sábado, 31 de dezembro de 2016

ÚLTIMO JANTAR DE 2016...A SÓS: POR OPÇÃO!

 


NOTICIAS CENTRO NORTON DE MATOS- FESTIVAIS PASSAGEM DE ANO 2016/2017

No Centro Norton de Matos e como já tem sido hábito nos últimos anos, TRADBALLS em parceria com o CNM, e ARTES BAR organizam os festivais de passagem de ano, e que começaram esta Sexta-feira e continuam pelo dia 31 e madrugada de 1-01-2017
Durante o dia há workshops de música e dança  e à noite e madrugada BAILE À MODA ANTIGA e..MODERNA
Actuação de diversos grupos musicais!







sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Ferramentas do Séc. XVIII - Herança portuguesa

Amigos de Portugal,



Instrumentos achados por restaurador em templo barroco de Congonhas e que, provavelmente, pertenceram ao entalhador português Servas, testemunham processo construtivo do século XVIII.
Nascido em Portugal, Francisco Vieira Servas (1720-1811) trabalhou como entalhador e escultor em madeira nas igrejas de Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas, no Santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos e de Nossa Senhora da Conceição, em Congonhas; e de Nossa Senhora do Rosário, de Mariana, além de outras em Ouro Preto, Itaverava e São João del-Rei. Segundo os especialistas, ele criou estilo próprio na concepção dos altares, com destaque para um elemento denominado arbaleta (arremate sinuoso).
O achado ocorrido há três semanas e divulgado dia 27 último, se deu quando o restaurador Geraldo Eustáquio removia o “envelopamento” do arco do cruzeiro e viu a verruma e depois os dois malhos. “Quando encontrei a verruma e peguei nela, me senti um entalhador do Século XVIII. Guardamos o material, chamamos o escultor Luciomar Sebastião de Jesus, que conhece profundamente todo o acervo histórico das igrejas de Congonhas. Em seguida, avisamos ao pároco. Ao encontrar os malhos e saber que o arco do cruzeiro é atribuído a Servas, tive outra emoção. A parte superior do arco, onde estavam as peças, não tinha o menor indício de violação”, afirmou Geraldo, explicando que, antigamente, se usava a verruma, o ferro de pua e o trado. “Atualmente, se usa a furadeira elétrica”.
Para o diretor de Patrimônio, a descoberta tem um caráter mais surpreendente, “pois nunca se ouviu falar que alguém tenha encontrado uma ferramenta associada a um grande entalhador daquele século. Para Luciomar, “elas vão atrair estudiosos e curiosos sobre o fazer artístico daquele período. São testemunhas de um intrincado processo construtivo da época, que nos revela a técnica dos grandes mestres”.
Esse achado, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, templo barroco de Congonhas, na Região Central, joga mais luz sobre a forma de trabalhar dos escultores do século XVIII e traz à tona da história da arte o nome do entalhador português Francisco Vieira Servas (1720-1811), que trabalhou nessa e em outras cidades do período colonial, também autor do retábulo-mor da igreja. “É uma descoberta muito importante de objetos que, tudo indica, pertenceram ao artista português ou à equipe de seu ateliê”, disse o diretor de Patrimônio da prefeitura local, o escultor Luciomar Sebastião de Jesus.
Entusiasmado, Luciomar explicou que as ferramentas artesanais, certamente feitas pelos próprios entalhadores, podem ter sido esquecidas e não deixadas de propósito. Na sua avaliação, passados quase três séculos – a matriz é de 1734 –, ele acredita que o arco do cruzeiro tenha funcionado como uma “cápsula ou máquina do tempo”, mantendo intacto o conjunto. “Quando vi as três peças, fiquei impressionado e comentei sobre a excepcional descoberta com o restaurador Geraldo Eustáquio Mendes de Araújo. Isso significa um laço com o passado, preenche lacunas e serve de caminho para compreendermos melhor o jeito de trabalhar naqueles tempos”, conta Luciomar.
As ferramentas estavam pouco acima do “entablamento”, dentro do arco do cruzeiro. “As tábuas que o compõem formam um envelopamento, o que permitiu que ficassem escondidas. Pelo que vimos, o arco nunca foi aberto, tal as condições da policromia e dos cravos existentes”, disse Luciomar. Logo que foi encontrado, o material foi entregue ao titular da paróquia, padre Paulo Barbosa, que pretende, quando terminarem as obras de restauração da matriz, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, expô-las permanente. Em Congonhas, Servas, contemporâneo de Francisco Antonio Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814) deixou sua marca também na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, já restaurada, e Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido como Patrimônio da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Malhos de madeira
 
Verruma
Fotos: Escritório Técnico de Congonhas/Iphan-MG/Divulgação)
Fonte,com adaptações: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/12/28/interna_gerais,835556/diretor-de-patrimonio-de-congonhas-comenta-descoberta-de-ferramentas.shtml

Chama Mamãe


quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA

Uma fotografia é o segredo de um segredo. 
Quanto mais diz, menos você sabe.
____________[Diane Arbus]

     Foto de Luis Garção Nunes

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

ANIVERSÁRIO

CARLOS FALCÃO

28-12-1947

Nesta data especial....

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!



 



terça-feira, 27 de dezembro de 2016

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

PASSATEMPO : Excelente prédio em Coimbra...mas em degradação, Quem se lembra de olhar para ele?...

....ONDE FICA?


1ª DICA


2ª DICA



REMATE FINAL
Fotos Daisy


EXTRA

Rua FEITORIA DOS LINHOS

ANIVERSÁRIO

PAULO NOBRE

26-12-1938

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

domingo, 25 de dezembro de 2016

NATAL - POEMA DE JORGE CASTRO-ORCA

Natal, o tal, sempre que a gente quiser....
e aperfeiçoaremos como melhor nos aprouver.

artesanato da serralharia "O Pinha", de Manuel Machado em Celeiró, Braga


O Natal é uma janela

o Natal é uma janela
que abrimos a quem passa
tão-só para cumprimentar
dando um ar da nossa graça
porque o tempo passa
passa
sem dar tempo de parar

temos musgo
e azevinho
na ombreira da janela
não vá o nosso vizinho
passar também a correr
e nem sequer dar por ela

o Natal tem afinal
esse dom de por um dia
- ou
vamos lá… por um mês –
sentirmos essa alegria
de sermos gente outra vez

de ficarmos à janela
aberta de par em par
lançando à rua um sorriso
e deixando entrar o ar
que nos varra os pesadelos
os medos
as aflições
de que estamos pelos cabelos
sem aprendermos lições

o Natal é esse olhar
que vai além da vidraça
e que nos mostra quem passa
apenas por lá passar

um tempo de ter presente
mesmo quando estamos sós
que quem quer que passe em frente
da janela que abrirmos
de repente descobrirmos
ser gente
tal como nós.

- Jorge Castro
Dezembro de 2016


sábado, 24 de dezembro de 2016

INTERLÚDIO MUSICAL

Ò meu menino Jesus
Ó meu menino tão belo
Onde foste a nascer
Ao rigor do Caramelo
.........................
Dá-me o teu Menino
Não dou, não dou não dou
Dá-me o teu Menino
Vai à missa que eu já lá vou
       Dá-me o teu Menino
       Não dou, não dou não dou

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Prezado Papai Noel,


Há  muitos anos, mas muitos anos mesmo, eu escrevia minhas cartinhas para você, na esperança de ganhar algum presente.  Ia dormir logo após a Missa do Galo,  para poder acordar cedo e olhar para debaixo da rede (só vim a dormir em cama, Papai  Noel, na adolescência, mas nada que me queixe, porque era uma alegria tamanha aquele embalo da rede).
Lembro-me dos meus 6 aos 11 ou 12 anos, o  ritual de deixar a sandália debaixo da rede, porque mamãe dizia que você deixaria um presente. Nunca descrevi o presente a ser pedido. Qualquer presente que você me deixasse, naquela Noite Mágica, fazia-me tão feliz!
Ao  acordar, a bela surpresa! Bonecas, fabricadas em plástico duro, que não permitia-lhes qualquer movimento. Olhos pintados, simulando que eram de verdade; ou, em outro Natal, conjunto de panelinhas. Tudo muito simples, mas dado por você, Papai Noel, tinha um valor imenso.
Dia seguinte, as crianças estavam alegres, cada uma mostrando o que você deixou para elas, entrando pela chaminé ou pela janela de nossas casas. Nossas simples casas.
Só muito tempo depois descobri que você é uma bela  invenção, que acalenta as noites de Natal; que traz esperança, sonhos, alegrias até mesmo para quem já não é criança.
O meu bom velhinho!
Mas percebo, mesmo com o passar dos anos, que você continua com a missão de tornar mágica a noite de Natal, tão mágica como foi aquela noite, em que nasceu Jesus.
De certa forma, talvez Ele o use como Seu mensageiro (vá lá entender o que se passa na cabeça dessas pessoas especiais, não é?).
O tempo passou. Já não olho para debaixo de  minha rede, para surpreender-me com o que você trouxe para mim. E agora durmo em cama, rsss. Mas tenho acompanhado, mundo afora, o quanto milhares de crianças vivenciam esse sonho. Elas depositam em você, Papai Noel, pedidos dos mais simples ao mais extravagante. No fundo, elas querem mesmo é ter a certeza de que você AINDA existe.
Mas este ano, Papai Noel, alguém me deixou um "presente" que eu não pedi. Um tanto antecipado. Ainda nem era período natalino.
Fui obrigada a aceitar e, confesso, não me trouxe nenhuma alegria.
Por que terá sido, Papai Noel? Será que foi uma "provocação", para eu nunca mais duvidar da existência do bom velhinho? Ou terá sido por eu não mais lhe ter escrito minhas cartinhas?
Então, Papai  Noel, cá estou! Escrevendo-lhe, para dizer que o presente me surpreendeu - não, me assustou! - Quase caio para trás. E não foi você, meu bom velhinho, quem me trouxe o presente (ou a notícia). Foi um médico!
O que houve? Algum problema no tráfego, com as renas?
Não me comportei bem este ano? Não acredite em fofocas, Papai Noel. Eu me comportei muito bem. Até eu me orgulhei de mim!
Sei que esse tipo de presente muitas pessoas recebem. E, então, por que eu também não receberia, não é? Estou até começando a aceitá-lo.
Eu apenas fiquei assustada, Papai  Noel. Para 2017 fiz tantos planos. Um deles seria conhecer uma turma supimpa, lá das bandas de Cabral (aquele, que descobriu que índios já habitavam o Brasil).
Caminhar até a bota ficar cansada. Conversar até o dia raiar, com a Daisy e Alfredo, em Aveiro (ouvir as histórias desse casal que só não conhece a Amazônia, porque ele tem medo de ... onça). Conhecer o Paulo Moura, vulgo PM, que me "introduziu", juntamente com a SãoRosas, no meio dessa turma super legal.
Ah, Papai Noel! Não me apronte essa. Ainda quero dar um abraço no Dom e em sua (especial) Celeste.
Será que daria para conhecer onde o Quito vive, com a São? E o Tonito? Os Carlos,  Carvalho e Viana? Tantos outros. Outros tantos!
Bem, despeço-me por aqui. Leia com bastante carinho minha cartinha, Papai Noel. Aproveite e leia tantas outras, com o mesmo carinho. Atenda aqueles pedidos, que sabemos que será um presente para toda a Humanidade: os pedidos de Paz para o Mundo.
Quanto ao seu presente antecipado... quero pedir-lhe um favor...se eu conseguir ultrapassar essa etapa... você promete não mandar mais nenhum ANEURISMA para mim e para mais ninguém? Promete?
De qualquer forma, Papai Noel, tenho mais a agradecer... do que mesmo a pedir.
Tenha um Feliz Natal...Aliás, que todos tenhamos um excelente!

Chama Mamãe

P.S. Não sei quando você receberá esta cartinha. O mundo modernizou. Bem capaz chegar em  tempo.

ANIVERSÁRIO

MARIA JOSÉ DE ALMEIDA SOARES

.23-12-1944

Neste dia especial....

"ENCONTRO DE GERAÇÕES" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

UM CONTO DE NATAL ...







O Mimoso era um homem introvertido. Refém dos seus misteriosos pensamentos, falava pouco. O seu distanciamento para com os camaradas de armas daquela pequeno aquartelamento lá para os lados do Gabu, fizeram dele uma ilha. Uma ilha de solidão.

Tão estranho comportamento, abriu um fosso no relacionamento com a pequena comunidade militar daquele leste da Guiné. Alguns deitavam-se a adivinhar. Uns diziam que era feitio, outros talvez um desgosto de amor.

Naquele dia, já próximo da época natalícia, o Cleto teve um azar. Numa vinda ao Gabu num camião militar, o buraco na estrada fez o monstro dar um enorme solavanco. O Cleto, displicentemente sentado em cima de um guarda – lamas, foi cuspido violentamente da viatura. Perdeu os sentidos e, de imediato foi providenciado o transporte para o Hospital de Bissau, o que só veio a acontecer no dia seguinte por via aérea.

O mal não era de monta e, dois dias depois, estava de regresso ao aquartelamento. Para além de um forte hematoma na testa, o Cleto trazia um pé engessado e deslocava-se com grande dificuldade de muletas. Passava muito tempo no seu catre, lamentando a sua desdita.

Na noite de Consoada, o João Cleto estava desmoralizado. A evolução do seu estado de saúde não se fazia sentir. Recusou a companhia dos amigos para a ceia e ali ficou no seu abrigo subterrâneo, a coberto do fogo inimigo que poderia aparecer da escuridão do capim.

Naquele silêncio, meditando sobre aquela noite tão especial, viu com surpresa abeirar-se dele o Mimoso, com o seu porte avantajado. Ficou expectante. Afinal o Mimoso era o tal companheiro que não procurava a camaradagem de ninguém.

Então o transmontano, que trazia debaixo do braço um embrulho de papel grosso, sentou-se junto dele. Cuidadosamente, abriu a encomenda que exalava o cheiro dos belos enchidos que a família lhe tinha enviado daquele pedaço de Portugal, para que o Mimoso tivesse o aroma e os sabores da sua terra de origem em época natalícia.

Fez então menção de dividir aquela merenda com o camarada agora debilitado de corpo e de espírito. O João Cleto não teve coragem de recusar o convite para aquela ceia surpreendente e improvisada.

Então, tendo como testemunhas as estrelas cintilantes que polvilhavam o céu que se via pela vigia do abrigo, os dois homens comeram pausadamente e conversaram em ameno convívio, honrando a noite mágica do Deus Menino.
Quito Pereira