terça-feira, 15 de março de 2011

A indústria e as minhas mágoas

O Carlos Viana pediu-me há algumas semanas que escrevesse sobre a minha experiência de gestão de empresas industriais em dificuldades, nomeadamente empresas de Coimbra.
Já lhe expliquei que é um assunto que me deixa sempre muito triste. Para mostrar um pouco das razões dessa minha tristeza, deixo-vos uma ligação para o texto que escrevi hoje, com base numa notícia de ontem da Rádio Caria:




Carveste... e memórias minhas

     

39 comentários:

  1. Já fui ao outro ládo e li o assunto.
    São coisas muito chatas de resolver.
    Quem está metido nelas por norma está
    sempre na mó debaixo.
    Pois isto de mós é sempre mau.
    Por cima ou por baixo dá sempre para
    o azar.
    Um Abraço.

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  2. Excelentemente resumido, Tonito.
    Abre aço!

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  3. Do Carlos Viana também. Às 3h da madrugada. Lá vais ter que lhe pagar as horas extra...
    E este assunto, como previa, deixa-me bem abaladito. Que inveja da São Rosas que só se "preocupa" com coisas eróticas...

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  4. "Tudo isto, para dizer que tenho por certo que quando os trabalhadores se decidem pela greve o fazem numa última tentativa de salvaguardar a sua sobrevivência.
    Salvaguardemos as greves de classes privilegiadas que tentam conservar e aumentar os seus privilégios. Essas nada têm a ver com este meu inflamado discurso!..."

    O comentário acima, feito pelo Carlos Viana, e que, com a devida vénia, extraí do contexto e cito, resume na perfeição o meu pensamento.

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  5. Só para ilustrar um pouco o que penso a esse respeito, cito de memória o que ouvi ontem de manhã na Antena 1, antes de ir para o trabalho, sobre a greve dos transportadores. Um elemento de um piquete dizia: "os que tentarem passar serão convidados a parar. Se não o fizerem, sofrem as consequências".

    Nas várias situações por que passei, tive muitas vezes que falar em "plenários de trabalhadores". E posso-vos garantir que uma coisa eram as preocupações que os trabalhadores me transmitiam e outras, bem diferentes, as que me eram transmitidas pelos representantes dos sindicatos.
    No sentido inverso, dizia-lhes alhos e eles iam transmitir que eu tinha falado em bugalhos.
    O bolo no topo da cereja foi quando puseram uma faixa no IC2, na Adémia, com a frase "a Administração da Miderâmica mente aos trabalhadores". Chamei os delegados sindicais e perguntei-lhes em que é que lhes tinha mentido e quem tinha feito aquilo:
    - Não sabemos quem fez aquilo. Não temos nada a ver com isso.
    - Em que é que menti aos trabalhadores?
    - Não temos nada a ver com isso.
    Do que vocês me fazem recordar...

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  6. A situação de gestor do Paulo compreendo-a e
    sei que ao descrever a dinamica da gestão que fez com toda a honestidade e sabedoria( disso não tenho dúvida) dá-me a conhecer com verdade o que se passa nessa área...o que nunca tive possibilidade de saber com esta clareza.
    A sua experiência na Miderâmica foi muito interessante conhecê-la...pois eu trabalhava na Estaco quando a "passagem" de muitos trabalhadores foi negociada e para lá foram transferidos.Acompanhei bem estes problemas pelo
    lado dos trabalhadores...não foi fácil!
    A greve tem a força que todos conhecemos e é um direito que devemos utilizar com inteligência
    e não com demagogia "baixa".Falo assim por ter aderido a muitas quer na privada quer no Estado...mas também constatei,infelizmente,que algumas Direcções sindicais se comportaram como
    "patrões" em relação aos seus colegas...e sai muito magoada por não pactuar com pessoas dessas.
    Enfim,é um desabafo...a honestidade é essencial em qualquer cargo que desempenhemos!

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  7. Olinda, é o que eu penso também.
    O problema, quer das administrações, quer dos sindicatos, é quando se pretende usar a empresa para satisfazer interesses pessoais ou políticos.
    Mas isso leva-nos a outro ponto: os trabalhadores, de uma forma geral, cumprem as suas obrigações. Alguns, mais que isso. E outros, menos que isso. Estes últimos, caso não haja uma gestão adequada, tendem a provocar a saída dos elementos mais válidos. Escrevo sobre isso no livro «Persuacção». E, como não escrevi lá mas quem trabalha comigo me ouve repetir sempre que necessário: uma empresa não é a Santa Casa da Misericórdia.
    Outra coisa é a minha comparação entre Coimbra e outras cidades, no que diz respeito às pessoas que trabalham na indústria transformadora. Mas isso fica para o texto que prometi ao Carlos Viana...

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  8. Acabo de ler o excelente artigo e comentários aqui referidos e que são dignos de passarem as fronteiras de um blogue. Tratou-se de uma leitura que deve ser analizada na sua profundidade pois realçam-nos vários problemas que muitos já conhecem mas nada se perde em reavivar a memória. Não me vou debruçar sobre o que foi escrito tanto neste artigo pelo Paulo Moura como no excelente comentário do Carlos Viana, pois está tudo tão claro que nem vale a pena ir decorticar a luta dos dois lados antagónicos. O meu pensamento vai para eles.

    Todos sabemos que quando os trabalhadores vão em greve já perderam direitos que não mais recuperarão.
    Por outro lado, jamais um sindicato que de facto quer salvar os postos de trabalho vai negar uma associação com o responsável em funções e muito menos com o patronato. É assim que aqui sindicatos em situações idênticas às descritas neste artigo, fizeram. Sujeitaram-se depois a fazerem livremente muitas horas extraordinárias, a salários baixíssimos e hoje tanto eles como o patronato só lamentam de o não terem feito há mais tempo. Salvaram as empresas, acabaram as discussões, têm os postos assegurados e com o tempo foram reconquistando melhorias e regalias que continuam a obter mas de forma concertada, pois fazem parte da sociedade e da gestão. Foi difícil, em alguns casos tiveram de recorrer à "ajuda económica" da própria central sindical mas hoje tiram os proveitos do que fizeram. Muito gostaria de ver Portugal e os portugueses seguirem esse caminho para que um dia mais tarde ouvíssemos falar do nosso cantinho, como se ouve falar do Canada. Dá para pensar.


    Carlos Viana

    Agora compreendo porque tantos têm tentado que venhas publicar alguns escritos no cantinho que representa esta blogue. Hoje junto a minha voz.

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  9. Chico, quem me dera também (e, principalmente, quem dera a todos os trabalhadores dessas empresas em dificuldades) que fosse assim: ver-se como parceiros o que actualmente se tende a ver como adversários. «Tous dans le même bateau».
    E não nos esqueçamos de uma verdade de Monsieur de la Palisse: todas as empresas em crise já estiveram "saudáveis". E, com frequência, o que as faz entrar em crise é seguirem a mesma estratégia que seguiam antes.

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  10. Paulo Moura

    É absolutamente verdade mas infelizmente o sêr humano é assim, quer sejam patrões ou empregados.
    Esta união aqui foi possível com a crise de 1991/93 pois os políticos tinham andado de olhos fechados e deixaram-nos chegar a uma situação em que tudo se afundava. Só em Montreal fecharam 470 estações de abastecimento de gasolina e trezentas e tais "sucursais bancárias" sem falarmos no resto, o que parece inacreditável pois é raro o país que chegue a este ponto. Com uma situação dessas não havia trabalho. Nem os proptietários tinham condições para recomeçar pois todos sabemos que muitas empresas trabalham com o crédito bancário, nem os empregados tinham para onde ir. Foi a fatalidade que criou essas uniões. Quando aí chegarem a uma situação idêntica, estou convencido que a mentalidade mudará dos dois lados. Espero que não cheguem. Por sua vez, ao contrário do que deixam transparecer e até nem querem que se fale nisso, as centrais sindicais são muito ricas. Quantas fatalidades serão precisas? Pensemos em dias melhores pois o caminho ficou aberto.

    Quanto ao mentir da administração e transmitirem bugalhos na vez de alhos, é desgastante para quem é honesto. No entanto, truques desses foram utilizados dos dois lados no passado, o que não justifica o descrito no comentário. Hoje essa situação pode ser ultrapassada com as redes de comunição sociais como o télémóvel, a internete, face book, twitter, etc, sem esquecermos que a indústria do contra tem muita força. Que o digam os árabes que têm uma revolução a nível geral irreversível pois é só uma questão de tempo.

    Cá fico à espera para piscar o olho ao texto prometido ao Carlos Viana, se não é pedir de mais.

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  11. Esperas que nunca chegue esse dia, Chico? Diz-me que indústria transformadora há em Coimbra... e tenta perceber as causas disso.
    Só para teres uma ideia que poderei abordar com mais detalhe no tal texto prometido ao Viana: sabias que, de 1996 a 2000, das duas fábricas de faiança do grupo Subtil (nas Caldas e a Miderâmica, em Coimbra), que tinham produtos (faiança utilitária e decorativa) e tecnologias idênticas, a de Coimbra tinha o dobro dos níveis de absentismo da unidade das Caldas? Convido-te a reflectir sobre as causas disso...

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  12. Paulo Moura

    Cada um sofre de acordo com o local em que está e quando sofre, é que sente. Ninguém vai sentir por ele. Coimbra nunca teve grande indústria e o problema é quando cai todo o sistema económico como pode vir a acontecer aí. Sendo assim, laboralmente ainda compreendo menos a atitude dos sindicatos. A quente compreendo plenamente o sindicalizado, principalmente quando de cima lhe falam de bogalhos na vez dos alhos. Mas esse é o mal do nosso País, vem de cima como na política e todas as outras organizações, incluindo os sindicatos pelo que vejo. A indústria do contra tem muita força.

    Por outro lado o caso é muito mais profundo e mais uma vez digo que a culpa é dos políticos, pois se a indústria transformadora não funciona numa zona ou mesmo no país, há que criar condições para que outros vectores económicos funcionem. O Canada tem como maior cliente os EU que compra 80 a 85% da sua produção. Foi o problema da crise 1991/93. Nesta os políticos têm trabalhado para irem reestruturando constantemente a capacidade e tipo da oferta do Canada. Têm fechado muitas empresas mas também têm aberto muitas outras, o que permite o movimento da mão de obra. É por isso que eu falo muito contra os nossos adoráveis políticos, qualquer que seja o lado se bem que esteja consciente que não serão todos. Têm cursos superiores, muitos viveram ou estagiaram no estrangeiro mas com boa intensão tenho que reconhecer que pelo menos lhes falta capacidade, pois nem são capazes de chamarem um Albert Winsemius como fez Singapura. O orgulho deles não leva a nada e os nossos sofrem. De notar que este país dá muito boas condições a empresas estrangeiras para se radicaram nestas terras, impondo-lhes as suas leis sociais internas e além fronteiras e nem por isso deixam de vir.

    Pelo que me tenho apercebido e dizem pessoas que por aí passam, é que há uma grande radicalização de posições na nossa sociedade que a nada de bom leva. Dizem que acabaram com a guerra fria entre os países, o que não é verdade mas no fundo, criaram uma muito pior entre os indivíduos. Tenhamos esperança porque há a lei das compensações.

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  13. Chico, no caso de Coimbra (ao contrário de Aveiro e Cantanhede) a aposta é quase exclusivamente na universidade (um amigo meu diz que "a torre da Universidade de Coimbra tem umas raízes tão fundas que seca tudo à volta") e na indústria da saúde.
    É uma opção.

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  14. Paulo Moura,
    Terás de me dizer se fui eu que te deixei "abaladito".
    Nada que não possa ser resolvido em volta de um bom chouriço.

    Sãozita,
    Tenho um amigo que diz que a sombra da torre da Universidade não deixa a cidade florescer.
    Não sei se será o mesmo...

    Abr'aço, para um e para outra.

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  15. Carlos Viana, o que me deixa abaladito não é por mim (e muito menos por ti): é por ter que "rever" situações em que, como todos sabemos, os postos de trabalho de muita gente estavam em risco. Só nas empresas em que eu estive envolvido em funções de "gestão de empresas em risco", mais de 800 pessoas. Abaladito fico quando, em alguns casos, o esforço que fiz, se deu alguns resultados enquanto lá estive (tive a sorte de nunca alguma empresa ter fechado ou deixado valores em atraso a trabalhadores - ou à Segurança Social ou ao Fisco, acrescente-se, que também me iriam ao pêlo - durante a minha gestão) em alguns casos, passados alguns anos, vi-as fechar...
    É isso que me deixa abaladito. Mas o chouriço recompõe-me... se for às rodelas.
    O meu amigo que diz isso das raízes da Torre também me disse uma vez que "a melhor notícia que Coimbra poderia ter era aparecer na primeira página do Diário de Coimbra «a Torre da Universidade caíu»".

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  16. Carlos Viana, o Paulo Moura esqueceu-se de te "abre assar". Não ligues, está abaladito. E agora ficou mais, a pensar nas praxes que pode sofrer com... o chouriço...

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  17. Meus caros,
    Nunca estudei na Universidade de Coimbra mas deixem estar a torre. As pessoas quando alguma coisa corre mal, a culpa é sempre do minino do lado e talvez seja isso, a torre está-se a deslocar do centro da cidade. Aqui no passado não se podia construir casas mais altas do que a torre da igreja do sítio mas essa, nem nesses problemas se tem metido.

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  18. Chico, se puderes compara a Universidade de Coimbra com a Universidade de Aveiro, nas suas ligações ao tecido empresarial... e recíprocas.
    Faço isso há 30 anos. E as diferenças são enormes.

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  19. São Rosas

    Trinta anos? Isso é muito erótico. Contenta-te com a torre da universidade de Coimbra, é muito geitosinha e agora até está limpinha.
    Sinceramente, nesse caso visto de longe, penso que há falta de inciativa. Pelo que ainda há poucos anos acompanhei, hoje uma universidade tem de estar ligada com o campo empresarial sobre vários aspectos. Já agora, se falasses com o teu amigo Paulo Moura não se perderia nada, pois conhecimentos, poder de iniciativa e boa disposição não lhe falta.

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  20. Sãozita,
    Se estiveres com o Paulo Moura, pergunta-lhe se sabe onde é que posso adquirir o seu livro.
    Será que em Oliveira do Hospital o poderei encontrar?
    Dá-lhe um abr'aço.

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  21. A Universidade de Coimbra é uma estrutura muito pesada, Chico.
    Quando fiz o mestrado na Faculdade de Economia (que resultou no livro «Persuacção», que estará à venda na feira dos enchidos e do queijo em Oliveira do Hospital), disseram-me que o tema abordado (a ligação entre filosofia à gestão) abria uma caixa de Pandora. Só se for em Portugal, porque na maioria dos países essa ligação é prática corrente no ensino da gestão. Propus que se criasse essa disciplina na licenciatura em gestão da FEUC. Isto foi em 2002. Sabes tanto a resposta como eu.
    Entretanto:
    - na Universidade Lusófona, em Lisboa, há um Mestrado de Comunicação nas Organizações onde introduziram uma cadeira de Retórica e o meu livro faz parte da bibliografia recomendada;
    - faz parte também da bibliografia obrigatória da cadeira de 1.º semestre da Escola de Direito da UCP, Pensamento Crítico.
    Chacun est heureux à sa façon.

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  22. Paulo Moura

    P e s a d a -- a pedra é antiga.
    Enfim falando a sério: - Penso que é pesada e fechada pelo que já pude ver. Por outro lado temos um provérbio muito nosso que é uma fatalidade: santos da casa não fazem milagres. Como a minha família vai aí passar se não houver nada em contrário, aonde é que em Coimbra esse livro está à venda? Não perco nada em lê-lo.

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  23. Chico, o livro está à venda na FNAC e na Bertrand, mas como já é de 2004 é natural que não tenham exemplares disponíveis nas lojas de Coimbra.
    Mas se quiseres terei todo o gosto em enviar-te o livro pelo correio... ou entregar um exemplar a alguém do Bairro que to possa fazer depois chegar às mãos. Vou levar um para o Carlos Viana amanhã...

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  24. Paulo Moura

    Estava a escrever quando vi o comentário resposta. No caso de não haver de facto o livro nas livrarias e como tenho visto a vossa amizade, agradecia que o fiel depositário seja o Rafael, caso aceite. Vou-lhe enviar um email. Como o livro nesse caso já está pago, não esquecer de deixar a dita pois aqui "money is money".
    Pelo que li do novo reitor, tem um bom CV e parece-me relativamente novo mas sinceramente é: uma esperança, uma realidade, ouôôôôôôôôô?
    Seria ao pêso da universidade que ele se referia ao dizer em abrir a universidade?
    Não sou "letrado" como diz o alentejano mas gosto de saber e por vezes até ajuda a compreender. Por este lados, pelo que me apercebi há uns anitos, os professores por aqui também estavam interessados nos trabalhos que arranjavam para a universidade pois dava-lhes para arredondarem o ano, ajudar a pagar em parte os estudantes que os acompanhavam e o resto ficava para a universidade. Isto foi o que me apercebi e sendo assim, também motiva todos os intervenientes, o que é um grande motor. Não faço ideia como se passa aí. Obrigado.

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  25. O reitor anterior também era dinâmico, Chico. Mas não chega. Vamos ver...

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  26. Garantidamente, nem que caia a torre da Universidade e mais o Carmo e a Trindade, amanhã vou comer uma deliciosas rodelas de chouriço com muita persuacção.
    Que bom!
    Abração deste murcom.

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  27. A questão da falta de ligação da Universidade à Cidade é um crime sem culpado. Sem culpa de ninguém em concreto, culpa de todos em abstracto.
    As chamadas "forças vivas" da Cidade bem podem bramar que a culpa é da velhice da Torre, a Universidade bem pode dizer que a culpa é de todos menos dela, que só conseguirão convencer os muito distraídos.
    A Reitoria, que cessou funções recentemente, vinha a dar passos importantes de uma nova dinâmica de interacção com a Cidade. Não conseguiu, contudo, passar de questões pontuais, muito pouco ficando estruturado para o futuro.
    O exemplo de Aveiro é um bom exemplo. Estou em crer que será muito difícil de ser seguido em Coimbra, infelizmente.
    Vejamos o que nos traz a nova Reitoria. Confesso que não tenho muita fé mas também é verdade que sou homem de pouca fé.
    e a Fé é que nos salva...

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  28. Até amanhã, rapaz!

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  29. Nunca percebi como é que a fadista Maria do Fé nos pode salvar. Amanhã explicas-me... à frente de umas rodelas de chouriço.

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  30. Quando recentemente vi a noticia da eleição do novo Reitor, fiz um rasgado elogio à sua pessoa, sublinhando o facto de numa conversa curta que tive com ele há um ano atrás, me ter ficado a impressão ( diria, certeza...) de que se trata de uma pessoa de elevada craveira intelectual e grande dinamismo.
    A verdade é que o que dele conheço resulta apenas dessa breve conversa.

    Curiosamente, no último almoço em Penacova, estive a falar sobre ele com o Jo_Jo, que me explicou sumariamente os contornos da eleição para o cargo de Reitor e, a meu pedido, me desenhou a traço leve a personalidade do novo Reitor.
    Sou defensor de duas caracteristicas basilares de uma Universidade:

    - A sua autonomia
    - A transmissão do conhecimento à sociedade
    e a sua abertura a ela.

    A verdade é que, depois dos esclarecimentos que o Jo_Jo me deu, surgiram-me sérias dúvidas sobre a força destas características fundamentais na eventual gestão próxima da Universidade de Coimbra.

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  31. O Paulo Moura sempre disse que era "anticéptico"... mas de vez em quando fraqueja nesse intento.

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  32. Paulo Moura

    Depois de ler o livro, de certeza que ficarei mais rico.
    Obrigado.

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  33. Chico, eu é que ficarei mais rico depois de vender o livro.

    Ahahahahahah!

    Abre aço!

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  34. É sempre a mesma coisa quando se trata de falar sobre Coimbra e as suas instituiões, as outras cidades e as suas instituições é que são a nata da competência!
    Em relação à Universidade o que tenho lido nos jornais são acordos com as autarquias sejam elas de Coimbra, Penela, Cantanhede e outras.
    Essa fase de a Universidade secar tudo á sua volta, hoje penso eu, já não é assim!
    Já não estamos no tempo quando se chegava às férias grandes, Coimbra parecia um aldeia até á reabertura das aulas na Universidade!

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  35. Paulo Moura

    Compreendo. Economista não pode deixar cair os seus créditos.

    Ahahahahahah!

    Abraço!

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  36. Rafaelito, não se trata de "deitar abaixo Coimbra". Mas não sejas tão Bairrista (olha o que eu te estou a pedir... ahahahah) que não queiras ver a diferença de postura das diferentes Universidades na ligação à "vida real".

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  37. Chico, levei ontem o livro para o Rafael... mas ele disse-me que o familiar teu só vem cá daqui a 2 meses. Ena! Isso nem fiado seria. Ainda o Rafael se esquecia de onde tinha guardado o livro... e eu de to cobrar :O)
    Quando for o dia da vinda dessa pessoa, só me dizes (ou ao Rafael).

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  38. OK.
    Então passemos a exemplos concretos de parcerias que existem entre as Diversas Universidades com o tecido empresarial e autarquias, incluindo como é evidente a de Coimbra, incluindo a investigação cientifica.
    Será que o JóJó em relação a Coimbra pode dar uma ajuda neste esclarecimento?

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