Na placa octogonal do primeiro poste em cima, a palavra escrita não é stop. É a palavra Arrêt pois no Quebec, "on dzit" que a pureza da língua não tem preço.
Não me vou meter por caminhos que desconheço. Será que o novo acordo ortográfico, defende a pureza da nossa língua ? Não sei. O que sei, é não consigo escrever "atual", "direção" ou quaisquer outras novas formas de escrever muitas palavras. Talvez consiga ....com o tempo.. Um abraço para o Canadá ....
Meu caro Chico Torreira, Não me parece grave que um povo, por influências seculares de outros povos, introduza na sua linguagem neologismos. No Quebec manteve-se o "arrêt" não cedendo à influência inglesa. Fizeram bem, respeite-se a decisão. Por cá, cedemos à influência e adoptamos o stop como palavra integrada na língua portuguesa. Penso que, daí, também não vem nenhum mal, nem ao mundo nem à língua portuguesa. Isto é, nós decidimos que stop é português e... stop! Para mim o que se passa de grave, de muito grave, são as alterações feitas à língua portuguesa por decisões externas. O chamado acordo ortográfico ( digo assim porque não foi um acordo mas sim uma negociação que só serviu os nossos irmãos brasileiros ) obriga os portugueses a rebuscarem a vontade e a necessidade de voltarem aos bancos de escola. Sou um privilegiado porque, não tendo vontade, também já não tenho necessidade...
Note-se a contrariedade do Quito. Bem o compreendo. Ele diz: "talvez consiga..." Eu digo que não me apetece estar para isso.
Quito O que teve piada foi a neve colar-se na vertical, pois é necessário um equilíbrio muito grande entre um certo tipo de neve, de temperatura, vento sufiente e não mais, para que tal tenha acontecido. Por aqui há muita neve mas deste tipo nem sempre. Quanto à nossa língua é uma situação inversa. O país com maior população e situação económica idêntica ou superior, tem tendência a apropriar-se do comando da língua. Ora nós não aceitamos tal em relação ao Brasil e relativamente próximo em relação a Angola. Mais umas décadas. Aqui aceitam-no pois têm orgulho de serem diferentes do resto da América do Norte e tudo fazem para manter o francês. Há no entanto um grande número de pessoas que ainda estão arreigadas à língua falada no tempo colonial, mais precisamente anterior às reformas de Napoleão. Como várias vezes empregas palavras francêsas, deves ter notado que escrevi como lêm o verbo na terceira pessoa: dzit mas escrevem, dit. Na vez de toi, dizem tué (tuê), etc. Os brasileiros em ralação à gramática, utilizam-na por vezes como os nossos antepassados. Temos um caso no nosso país com os açoreanos que derivado à colonização francessa a que estiveram sujeitos, há sítios como em Rabo de Peixe em que escrevem em português homem e lêm home, do francês homme. Assim como muitas vezes não lêm a consoante final como no françês "nan querem lá vêê". É muito giro como actuamos e reagimos interiormente a estas formas de ser. Por enquanto, vamos deixando cair as letras para bem dos nossos dedos. Bem, não vou ser mais maçudo. Um abraço.
O "Arrêt" no Quebec é uma questão de base histórica e hoje muito derivado à posição geográfica desta província. Histórica porque eles para a França e Inglaterra, não contavam. Sempre que uma delas perdia uma guerra contra a outra, entregava o Quebec. Assim os naturais daqui, só nos últimos anos começaram a aproximarem mais da França derivado ao meio artistico, pois pensavam que foram sempre traídos. Hoje é geográfico porque se sentem cercados de ingleses por todos os lados quando no pasado o Canada que era só francês, ia da Terra Nova até ao golfo do México. Quebec foi o nome que os Ingleses atribuíram a este canto. Ainda hoje existem os estados de Vermont e Louisina nos EU com pessoas e comércios com muitos nomes franceses mas que não falam francês. Por isso lutam por todos os meios para manter o francês na América do Norte, pois dentro de Montreal há cidadezinhas inglesas aonde se vê o sinal de "STOP". Na própria França usam muito o "STOP". Quanto ao português penso que o que escrevi no comentário para o Quito diz tudo do que tenho visto e ouvido por estes lados. Aqui ainda há muita gente que fica admirada quando digo que o brasileiro fala português porque os dicionários que se vêm à venda nas livrarias locais, são de brasileiro/Inglês ou /francês. No entanto o brasileiro tem orgulho de dizer que fala português, por aqueles com quem tenho falado. Também notei que gostamos de ouvir falar os brasileiros e eles gostam de nos ouvir falar. É por isso que o mundo se não tomba. Quanto a nós, vamos deixando cair umas letras como disse acima. Um abraço.
Já não será no meu tempo...mas com tanto acordo, sempre em desfavor do português, lá chegaremos à velha frase de "prêtuguês"(o nome não é invenção minha) O melhor de fato é eu vestir o fato novo e ir bugiar para outro lado!
No prêtuguês já temos vários tipos de crioulo. Só falta o nosso! Estamos no entanto quase a entrar no "joal", que se trata de uma mistura de português com inglês e aqui já é muito falado com a mistura de francês/inglês. Não esqueçamos o português das prisões e o que mais adiante se verá.
Não me vou meter por caminhos que desconheço. Será que o novo acordo ortográfico, defende a pureza da nossa língua ? Não sei. O que sei, é não consigo escrever "atual", "direção" ou quaisquer outras novas formas de escrever muitas palavras.
ResponderEliminarTalvez consiga ....com o tempo..
Um abraço para o Canadá ....
Meu caro Chico Torreira,
ResponderEliminarNão me parece grave que um povo, por influências seculares de outros povos, introduza na sua linguagem neologismos.
No Quebec manteve-se o "arrêt" não cedendo à influência inglesa. Fizeram bem, respeite-se a decisão.
Por cá, cedemos à influência e adoptamos o stop como palavra integrada na língua portuguesa.
Penso que, daí, também não vem nenhum mal, nem ao mundo nem à língua portuguesa.
Isto é, nós decidimos que stop é português e... stop!
Para mim o que se passa de grave, de muito grave, são as alterações feitas à língua portuguesa por decisões externas.
O chamado acordo ortográfico ( digo assim porque não foi um acordo mas sim uma negociação que só serviu os nossos irmãos brasileiros )
obriga os portugueses a rebuscarem a vontade e a necessidade de voltarem aos bancos de escola.
Sou um privilegiado porque, não tendo vontade, também já não tenho necessidade...
Note-se a contrariedade do Quito.
Bem o compreendo. Ele diz: "talvez consiga..."
Eu digo que não me apetece estar para isso.
Abraço aos dois.
Quito
ResponderEliminarO que teve piada foi a neve colar-se na vertical, pois é necessário um equilíbrio muito grande entre um certo tipo de neve, de temperatura, vento sufiente e não mais, para que tal tenha acontecido. Por aqui há muita neve mas deste tipo nem sempre.
Quanto à nossa língua é uma situação inversa. O país com maior população e situação económica idêntica ou superior, tem tendência a apropriar-se do comando da língua. Ora nós não aceitamos tal em relação ao Brasil e relativamente próximo em relação a Angola. Mais umas décadas. Aqui aceitam-no pois têm orgulho de serem diferentes do resto da América do Norte e tudo fazem para manter o francês. Há no entanto um grande número de pessoas que ainda estão arreigadas à língua falada no tempo colonial, mais precisamente anterior às reformas de Napoleão. Como várias vezes empregas palavras francêsas, deves ter notado que escrevi como lêm o verbo na terceira pessoa: dzit mas escrevem, dit. Na vez de toi, dizem tué (tuê), etc.
Os brasileiros em ralação à gramática, utilizam-na por vezes como os nossos antepassados.
Temos um caso no nosso país com os açoreanos que derivado à colonização francessa a que estiveram sujeitos, há sítios como em Rabo de Peixe em que escrevem em português homem e lêm home, do francês homme. Assim como muitas vezes não lêm a consoante final como no françês "nan querem lá vêê". É muito giro como actuamos e reagimos interiormente a estas formas de ser. Por enquanto, vamos deixando cair as letras para bem dos nossos dedos. Bem, não vou ser mais maçudo.
Um abraço.
Carlos Viana
ResponderEliminarO "Arrêt" no Quebec é uma questão de base histórica e hoje muito derivado à posição geográfica desta província. Histórica porque eles para a França e Inglaterra, não contavam. Sempre que uma delas perdia uma guerra contra a outra, entregava o Quebec. Assim os naturais daqui, só nos últimos anos começaram a aproximarem mais da França derivado ao meio artistico, pois pensavam que foram sempre traídos. Hoje é geográfico porque se sentem cercados de ingleses por todos os lados quando no pasado o Canada que era só francês, ia da Terra Nova até ao golfo do México. Quebec foi o nome que os Ingleses atribuíram a este canto. Ainda hoje existem os estados de Vermont e Louisina nos EU com pessoas e comércios com muitos nomes franceses mas que não falam francês. Por isso lutam por todos os meios para manter o francês na América do Norte, pois dentro de Montreal há cidadezinhas inglesas aonde se vê o sinal de "STOP". Na própria França usam muito o "STOP".
Quanto ao português penso que o que escrevi no comentário para o Quito diz tudo do que tenho visto e ouvido por estes lados. Aqui ainda há muita gente que fica admirada quando digo que o brasileiro fala português porque os dicionários que se vêm à venda nas livrarias locais, são de brasileiro/Inglês ou /francês. No entanto o brasileiro tem orgulho de dizer que fala português, por aqueles com quem tenho falado. Também notei que gostamos de ouvir falar os brasileiros e eles gostam de nos ouvir falar. É por isso que o mundo se não tomba.
Quanto a nós, vamos deixando cair umas letras como disse acima.
Um abraço.
Já não será no meu tempo...mas com tanto acordo, sempre em desfavor do português, lá chegaremos à velha frase de "prêtuguês"(o nome não é invenção minha)
ResponderEliminarO melhor de fato é eu vestir o fato novo e ir bugiar para outro lado!
Dom Rafael,
ResponderEliminarTerás de vestir o "terno" que, em português do Brasil, se traduz por fato.
Rafael
ResponderEliminarNo prêtuguês já temos vários tipos de crioulo. Só falta o nosso! Estamos no entanto quase a entrar no "joal", que se trata de uma mistura de português com inglês e aqui já é muito falado com a mistura de francês/inglês. Não esqueçamos o português das prisões e o que mais adiante se verá.
Olha Chico, eu nem leio STOP nem ARRÊT...apenas vejo neve, bem branquinha e fresca!
ResponderEliminarCeleste Maria
ResponderEliminarTem toda a razão. Nós é que somos obrigados de descobrir o que lá está pois o shui não perdoa.