sexta-feira, 17 de setembro de 2010

NO TRIBUNAL - PARECE QUE FOI VERÍDICO

ADVOGAR EXIGE RACIOCÍNIO RÁPIDO, INTELIGÊNCIA
.................E CLIENTE ESPERTO

Num Tribunal em Inglaterra um réu estava a ser julgado por suposto assassinio de um vizinho....

Havia evidências indiscutíveis sobre a culpa do réu, mas o cadáver, esse nunca aparecera.

Quase ao final da sua sustentação oral, o advogado, receoso de que seu cliente fosse condenado pelo acto de que era acusado, recorreu a um truque:

- "Senhoras e senhores do júri, senhor Juiz, eu tenho uma surpresa para todos!" - disse o advogado olhando para o seu relógio...

- "Dentro de um minuto, a pessoa que aqui se presume ter sido assassinada pelo meu cliente , entrará na sala deste Tribunal."

E parou a olhar para a porta da Sala de Audiências.

Os jurados, o próprio Juiz surpresos, e também ansiosos, ficaram estáticos a olhar para a porta da Sala de audiência. Decorreu um longo minuto e nada aconteceu, para espanto de todos os presentes.

O advogado, então, completou:

- "Realmente, eu falei sobre a entrada na sala da suposta vitima e todos vocês olharam para a porta com a expectativa de a ver entrar na sala. Portanto, ficou bem claro que todos têm dúvidas neste caso, ou seja nenhum dos senhores têm a certeza de que alguém realmente foi morto.
Por isso insisto para que vocês considerem o meu cliente inocente". (In dubio pro reo) na dúvida a favor do réu.

Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final.

Estranhamente apenas alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:

- "Culpado!"

- "Mas como?" perguntou o advogado...
"Eu vi que todos vocês olharam fixamente para a porta, é de se concluir que estavam em dúvida! Como é possível condenar na dúvida?"

E o juiz então esclareceu:

- "Sim, todos nós olhámos para a porta, menos o seu cliente..."

"MORAL DA HISTÓRIA:"

"NÃO ADIANTA SER UM BOM ADVOGADO SE O CLIENTE FOR ESTÚPIDO ".

15 comentários:

  1. Na verdade, para se condenar um suspeito de assassínio, é necessário concorrerem simultâneamente as provas de 2 factos atribuíveis ao supeito:

    - o mobil do crime
    - o objecto, a arma, a forma do assassinato
    - a presença do suspeito no local do crime à hora do mesmo

    E que se tenha encontrado o cadáver da vítima, sem o qual todas as dúvidas serão legítimas.

    Porém, se o suspeito confessar e se não se declarar a sua inimputabilidade por qualquer deficiência psiquica ou mental, é possivel a sua condenação.

    O Juiz, neste caso, estava atento e considerou ter havido uma confissão tácita.

    ----

    De qualquer modo, creio, segundo a legislação portuguesa esta confissão, só por si, não seria suficiente para o veredicto de culpado.

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  2. Quando escrevi "dois factos" queria ter completado "dois de três factos"

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  3. E o Magister dixit.
    Obrigada,aos dois amigos pois, aprendemos
    mais qualquer coisa sobre o mundo da justiça.

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  4. Rui
    Percebi que este texto estava mesmo a jeito para comentares.É interessante aquilo que se poderia extrair sob o ponto de vista jurídico. Leigo como sou na matéria, só tenho que te agradecer.
    A estória é engraçada.Saúdo a tua presença Pedro, embora julgue que marcaste algum distanciamento comigo por razões que desconheço ...

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  5. Nenhum Quito, é impressão tua, sabes que te quero bem, és das pessoas que hà mais tempo me conhece e de quem eu sempre tive muito carinho, apesar da diferença de idades quando ìa para tua casa em menino. Por isso não leves a mal o meu distanciamento que não é contra ninguém, estou sempre por aqui, acompanho o Blog e sempre que me apetece meto a colherada, quer comentando quer postando alguma coisa.
    Recebe um forte abraço e acredita que tenho ZERO contra ti. São mesmo só detalhes da minha vida que me fazem desaparecer embora esteja sempre no Back Office.

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  6. Ainda bem Pedro. Só fiquei "lixado" foi com aquela da "diferença de idades". INTÉ fiquei com um "nó" na garganta ... heheheeh...
    Abraço

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  7. Porra pá então tu não tens mais 6 mese do que eu???

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  8. Eu bem me parece que andavas enganado, pá ...3 meses...olha e já agora fica-te com esta: há um determinado gajo chamado Xisto ... xista...xisto ...ou será xistra? .. que vai no domingo a lisboa apitar um futebol qualquer. O homem gosta assumidamente do vermelho, pelo que o melhor é ires pondo as barbas de molho ...

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  9. Esqueci-me de te dizer que o jeitoso (como dizem os gajos do Porto) mora cá por estas bandas...

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  10. Eu sei disso pá, ainda por cima desde que os Lampiões falaram semana passada, o gajo vai ser caseiro.

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  11. Cuidado rapaziada com os meus 46 Anos.
    Um Abraço.
    Tonito.

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  12. lol Tonito, já para não falar dos 38 do Rafael

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  13. ....biqueira larga!
    Mesmo a escreveres em contramão vai mais devagar, pois estás aqui estás a escrever 001 e com este número já nem sequer "gatinho"!
    Com esta convera até me esqueci da tua juridico/inglesa/estória, mas também não faz mal porque o cadáver não apareceu e o Rui Felício já tratou de tudo!
    Também apreciei e muito a vossa tão comovente estória de desencontros( tu e o Quito) que afinal era um simples mal entendido.
    O FINAL FOI FELIZ!

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  14. Acho que u já me conheces Rafael eu era lá capaz de me desentender com o Quito, quando eu não gosto de alguém não o escondo, sabes disso, mas também não há assim tanta gente de quem eu não goste, por isso isto é conversa fiada. Tenho é saudades de estar convosco, não sei se aguento até 22 de Outubro sem vos fazer uma visita.

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  15. Pedro,
    Verídica ou não, é uma história com imensa piada.
    Divertiu-me e, tentando continuar o divertimento, deixa-me dizer-te o seguinte:

    O Meritíssimo juiz já tinha feito o seu juízo, ou seja, pré-concebida a sentença.
    Senão, vejamos:
    Se ele, juiz, observou que o réu não olhou para a porta, também ele não olhou para a porta mas sim para o réu. Se tivesse olhado para a porta, não teria tido a oportunidade de verificar que o réu não tinha olhado para a porta...
    O que quer dizer que, também ele, tinha a certeza de que que o "falecido" estava mesmo falecido.
    Ou seja, a sentença já estava determinada e a tentativa do advogado condenada ao fracasso.
    E, assim sendo, condenou o pobre do homem.
    Digo eu ...

    Carlos Viana.

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