Desde 1977 que vivo na Rua Verde Pinho.
Da parte de trás da minha casa, a vista foi sempre a da encosta poente do Pinhal de Marrocos, a Zona da Boavista e o vale do Mondego junto à Lapa.
Veja-se a diferença entre as fotografias que fiz em 1977 e a que fiz hoje, ambas tirada nas traseiras da casa da Verde Pinho.
Avalie-se o caos urbanístico desta zona, um verdadeiro "manual daquilo que não se deve fazer", onde os terrenos passaram de rurais a urbanos, com a especulação que se imagina, com gente que amealhou ilegalmente fortunas neste negócio e com a cumplicidade dos diversos governos autárquicos.
E veja-se a completa destruição de toda esta zona e do Pinhal de Marrocos e da Quinta da Boavista em 33 anos.
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Texto e fotos: RUI PATO
marcadores: Zona Boavista-Coimbra
Na foto de 1977 pode ver-se a "Fabrica da Resina" e A Casa Grande da família "Albuqerques" (?)...hoje a Escola de Hotelaria, e cuja Quinta ia desde o "Palacete" em frente ao Paço do Bispo... na Rua do Brasil!!!
ResponderEliminarJa agora Rui...em 1977, mais ao lado, só existia a Quinta da Nora (hoje Quartel dos BSC) e...o ISEC! O Pinhal de Marrocos, hoje é uma "miragem"!!!
As fotos do Rui Pato mostram-nos uma realidade que se espalha pelo mundo inteiro. Aqui, para viverem sem o barulho das cidades vão construir junto ou em zonhas rurais. Depois, quando já há umas tantas construções, vão reivindicar para as reuniões camarárias contra quem explora a quinta ao lado pois não podem viver com o cheiro que emanam, ou o barulho dos tratores, etc. Não é o mesmo estilo que foi aí mas a desordem é a mesma.
ResponderEliminarPode ser ilusão de óptica mas parece-me ver ali uma casa projectada pelo Sócrates...
ResponderEliminar...o caminho para o rio,para o Rebolim, para as àuguas-como lhe chamavam,para o pinhal onde iamos ao musgo ea pinheiro,no Natal e a casa da D.Zaida onde ia com minha mãe comprar frutas e legumes.
ResponderEliminarQue saudades, eu conhecia tudo aquilo mas já não me lembrava como era. Obrigada Rui Pato.Agora é realmente betão, cimento que nos deixa saudade de sujar os pés de pó, a caminho da chamada praia dos pobres.Um enorme beijo de agradecimento
pq me fez lembrar a minha infância feliz.Cristina Antão
Sim a fábrica da resina da D.Zaida, a Quinta da Boavista, a descida para o rio para o Porto Barata que ficava em frente à Lapa,o caminho cheio de sobreiros até ao rebolim, o pinhal de Marrocos onde todos íamos aos míscaros, musgo e pinheiros de natal, o verde o bucólico o maravilhoso. Está tudo irreconhecível.
EliminarObrigada Rui por partilhar
Isabel Cristina Neves
Que diferença castatrófica...até dói!
ResponderEliminarMas quando parará esta carnificina urbanística???!!!.... nunca, diz-me a minha intuição.
Realmente uma diferença gritante!
ResponderEliminarAi, os magustos no pinhal de Marrocos...
Registos fotográficos de grande valor.
Gostei de ver e agradeço ao Rui Pato ter partilhado.
Do Pinhal de Marrocos só existe a mina(há já uns anos fui lá, e a mina estáva com uma grade).
ResponderEliminarHoje não sei como está.
Vou tentár fazer uma vestúria ao assunto.
Vou meditár no assunto.
Tonito.
O Rui Pato traz-nos a "destruição" da zona do Pinhal de Marrocos e da Quinta da Boavista.
ResponderEliminarHá quem diga que é a factura que temos de pagar pelo desenvolvimento. Confesso-me um conservador pois preferia menos "desenvolvimento" e menor factura.
Assim sendo, compreendo muito bem o desabafo do Rui Pato.
O Vale das Flores, nas traseiras da minha casa, agora transformado em Vale do Betão, também me entristece.
Quando começou a destruição da Quinta, fotografei semanalmente a evolução . Evolução ou destruição?
Prometo-vos que vou tentar encontrar esses registos e, se o conseguir, cá vos trarei uma mostra.
Garanto-vos que é impressionante!
Abraço.
É um mal generalizado a que a voragem dos lucros e os facilitismos ( ou interesses? ) de muitos responsáveis autárquicos, conduziram por todo o País.
ResponderEliminarEm 1980 comprei um andar perto do Estádio da Luz especialmente seduzido pela magnifica paisagem que dali se desfrutava sobre a Serra de Monsanto.
De facto, estar dentro da cidade de Lisboa, abrir as janelas e ver uma mancha verde ali a dois passos era uma localização quase única.
O vendedor garantiu-me, com plantas e com o Regulamento do Plano Director Municipal que jamais se construiria ali á frente nada que me tapasse as vistas.
O que estava previsto ali era um interface de transportes públicos de ligação ao Metro, razão porque as edificações seriam de apenas um piso.
De facto, assim foi, quanto ao tal Interface que hoje lá está.
Mas entre a minha casa e a estação de Metro e de camionagem, colocaram o Centro Comercial Colombo!
Quando abria a janela, em vez da Serra de Monsanto, o que eu passei a ver foi a parede dessa Catedral consumista, a escassos 50 metros, tapando-me por completo a paisagem idílica que antes eu mirava.
Em 1990, revoltado, vendi o andar...
A minha casa também tinha uma vista maravilhosa sobre o vale do Mondego. Agora, os meus 40 vizinhos da frente têm uma bela vista sobre a minha casa!
ResponderEliminarOlá , estou realizando um rabalho sobre a Quinta da Boa Vista.
ResponderEliminarO Sr. possui mais fotografias antigas?