Sinceramente que não sei como me chegou esta foto. A sua publicação só foi possível com a ajuda do Paulo Moura! Ainda bem porque a acho muito boa! Ao seu autor peço desculpa pela sua não identificação.
O Archeiro é hoje, segundo penso, uma reminiscência turistica da sua antiquissima presença na Universidade de Coimbra. Entendo que é uma figura que, apesar disso, deve ser preservada, dado o simbolismo da sua existência. Na verdade, os archeiros foram durante séculos a garantia da independência da Universidade face aos poderes civis instituidos. Porque dentro das suas portas a Universidade estabelecia regras próprias de comportamentos que obrigavam professores e alunos. Tal autonomia e independência mantiveram-se durante a República e nos anos iniciais do Estado Novo, mas na década de sessenta o Estado Novo desprezou estes principios universitários, como tive oportunidade de testemunhar em 1961 ( ainda eu era aluno do liceu , quando Jorge Sampaio e outros activistas estudantis vieram a Coimbra realizar uma reunião inter-associações de Lisboa, Porto e Coimbra. A policia quis desfazer a reunião magna que se estava a realizar no Pátio da Universidade, investindo com jipes para forçarem a entrada na Porta Férrea. Depararam-se com os archeiros que, armados com as suas lanças, se postaram á entrada dizendo à policia que a autoridade dentro da Universidade era exclusivo deles... A verdade é que, dessa vez, a policia recuou.
A elucidação do Rui é bem importante para recuperar a função destes funcionários que davam um ar bem ilustre ao ambiente académico para além das suas funções... Hoje ainda lá existem? Ou a Securitas ou outro tipo de segurança dos tempos modernos? Suponho que sim...a memória está congelada com o frio.Fará todo sentido que estejam.
O Archeiro é hoje, segundo penso, uma reminiscência turistica da sua antiquissima presença na Universidade de Coimbra.
ResponderEliminarEntendo que é uma figura que, apesar disso, deve ser preservada, dado o simbolismo da sua existência.
Na verdade, os archeiros foram durante séculos a garantia da independência da Universidade face aos poderes civis instituidos. Porque dentro das suas portas a Universidade estabelecia regras próprias de comportamentos que obrigavam professores e alunos.
Tal autonomia e independência mantiveram-se durante a República e nos anos iniciais do Estado Novo, mas na década de sessenta o Estado Novo desprezou estes principios universitários, como tive oportunidade de testemunhar em 1961 ( ainda eu era aluno do liceu , quando Jorge Sampaio e outros activistas estudantis vieram a Coimbra realizar uma reunião inter-associações de Lisboa, Porto e Coimbra.
A policia quis desfazer a reunião magna que se estava a realizar no Pátio da Universidade, investindo com jipes para forçarem a entrada na Porta Férrea.
Depararam-se com os archeiros que, armados com as suas lanças, se postaram á entrada dizendo à policia que a autoridade dentro da Universidade era exclusivo deles...
A verdade é que, dessa vez, a policia recuou.
A elucidação do Rui é bem importante para recuperar a função destes funcionários que davam um ar bem ilustre ao ambiente académico para além das suas funções...
ResponderEliminarHoje ainda lá existem? Ou a Securitas ou outro tipo de segurança dos tempos modernos?
Suponho que sim...a memória está congelada com o frio.Fará todo sentido que estejam.
É realmente uma imagem da Marca de uma Universidade com muito prestígio, a mais antiga de Portugal!
ResponderEliminarDe facto, uma foto excelente. Gosto.
ResponderEliminar