terça-feira, 29 de novembro de 2022

ANIVERSÁRIO-MARIA DO ROSÁRIO COSTA- MIMI

MARIA DO ROSÁRIO OLIVEIRA L. COSTA

                            MIMI

29-11-1949

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja...

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!
 

domingo, 27 de novembro de 2022

PARCERIA CENTRO NORTON DE MATOS-COIMBRA COM LABORATÓRIO ANÁLISES CLÍNICAS


  Inauguração com o Presidente do CNM  JOÃO RAFAEL e Representantes do Laboratório de Análises Clínicas  SYNLAB
                                            


ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRADIA UNIVERSIDADE DE COIMBRA-PORTA FÉRREA

                   Guiomar Marques
 

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

COIMBRA DE OUTROS TEMPOS-TEATRO AVENIDA Por Rui Felício


 CINEMA NO TEATRO AVENIDA

( Onde também era feito o Sarau da Queima das Fitas )

Para a época, o Teatro Avenida  era uma sala de espectáculos que enobrecia a cidade.

Nela assisti a inúmeros filmes e várias peças de teatro.

Lamento que tenha desaparecido e sido transformado em centro comercial.

 Agora e sempre o mesquinho interesse económico a sobrepor-se à cultura.

Era uma sala espaçosa, com uma ampla Plateia encimada e coberta em parte por um varandim onde se desenvolvia o Balcão, frisas e camarotes, tudo sustentado por uma fiada hemicircular de pequenos pilares..

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Vivia-se numa sociedade fechada, em que as autoridades impunham um puritanismo férreo, proibindo revistas mais ousadas e até cortando passagens de filmes que considerassem atentatórias dos bons costumes.

Naquela noite, corria o filme “A queda do Império Romano”, em que Sophia Loren era protagonista.

Na sala cheia, nem o mais leve zumbido se escutava, numa cena em que a artista conversava com Livio e aparecia com um avantajado decote que deixava adivinhar os volumosos seios, cuja nudez integral a imaginação juvenil da maioria dos espectadores procurava desvendar.

Como pelo efeito de uma bomba, a paz sonhadora dos jovens foi quebrada pela voz tronitruante do Batarda que, instalado na primeira fila do Balcão, gritou cá para baixo:

- Aqui de cima vê-se tudo !

Rui Felicio

domingo, 20 de novembro de 2022

CASA ASSOMBRADA-TEXTO DE RUI FELÍCIO

A CASA ASSOMBRADA


Era na única rua do Chão do Bispo que morava o Dr. Sebastião Nunes, chefe de secção no Banco de Portugal, à Portagem.

A casa era própria. Tinha-a comprado, ainda novo, aos herdeiros do antigo proprietário, o fidalgo D. Thomaz de Noronha. Ficou-lhe barata porque ninguém a queria. Dizia-se que estava assombrada.

Colocou-lhe na cimalha um dístico pretensioso em letras metálicas douradas cravadas no granito: 

Villa Sebastiana.

  Na frente havia um jardinzinho que se encurvava para a esquerda, debruado a bucho de uns oitenta centímetros de altura, rasgado a meio por um pequeno portão de ferro forjado.

Os arbustos bordejavam todo o jardim, como um muro vegetal, sob o vão da varanda lateral do primeiro andar, que corria em volta de toda a mansão.

O Dr. Sebastião nunca casou. 

Não que acreditasse na maldição da casa onde, contava-se em surdina, o fidalgo D. Thomaz de Noronha tinha sido degolado pela sua mulher que em seguida se suicidou.

Mas à cautela, achava que era melhor não desafiar os espíritos malignos que o povo dizia que pairavam pelo casarão para levar para os infernos quem ali se atrevesse a viver maritalmente.

Para além de que, com a sua figura, teria sido difícil encontrar companheira.

 O Sebastião era um homem grave, circunspecto, sisudo, de ventre proeminente e calvície brilhante.

As mãos popudas, de dedos curtos, seguravam uma eterna pasta de cabedal engraxado, feita de encomenda em pele de vaca, pelos presidiários da Penitenciária de Coimbra.

Nela trazia papéis da repartição, não com o fito de os ler, mas para agradar ao Director do Banco que assim ficaria a pensar que o zeloso funcionário levava trabalho para casa.

Na ponta do nariz abatatado onde medrava uma verruga, encavalitavam-se umas cangalhas de aros grossos.

  Pesado e asmático, ajoujado ao peso da pasta e balouçando-se ao traulitar cadenciado do bastão encastoado a ouro, em que se apoiava para disfarçar o manquejar, era com grande esforço que vencia os dois degraus da porta de entrada.

Certo dia, enquanto esperava o trolley do Calhabé, uma prostituta sorriu-lhe, encostou-lhe o seio libidinosamente ao braço, sussurrou-lhe que o queria, e o Dr. Sebastião endoidou, sentiu o corpo estremecer de desejo, depois de tantos e tantos anos de abstinência e convidou-a a pernoitar na sua casa.

No dia seguinte, o Diário de Coimbra titulava a toda a largura da primeira página, que o ilustre Dr. Sebastião e uma mulher ainda não identificada, foram encontrados numa poça de sangue, abraçados um ao outro, no leito de um quarto da Villa Sebastiana, bárbaramente degolados.

  Rui Felicio


 

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA COIMBRA RUA DA SOFIA

 

                                            Aguinalda Simões Graça Amar

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

ANIVERSÁRIO - GRAÇA MARIA FERREIRA GASPAR

GRAÇA MARIA FERREIRA GASPAR

17-11-1949

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!
 

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRFIA/POEMA


 Inconfessável, Amor

Cala-te!
Não fales mais nada,
Deixa-te, simplesmente, levar!
Conduzir-te-ei nesta dança dos sentidos.
Conseguirás resistir a este desejo,
A este fogo que arde por dentro?!
Entrega a tua alma sem medo,
Desfruta a descoberta desta paixão.
Não digas, não!
Mesmo que vire a tua vida do avesso,
Quem se iria importar com este desfecho?!
As horas passam a uma velocidade vertiginosa,
Se não viveres o agora,
O que ficará para depois?
Irás vivenciar algo que não aconteceu?
O que te aquecerá nas noites frias do Inverno?
Sentirás o teu corpo frio e quanto o teu coração
Arrefeceu?
Os momentos, deixaste-os passar,
Aí, irás recriminar-te e bradar aos Céus:
- Quem te perdeu, fui eu?!
Não hesites, tudo na vida tem a sua hora,
Não deites tudo a perder,
Só tens uma vida para viver!
Estarei contigo e tu estarás comigo.
Teremos a vida, o infinito.
Dançaremos esta valsa, neste compasso
Pela vida fora,
Deste inconfessável amor!
Autora: Sandra Rodrigues
Fotografia: Sandra Rodrigues
Imagem: Xutos e Pontapés
( Multiusos Guimarães )

terça-feira, 15 de novembro de 2022

ANIVERSÁRIO - SARAH OLIVEIRA-A viver em


 SARAH OLIVEIRA

15-11-1980

à cette date spéciale...

"Encontro de Gerações" vouloir

`VOTRE SANTÉ!

TOUTES NOS FÉLICITATIONS!




sexta-feira, 11 de novembro de 2022

ANIVERSÁRIO- HERMANO ARROBAS

HERMANO ARROBAS

      "MANITO"

11-11-194

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações"deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!


 

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

DR MELRO....TEXTO DE RUI FELÍCIO!

DR MELRO

Não, não andava de capa e batina.

O seu tempo de estudante já tinha passado há muito.


Mas a sua indumentária era inconfundivel. Vestia se sempre com umas calças pretas, uma camisola de gola alta também preta que, no verão, substituia por uma camisa da mesma cor.

Enrolava ao pescoço um lenço amarelo vivo, cujas pontas adejavam ao vento.

Os sapatos de biqueira larga, sempre impecavelmente engraxados e brilhantes eram de cor grená.

Passava os dias no Café Oásis em frente à Sé Velha.  

Vivia das explicações de Filosofia  que dava a estudantes do liceu, no 3º andar onde vivia, ao lado do Café.

Chamavam-lhe o Melro, certamente porque a sua figura se assemelhava àquele pássaro negro de bico amarelo, e que originara a alcunha.

Ficou conhecida a sua paranóia e aversão às esferográficas BIC que, naquela altura, começaram a proliferar e gradualmente a substituirem as canetas de tinta permanente.

Na sua opinião, não era por acaso que tais esferográficas eram vendidas a baixo preço que, defendia, nem sequer chegava para pagar o custo do seu fabrico.

O Melro explicava que as BIC mais não eram que antenas que captavam o conhecimento apreendido pelos estudantes da Universidade, transmitindo-o via rádio aos seres extraterrestres que as distribuiam na Terra, preparando-se para invadir o nosso planeta.

Rui Felicio


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

ANIVERSÁRIO - ELISABETH OLIVEIRA

ELIZABETH  OLIVEIRA

09-11-1950

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja 

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!
 

ANIVERSÁRIO- CELESTE MARIA FERREIRA RAFAEL

CELESTE MARIA CARVALHO FERREIRA RAFAEL

09-11-1941

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!
 


IMAGENS DO ANIVERSÁRIO PARA MEMÓRIA FUTURA!

    Logo pela manhã com as amigas no café SAMAMBAIA
  A SELF dos cantores dos parabéns e o apagão das velas!

A Aniversariante e os Cantores de Parabéns
Netos  por Lisboa-Genro ausente em serviço


segunda-feira, 7 de novembro de 2022

NOTÍCIA TRISTE

FALECEU

MARIA ODETE DA COSTA SOARES ÁVILA

1935

O corpo encontra-se em câmara ardente desde as 17H00 de hoje.

Cerimónia religiosa pelas 10H30 do dia 08-11-2022

Funeral pelas 11H00 -08-11-2022

Cremação pelas 12H30 no Complexo Funerário 

Municipal de Coimbra-Taveiro.

Encontro de Gerações apresenta os mais sentidos pêsames a seu marido Professor Renato Ávila, seu filho e neta e demais familiares
 

ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRAFIA FOTOS DE COIMBRA






     Narciso Cunha
 

sábado, 5 de novembro de 2022

ENCONTRO COM A ARTE-FOTOGRAFIA- COIMBRA

   Grande foto de Coimbra… onde podemos ver o coração da cidade e o que se foi formando à sua volta,         com a natural evolução

   Foto sugerida por João Santos

 

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

E DA NOITE SE FEZ DIA-TEXTO DE. Por RUI FELÍCIO

 


E DA NOITE SE FEZ DIA...


Passadas décadas, ainda hoje tenho vivas as emoções daquela noite.

Deitado no chão em cima de um colchão usado, num quarto ainda sem móveis, mirava cada detalhe da nova casa, com a ajuda da luz crua de um luar de verão, que se derramava através da janela aberta...

A insónia e o coração apertado pela novidade mantinham-me acordado.. Só alta madrugada o sono me venceu.

A mudança do mobiliário ainda não tinha sido feita completamente, mas nem por isso os meus pais quiseram esperar para inaugurar a casa.

Tinha acabado de fazer a primeira classe na escola da Rua dos Combatentes, pela mão sábia e amiga da Professora D. Olímpia.

Tinha vivido durante pouco mais de um ano, ali perto, na Casa Branca, em casa alugada, enquanto esperávamos pela atribuição da casa nova.

Foi a minha primeira noite no Bairro. Estava eufórico por ter umas escadas interiores para subir e descer num vai vem frenético de criança. E que lindos eram os arbustos que delimitavam o jardim e o quintal! Parecia-me tão grande, esse quintal!

Na manhã seguinte iria encontrar-me com alguns colegas da escola que também tinham ido viver para o Bairro. Já congeminava as brincadeiras que com eles ia partilhar, ansioso pelo nascimento do sol para os procurar...

As ruas do bairro, que hoje me parecem estreitas, achava-as eu, naquela altura, verdadeiras avenidas, especialmente as ruas A e F!

E como me pareciam grandes as praças com árvores e relva, que aliviavam o conglomerado de casas, abrindo-se inesperadamente a quem percorria o reticulado das ruas...

Os arbustos que tanto me encantavam, foram sendo, com o passar dos anos, em grande parte substituídos por muros de cimento, as bonitas, mas pouco resistentes persianas de madeira, por estores de alumínio, os quintais foram sendo ocupados com anexos ou com garagens e as ruas então quase desertas, estão hoje invadidas por dezenas de carros encostados aos passeios.

O progresso tem os seus custos...

Praticamente não tinha tido amigos antes de vir para Coimbra. Vivi os meus primeiros anos num andar em Lisboa, de que raramente saía, a não ser para ir ao domingo com o meu pai, ao Café das Pretas na Feira Popular, ou andar nos barcos do lago do Campo Grande, ou ir ver os aviões no aeroporto.

Coimbra e o Bairro foram a minha libertação, o encontro com dezenas de miúdos da minha idade, a aprendizagem de brincadeiras que nunca antes tinha experimentado.

Aquela inesquecível noite foi o prelúdio de uma infância feliz e, mais tarde, de uma adolescência que já tinha cimentado as amizades e que começou a descobrir os horizontes do amor.

Com o Bairro sempre como cenário.

A escuridão daquela noite foi sendo substituída pela luz intensa do dia...

Que me foi revelando as coisas boas da vida. E as menos boas também...

Ai se aquelas ruas falassem...


Rui Felício


terça-feira, 1 de novembro de 2022

NOITE DE LUA CHEIA- DE TELMA LOPES


 Noites de lua cheia


Hoje permito-me a chorar

Hoje permito-me a estar triste

Hoje sinto que preciso ser cuidada

Preciso de um abraço, preciso de um colo, preciso de um beijo e de um "vem, que eu ajudo-te, eu estou aqui para ti"

Nem sempre estamos bem, nem sempre estamos fortes e com um sorriso na cara

Permite-te sentir, permite-te estar frágil

Esta fragilidade não te define, esta fragilidade apenas te faz lembrar que és uma pessoa forte e que consegue superar os momentos de tristeza

No agora estás triste, sim e então?

Este dia não vai durar para sempre, o sol vai-se pôr, a lua vai aparecer, tu vais descansar com a certeza que o amanhã vai ser mais belo.

Vive o momento, e se o momento é feito de tristeza, pois então aproveita tudo o que essa tristeza traz para ti.

São estes os momentos que te fazem crescer

É esta a consciência que tens que ter dentro de ti, a consciência que estás a crescer nos momentos de alegria, de contemplação, mas também nos momentos de tristeza.

Vive a tua vida, a tua verdade, aceita o que ela traz para ti, porque o que vem é aquilo que tu precisas.

Confia e diz todos os dias a ti própria "Eu amo-me, eu aceito quem eu sou"

Por isso hoje permite-te a chorar, deixa que essas lágrimas lavem a tua alma, sente tudo o que precisas de libertar... No fim ficarás mais leve, mais serena, com mais clareza na tua alma e no teu coração.

Telma Lopes