e do Marquês de Pombal.
    A iniciativa, que vai decorrer das 08.00 às 19.30, conta com uma seleção de 20 mil livros de todos os géneros literários.

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  10. "EXCELENTE" iniciativa da LeYa e do comentário. No resto do Canada, não sei mas no Quebec, não estou informado de nada parecido. Só que aqui, as iniciativas ao mínimo custo são situações normais mas oferecer tanto livro... Money, money, money... não estou a ver, a não ser que seja em obras sociais. Esta iniciativa com um bom fundo mostra que quando se quer, também se é capaz.

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