terça-feira, 30 de novembro de 2010

NOTÍCIAS DO NOSSO BAIRRO!

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NORTON DE MATOS GANHA 3 DAS 5 NOMEAÇÕES NA IV GALA DO DESPORTO "CIDADE DE COIMBRA"



Prémio Entidade - Centro Norton de Matos

Prémio revelação- Carolina Coelho (Ginástica Rítmica)
Prémio treinador Formação - Nina Chevts (Ginástica Rítmica)



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METEREOLOGIA EM COLMAR, PARA A CHEGADA DOS REIS MAGOS!


A meteorologia em Colmar!

E ainda há quem fale do reaquecimento climático!!!

Deus queira que os camelos que transportarão os nossos 3 Reis Magos e suas esposas imperiais até Colmar, não fiquem congelados ou sejam desviados para outras paragens mais quentes.

Cuidado com as miragens: Natal mágico, só em Colmar!!!

Uma boa viagem para todos!

Bobbyzé


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A CRISE E OS AGIOTAS


Na Rua Augusta, como num labirinto, ia contornando aquela multidão de pedintes ou vendedores de inutilidades, que se me dirigia de mão estendida. Uma mulher, mais afoita, espetou-me na lapela uma medalha com uma fitinha verde e vermelha, pedindo-me esmola para a Nossa Senhora. Devolvi-lhe a medalha e recusei a esmola, deixando-a para trás, a resmungar entre dentes qualquer coisa ininteligível.
Outra, quis me vender pensos. A seguir, um velho exibia uma perna nua, deformada, cheia de chagas, com um cartaz de papelão pendurado ao pescoço, a pedir ajuda para matar a fome.
Mais à frente, defronte duma luxuosa montra, um homem de meia idade tocava num violino uma melodia suave, algo deprimente. A dignidade da sua imagem destoava dos mendigos que enxameavam a rua. Fixei o olhar naquele rosto que não me era estranho e aproximei-me para depositar uma moeda na caixa de cartão que jazia a seus pés.
Subitamente, o homem parou de tocar e virou a cara. O seu semblante denotava uma indisfarçável vergonha. Constrangido, num lampejo, lembrei-me dele. Era o Sr. João, solteiro e sem filhos, que tantas vezes vi actuar integrado na orquestra que executava as partituras dos espectáculos de ballet do São Luis, em que a minha filha entrou nos seus últimos anos do Conservatório.
Com a crise, perdera o emprego que tinha exercido a recibo verde, e na aflição de tentar pagar as dívidas dos seus créditos ao consumo, recorreu a um agiota de um 3º andar da Rua dos Fanqueiros que lhe cobrou juros altíssimos pelos capitais emprestados.
Esclareci-o que a usura é crime definido no Código Penal. Que os juros não podem ultrapassar o limite legal. Que fica sujeito a pena de prisão todo aquele que cobrar juros desproporcionados, provocando conscientemente a ruína da vítima. E que, por isso, devia apresentar queixa do agiota.
Disse-me que já o fizera, mas que o processo corria lenta e placidamente no meio de milhares de outros.
Entretanto, tinha que ir sobrevivendo.
É nos tempos de crise que os homens e os Países mostram a sua face mais cruel, devorando, como abutres, a carne putrefacta dos moribundos...


Rui Felício

NOTICIAS DE COIMBRA - FILIPE ALBUQUERQUE CAMPEÃO DOS CAMPEÕES!


Filipe Miguel Delgadinho Albuquerque que nasceu em COIMBRA a 13 de Junho de 1985 , competindo actualmente no Campeonato A1 GRAND PRIX não podia ter representado as bandeiras nacionais da melhor forma na Race of Champions, ao sagrar-se campeão dos campeões, depois de disputar uma finalíssima muito renhida com Sebastian Loeb, sete vezes campeão de ralis.
O piloto de Coimbra iniciou a sua escalada rumo ao ceptro ao eliminar Álvaro Parente nos quartos de final, e nas meias-finais «gelou» o Esprit Arena ao bater, pela segunda vez, o campeão do mundo de Formula 1, Sebastian Vettel, o que lhe valeu o bilhete para a final, onde defrontou o francês
Sebastian Loeb



Notícia do Diário das Beiras
fotos e outros dados: Net

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Jorge Castro e a sua mana Li relembram-nos o Encontro de Gerações

(cliquem em cada imagem e abre ampliada numa nova janela)

A PUREZA INICIAL ...

" ... assim recomeça o ciclo do azeite ..."
(Foto Net)
É uma estranha comoção esta, a que me brota dos sentidos. Neste final de tarde sereno, deambulo por este vácuo do Tempo. O Sol, andou todo o dia atarefado, a querer romper por entre as nuvens. Ao longe, lá ao longe, diviso uma mancha de céu azul. E, por detrás, em pinceladas dispersas, um cenário de cor escarlate. Um quadro de Monet. Por um caminho estreito, progrido em direcção ao Juncal do Campo. O velho carro, conduz-me agora até ao topo da colina. E, lá ao fundo, esbatida contra a Gardunha, está a aldeia. Do lado esquerdo da estrada, um campo de oliveiras. Avisto um habitante daquele povo, pendurado numa escada. É hora de colher aquela dádiva da Natureza – a azeitona. Reconheço-o e aceno-lhe. É o Jerónimo. Corresponde ao meu cumprimento, com o gesto largo do boné, que lhe vai forrando a cabeça das intempéries do tempo. Que não das intempéries da alma. No chão, um enorme pano verde. É o regaço onde se acolhe o fruto. É o recomeço do ciclo do azeite. Enquanto vou descendo a colina, devagar, vem alguém ao meu encontro. É a Graciosa. Vem ligeira no seu andar. O seu jeito ladino de lidar com a vida. Se calhar vai para o lar dos idosos – penso - começar o seu turno. E, naquela calma espacial, naquele turbilhão de silêncios, um som metálico e soturno, sobressalta-me os sentidos. É o sino da aldeia. Ouve-se várias léguas em redor. Pelas suas badaladas, se medem as horas e o clamor dos dias festivos. Mas também da morte, quando bate os seus compassados “sinais”. E aí, o povo é um só. De todos os Lugares aparece gente, que se esgota por estes caminhos de Cristo. Conhecem-se todos uns aos outros, neste pequeno universo de solidariedade fraterna. E a notícia de um passamento, transmitida de boca em boca pelo badalar de um sino, é como fogo a arder em palha. Mas há os dias festivos. Nada mais triunfal, que uma festa de aldeia. É o dia de visitar as “alojas” do povoado. De provar o vinho espesso. De rumar ao largo da festa, de bandeiras enfeitado. De comer um frango, em reinadio convívio, numa mesa velha e tosca. Mas, também, de vestir o melhor fato, e acompanhar o padroeiro São Simão no seu andor. De pôr as colchas mais ricas à janela. Mesmo que modestas. Na frente, o padre vai rezando a sua ladainha, acompanhado por um séquito de fiéis. Depois a banda, nos seus uniformes azuis. O regente à cabeça do cortejo, com o seu fato aprumado. A menina de tenra idade, de saia curta e meias brancas, vai transportando o estandarte. E o homem do trombone, anafado e de bigode, com o suor a acudir - lhe ao rosto. De novo retomo a minha atenção à estrada. Deixei-me afundar nos meus pensamentos. Fui levado pela corrente dos dias sem fim. E logo à noite, quando a explosão de um outro mundo, me entrar pela casa adentro, dando-me notícias escandalosas do meu outro país, de novo cerro os olhos, num lamento. Recordo-me então do Jerónimo, pendurado numa escada, acenando-me com o boné. Aquela forma doce de caminhar pela vida. O povo na sua essência. O regresso à pureza inicial.
Quito Pereira

domingo, 28 de novembro de 2010

Não me perguntem porquê...

... mas na Quinta do Sobreiro, no dia 23 de Outubro, fiquei fã do Licor Beirão. Tanto Caipirão que fui lá pedir sem ser para mim...







Fotos de Jorge Castro (que, não lhe perguntem porquê, também ficou fã do Licor Beirão)