quarta-feira, 31 de julho de 2013

Passatempo para caloiros - qual é o número da porta do Hotel Astória? E uma história de bónus!

Deve ter sido das primeiras perguntas sobre Coimbra que me fizeram, quando passávamos em frente ao Hotel Astória, na Avenida Emídio Navarro.
Não consegui responder logo... mas no dia seguinte voltei lá e descobri. Qual é o endereço do Hotel Astória?
Avenida Emídio Navarro, nº...?


E deixo-vos uma história de bónus, que também me contaram quando cheguei a Coimbra. Se é verdade ou lenda, não sei. Mas, como dizem os italianos (e eles sabem dizê-lo tão bem) "Si non è vero è ben trovato".
Quem chega hoje a Coimbra vê a cúpula redonda, do topo virado para o Largo da Portagem, com a cor preta. Mas só foi assim depois de uma remodelação recente (em 2002). Até então, a cúpula era castanha...


... como muitos certamente se relembrarão e se pode ver neste postal:


Pelo que me contaram, as obras do Hotel Astória demoraram bem mais do que estava planeado. Quando estavam praticamente concluídas, o arquitecto responsável pelas obras terá ido passar uns dias de repouso no Buçaco, mas tendo o cuidado de deixar instruções para todos os detalhes que faltava concluir. Só que ter-lhe-ão telefonado, pedindo desculpas pela interrupção do merecido descanso:
- Senhor arquitecto, de que cor é para ficar a cúpula?
E ele terá respondido, revoltado pela interrupção do descanso que achava tão merecido:
- Olhe, da cor da merda!
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Para uma aula de "Hastória" (inventei agora, para História do Hotel Astória), recomendo que vejam esta página, do blog «Restos de Colecção».

Resposta:
Como toda a maltinha de Coimbra sabe de ginjeira, o número é o "21", inscrito na placa do nome do Hotel, a fazer o "A" de "Astória":


A SEPARAÇÃO DO MUNDO ...


Tratado de Alcáçovas - Toledo 
De novo partir. De novo rumar a norte. Penetrar no Alentejo profundo, ao som grandioso do cantar das cigarras. Aqui e ali, aglomerados dispersos de pequenas casas brancas de janelas quadradas e singelas. Por entre os telhados do casario, sobressai a igreja, como guardiã da religiosidade de um povo e fiel sentinela do marasmo da campina. Cada aldeia, cada vila, é um fragmento de felicidade. Uma delícia para os sentidos. Nós, os portugueses, somos assim. Qualquer coisa nos emociona. E o Alentejo, perdido na vastidão da planície solitária, oferece aos olhos do viajante tonalidades de vários matizes.

A terra negra de cultivo, a contrastar com o amarelo vistoso dos girassóis. O verde viçoso que se divisa lá ao longe, apesar da canícula destes dias, a fazer par com o silêncio solene dos sobreirais. São quilómetros e quilómetros a vaguear por um tempo que se esgota no infinito das tardes quentes. Apenas o mapa colorido, nos vai guiando nesta via - sacra de solidão.

São treze horas nesta tarde de Julho. O estômago já reclama aconchego. Ali, ali ao fundo daquela recta, por entre uma onda de calor e de mistério, divisamos uma igreja plantada no alto de um morro. Tem um aspecto vetusto, uma dignidade e uma altivez que nos fascina. Que segredos de antanho guardará na sua torre - sineira, resistente aos séculos e ao sol impiedoso de cada Verão?.  É a Igreja Matriz do Salvador de Alcáçovas. Datada de 1530, teve porém a sua origem nas ruínas e na capela do Castelo, com data de 1308, conforme nota explicativa junto do monumento.

Em Alcáçovas parámos da fadiga da jornada. Uma residente, indica-nos um local para almoçar, onde nos podemos refazer dos quilómetros já percorridos. Lá dentro, lá dentro do restaurante, a temperatura é amena. Uma meia dúzia de mesas e apenas um cliente, que vai mastigando um pedaço de pão sem pressas, olhando um quadro pendurado na parede. Está absorto, no seu rosto fechado, como que a levitar sobre os seus pensamentos pardos.

Nada como um toque de sabor a coentros, para a perfeita harmonia de um cozinhado apetitoso. E um vinho de Pias, a lembrar o cantar arrastado e em uníssono de um grupo de homens que são a marca – de - água do sentir alentejano.

Ali, no restaurante simpático, recuperámos da jornada. O dono é um homem novo e falador, enquanto atrás do balcão vai enxugando pequenas colheres de café com um pano branco e passando chávenas e pires por uma torneira. O som cavo do fio – de - água no ralo do lava- louça, preenche o silêncio soturno do salão. 

De repente, o nome de Alcáçovas, aflora-nos ao pensamento. Algo de extraordinário   ali aconteceu. Algo de histórico, transversal aos séculos. Nada como perguntar ao dono do restaurante, no seu papel de patrão e de empregado. Diz-nos, enquanto vai cerrando os olhos num esforço de memória, que parece que foi naquela vila que separaram o mundo. Talvez fosse, acrescenta, não muito certo dos seus conhecimentos sobre os nossos antepassados.

De novo a estrada. De novo as rectas sem fim. De novo a caminhada para norte. No pensamento, o bailar daquela frase enigmática -  a separação do mundo

Porém, algo nos fazia acreditar tratar-se de um qualquer entendimento entre portugueses e espanhóis. E era. Porém, dos seus contornos, apenas os soubemos mais tarde, quando, numa pesquisa, o Tratado de Alcáçovas - Toledo lá aparece, datado de 4 de Setembro de 1479, celebrado entre D Afonso V e os Reis Católicos de Espanha. Muitos são os pormenores deste Tratado, ratificado pelos espanhóis em 6 de Março de 1480.

A separação do mundo, na óptica do habitante da bela vila do Alentejo, talvez fosse o acordo de soberania das Ilhas da Madeira, Açores, Cabo Verde e Costa da Guiné por parte dos portugueses, em contraponto com a posse das Ilhas Canárias por parte dos Espanhóis, impedidos por entendimento lavrado em Alcáçovas, de navegarem para sul do Cabo Bojador, ao encontro dos interesses da gente Lusa. 

Era este o Tratado a que o bom alentejano se queria referir. E eu, da separação do mundo, lembrei-me de um Portugal divido, a navegar a duas velocidades. A frenética vida dos habitantes do litoral numa corrida contra o tempo, em contraste com o doce vaguear pela planície alentejana, que ainda nos permite sonhar com um pôr -do – sol incendiado de cores arrebatadoras e a refrescante sombra derramada no asfalto pelos imponentes e eternos sobreirais.
Quito Pereira         

terça-feira, 30 de julho de 2013

A SORTE É PARA QUEM A MERECE


                                         Fotografia obtida, com a devida vénia, no TRAVEL WITH US
 
Acordou ao alvorecer, esfregou os olhos e abanou suave e delicadamente a Daisy para a despertar.

Tinham passado a noite numa casa de totora, numa das pequenas ilhas flutuantes do Lago Titicaca a mais de 3.800 metros de altitude e nessa manhã rumariam a La Paz cerca de 200 metros mais baixa que o grande lago.
Ela espreguiçou-se, sorriu-lhe, espreitou pela frincha da porta a luz baixa do astro-rei que começava a dardejar, olhou para o relógio e viu que ainda tinham tempo. Só daí a duas horas o guia os levaria até à grande cidade, uma das mais altas do mundo.
Fizeram a descida lentamente e quando começaram a divisar lá em baixo a cidade de La Paz, puxaram dos mapas e anotações da viagem ansiosos por cumprirem o roteiro de visita previamente definido com o rigor de planeamento que este casal de há muito se habituara a fazer nas suas constantes viagens à volta do mundo.
Tanto o guia como eles próprios iam franzindo o sobrolho com preocupação, à medida que percorriam as ruas da cidade de La Paz em direcção ao centro, onde tinham reservado estadia num hotel.
Não se via vivalma, os carros e transportes colectivos estavam parados e de portas abertas no meio das ruas como se tivessem sido apressadamente abandonados. Nas suas imediações, espalhadas pelo chão, jaziam calças, saias, sapatos, gravatas, casacos, malas de senhora, pastas, papeis, chapéus e toda a gama de acessórios de vestuário.
Nem um corpo humano, vivo ou morto, nem um cão, nem uma ave, nem um simples gato...

Em contrapartida, os edificios estavam impecavelmente preservados, os jardins e equipamentos urbanos intocados.
Parecia uma cidade fantasma!
Eles e o guia eram os únicos seres vivos naquela enorme cidade. Não havia quaisquer sinais de violência que justificassem a debandada geral.

Entraram no hotel para fazerem o check-in.
Olharam em volta. Estava deserto. Nenhum empregado na recepção nem em lado nenhum.
Pelo chão do amplo átrio e espalhados em cima do balcão, o mesmo aparato das ruas com inúmeras peças de vestuário abandonadas.
Aos olhares de espanto e incredulidade que trocavam entre si, o Alfredo acrescentou uma pergunta irrespondível à Daisy:
- O que se terá passado?
- Bem sei eu, disse ela baixinho. Poderia ter sido uma revolução, uma bomba, sei lá!
- Mas não há sinais nenhuns de estragos nos edificios, nem nos carros. E nem há mortos nem feridos, articulou o Alfredo.

Só muitos meses mais tarde vieram a saber que na Bolivia, os EUA tinham despoletado, experimentalmente, uma bomba de neutrões que espalhou doses letais de radiações que matam e incineram em minutos todos os seres vivos, volatilizando a matéria orgânica, mas preservando edificios, equipamentos e toda a matéria inorgânica.


E que os seus efeitos, por sorte do casal e sorte nossa, só não atingiram o Lago Titicaca, onde eles tinham pernoitado, porque acima dos 3.700 metros de altitude a bomba de neutrões é ineficaz.
 


Rui Felicio

Emily Carr et ses Amis

Esta escultura de Joe Fafard em Montreal, natural da província de Saskatchewan e sob o tema em título, transmite-nos uma passagem da vida no seu torrão natal como tantas outras obras deste artista. Montreal é uma cidade que nos vai apresentando arte na rua derivado à cãmara e às suas galerias de arte.



Por ser muito interessante, aqui fica o link de Joe Fafard.

ENCONTRO COM A ARTE


Universidade
Luis Garção Nunes- Os Meus Momentos a Preto e Branco

segunda-feira, 29 de julho de 2013

ENCONTRO COM A ARTE

                 CONTOS
                da
               Daisy

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          NO HOSPITAL

A velha entrou, com as duas mulheres atrás. Ligeira como uma rapariga, foi até ao fundo da sala e voltou, para se sentar no banco, junto à porta.
— Não vale a pena. Não podemos lá ir sem “ela” dar os papeis…
Tinha modos de criança, e o rosto enrugado possuía algo de meigo.
— Esperemos… “Ela” não demorará, tia Ferreira…
A mulher gorda, com aspecto de mais velha do que a outra acompanhante, consolou-a assim, meio risonha.
A velha olhou os outros doentes à espera, e murmurou, com ar aborrecido:
— Tanta gente…
Muita gente. E era sempre assim, desde que viera da terra para ali, para se curar. Saía lá da enfermaria, para fazer os exames… e encontrava a sala cheia, sempre.
— Há tanta gente doente…
E os olhos, húmidos, miravam tudo.
— Mas eu sou um velha “carcaça”. Não presto para nada… Inda que os novos se tratem… mas eu… eu não me curo, não. Já sou muito velha.
— Ora, ora, a tia Ferreira tira agora um “retrato”, vai ficar toda bonita e vai ver que já está boa e já se pode ir embora para a sua terra.
— Para a terra…
O pensamento voava-lhe. As esperanças de novo lhe vinham. Os olhos húmidos ficavam-lhe secos e a cara de menina-velha tomava vida.
Havia de ir para a terra. Havia, sim senhora! Ora ora, que estava ela com aquelas lamechices? Também, ela não era velha por aí além, que diabo! Diabo. Diabo, não! Não devia falar nele!... Pensar só em Nosso Senhor. Isso! Em Nosso Senhor e na Virgem… naquela lá da capela… na dos anjinhos aos pés… como se chama ela? O senhor abade é que sabia! Ora, era a Virgem!... Só há uma, porquê chamar-lhe tantos nomes? Pois, então, não falar do diabo — t’arrenego! — falar em Deus, na Virgem e nos santinhos… — e em seu Manel, sempre solteirinho, mas que havia de casar. Ai, havia, havia! Quando viesse lá das Franças… E ela havia de ver! Havia de curar-se! Havia! O “retrato” havia de ficar bonito, pró senhor doutor lhe dizer que já faltava pouco… Havia… havia…
— Mas é preciso a gente não respirar para ficar bem, não é?...
— Temos de encher os pulmões…
— Ah… e depois não se respira, não é?
— Pois é.
— Então é assim que farei!
E ficou-se, num mutismo que deixava adivinhar um mundo de pensamentos na cabeça baixa, de olhos no chão.
Aconchegou a túnica de flanela, o hábito do hospital, e disse, como se falasse consigo mesma:
— Pobre diabo, que nem saia tens…

27 de Julho de 1972


PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE RUA DA SOFIA

Segundo entendo a rua da Sofia está incluída na classificação do Património da Humanidade devido aos - monumentos-  Colégio e Igreja Nossa Senhora da Graça, Colégio e Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Colégio e Igreja de São Pedro dos Terceiros, onde inicialmente esteve instalada a Universidade de Coimbra.
E ainda a Igreja de Santa Justa - nessa época também Rua da Sofia...Será assim?

Breves notas(net)
. A Rua da Sofia seguiu o modelo da universitária Rue de Sorbonne, em Paris, embora duplicando as suas dimensões de comprimento e largura (LOBO, 2006). O plano inicial idealizado por Frei Brás de Barros baseava-se na construção de um campus universitário em linha, em que os diferentes colégios se dispunham sequencialmente de um dos lados da rua (o lado NE.). Do outro lado seriam edificados habitação e comércio, que serviriam de apoio à universidade.
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O modelo conventual, fundado na arquitectura religiosa e no qual se inserem os colégios da Graça, do Carmo e de S. Pedro. O tipo palaciano, referente à arquitectura civil, do qual o Colégio do Espírito Santo terá sido o precursor. O Colégio de S. Tomás segue este exemplo, que viria a ser profusamente utilizado na Alta da cidade (exemplares destruídos no séc. 20 e substituídos pelas instalações universitárias actuais).
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Daí nada ter a ver com a minha curiosidade sobre esta antiga Igreja de São Domingos


O antigo convento de  SÃO DOMINGOS ficava situado na zona da baixa junto ao rio.
Fundado por duas filhas do rei D. Sancho I, D. Branca e D. Teresa, o convento viria a tornar-se inabitável devido ao assoreamento do  Mondego.  Assim, em Março de 1506 era publicado um diploma pontifício que autorizava a mudança de localização da casa conventual dominicana. No entanto, os frades hesitaram em sair do velho edifício, fazendo-lhe algumas  reformas nas décadas seguintes. Em 1546 os dominicanos conimbricenses obtinham as licenças de D. João II e do capítulo geral da ordem para mudarem para o local onde iria ser construída a nova casa conventual, na rua da Sofia, em terrenos cedidos pelos frades de Santa Cruz, proprietários daquela via.
A IGREJA DE S. DOMINGOS: Inacabada,  hoje CENTRO COMERCIAL, pertencia ao convento de S. DOMINGOS (séc. XIII). A capela do Tesoureiro é obra de João Ruão. Foi transplantada para o MUSEU MACHADO CASTRO. Data- 1560.

PERGUNTA: Quem é o proprietário deste edifício (monumento?), ou seja o senhorio que recebe as rendas das várias lojas deste CENTRO COMERCIAL?
Textos net






Fotos EG

domingo, 28 de julho de 2013

O meu menino é d'oiro....A família Moreirinhas na maior! Grande Alfredo quem canta assim encanta.



Só gostaria de dizer, que nunca tínhamos ensaiado antes! Foi a primeira vez que tocámos juntos.
Da esquerda para a direita, são: Jorge, Tiago, Custódio, Alfredo e Durval, todos Moreirinhas. 



PAUSA ...

Uma pausa para um chá de vampiro, no Congresso da Bruxaria ... 

Só para bruchos

ONDE FICA PARA QUEM NÃO CONHECE.
QUEM CONHECE?

NOTÍCIAS DE COLMAR

MOSBACH OPEN AIR FESTIVAL (Alemanha)- 26 Julho 2013
com FOREIGNER e MOTHER'S FINEST (USA)
BobbyZé e Elisabeth convidados VIP


 MOSBACH é uma cidade lindissima, situada a 30 kms de HEIDELBERG, com um passado histórico muito importante. Romântica e natural, é  ponto de partida obrigatório para excursões fluviais através do famoso Rio Neckar.

Convidados VIP pelos dois grupos Americanos, regressámos à nossa grande paixão: os concertos Rock!No final dos anos 70 e essencialmente nos anos 80, sentimo-nos imensamente privilegiados em frequentar todos os grandes nomes do showbusiness mundial, através de concertos ou festivais, realizados em França, Alemanha, Luxemburgo, Suiça, Itália e até mesmo em Portugal. Especialmente, partilhar "after show", momentos inesqueciveis com artistas fabulosos. Vivendo intimamente, o "outro lado" desses grandes nomes, que muitos fãs gostariam de conhecer.



Sob um calor insuportável (às 19h estavam ainda 34°) 7 000 pessoas vibraram durante 4h e meia, num terreno ao ar livre, ao som destes 2 grandes nomes da cena Rock mundial. Stands com afluência incrivel, debitavam barris de cerveja e salsichas à go-go!!!

FOREIGNER é um grupo de Rock anglo-americano, formado em 1976 em Nova Yorque pelo guitarrista inglês MICK JONES.












As suas vendas oscilam já em 50 milhões por esse mundo fora, com 38 milhões contabilizados só nos USA! Os seus concertos são sempre espectaculares pois produzem um Rock FM muito popular. Quem nao conhece esses enormes hits que são, os temas "URGENT", "COLD AS ICE", "JUKEBOX HERO" e os mais românticos "I WANT TO KNOW WHAT LOVE IS" e "WAITING FOR A GIRL LIKE YOU"!
Os MOTHER'S FINEST sao originàrios de ATLANTA, na GEORGIA e praticam um FUNK ROCK diabolico. A sua postura em palco, provoca a implicaçao intima de reacçoes no publico.


Tive a enorme honra em ser o unico fotografo autorizado a trabalhar em cima do palco, ao mesmo nivel que os artistas. Situaçao privilegiada que confere fotos extraordinárias!

Vi várias vezes os FOREIGNER e os MOTHER'S FINEST.
MICK JONES, o leader dos FOREIGNER recebeu-me em 2009, no Pavilhão Atlântico em Portugal. Personagem bastante simpático, adorou a oferta que lhe fiz das fotos dessa sua passagem por Portugal e dum outro concerto, realizado na cidade Francesa de Metz, em 1985!!!!

Partilhei vàrios concertos com os MOTHER'S FINEST mas, especialmente aquele no final dos anos 80 na cidade alemä de SAARBRUCKEN ficou para a historia!!!Naquela noite, jà muito bem alegres, queriam raptar-me e levar-me no aviao deles para a GEORGIA!!!!!!

No final dos concertos, a famosa entrega da praxe, com todas as explicações sobre esse grande elixir da LOUSA, sempre presente nos maiores concertos ROCK!!!!
 

Tanto MICK JONES (um autêntico gentleman, que tanto pediu para tirar uma foto com a Elisabeth) como WIZARD ou JOHN HAYES, guitarristas dos MF, ficaram imensamente agradecidos com as garrafas que lhe entregámos.
Evidentemente que lhe explicámos as mil e uma maneiras de utilizar o LICOR BEIRÃO, focalizando sempre sobre o famoso CAIPIRÃO!!!!


No final, fizémos 630 kms em 2 dias, aproveitando no regresso para re-visitar essa belissima cidade universitària que é HEIDELBERG. Uma autêntica maravilha!

E continuamos mobilizados!!O calor que se faz sentir ultimamente (38°) não nos impedirá de estar presente na 66a edição da FEIRA DOS VINHOS DE COLMAR (de 9 a 18 de Agosto) onde entre outros, os velhinhos DEEP PURPLE e BLUE OYSTER CULT, irao certamente animar noites que prometem ser màgicas!

Mas antes e já no dia 2 de Agosto, estaremos novamente na Pátria da Senhora MERKEL, mais exactamente em BAD KROZINGEN, para assistir em pleno ar livre ao concerto do mitico ALAN PARSONS PROJET!!!!!

Keep On rockin!!!!


BobbyZé

sábado, 27 de julho de 2013

Este arco trabalhado é de que monumento de Coimbra?

Como não é nada fácil identificar este monumento vendo apenas uma parte do arco...


... mostro-vos a parte do pórtico de que esse arco é parte integrante:


Querem uma pista? Eu dou: mesmo à frente deste pórtico está uma grade... inclinada...
E especialmente para o Chico Torreira, no Google Maps só se vê mesmo de esguelha.

E aí está a solução, dada de imediato pelo Quito (enquanto o Rui Felício foi dar uma volta a Santa Clara a Velha): "igreja de S.Tiago, na baixa coimbrã, junto às escadas onde costuma actuar a famosa Tuna Meliches".
Não se deixou cair na esparrela de este pórtico ser o lateral... precisamente o que dá para as escadas de São Tiago... e aí, estão as grades da escadaria... inclinadas, que "eu não estou aqui para enganar ninguém (está quieto, macaquinho)":


E agora digam-me lá se estas escadas não estão mesmo a pedir para a Tuna Meliches ir lá tocar e cantar...

Bom fim de semana

sexta-feira, 26 de julho de 2013

DO ALTO DA MINHA VARANDA ...






Todos os fins de tarde, do alto da minha varanda, escuto a voz do mar. E o vento brando que, de mansinho, me afaga o cabelo num toque de nostalgia. Nada como uma vela branca a correr no horizonte de um mar sereno, para recitarmos um poema de esperança, depois da fadiga da jornada.

Mais um ano passou. Um ano de muitas canseiras, desgostos e algumas efémeras alegrias. Mas é aqui, nesta cidade que me adoptou há mais de meio século, que procuro as energias para um novo recomeçar.

Lagos, a bela cidade de Lagos, com o seu manto de mar azul, continua a exercer o seu fascínio sobre aqueles que a procuram. Pese o momento difícil que atravessamos, a verdade é que a urbe está repleta de gente. De realçar, o batalhão de estrangeiros que invadiu a cidade. Terei que fazer um esforço de memória, para relembrar tão grande avalancha de forasteiros que, ao início da noite, tomam de assalto as ruas e todos os restaurantes da baixa lacobrigense, num fervilhar de vida e de paixões ao virar de cada esquina. Ele, o rei - menino, lá está, sentinela muda com os seus olhos grandes e inocentes, a espiar o turbilhão de turistas que o olham com respeito – alguns – e outros, os estrangeiros, que vão tirando fotografias e interrogando-se certamente de quem seria aquele personagem da armadura desajustada a um corpo tão franzino. Do Infante, todos conhecem a história. Fomos e somos um país de marinheiros, numa nação à beira - mar plantada. E ainda hoje, a “Sagres”, com as suas alvas velas, percorre mundos já anteriormente navegados, numa saga de heroísmo e de martírios.

Por isso, a gente de Lagos, não foi ingrata para com o seu Infante. Perpetuou-lhe a memória numa estátua de bronze que, sentada junto ao Forte da Ponta da Bandeira, domina a barra de semblante austero e olhar distante.

Lagos, é terra de pescadores. De traineiras e pequenos barcos que, no emaranhado das suas artes, procuram trazer para terra o pão nosso de cada dia que lhes dá o sustento.

Lagos, é cidade de veraneio. Mas Lagos é, também, berço da gente humilde, que das vielas estreitas encostadas à muralha, fizeram os seus lares e ali habitam em casas modestas e sombrias, em contraste com as zonas em que a malha urbana de airoso recorte, se perfila como o triunfo de uma época de expansão da construção civil, alguma de duvidosa implantação, em falésias debruçadas sobre o mar. Porém, adivinha-se hoje o seu estertor e a debandada de trabalhadores do leste europeu e de muitos compatriotas nossos, a fazer as malas na procura de um novo rumo de vida além - fronteiras.

Porém, apesar todas as angústias e preocupações daqueles que não estão imunes aos ventos agrestes que assolam esta cidade do barlavento algarvio, jamais esquecerei os que, aqui vivendo, comigo partilharam a sua juventude, e me incutiram o feitiço de uma terra que nada dirá aos poucos amigos que vão lendo esta minha reflexão de fim de tarde, agora que – da minha tribuna privilegiada - vejo os pequenos barcos de vela erguida a percorrer com indolência um mar calmo na procura do abrigo que a marina da cidade lhes oferece, neste clamor de entardecer, emoldurado pelo sereno planar das gaivotas, elas, também, património da cidade.

Para mim, agora que aqui cheguei, é revigorante e doce ouvir perguntar-me:
-  Já regressaste ?

 E eu poder responder:
-  Já … e não trago vontade de partir …

Quito Pereira   
   

NOTÍCIAS DO BNM



DIA DOS AVÓS - Dr. AZEVEDO MENDES E ESPOSA 10 filhos e 14 netos



 Na assistência a Soraia a Celeste Maria e a D. Irene

 

NO DIA DOS AVÓS...


Desde sempre, a sabedoria dos avós sacia a curiosidade dos netos.
Desde sempre, a imaginação e a utopia dos netos renova e actualiza a experiência dos avós.
Sempre assim foi.
Sempre assim será.

Corria o ano de 2165...

O neto João olhava atentamente o velho e sábio avô. A sua curiosidade, como a de todos os jovens, não conhecia limites.
As perguntas atropelavam-se umas às outras.
O velho, pacientemente, ia sintetizando o fulcro da curiosidade juvenil, respondendo-lhe de forma pausada e segura.

 -Sabes João, eles não davam nenhum valor à vida, matavam-se uns aos outros por coisas que nunca conseguimos perceber.
Não sei de onde vieram e acho que ninguém sabe.
Antes deles, muito antes, já nós por cá andávamos...
Eram uma praga, disso não há dúvidas. Não respeitavam nada nem ninguém consideravam-se uma raça superior, desprezavam displicentemente as equilibradas leis da Natureza.
Um dia, criaram um poderoso
vírus
com o objectivo de o usarem para dominar o mundo, eliminando os seus inimigos.
Disseminaram-no e nem se aperceberam que a própria arma era tão letal e rápida, que os dizimou a todos. Incluindo os seus próprios inventores!

O neto não compreendia porque é que esse
vírus
que matou essa tal raça, não os afectou a eles também, que ali estavam calmamente a conversar, e nem a nenhum dos outros seus familiares espalhados pelo mundo.

O avô explicou ao neto que aquela raça idiota e arrogante, contrariando a Natureza , se esqueceu que esta tem as suas regras e as suas defesas.
A Natureza protegeu todos aqueles que não pertenciam à tal raça hedionda, criando anti-corpos que repeliam o vírus, imunizando-os...

O João, macaquinho simpático, fitou o velho símio acocorado à sua frente no meio da floresta, e perguntou-lhe:

- Que raça era essa avô?
- A raça humana, completamente extinta... – respondeu o velho símio.     

 Rui Felicio

Bisbilhotando

terça-feira, 23 de julho de 2013

NOTÍCIA TRISTE

Faleceu SUSANA MARIA TEIXEIRA FERRÃO

O corpo está em câmara ardente na igreja de São José- Capela Nova

No dia 25 Quinta Feira será rezada Missa pelas 11H00, seguindo o funeral para o cemitério da Conchada

Encontro de Gerações apresenta sentidas condolências a seus pais José Ferrão e Graça Teixeira Ferrão e sua irmã Maria Inês e demais familia 




domingo, 21 de julho de 2013

Mural neo-realista de Vasco Berardo no velho Café Mandarim, hoje McDonald's da Praça da República




Vasco Berardo no seu atelier - 1989
Vasco Berardo nasceu em Coimbra em 1933. Pintor, medalhista e escultor, é um autodidacta convicto. Foram seus mestres José Contente, António Vitorino, Manuel Pereira e o arquitecto Fernandes. Fez a sua primeira exposição em 1951 com Os Novos de Coimbra. Colaborou com o C.A.P.C. e foi um dos fundadores do M.A.C.. Realizou até hoje exposições individuais e colectivas em todo o país e no estrangeiro. Destacou-se como medalhista contando hoje com cerca de 500 medalhas na sua vasta obra. Escultura em bronze e madeira, cerâmica, azulejaria, pintura, tapeçaria, metais e obra gráfica fazem parte do seu mundo, da sua inovação e criatividade. O seu período Neo-Realista deixou uma marca profunda na cidade de Coimbra com o mural do velho Café Mandarim, hoje MacDonald's. [da Wikipedia]

Fotos de Jeffrey Shallit no seu blog Recursivity, onde considerou o McDonald's da Praça da República, nºs 13-14 em Coimbra, "um dos mais estranhos McDonald's em que já estive, com um grande mural anti-capitalista pelo artista local Vasco Berardo, parcialmente escondido atrás da escada, mostrando os ricos espezinhados (pode-se ver as suas taças de champanhe caindo das suas mãos) por camponeses e mineiros virtuosos". Eu não faço essa leitura. Para mim, neste mural o autor representou o contraste entre os camponeses e pescadores (que trabalham) e os capitalistas (que fazem festas e tombam de bêbedos).
Seja qual for a leitura mais correcta, sempre admirei este mural desde que ia estudar para a sala do piso superior do Mandarim que, como me «explicaram» na altura, também era apelidado pelos estudantes de Mesopotâmia.
- Mesopotâmia?!
- Sim. Só mesas e... meninas...

MURO COM PINTA

Arte anónima.
Debaixo de uma Ponte de Coimbra.
MMMMÉÉÉÉÉÈÉÉÉÉÉÉÉ.
Tonito.
E a ponte é esta

No google maps não consta pois a fotografia já é antiga.
O muro está lá, mas ainda não tinha sido pintado pelo artista. 

sábado, 20 de julho de 2013

PASSATEMPO DOMINICAL ...

Belo pormenor de janela, numa conhecida vila portuguesa. Diz a História que a simpática localidade foi ocupada pelos Fenícios 1OOO A.C. O seu nome provém de "ouriços", pois nas suas praias existem muitos ouriços do mar. Um episódio com a familia real, marcará para sempre a memória desta bonita terra de pescadores, que tem pouco mais de 1O OOO habitantes. Estamos a falar de .....
Quito Pereira

Bom fim de semana