quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Curling

O curling é um desporto praticado com calhaus* de granito polido, talhados e com formas estéticas reconhecidas internacionalmente para que deslizem sobre o gêlo. Este desporto é hoje praticado ao longo de um elegante rectângulo de gêlo e a finalidade é colocar um dos *calhaus no centro de um alvo aí desenhado, o que exige uma precisão excepcional. À parte um outro alvo muito praticado à horizontal, este é sem dúvida o que melhor define a horizontalidade técnica de um alvo.
Tem a particularidade de após o lançamento do *calhau de vinte kilos, os colegas da equipa do lançador irem **varrendo o gêlo de acordo com certas técnicas como a fricção, o pêso exercido pelo corpo, a intensidade e a amplitude do movimento, para que o gêlo aqueça e o *calhau possa deslizar melhor.
Os atletas são responsáveis pela altitude a que colocam a cabeça do gêlo, para que com a fuga da vassoura da sua posição vertical ao executar uma amplitude maior do que a habitual, não partam algum dente derivado ao impacto dos queixos no gêlo como aconteceu com a reconhecida atleta que vamos apresentar.
Sabe-se que o curling foi inventado de certeza na Escócia no século dezasseis ou dezassete.
A sua paternidade está no entanto um pouco desacreditada pois consta-se que já nesse tempo, os camponeses holandeses há muito se dedicavam a este desporto. Como se trata de um assunto internacional foi recentemente entregue a resolução do mistério à troika MI5, FBI e FSB, só que há anos que não encontram o lugar exacto para poderem iniciar as investigações.

*calhau é um sinónimo de "pedra".
** varrer é um sinónimo de "limpar" com a intenção específica de fazer deslizar o *calhau.


Lições práticas.
Concentração da lançadora.

Lançamento.
Se bem que os olímpicos costumem lançar com uma vassoura debaixo do braço na vez de se apoiarem nela por falta de experiência, fica aqui demonstrado que os atletas mais experimentados são capazes de lançar até mesmo com uma bengalinha.

Expectativa.

A satisfação do "dever" cumprido.

Fotos não autorizadas que foram gentilmente cedidas por paparazzis.

Mesmo treinando intensivamente este desporto uma vez por ano como num dia próximo que já lá vai há muito tempo, temos fortes esperanças que se tratando de uma atleta muito nova e promissora, consiga dentro de pouco tempo fazer parte da equipa olímpica de um país quente.

15 comentários:

  1. Chico Torreira, eu adoro este desporto e fico longas horas (até ao fim) a ver. Agradeço a lição de técnica de jogar mas falta uma coisa que ainda não compreendi totalmente. A pontuação como se faz porque os relatores da TV não se fazem explicar(percebem?!!). Eu sei que a pedra no centro ganham e ate medições fazem mas é só uma ou serão mais que contam? Um abraço
    Fernando AZENHA

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    1. Tens as regras aqui: Regras do Curling.
      "O Jogo divide-se em 10 “ends”, sendo que um “end” é algo equivalente a um “set” no ténis. Em cada “end” os 4 elementos de cada equipa lançam 2 pedras cada um.

      O objectivo é, após jogar todas as pedras em cada “end”, colocar uma pedra da nossa equipa o mais próximo possível do centro da casa, também chamado “button”. Após o lançamento de todas as pedras, a equipa com a pedra mais próxima do “button”, dentro da “casa de marcação”, ganha o “end”. Marca um ponto... ou mais. Caso também tenha a segunda pedra mais próxima do centro, marca 2, e assim por diante, 3 pontos se tiver as 3 pedras mais próximas, 4 se tiver as 4 mais próximas do centro, etc."
      (eu também não sabia isto)

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    2. Azenha
      Como já deves ter notado quase todos os rectângulos têm dois alvos, um em cada ponta. Têm a finalidade de no fim da maioria dos jogos os jogadores mudarem simplesmente de "ponta" ("end" em inglês), pois aproveitam as pedras que ficaram no lado oposto e assim ninguém necessita de as transportar. Por isso se dá o nome de "ponta" a cada jogo.
      Ao alvo composto de vários círculos que podes ver na segunda e quarta foto, dá-se o nome de casa ("home em inglês). Ao alvo central central neste caso de côr branca ("button” em inglês) pois o cinzento não conta e a equipa que fique com a pedra mais perto do centro, ganha como diz acima a São Rosas. Tem essa equipa o previlégio de contar todas as suas pedras ("stones" em inglês) que ficaram dentro dos três círculos e cada uma vale um ponto.
      Assim, a equipa que colocou a pedra no centro, se tiver mais duas pedras dentro dos cículos, conta três pontos como já foi dito e assim sucessivamente. A que perde a ponta,"jamais conta pontos".
      A ordem das côres nos alvos varia de acordo com os campos, havendo alguns que até têm um círculo em verde.
      Para se saber se a pedra está na casa, basta só que uma pequena parte dela cubra o círculo, como no ténis no caso de bola que se pensa que foi fora.
      Para apurar a equipa que ganha, conta-se a pedra que fica mais perto da circunferência central e se houver dúvidas, é medida com um compasso a distância que vai da pedra ao centro.
      A distância do lançador ao alvo, ronda os trinta metros.
      Cada equipa conta com quatro jogadores efectivos que lançam duas pedras cada, num total de oito por ponta.
      Se por aí houver um salão e aproveitares para passares uns momentos agradáveis, toma cuidado ao largares a pedra nos primeiros lançamentos, pois as pessoas não estão habituadas e quando ela parte caiem no gêlo que é duuuuuuuuuuuro. Dá-lhe também uma rotação muito ligeira que balance o ângulo que deste à pedra e assim criares uma curva ("curled" em inglês e que deu o nome a este desporto:curling), pois se assim o não fizeres a pedra não vai para o local que desejares derivado às fricções que fôr encontrando. Serve também para contornar outras pedras como fazemos no bilhar. Aproveita e "põe" os teus colegas a varrer de acordo com a velocidade e direccção que escolhas para a pedra. A perna baixa, é toda uma estória: enquanto se não está habituado, sofre-se. Não forces. Penso que com a informação dada pela São Rosas e esta achega, ficas em melhor condições para te aperceberes do que se passa no campo quando vires um jogo deste. Manda sempre.
      Um abraço

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  2. Boa, Chico !!!. Já tinha visto na TV este jogo e sempre achei graça à varridela. Trata-se de um jogo de precisão, que depende muito do impulso dado pelo jogador ao "disco". E dos ajudantes...

    A jogadora da foto, de sorriso gaiato, já tive o prazer de conhecer pessoalmente. É "marca" Torreira da Silva...
    Um abraço

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    1. Quito
      É um jogo que descontrai, requer muita inteligência e muita técnica para os que querem ganhar... Quando é preciso afastar as pedras adversárias do alvo, faz-me lembrar o bilhar livre.
      Não sabia que a atleta já tinha andado por aí a fazer sessões de autágrafos. :)

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  3. Ora ainda bem que os paparazi estavam atentos e chatos quanto baste!
    Mas por aqui também há calhaus a quem varrem o caminho para chegar onde querem.E não são poucos!
    Esta "artista da foto" conhecêmo-la bem! E a preparação com o calhau que leva com muito profissionalismo (digo eu) não tarda que tenha um podium!
    Começa com muita concentração, mas depois o sorriso é a expressão de felicidade!Que é fresquinha!
    Como diz o nosso Tonito (ele que escreva no seu comentário uma das suas muitas expressões)..BOA MALHA!

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    1. Rafael
      Foi uma forma engraçada de falar de um desporto que não se praticava aí no meu tempo. As pessoas admiram a precisão mas não conhecem os meandros para lhe dar o verdadeiro valor.
      Quanto à atleta, foi uma forma de mostrar os primeiros passos neste desporto, com uma bengalinha.
      Como está a nevar pela primeira vez este ano e esperamos chuva que se vai transformar em gêlo de certa espessura, hoje poder-se-ia jogar curling na rua como os holandeses no passado jogavam no campo. Tudo evolui.

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  4. Eu sou mais bolos sem açúcar.
    Mas este jogo para o JE é calmo demais, para o meu feitio patriótico.
    Boas fotos, Assunto.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Tonito
      Para quem vê o jogo, é calmo se bem que excitante quando se conhecem as regras e dificuldades que se apresentam aos jogadores. Para os jogadores, é uma pressão imensa.

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  5. Gosto, acima de tudo, da concentração da lançadora.
    Por motivos óbvios, este jogo que me parece muito interessante, por cá não se pratica.
    Com muito boa vontade, pode-se comparar ao popular jogo da "malha".
    Por isso, estou de acordo com quem exclama: Boa malha!
    Só que na "malha" não há varredelas...

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    1. Pensava que já se fôsse praticando, Carlos Viana. De jogos de inverno, é de facto o mais parecido.
      Aqui varre-se tudo e é cá cada varridela...

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  6. Carlos Viana
    Falei em varridela mas não disse a que aconteceu hoje...
    Os jornalistas descobriram que um desamparado que se demitiu por livre vontade das funções que desempenhava numa companhia estatal e de acordo com o contratro, ia levar um "prémio” de partida de €417.000.00 mais direito a motorista com carro e secretária por três anos. Estou apreensivo porque não sei se também tem direito a escolher a secretária. O próximo que os jornalistas descubram, naturalmente até terá direito a escritório e ... este já não deve ter sorte porque a pressão mediática vai ser muito grande.

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  7. Chico, de jogos pouco percebo, provavelmente porque nunca me interessei...
    Agora digo-te, sinceramente, adorei ver esta atleta tão especial!!!

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  8. O jogo é giro e tem a sua técnica. Muito agradável mesmo a ver jogar. A atleta foi apanhada de surpresa pois só soube desta brincadeira quando viu os blogues.

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