ADVOGAR EXIGE RACIOCÍNIO RÁPIDO, INTELIGÊNCIA
.................E CLIENTE ESPERTO
Num Tribunal em Inglaterra um réu estava a ser julgado por suposto assassinio de um vizinho....
Havia evidências indiscutíveis sobre a culpa do réu, mas o cadáver, esse nunca aparecera.
Quase ao final da sua sustentação oral, o advogado, receoso de que seu cliente fosse condenado pelo acto de que era acusado, recorreu a um truque:
- "Senhoras e senhores do júri, senhor Juiz, eu tenho uma surpresa para todos!" - disse o advogado olhando para o seu relógio...
- "Dentro de um minuto, a pessoa que aqui se presume ter sido assassinada pelo meu cliente , entrará na sala deste Tribunal."
E parou a olhar para a porta da Sala de Audiências.
Os jurados, o próprio Juiz surpresos, e também ansiosos, ficaram estáticos a olhar para a porta da Sala de audiência. Decorreu um longo minuto e nada aconteceu, para espanto de todos os presentes.
O advogado, então, completou:
- "Realmente, eu falei sobre a entrada na sala da suposta vitima e todos vocês olharam para a porta com a expectativa de a ver entrar na sala. Portanto, ficou bem claro que todos têm dúvidas neste caso, ou seja nenhum dos senhores têm a certeza de que alguém realmente foi morto.
Por isso insisto para que vocês considerem o meu cliente inocente". (In dubio pro reo) na dúvida a favor do réu.
Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final.
Estranhamente apenas alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:
- "Culpado!"
- "Mas como?" perguntou o advogado...
"Eu vi que todos vocês olharam fixamente para a porta, é de se concluir que estavam em dúvida! Como é possível condenar na dúvida?"
E o juiz então esclareceu:
- "Sim, todos nós olhámos para a porta, menos o seu cliente..."
"MORAL DA HISTÓRIA:"
"NÃO ADIANTA SER UM BOM ADVOGADO SE O CLIENTE FOR ESTÚPIDO ".
Na verdade, para se condenar um suspeito de assassínio, é necessário concorrerem simultâneamente as provas de 2 factos atribuíveis ao supeito:
ResponderEliminar- o mobil do crime
- o objecto, a arma, a forma do assassinato
- a presença do suspeito no local do crime à hora do mesmo
E que se tenha encontrado o cadáver da vítima, sem o qual todas as dúvidas serão legítimas.
Porém, se o suspeito confessar e se não se declarar a sua inimputabilidade por qualquer deficiência psiquica ou mental, é possivel a sua condenação.
O Juiz, neste caso, estava atento e considerou ter havido uma confissão tácita.
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De qualquer modo, creio, segundo a legislação portuguesa esta confissão, só por si, não seria suficiente para o veredicto de culpado.
Quando escrevi "dois factos" queria ter completado "dois de três factos"
ResponderEliminarE o Magister dixit.
ResponderEliminarObrigada,aos dois amigos pois, aprendemos
mais qualquer coisa sobre o mundo da justiça.
Rui
ResponderEliminarPercebi que este texto estava mesmo a jeito para comentares.É interessante aquilo que se poderia extrair sob o ponto de vista jurídico. Leigo como sou na matéria, só tenho que te agradecer.
A estória é engraçada.Saúdo a tua presença Pedro, embora julgue que marcaste algum distanciamento comigo por razões que desconheço ...
Nenhum Quito, é impressão tua, sabes que te quero bem, és das pessoas que hà mais tempo me conhece e de quem eu sempre tive muito carinho, apesar da diferença de idades quando ìa para tua casa em menino. Por isso não leves a mal o meu distanciamento que não é contra ninguém, estou sempre por aqui, acompanho o Blog e sempre que me apetece meto a colherada, quer comentando quer postando alguma coisa.
ResponderEliminarRecebe um forte abraço e acredita que tenho ZERO contra ti. São mesmo só detalhes da minha vida que me fazem desaparecer embora esteja sempre no Back Office.
Ainda bem Pedro. Só fiquei "lixado" foi com aquela da "diferença de idades". INTÉ fiquei com um "nó" na garganta ... heheheeh...
ResponderEliminarAbraço
Porra pá então tu não tens mais 6 mese do que eu???
ResponderEliminarEu bem me parece que andavas enganado, pá ...3 meses...olha e já agora fica-te com esta: há um determinado gajo chamado Xisto ... xista...xisto ...ou será xistra? .. que vai no domingo a lisboa apitar um futebol qualquer. O homem gosta assumidamente do vermelho, pelo que o melhor é ires pondo as barbas de molho ...
ResponderEliminarEsqueci-me de te dizer que o jeitoso (como dizem os gajos do Porto) mora cá por estas bandas...
ResponderEliminarEu sei disso pá, ainda por cima desde que os Lampiões falaram semana passada, o gajo vai ser caseiro.
ResponderEliminarCuidado rapaziada com os meus 46 Anos.
ResponderEliminarUm Abraço.
Tonito.
lol Tonito, já para não falar dos 38 do Rafael
ResponderEliminar....biqueira larga!
ResponderEliminarMesmo a escreveres em contramão vai mais devagar, pois estás aqui estás a escrever 001 e com este número já nem sequer "gatinho"!
Com esta convera até me esqueci da tua juridico/inglesa/estória, mas também não faz mal porque o cadáver não apareceu e o Rui Felício já tratou de tudo!
Também apreciei e muito a vossa tão comovente estória de desencontros( tu e o Quito) que afinal era um simples mal entendido.
O FINAL FOI FELIZ!
Acho que u já me conheces Rafael eu era lá capaz de me desentender com o Quito, quando eu não gosto de alguém não o escondo, sabes disso, mas também não há assim tanta gente de quem eu não goste, por isso isto é conversa fiada. Tenho é saudades de estar convosco, não sei se aguento até 22 de Outubro sem vos fazer uma visita.
ResponderEliminarPedro,
ResponderEliminarVerídica ou não, é uma história com imensa piada.
Divertiu-me e, tentando continuar o divertimento, deixa-me dizer-te o seguinte:
O Meritíssimo juiz já tinha feito o seu juízo, ou seja, pré-concebida a sentença.
Senão, vejamos:
Se ele, juiz, observou que o réu não olhou para a porta, também ele não olhou para a porta mas sim para o réu. Se tivesse olhado para a porta, não teria tido a oportunidade de verificar que o réu não tinha olhado para a porta...
O que quer dizer que, também ele, tinha a certeza de que que o "falecido" estava mesmo falecido.
Ou seja, a sentença já estava determinada e a tentativa do advogado condenada ao fracasso.
E, assim sendo, condenou o pobre do homem.
Digo eu ...
Carlos Viana.