Choral Poliphónico de Coimbra
Caros Amigos
Coralistas:
A minha Pátria é a Língua Portuguesa – diz Fernando Pessoa.
Dir-vos-ei, de uma forma menos erudita e bem mais modesta que, entre outros, a minha Pátria é a Pátria de Dom Afonso Henriques. A Pátria de Dom Nuno Álvares Pereira. A Pátria de José Régio. A Pátria de Fernando Pessoa. A Pátria de Eça de Queiroz e de Ramalho Ortigão. A Pátria de Almeida Garrett, Júlio Dinis e de Alexandre Herculano. A Pátria de Fernando Namora e de Miguel Torga. A Pátria de Alves Redol e de Vitorino Nemésio. A Pátria de Aquilino Ribeiro e de José Saramago. A Pátria do Príncipe dos Príncipes – Luís Vaz de Camões.
Dir-vos-ei, de uma forma menos erudita e bem mais modesta que, entre outros, a minha Pátria é a Pátria de Dom Afonso Henriques. A Pátria de Dom Nuno Álvares Pereira. A Pátria de José Régio. A Pátria de Fernando Pessoa. A Pátria de Eça de Queiroz e de Ramalho Ortigão. A Pátria de Almeida Garrett, Júlio Dinis e de Alexandre Herculano. A Pátria de Fernando Namora e de Miguel Torga. A Pátria de Alves Redol e de Vitorino Nemésio. A Pátria de Aquilino Ribeiro e de José Saramago. A Pátria do Príncipe dos Príncipes – Luís Vaz de Camões.
A minha Pátria, é a Pátria de Carlos Seixas. De Frederico de
Freitas. De Fernando Lopes Graça e de Luísa Todi. De João Domingos Bomtempo. De
Maria João Pires.
E também a Pátria de Rosa Mota e de Carlos Lopes. De Eusébio
e de Cristiano. De Amália e de Mariza. De Hilário e de Menano.
A minha Pátria, a nossa Pátria, é ainda a Pátria Quinhentista
do Infante Navegador que, do Promontório de Sagres, escutava a voz do mar, na
procura do desvendar dos segredos de um Mundo Novo.
Ontem, vós, nós, nas asas da TAP, qual caravela quinhentista,
regressámos da República Checa de velas soltas ao vento. Perante tantos grupos
corais dos mais variados pontos da Europa, marcámos a diferença. Foram eles que
o disseram. Não nós! Quanto brio, quanta dignidade, quanto sentido de
responsabilidade!
Porém, não há nau que navegue sozinha. Tem que ter um
timoneiro. O homem do leme. E, neste caso, o homem do leme chama-se Professor
Paulo Moniz. É a sua sabedoria, a sua persistência e o seu rigor, que levam
sempre o barco a bom porto. Citando de novo Fernando Pessoa, “para se passar
o Cabo Bojador é preciso passar além da dor”. E vós, caros coralistas, metidos
como todos nós nesta fogueira de preocupações que nos consome, ainda arranjam
tempo para as manifestações da alma, por vezes, muitas vezes, com enormes
sacrifícios pessoais. Mas esta semana, na bela e monumental cidade de Praga, de
novo dobraram o Bojador, perante um evento internacional de tão grande
responsabilidade.
Bem – Hajam, pela forma como levantaram alto, bem alto, as
bandeiras de Coimbra e de Portugal.
Estou-vos grato. Muito grato.
Eurico Pereira (Quito Pereira)
Carta aberta a todos os coralistas, mas que nós teus amigos e da São, claro, também a tomamos como nossa!
ResponderEliminarNão cantaste lá, mas prosaste cá com muita maestria!
Sabemos que a vossa digressão foi um êxito, não só artistico, mas também de convívio a que tu e a São tão entusiásticamente se associaram! Um abraço para ti, beijo para a São e parabéns para todo o grupo!
Pela escrita foi coisa de «Alto Gabarito» e digna de Menção Honrosa.
ResponderEliminarAinda Bem.
Há largos anos que o Choral Poliphónico de Coimbra tem acção meritória, aquém e além mar.
ResponderEliminarBem-hajas, Quito, por aqui nos trazeres esta excelente reportagem.
Quito
ResponderEliminarGosto sempre de saber o que temos de bom e este é um desses casos. Estão de parabéns todos os coralista e acompanhantes.
Gostei da forma como recheaste a Pátria.
É a prosa do Quito, está tudo dito.
ResponderEliminarE fotos desta viagem não há?
Praga é tão bonita.
Ó Quito, tu um dia vais escrever os discursos do 10 de Junho, pá!
ResponderEliminarAi vai, vai!
ResponderEliminarE até deve receber uma daquelas medalhas...
Até um medalhão!
EliminarA tua boa e entusiasmante versão de uma jornada cultural que correu lindamente...
ResponderEliminarHá sempre um timoneiro dando-lhe parabéns como a todos os que colaboram e participam.
E de Praga,gostaram?
O Quito trouxe à baila a importância deste tipo de manifestações que levam a outros povos o conhecimento de um País ignaro de muitos, mas que possui uma História e uma Cultura que pedem meças à maioria dos paises europeus.
ResponderEliminarA citação de grandes vultos da nossa Literatura e da nossa História e do nosso papel na descoberta do mundo, é o cimento que congrega o Coral Polifónico de Coimbra tornando-o pela voz dos seus cantores um dos nssos melhores embaixadores.
Pela vivacidade do discurso, o evento foi lindo!
ResponderEliminarJá falei com a São e com o Quito, após o seu regresso, e disseram-me que foi espetacular.