O Coronel Ramires, pai de Vasco Ramires que ganhou uma medalha no Concurso de Saltos Equestres dos Jogos Olímpicos de Munique em 1972,tinha uma quinta no Tramagal onde fazia criação de cavalos de raça lusitana e puros-sangue ingleses cruzados com árabes.
José Cid, cantor de todos conhecido e que possuía uma herdade na Chamusca, terra ribatejana, perto do Tramagal, comprou-lhe vários cavalos.
Por razões que não vêm agora ao caso, honro-me de ter merecido a amizade do Cor. Ramires e do seu filho.
Um fim de semana fui convidado, entre outras pessoas a ir visitar a sua bela Quinta do Tramagal. O Cor. Ramires orgulhava-se dos seus cavalos e queria mostrar-nos a forma como os criava e os ensinava. Dizia-me ele, que era sempre com mágoa que via sair algum dos seus animais, depois de os ter visto nascer e de durante 3 ou 4 anos ter assistido ao seu crescimento e à evolução das suas qualidades como cavalos treinados para provas desportivas equestres. Mas tinha que os vender para rentabilizar a exploração.
Naquele dia, íamos assistir a um fenómeno natural mas a que os homens da cidade, não estão habituados. Uma égua, que andava “saída”, ia ser montada por um cavalo garanhão.
Num terreiro vedado, assistimos aos jogos de sedução da égua e do crescente entusiasmo do cavalo, perfeitamente visível aos olhos de todos quantos observavam.
A Helena, jovem e bonita mulher criada na quinta desde criança, ali vivia e acompanhava a vida dos cavalos nos mais pequenos pormenores. Por isso, tinha sido nomeada pelo Cor. Ramires como “Tratadora Principal”, cargo complexo que ele não lhe atribuiria se ela não fosse realmente, como era, uma competente especialista na matéria.
Perto de mim, e percebendo a minha crescente concentração na patente excitação daqueles dois animais, disse-me, com uma pequena gargalhada:
José Cid, cantor de todos conhecido e que possuía uma herdade na Chamusca, terra ribatejana, perto do Tramagal, comprou-lhe vários cavalos.
Por razões que não vêm agora ao caso, honro-me de ter merecido a amizade do Cor. Ramires e do seu filho.
Um fim de semana fui convidado, entre outras pessoas a ir visitar a sua bela Quinta do Tramagal. O Cor. Ramires orgulhava-se dos seus cavalos e queria mostrar-nos a forma como os criava e os ensinava. Dizia-me ele, que era sempre com mágoa que via sair algum dos seus animais, depois de os ter visto nascer e de durante 3 ou 4 anos ter assistido ao seu crescimento e à evolução das suas qualidades como cavalos treinados para provas desportivas equestres. Mas tinha que os vender para rentabilizar a exploração.
Naquele dia, íamos assistir a um fenómeno natural mas a que os homens da cidade, não estão habituados. Uma égua, que andava “saída”, ia ser montada por um cavalo garanhão.
Num terreiro vedado, assistimos aos jogos de sedução da égua e do crescente entusiasmo do cavalo, perfeitamente visível aos olhos de todos quantos observavam.
A Helena, jovem e bonita mulher criada na quinta desde criança, ali vivia e acompanhava a vida dos cavalos nos mais pequenos pormenores. Por isso, tinha sido nomeada pelo Cor. Ramires como “Tratadora Principal”, cargo complexo que ele não lhe atribuiria se ela não fosse realmente, como era, uma competente especialista na matéria.
Perto de mim, e percebendo a minha crescente concentração na patente excitação daqueles dois animais, disse-me, com uma pequena gargalhada:
- O Sr. Dr. parece que também se está a excitar!...
- Para falar a verdade, você não se engana, Helena... – respondi eu meio a sério meio a brincar, lançando-lhe um olhar provocatório.
A Helena atiçou-me ainda mais, dizendo-me, desta vez em voz baixa para que os outros convidados não ouvissem:
- Só depende da sua vontade Sr. Dr.! Uma palavra sua e far-lhe-ei a vontade com todo o prazer.
- Oh Helena, não me provoque! Você já percebeu qual é a minha vontade. Diga-me quando e onde!
- Onde? Bem o sitio é este mesmo que é o mais adequado.
Quanto ao "Quando", pode ser já! A égua, que está cheia de cio, é toda sua, Sr. Dr.!
Rui Felício
Boa resposta!
ResponderEliminarEra ainda muito novo...
ResponderEliminarMas é com coisas destas que vamos aprendendo.
Pois ...
ResponderEliminarOara toma que já almoçaste, seu "garanhão"
ResponderEliminarEmbatucaste, coraste...e será que ela pensou ou disse mesmo baixinho..."convencido"!
Coisa com nível em escrita.
ResponderEliminarMais vále todavia nunca do que dois em conparação JAMAIS.
Tonito.
E aposto, Rui Felácio, que a égua nem um telefonemazinho ou postalinho recebeu de ti desde esse dia...
ResponderEliminarGoistei imenso da fotografia mas nunca pensei que ia rir tanto.
ResponderEliminarSó pela muita amizade do Cor. Ramires, se terá livrado o nosso contador de estórias de um processo em tribunal.
ResponderEliminarA pobre da égua, que se apercebeu do diálogo com a Helena, julgando que a excitação do segundo garanhão tinha a ver com ela, entrou em depressão ao ver-se desprezada. Desiludida, e desilusões de amor são para levar a sério, a égua nunca mais quis sexo. O garanhão, o legitimo, perdeu confiança nas suas capacidades reprodutivas e nunca mais foi o mesmo.
A rentabilização da herdade ficou comprometida...
Enfim, esta parte da estória não foi contada e percebe-se bem porquê!
Carlos Viana.
Afinal o Carlos também sabia da história.
ResponderEliminarQuem diria!
Agora percebo porque é que a égua lacrimejava quando a voltei a encontrar. Achou que, maior ofensa do que aquela que a minha irreflectida atitude lhe tinha provocado, foram as tentativas frustradas do Carlos em querer consolá-la.
Deu-me ela a entender que ele se tinha querido aproveitar do seu desgosto e isso, para ela, consubstanciou uma ainda maior revolta...
Eu sabia que ia levar na "tarraqueta"...
ResponderEliminarMerecidamente, diga-se em boa verdade. E quando o castigo é justo só há que o aceitar.
Carlos Viana.