(1887 - 1956)
“… A música tem o dom de expressar a riqueza de todas as culturas. Consegue estimular harmonias interiores, fazendo-as vibrar; é capaz de fazer despertar dentro de nós emoções profundas e intensas. É como se a música fosse a verdadeira voz do coração, capaz de criar ideias de beleza que nos aproximam da harmonia perfeita, indiferentes às paixões humanas, viradas para o sonho da comunhão universal…” (João Paulo II, in Osservatore Romano, Roma).
… e a tua vida, Padre Américo, tal como a música, foi toda ela uma bela composição de maviosas harmonias e de suaves acordes, que se consubstanciaram no total despojamento de bens terrenos, na defesa dos mais pobres e dos mais fracos, pelo amor que sempre partilhaste pelas crianças e pelos jovens.
E, neste particular, recordar o empenho na fundação de uma casa – a Casa do Gaiato – destinada a albergar jovens e crianças desafortunadas.
Para isso, em tempos recuados, com a dificuldade que era viajar naquelas épocas remotas, percorreste Portugal de lés a lés, angariando fundos e recordar aqui o Teu pensamento: ”… é necessário que o mundo não pasme do que me dão. Mas sim, se aflija com o que me falta. É só a fome e a sede de justiça que tenho, que me leva a mostrar a minha capa de mendigo… “
Em 194O, fundaste a “Casa do Gaiato” de Miranda do Corvo, e posteriormente o “Património dos Pobres” e o “Calvário”, Instituição para doentes terminais.
Recordar aqui o dia em que, acamado com um surto de gripe, num modesto quarto da Casa do Gaiato de Paços de Sousa, uma criança Te leva ao quarto o pequeno almoço, numa caneca sem asa e um prato de alumínio gasto pelo tempo, e Tu, Padre Américo, percebes no seu rosto o constrangimento por tão humilde “baixela” – não havia dinheiro para nada – e, com o menino ajoelhado junto da tua cama, lhe acaricias a cabeça sorrindo, num terno quadro de amor.
E ainda hoje, por factos antigos e notícias recentes, muitos Te recordam, e à noite erguem os olhos ao céu, à procura da estrela mais cintilante do Firmamento.
Obrigado Pai Américo – como eras conhecido – pela obra que nos legaste, em prol dos mais frágeis e desafortunados da vida.
As crianças de Portugal, as abandonadas, maltratadas, famintas, agredidas e ofendidas nos seus mais legítimos direitos de criança – e aquelas, vítimas das mais sórdidas sevícias - mandam-te flores.
Quito Pereira
… e a tua vida, Padre Américo, tal como a música, foi toda ela uma bela composição de maviosas harmonias e de suaves acordes, que se consubstanciaram no total despojamento de bens terrenos, na defesa dos mais pobres e dos mais fracos, pelo amor que sempre partilhaste pelas crianças e pelos jovens.
E, neste particular, recordar o empenho na fundação de uma casa – a Casa do Gaiato – destinada a albergar jovens e crianças desafortunadas.
Para isso, em tempos recuados, com a dificuldade que era viajar naquelas épocas remotas, percorreste Portugal de lés a lés, angariando fundos e recordar aqui o Teu pensamento: ”… é necessário que o mundo não pasme do que me dão. Mas sim, se aflija com o que me falta. É só a fome e a sede de justiça que tenho, que me leva a mostrar a minha capa de mendigo… “
Em 194O, fundaste a “Casa do Gaiato” de Miranda do Corvo, e posteriormente o “Património dos Pobres” e o “Calvário”, Instituição para doentes terminais.
Recordar aqui o dia em que, acamado com um surto de gripe, num modesto quarto da Casa do Gaiato de Paços de Sousa, uma criança Te leva ao quarto o pequeno almoço, numa caneca sem asa e um prato de alumínio gasto pelo tempo, e Tu, Padre Américo, percebes no seu rosto o constrangimento por tão humilde “baixela” – não havia dinheiro para nada – e, com o menino ajoelhado junto da tua cama, lhe acaricias a cabeça sorrindo, num terno quadro de amor.
E ainda hoje, por factos antigos e notícias recentes, muitos Te recordam, e à noite erguem os olhos ao céu, à procura da estrela mais cintilante do Firmamento.
Obrigado Pai Américo – como eras conhecido – pela obra que nos legaste, em prol dos mais frágeis e desafortunados da vida.
As crianças de Portugal, as abandonadas, maltratadas, famintas, agredidas e ofendidas nos seus mais legítimos direitos de criança – e aquelas, vítimas das mais sórdidas sevícias - mandam-te flores.
Quito Pereira
Nunca é de mais recordar e prestar homenagem a tão eminente filamtropo.
ResponderEliminarVisitei por duas vezes a casa de Passos de Sousa.
Levava os alunos e era um encanto recíproco!
Os rapazes responsáveis orientavam a visita e "os batatinhas" iam às suas cavalitas ou apanhavam as folhas caídas.
Lanchavamos juntos, partilhando o nosso farnel e mais umas iguarias que havíamos levado prepositadamente como reforço.
Ainda sobrava tempo para um joguito de bola...
A despedida era sempre emotiva.
Era uma motivação para trabalhar, já na sala de aula e dava "pano para mangas"...
Assino o jornal, já que havia alguém a fazer passar-se por "gaiato"
No teatro Avenida assisti a várias das suas festinhas!
Bem-hajas PADRE AMÉRICO.
Também sempre fui um admirador do PADRE AMÉRICO e da sua grandiosa obra em prol dos "gaiatos" desprotegidos!
ResponderEliminarSempre colaboramos, ou nas récitas no Gil Vicente e até em Canatanhede,bem como na compra do Jornal.
Sempre boas escolhas,Quito.
ResponderEliminarInfelizmente,não percebo porquê,andam a tentar destruir o GAIATO.
Sempre admirei a obra do Padre Américo.
Nos anos da Revolução,por amizades antigas,fui conhecer o Calvário e lá estive,para o que fosse necessário,durante alguns dias.
E por aqui me fico.
A obra do Padre Américo é impar na recuperação e formação de muitos jovens, muitos deles hoje já homens.
ResponderEliminarÉ natural que depois da morte do seu criador esteja a passar por momentos dificeis, mas é imperioso que seja por todos acarinhada.
Abílio
Ainda miudo, aprendi a conhecer de perto a obra do Padre Américo que em boa hora o Quito aqui recordou.
ResponderEliminarO meu pai fazia graciosamente "a escrita" da Casa do Gaiato e algumas vezes fui com ele a Miranda do Corvo onde ia buscar papéis da contabilidade daquela Instituição.