sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023
ENCONTRO COM A ARTE- COIMBRA
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
ANIVERSÁRIO ALFREDO MOREIRINHAS
01-02-1947
Nesta data especial...
"Encontro de gerações deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
terça-feira, 31 de janeiro de 2023
ANIVERSÁRIO~ LAU
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
COIMBRA ANTIGA -O HOMEM DAS CASTANHAS-ESCADAS MONUMENTAIS
domingo, 29 de janeiro de 2023
COIMBRA ANTIGA COIMBRA MARGEM ESQUERDA
sábado, 28 de janeiro de 2023
ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRAFIA-COIMBRA NOTURNA
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
AVAREZA - TEXTO DE RUI FELÍCIO
AVAREZA
Bateram ao longe, na Torre da Universidade, as doze badaladas da meia noite.Empurrou devagar a porta do palheiro onde dormia, perto da Arregaça, evitando o chiar dos gonzos ferrugentos.
Escutou atento, quedo, olhar de lince a perscrutar na escuridão. Nem uma palha mexia, nenhum sussurro. Apenas o desconsolado coaxar de um rã solitária, ao longe, quebrava o silêncio da noite.Com mil cautelas, o “Carolíngio” voltou a encostar a porta e saiu, pé ante pé, envolto numa esburacada capa alentejana, a cabeça coberta por um seboso capuz de serapilheira que lhe escondia o rosto.A lua, em quarto minguante, projectava fantasmagóricas sombras dos pinheiros e iriava de luminosas pérolas os charcos formados pelos pingos grossos da chuva que horas antes tinha desabado.
De vez em quando parava, tenso, ouvido à escuta, olho à espreita, o pé direito fincado à frente e a ponta do esquerdo colada à terra, mais atrás. Pronto para o impulso de fuga ao menor sinal...Mas não. Nada! Só os gemidos da folhagem à passagem da brisa que corria, quebravam a quietude.Foi subindo, por entre as urzes, o mato, as silvas e o musgo enlameado que atapetavam a colina do Pinhal de Marrocos.Era perto da mina que estava o seu tesouro, amealhado durante mais de vinte anos de mendicidade na cidade.Hoje, vinha aumentá-lo, enriquecê-lo, juntar-lhe o pecúlio granjeado durante o dia.Como sempre, quedar-se-ia junto dele, apalpando-o, tomando-lhe o peso, com o sigiloso testemunho dos pinheiros e das nuvens pesadas que emolduravam o ténue luar.
Muito depois, voltaria a tapar a cova com a pesada pedra que o escondia e regressaria. Guardar as moedas das esmolas que lhe davam, era o único prazer que a vida lhe dera. Nunca desperdiçara um tostão em nada que lhe parecesse supérfluo.Alimentava-se de casqueiros secos, de sopa azedada e de algum resto de carne que lhe davam, vestia-se com roupas que lhe ofereciam. Achava um desperdício, substituir o fétido catre onde dormia desde há anos. Calafetava com lama as frinchas das tábuas do casebre para evitar o frio da aragem e do vento. Sentia-se feliz e, no íntimo, ria-se da vaidosa presunção dos senhores doutores que o esmolavam, dizendo para os seus botões:- o dinheiro que este me dá, faz-lhe mais falta a ele do que a mim..
Levantou a pesada laje que recobria o tesouro, meteu as mãos ávidas de prazer no fundo buraco, vasculhou, rebuscou, mas nada encontrou!Estava vazio! Praguejou, ameaçou em vão, e, por fim, soltou um agonizante grito rouco que o eco da outra margem do Mondego lhe devolveu segundos depois. Alguém descobrira o tesouro e lho roubara...Pelas suas contas, o suficiente para serem compradas duas ou três casas na cidade.Pela primeira vez na vida, recriminou-se por nunca ter tirado proveito daquele dinheiro. Mas era tarde!
Rui Felicio
quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
COIMBRA ANTIGA
quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
ENCONTRO COM A ARTE-COIMBRA NOTURNA
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRAFIA -COIMBRA
domingo, 22 de janeiro de 2023
ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRAFIA - JARDIM DA SEREIA-COIMBRA
sábado, 21 de janeiro de 2023
ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRAFIA - COIMBRA-PORTAGEM
sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRAFIA
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
FOGO PRESO-TEXTO DE RUI FELÍCIO
FOGO PRESO
Não falhava!
Todos os anos em Agosto, lá ia eu pernoitar em casa do meu avô na véspera da procissão da Festa das Torres do Mondego. Despertava cedo, no dia seguinte, com o estralejar dos foguetes que ecoava do outro lado do Mondego, nas Carvalhosas, com a algazarra dos cães a ladrar e com o barulho infernal dos bombos dos Zés Pereiras, acompanhados pelos estridentes choros das gaitas de foles.
Naquele ano, a festa ia ser de estalo. O juiz, António Fueiro e os restantes componentes da Irmandade era tudo gente de primeira escolha. Pela primeira vez ia haver fogo de artifício, vindo especialmente de Gondomar, que era longe como um milhão de diabos. E o melhor que se fazia em Portugal, garantia o pirotécnico!
Raios parta o sacana do homem, dizia o regedor, referindo-se ao pirotécnico. Homem duma cana, corroborava o Toino Pataqueiro, enquanto levava à boca mais um tinto morangueiro e besuntava os dedos num naco de toucinho cru. Do fogo de artifício iria emergir no ar uma barca serrana toda engalanada, coisa nunca vista, nem nas Festas da Rainha Santa em Coimbra! Nem mesmo nas da Senhora da Agonia lá no Minho, acrescentava o vendedor do foguetório …
No ano anterior, a festa tinha sido um fiasco. O Ti Zé Carne Assada, que foi o juiz desse ano, só se tinha preocupado em apresentar lucros com a quermesse e com a venda de bilhetes para o baile no recinto da Junta. Ainda por cima, entregou o dinheiro todo ao Padre João, para obras na igreja.
Na taberna do Sr. Almeida, o António Fueiro não se cansava de espalhar a novidade. O coração quase lhe saltava do peito rude quando se imaginava na noite do arraial a ser aclamado pela aldeia.
No rio, lá em baixo, o pirotécnico afadigava-se a montar o fogo preso, em duas barcas serranas ancoradas na correnteza, para o grande festival da noite da festa. Seria dali que os foguetes de lágrimas se desprenderiam, para espanto dos aldeões e dos forasteiros, varrendo com as suas luzes multicores o casario da povoação.
E chegou a hora tão ansiosamente esperada. Toda a gente se acotovelava à beira da estrada de Penacova que atravessa a terra, no pátio da Junta e no adro da igreja. A um sinal do Fueiro, um impaciente cachopo, limpou o ranho à manga da camisa e desatou descalço, em louca correria pela quelha que vai dar ao rio, para avisar o homem dos foguetes que podia começar.
Uma salva de três morteiros assinalou o início. A seguir, a populaça o que viu, foi o Mondego, lá em baixo, iluminar-se de várias cores e uma densa nuvem de fumo elevar-se lentamente em direcção à aldeia.
O impacto dos três primeiros foguetes tinha aberto um buraco no chão meio apodrecido de uma das barcas que se foi afundando lentamente com todo o arsenal pirotécnico a bordo. Os foguetes disparavam para a esquerda, para a direita, mas não para o ar, como bichas de rabiar, incendiando o fogo preso que estava na outra barca.
Porém, o homem de Gondomar tinha parcialmente razão! Como prometido, uma das barcas serranas boiava nas águas toda engalanada pelas labaredas e por uma estrepitosa e colorida miríade de chispas. Só lhe faltou subir aos ares...
Rui Felício
quarta-feira, 18 de janeiro de 2023
ANIVERSÀRIO GUILHERMINA LEÃO
18-01-1952
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
ANIVERSÁRIO ROMICAS
ROMICAS
18-01-1959
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDAES!
PARABÉNS
terça-feira, 17 de janeiro de 2023
ANIVERSÁRIO CARLOS ALBERTO RODRIGUES
17-01-1948
NESTA DATA ESPECIAL...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!