Portugueses comparados com burro mirandês
Portugueses vivem de subsídios como o burro mirandês, diz o ‘New York Times’.
29 de Novembro 2013, 15h13
Por: Pedro H. Gonçalves
O que têm em comum o burro mirandês e os portugueses em geral? O jornal americano ‘New York ’ deu ontem a resposta num artigo onde salienta que "não é fácil ser burro hoje em dia", que apenas sobrevive graças à ajuda da UE tal como os portugueses que, sob um resgate financeiro da troika, também sobrevivem à conta do dinheiro emprestado pelos credores.
Num artigo de primeira página da edição internacional do ‘New York Times’, o jornal traça as semelhanças entre os burros de Miranda, espécie protegida e que sobrevive com subvenções da União Europeia num destino não muito longe do dos "seus congéneres humanos nas desfavorecidas regiões europeias do interior: ameaçados de extinção e dependentes para sobreviverem de subsídios da União Europeia".
E aqui entra o Chico com o seu comentário à notícia
Hoje deparei com a notícia do link em baixo que vinha no Correio da Manhã.
As pessoas nem sempre gostam que eu seja contra os empréstimos
bonificados ou a fundo perdido da CEE mas a realidade é que o fazemos
para arranjarmos falsos postos de trabalho.
Por estes lados, um governo só se põe a fazer obras públicas de forma
intensiva quando começa uma recessão mas começa logo a alterar os
sistemas de ajuda aos privados para que a economica recomece a rolar.
É claro que neste momento faz-se notar a falta das importações da
Europa e Estados Unidos, principal cliente do Canada. Em Portugal os
nossos governos têm mantido obras públicas pesadas, o que dá uma ideia
de há quantos anos andamos em recessão.
Não é um país ser rico no seu subsolo que determina a sua riquesa mas
sim o PIB. Olhemos para o Japão que importa tudo e com as exportações
passaram um tsunami e uma catástrofe nuclear.
Nós, com o que vem da CEE, ficamos todos satisfeitos mas não notamos
que ficamos sem capacidade de negociar e defender os nossos
interesses, o que permite à CEE fazer de nós o que ela quizer.
Estipula e mais nada. Depois andamos a dizer que foi imposição da
CEE... Falávemos do Jardim. Se nós criarmos produção e vendermos ao
estrangeiro o que começa a aparecer por estes lados, a CEE não se pode
impôr. Além disso há zonas que não conhecem a recessão como em vários
países asiaticos que compram em abundancia.
Quanto ao comparar-nos com burros, a palavra cai muito bem no
articulista pois também lá há muita boa gente na miséria no Estados
Unidos. Até parecem o nosso país. Aonde há sindicatos, as pessoas
vivem mas aonde não há sindicatos os trabalhadores têm vindo a serem
abandonados pelos sucessivos governos que não criam leis que os
defenda. Falam um dos outros mas tudo igual ao mesmo.
Aqui fica o link:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/sociedade/portugueses-comparados-com-burro-mirandes015932457
Boa malha, Chico
ResponderEliminar(alterei-te o fundo da notícia porque não se conseguia ler nada)
Como estava programado não me apercebi do "não se consegui ler nada"! Tinha ido para o futebol...e ainda bem, dei sorte, desta vez!!
EliminarQuem é "nabo" faz deste disparates!!!
Mas como estás sempre atenta...fizeste o trabalhinho e nem precisaste do auxilio do Paulo Moura!
Paulo Moura
EliminarNotei a fotografia tirado do CM aonde se pode ver uma terceira idade muito simpática a acariciar os burros que até têm boa apresentação.
Quanto à parte que estava "ilegível", é fácil : basta abrir o link.
No que repeita à "boa malha", infelizmente parece que não é tão boa malha como isso. Estive a ler o artigo em inglês e não compreendo que tipo de jornalismo temos.
O jornalista em questão tentava dar um conhecimento da evolução destes animais que estão em vias de extinção, os problema no momento em que até estão ser subsidiados pela CEE e aí fazia uma relação entre o momento difícil que certos países atravessam, a situação humana e a problemática dos burros. Não atacava Portugal.
Dos nossos burros, até falou bem assim como dos outros.
Não sei se é nacionalismo exacerbado de certos jornalistas numa situação difícil que atravessamos, se é frustrações que começam a vir ao de cima com os momentos que se vivem ou se é simplesmente incapacidade. Não foi a Merkel, são os americanos. Não compreendo o artigo em português pois não tem nada a ver com o jornalismo informativo que está em inglês. Com profissionais deste estilo que tanto poderiam falar do que se passa socialmente no interior desse grande país e aí teriam uma oportunidade para dizerem umas verdades, não compreendo porque na minha interpretação deturparam o que fui lendo. No outro dia com a exportação das facas, hoje com esta notícia... Assim, uns vão demolindo o que os vão tentando construir.
O articulista americano em nada tentou nos vexar, pois apresenta um artigo muito construtivo. O seu a seu dono.
Quanto ao que afirmei no meu comentário, em relação à nossa dependência da CEE por nossa decisão e ao que vai no interior dos EU, nada tenho a tirar.
No fim do ante-penúltimo parágrafo, aonde se lê: - Assim, uns vão demolindo o que os vão tentando construir, leia-se: - Assim, uns vão demolindo o que os outros vão tentando construir.
EliminarChico, o teu post já tinha esta imagem.
EliminarE não se lia nada, porque estava o texto branco em fundo branco. Só retirei o fundo branco e ficou tudo bem.
E o que se passou em DETROIT foi um puro ESCANDALO!!!!A capital da industria automovel completamente abandonada pelos politicos americanos! BURROS sao eles pois na sua maioria nem sequer sabem situar num mapa PORTUGAL!!!!!Estive là e constatei! E para là volto em Abril, se Deus quiser!!!Para um cruzeiro, porque nunca gostei de andar de burro!!!!!
ResponderEliminarBobbyzé
EliminarNão é um escandalo, pior do que isso: é uma calamidade. Em Portugal não temos cidades destruídas e lá parece que estiveram debaixo de fogo de artilharia e aviação sem ter sido originado por nenhum temporal. Impensável. As pessoas é que são muito combativas e tentam sobreviver com meios simples como já me referi nos meus comentários do meu artigo que para vê-lo é só carregar a seguir :"Quando a neve pinta os telhados", em resposta à Celeste Maria e à Olinda. De carro fiz várias viagens de setecentos kilómetros, de avião foram milhares de cada vez como é natural mas nunca visitei os nossos visinhos aqui debaixo a oitenta kilómetros. Respeito no entanto o seu povo que com as tempestades e o abandono a que se vêm sujeitos os seus cidadãos pelo governo muito especialmente na saúde e dos trabalhadores não sindicalizados, orfãos abandonados pelos governos e sindicatos. Ter trabalho, receber o salário e ser miserável, até mesmo com estudos... É incrível e acima de tudo desumano.
Mais um boa análise do Chico a este artigo "amaricano ‘New York Times’!
ResponderEliminarRafael
EliminarEm relação ao artigo do CM, transmiti o que penso mas em relação ao do NYTimes, não tem nada a ver. É triste, desolante mas é o que penso.
Eu como tipo da Hidráulica acho que não há nada para dizer (OS NOSSOS POLÍTICOS É ASSIM, QUE QUEREM QUE SEJA FEITO) .
ResponderEliminarESTE É O CONCEITO QUE PERSISTE POR ESTE MUNDO FORA DESTE PAÍS ONDE NASCI.
Até têm razão por algum tempo, mas atenção, acho que já chega nos cortes que foram feitos neste país.
Internacionalmente nada se sabe,pois é tudo calado.
Com estes políticos (a CORJA das CASTAS) que sempre tivemos estamos há espera de MILAGRES?
Ninguém da finança internacional tem conhecimento do que foi feito por cá nestes últimos tempos.
É tudo sonegado internacionalmente PORQUÊ?
Já escrevi de mais.
Escreveste foi muito bem.
EliminarTonito
EliminarNão escreveste demais, disseste o que sentes, o que é absolutamente natural.
Não penses que internacionalmente não sabem. Sabem e bem..., a embaixado dos EU em Lisboa até informou o seu governo que os portugueses sabem o que se passa e gostam de ser enganados. Esta soube-se derivado ao wikileaks e das outras embaixadas nada sabemos, pois internacionalmente quando se sabe que um país anda a dizer ou fazer isto ou aquilo secretamente, devemos começar logo a pensar o que é que os outros também andam a fazer.
Vou-te contar uma estória real muito ilucidativa que vivi. Canada e os EU fizeram um acordo de comércio livre. Já passado algum tempo, os EU que luta com falta de água, queriam ter acesso libre às águas canadianas e muito especialmente às do Quebec, pois aqui há lagos por todos os lados fora os riachos e rios. O Quebec começou logo a gritar que não aceitava pois não se queria desfazer do seu "petróleo azul" e a seguir iria a electricidade que obtêm com água uma vez que aqui existem grandes barragens. A luta durou uns três anos mas os EU não conseguiram nada e se quizerem água ou electricidade, têm de a pagar pois o Quebec não a "desnacionalizou". Ora o natural era o contrário pois os EU compram todos os anos oitenta e cinco por cento das exportações canadianas, quando não ultrapassa um pouco os noventa porcento. É um perigo perder um cliente destes, só que o Canada não aceita nenhum programa de empréstimos deles e quando fazem aqui reuniões a nível internacional, o Canada assume as suas responsabilidades. Nós ficámos todos contentes quando vem dinheiro da CEE e quando pusémos a base dos Açores à disposição para uma reunião internacional, fomos logo buscar dez milhões aos americanos. Aqui até me perguntaram “quem é amigo, quem é?" e eu a moer-me para dentro. São todos nossos amigos mas na EDP o melhor portugês, José de Mello, se apresenta só com pouco mais de quatro e meio por cento. Não tenho problemas com os capitalistas ou multinacionais mas tudo tem de ter os seus parâmetros como tenho vindo a dizer.
Assim se vai entregando tudo enquanto ao mesmo tempo lhes pedimos, chamamos nomes e depois não temos força para lhes dizer "não". Vai-se sempre arranjar uma desculpa para termos de obedecer quando neste momento começa a aparecer material português no mercado estrangeiro que com outros que apareçam, nos podem levar à independência económica. Há uns sete anos notei o mesmo com o Brasil e vejamos o espaço que as suas exportações começam a ocupar a nível internacional. Compreendo as dificuldades que certas pessoas estão a passar individualmente, a desiluzão e desmotivação que todos os erros passados originaram mas devemos estar neste momento a começar a dar a volta à siatuação. Não queiramos voltar ao mesmo. Haja esperança.