quarta-feira, 30 de junho de 2010
ENCERRAMENTO ACTIVIDADES CNM- BALLET E ACADEMIA DE MÚSICA
O RELÓGIO DO CUCO!
Com um grande abraço para o Jo-Jo !!
Tinha os meus 16 anos.
Pedi aos meus pais para ir a uma festa de amigos a seguir ao jantar...
Autorizaram-me sob a condição de não aparecer em casa depois da meia noite.
- Prometo! disse eu...
Mas as horas foram passando e as bebidas e o álcool a acumularem-se no estômago e no sangue, cada vez em maior quantidade. Pouco antes das 3 da manhã, bêbado que nem um cacho, despedi-me dos outros que estavam como eu, ou piores ainda, e fui para casa.
Mal entrei e fechei a porta, o relógio de cuco que tínhamos no hall disparou, o pássaro de madeira saiu da gaiola e cantou 3 vezes. Receoso que os meus pais tivessem acordado e se apercebessem das horas tão tardias, resolvi tentar imitar o relógio e fazer "cu-cu" mais 9 vezes.
Assim, para quem ouvisse o cuco, seria meia-noite! Fiquei orgulhoso de mim mesmo, por me ter ocorrido uma ideia tão brilhante e oportuna. Pelo silêncio da casa, a habilidade parecia ter surtido efeito.
Tinha evitado o sermão e missa cantada que o atraso me agoirava .
Na manhã seguinte, o meu pai perguntou-me a que horas tinha eu chegado.
Respondi-lhe:
- Devia ser mais ou menos meia-noite!
O ar do meu pai não denunciava qualquer desconfiança. Parecia que daquela vez eu tinha escapado! Graças à minha repentina imaginação... Então ele voltou-se para a minha mãe e disse-lhe calmamente:
- Precisamos de um relógio novo, ou de mandar reparar este... E prosseguiu, perante o meu olhar atento e progressivamente mais incrédulo: - Esta madrugada o nosso relógio fez "cu-cu" 3 vezes, depois, não percebo porquê, berrou um prolongado "meeeerda!".
Fez "cu-cu" mais 4 vezes e espirrou estrondosamente.
Voltou a cantar mais 3 vezes, gorgolejou duas pastosas gargalhadas e acabou por fazer "cu-cu" mais 2 vezes.
A seguir deve ter tropeçado no gato que miou assanhado, deitou abaixo a mesinha da entrada da sala, arrotou cavernosamente, vomitou na carpete e só depois é que recolheu à sua casinha.
JoJo
têxto enviado por J.Leitão
terça-feira, 29 de junho de 2010
Virar a Página
HOJE PORTUGAL/ESPANHA..A VUVUZELA DO BOBBYZÈ...
Rafael amigo, Olinda linda,
Esta minha sugestão de post... é um comentario ao post do Bobbyzée: é hoje Portugal/Espanha....
CARLOS FALCÃO
Esta minha sugestão de post... é um comentario ao post do Bobbyzée: é hoje Portugal/Espanha....
CARLOS FALCÃO
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Colmar (notícias)
É HOJE PORTUGAL/ESPANHA!!! COLMAR VAI VIVER INTENSAMENTE ESTE DIA!!!
Como se vivem os jogos de Portugal em em COLMAR!!!! Sardinhas assadas, pastéis de bacalhau e frango assado constituem os pitéus mais apreciados depois dos 90 mn desses combates em que a nossa selecçao tem saido vitoriosa neste Campeonato do Mundo. A comunidade Portuguesa de Colmar tem tido encontro marcado no Centro Português de Colmar, devidamente decorado e recheado de lindas mulheres!!!A cerveja, Sagres ou Super Bock, bem fresquinha (quando bebida com moderaçao) ajuda nos momentos mais criticos dos contra-ataques dos adversàrios.A porta do Centro, vendem-se os ultimos modelos de vuvuzelas, tee-shirts, bandeiras e tantos outros artigos que se referem à nossa Selecçao!Depois, surgem os golos e a alegria instala-se!Miudos e graudos exprimem o êxtase da vitoria, agitando bandeiras de Portugal. As vuvuzelas incomodam mas suportam-se (que remédio).No jogo contra a Coreia do Norte, os vizinhos chegaram a ter medo!A cada gôlo, os "BLACK EYED PEAS" entoavam "I Got A Feeling"!!!E nesse dia, houve mesmo um bom feeling, pois metemos 7 no fundo das redes. Até o afilhado do Alberto Joao Jardim marcou um gôlo!!!Contra o Brasil, a coisa foi mais intimista. Pais irmao obriga!Agora, na proxima terça-feira, hà ameaça no ar!A comunidade Espanhola rivaliza muito com a nossa. Historicamente sempre foi assim! Mas nao passa pela cabeça de ninguém arranjarmos uma guerra com a Espanha aqui em Colmar!!! Que ganhe a melhor equipa!VIVA PORTUGAL!!!!
BOBBYZÉ
BOBBYZÉ
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Colmar (notícias)
PORTUGAL ESPANHA
2º ANIVERSÁRO ENCONTRO GERAÇÕES 23/10
Desenho Azulejo :autor LINO ZÉ
Programa/Ementa- 2º Aniversário Encontro de Gerações 23 de Outubro-2010
BLOG www.cabriotodesico.blogspot.com
10H30 – Concentração no Bairro Norton de Matos, junto esplanada do Café Samambaia
11H15 – Saída da(s) CAMINHETA(s) para a Quinta do Sobreiro –Lamarosa(estrada
para a Figueira da Foz, a 20 Km de Coimbra)
NOTA: quem tenha feito já a inscrição e queira utilizar CAMINHETA, deve solicitar a
a inscrição.
Os custos da caminheta serão repartidos pelos utilizadores, a cobrar no percurso.
nota:- para quem se desloca de carro e não pretenda estar na concentração
junto ao Samambaia, deve estar no local do convívio-Quinta do
Sobreiro-Lamarosa- pelas 12H00.
www.quinta-do-sobreiro.com
12H00 – Início do CONVÍVIO nos Jardins da Quinta, com serviço volante de
“Entradas” que precede o almoço:
Rissóis de camarão, pasteis de bacalhau, croquetes de vitela, xamuças,
Variedade d´ enchidos grelhados( chouriço de carne, morcela, farinheira,
Negritos, salsichas frescas, febras e entremeada), pão e broa, vinho tinto
E branco, cerveja de pressão, refrigerantes e vermutes(martini branco e tinto.
13H00 - ALMOÇO- SALÃO
SOPA
Creme de legumes
PEIXE
Bacalhau c/broa e migas
CARNE
Arroz de Pato
BUFFET DE FRUTAS E DOCES
BEBIDAS
Vinho branco e tinto, águas, refrigerantes
CAFÉ E DIGESTIVOS
(aguardentes velha, whisky novo, licor de creme, licor Beirão e gim)
Nota: crianças dos 0 aos 4 anos-isentos de pagamento
Dos 5 aos 10 anos 50%
15H45 – Inicio da actuação do Grupo SAN´ TIAGO – www.santiagosonsalma.com
16H30 – Espaço reservado para as diversas actuações dos nossos amigos/as artistas
(posteriormente programadas),dependendo das presenças, como Ana Maria,
e Henrique, Rui Pato, Luís Garção e Mário Rovira, Alfredo Moreirinhas, Tó Ferrão e outros voluntários…
17H30 - BOLO DE ANIVERSÁRIO
acompanhado com espumante
18H15 – 2ª parte da actuação do grupo SAN´TIAGO-Sons da Alma
19H00 – ENCERRAMENTO DO CONVÍVIO
19H15 – Regresso Caminheta/s a Coimbra´
OUTRAS INFORMAÇÕES: BLOG para o 2º Aniversário www.cabritodesico.blogspot.com
IMPORTÂNCIA A PAGAR 30€
Prazo de inscrição e confirmação de inscrições até 18 de Outubro.
AS CONFIRMAÇÕES SÃO VALIDADAS com o pagamento da importância de 30€ NIB: 003506710000435800003 CGD (envio de talão)ou em cheque a favor de Fernando de Oliveira Rafael ou ainda pessoalmente-Rua Infante Santo nº 20 3030/058 Coimbra
2ºANIVERSÁRIO ENCONTRO DE GERAÇÕES”
Listagem Provisória
1 - Alfredo Moreirinhas
2 - Daisy
3 – Abilio Soares
4 – Zeca Soares
5- Vasco Ágoas
6 – Manuela Curado
7 – Carlos Alberto(Sabino)…………CAMINHETA
8 – Carlos Freire
9 – Ana Freire
10- Carlos Sousa
11- Maria João
12- Carlos Viana …………………..CAMINHETA
13- Olga Viana ………………….…CAMINHETA
14- Henrique
15- Ana Maria
16- João Ferreira
17- Alexandra Conceição-Xani
18- Jorge Carvalho…………………CAMINHETA
19- Gina Faustino Carvalho………CAMINHETA
20- José Leitão……………………..CAMINHETA
21- Isabel Gaspar- Ló
22- Luísa Rocha
23- João Rocha
24- Alda (mãe Luísa Rocha)
25- Manel da Lekas
26- Lekas
27- Olinda Rafael……………………….CAMINHETA
28- Pedro Sarmento
29- Laura Sarmento
30-Pombalinho-Jorge
31- Eurico Deus- Quito
32- São Vaz
33- Fernando Rafael…………………...CAMINHETA
34- Celeste Maria Rafael………………CAMINHETA
35- Susana Redondo
36- Teresa Lousada
37- Teresa Belo Soares…………………CAMINHETA
38- António Ferrão
39- Talinha
40- Tonito Dias………………………… CAMINHETA
41- Zé Eduardo
42- Maria do Rosário
43~Gil Coelho
44- Lekas Nunes
45- Teresa Almeida Bizarro
46- Ermelinda Antunes-Lhá
47- Teresa Loureiro
48- Alfredo Ferreira
49- Isabel Rodrigues
50- Rosa Malhão………………………CAMINHETA
51- Isabel Parreiral
52- José Luís Serrano Hipólito
53- Jorge Costa
54- Maria Rosário- Mimi
55- Júlia Faustino-Ju
56- Morais Lopes-
57- Adélia Rafael
58- José Paulino Rocha
59- Paulo Rafael
60- Maria Alice Rafael
61- Noémia Campante
62- Fernando Peres
63- São Umbelino Peres
64- José Simões
65- Fernanda Simões
66- Chaves( Carlos Alberto Nogueira)
67- António Quaresma……………………….CAMINHETA
68-Ernesto Costa- JóJó
69- Maria Teresa Silva Pinto
70- Isabel Carvalho- Melga
71- Jorge Almeida
72- Maria José Neves
73- Maria Jesus Neves
74- Maria Manuel Neves
75- Victor Costa
76- Rui Pato-
77- Fernando Azenha
78- João Adão………………………….CAMINHETA
79- Maria Marques Ribeiro Adão…….CAMINHETA
80- Graciano Oliveira
81 Maria Fernanda Oliveira
82- Henrique Videira-RiRi
83- Eduardo Reis-Lau
84- Paula Toste
85- Carlos Pestana
86- Teresa Pestana
87- Rui Santos Bento
88- Fernando Freire
89- Carlos Dias- NiNi
90- Fátima Neves
91- Maria Odete Ferreira-TiTá
92- Jaime Quaresma
93- António José Gomes da Silva
94- Fernando Beja
95- Luísa Viegas
96- João Viegas
97- Aninhas Pinto
98- Rosa Maria Gãndara
99- Jorge Moutinho
100- Renato Ávila
101-Odete Soares
102-Teresa Soares
103-Raul Pinto
104-Preciosa Pinto
105-Zeca Simões
106-Idalina Simões
107-Henrique Manuel Rafael
108-Elizabete Pessoa Rafael
109-Afonso Rafael
110- Emília Pinheiro
111- Filipe Rocha
112-Cristina Gomes
113-Nuno Gouveia
114-Cláudia Gomes
115-Graciette Almeida
116-Mário Moura
117-Luisinha Moura
118-Emilio Manuel Gomes
119-Isabel Rafael Gomes
120-Manuela Sarmento
121Jean Yves Louis
122 Mariazinha Cabral
123-Quim Pereira
124- Maria Cristina Pereira
125- Paulo Nobre-
126- Maria Luísa Ribeiro Nobre
127- Pedro Cortez Soares
128- Fernando Morgado
129- Helena Morgado
130-Rui Barreiros
131- Fátima Lourinho
132-Paulo Moura
133- Luísa Moura
134-Margarida Neves
135-Altina Reis
136-Piedade Pessoa
137-Luisa Queirós
138-Elsa Mª Queirós
139-José Maria Loredo
140-Tó Simões
141-Clementina Simões
142-António Azinhais
143-Madalena Azinhais
144-Josá Alberto Cerca
145-Maria Emília Cerca(Marili)
146-Carlos Jorge Morgado Pereira
147-José Manuel Morgado Pereira
148-Francisco Duarte
149-Beatriz Duarte
150-Jorge Corte Real
151-Emilia Corte Real
152-Rosa Bizarro
153-Clara Umbelino
154-Pedro Sousa Dias
155-Maria Conceição Dias
156-Ana Pêra Roque………………………CAMINHETA
157-Galileu Franco………………………..CAMINHETA
158-Mizé
159-Figo
160-Fernanda Canelas
161-António Canelas
162-Brígida Manuela Simões
163-José Almeida Simões
164-António Ramos(Toninho)
165-Ligia Ramos
166-Alice Correia
167-Manuela Dias
168-Branca Sarmento
169-José Manuel Sá Figueiredo
170-Mário Rovira
171-Maria Fernanda Rovira
172-Fernando Rovira
173-Idalina Rovira
174-Armamdo Rovira
175-Alice Rovira
176-Pedro madeira da Fonseca
177-Isilda Madeira da Fonseca
178-Rosa Maria Adão(Rosinha)
179-António Proença Adão
180-Maria de Lourdes Adão
181.Celeste Fonseca.....CAMINHETA
182- Rui Felício
183-Olga Santos(Olguita)
CAMINHETA 23/10
Ana Pera Roque/Galileu Franco 2
Carlos Alberto(Sabino)................ 1
Carlos Viana/Olga ........................2
Celeste Fonseca ............................1
Fernando Rafae/Celeste Maria ..2
João Adão/Mª Marques Adão ....2
Jorge Carvalho/Gina ....................2
José Leitão .....................................1
Olinda Rafael .................................1
Rosa Malhão ..................................1
Teresa Belo Soares....................... 1
Tó Quaresma .................................1
Tonito Dias ................................... .1
TOTAL.........................18
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segunda-feira, 28 de junho de 2010
PRÓLOGO...DAS HISTÓRIAS SIMPLES...
do Prof Jose Marques Valente!
Prólogo
As “histórias de gente simples”, que se seguem, não são obra de um especialista em Sociologia; são casos arrancados à vida, que povoam o imaginário do autor, observador atento de uma infância feliz, vivida na aldeia beirã1 em que nasceu.
Os traços fundamentais são obra da Natureza; os condimentos das histórias, a súmula da vida rural nas décadas medianas do século vinte. A ficção é, todavia, a coluna vertebral de todo o trabalho – é possível, e até provável, que uma ou outra coincidência, com esta ou aquela pessoa, possa levar o leitor a ver factos reais, onde nada mais há que imaginação –.
Tal como Dom Quixote, que via monstros e guerreiros heróicos onde o Sancho apenas vislumbrava moinhos de vento, também nós, nos excedemos, por vezes, ao arquitectar histórias de camaradas, que o destino juntou um dia, numa companha do Alto Alentejo.
A intenção – para nós essencial – é boa; isso podemos garantir. Pretendemos mostrar aos mais novos e relembrar aos mais vividos, que foram os adultos, daquela época, que caldearam as grandes transformações da Sociedade, dando forma, e fundamento, ao tipo de vida da actual geração.
Na segunda metade do século passado o País despertou; acordou de um longo letargo em que estivera mergulhado. Foram duas Guerras Mundiais, que muito exigiram, sobretudo aos mais humildes – como sempre – e, paralelamente, cá dentro, um regime de força e vistas curtas, importante para consumo interno, mas absolutamente desajustado do que se passava lá fora, no resto do Mundo.
A Beira Baixa e todo o centro do País, vivia dos trabalhos no campo. As gentes, rijas e duras, não ficavam mal, quando se lhes pedia mais que o engenho necessário para os habituais trabalhos de lavoura. Dominavam, muito bem, as tarefas da azeitona, da ceifa, da monda, da poda, da enxertia e dos trabalhos com madeira. Aprendiam, com relativa facilidade, qualquer ofício.
Os beirões que partiram para as Áfricas, Américas e outros pontos mais longínquos da Terra conhecida, singraram na vida; quando, um dia, voltaram para a sua terra, traziam algo de seu, falavam sempre com muita saudade do que deixavam e manifestavam muita satisfação pelo dever cumprido.
Antes de passarmos à análise de cada personagem, deitemos um olhar à cultura da época e ao obscurantismo nessas terras e gentes. Poucos completavam a instrução primária e, só alguns, desses poucos, iam para os Seminários, ou para uma cidade, onde tinham familiares, para o liceu.
Um exemplo, pouco edificante, é o da aldeia onde nascemos: até ao fim dos anos cinquenta não referenciamos qualquer indivíduo formado. Os colégios particulares apareceram, na zona, nos anos quarenta e cinquenta; fez-se luz e começou a abertura ao mundo. Passou a valer mais um curso do que uma courela; as raparigas deixaram de estar votadas a simples parideiras de filhos e substitutas do homem, nas lides agrárias, quando este se fazia à vida, fora da terra.
Nas décadas de setenta e oitenta a sociedade foi abalada por grandes transformações; a “inteligência” que se vinha acumulando e a força capitalizada na mudança de regime político, deram ao povo a dimensão mais correcta das coisas humanas. De repente, toda a vida mudou e até as ceifas, que inspiraram estas histórias, deixaram de exigir o esforço, sobre-humano, que, ao homem, era exigido.
Olhar para os tempos da nossa meninice, abstrair do stress – neologismo usado para definir muitas coisas que naqueles tempos não existiam – e recordar o que nos parece cada vez mais distante, é, tão só, o nosso objectivo.
as “histórias de gente simples” que se seguem, sejam úteis a quem as ler e valham mais que os calmantes, ou outros tratamentos, que o “marketing” impôs às sociedades hodiernas, são o nosso único e sincero desejo.
Humildemente, mas com toda a força e sensibilidade – como diria o melhor dos beirões – deixamos esta pequena obra como uma sentida homenagem àquele que um dia, afirmou, perante os “velhos do Restelo”, lá da pequena aldeia, que a única coisa que queria da vida era que os seus netos viessem a ser muito mais que ele era.
1 A aldeia da Serra, no concelho de Mação, situa-se no limite das terras de Sardoal, freguesia de Alcaravela. Chegou a ter 500 habitantes, em mais de cem fogos. Enquadra-se no limite norte do Distrito de Santarém e pertencia à antiga Província da Beira Baixa. Ali começa a Zona do Pinhal e os costumes e usos são uma amálgama de Ribatejo, Beira Baixa e Alentejo. Recentemente tem-se desenvolvido graças às residências de segunda habitação, de famílias de aposentados, da Terra e de fora.
José Marques Valente
Estudante, Professor, Formador, Comercial e Marketing, Auto-didacta,Contador de Histórias
Enviada por José Leitão
Prólogo
As “histórias de gente simples”, que se seguem, não são obra de um especialista em Sociologia; são casos arrancados à vida, que povoam o imaginário do autor, observador atento de uma infância feliz, vivida na aldeia beirã1 em que nasceu.
Os traços fundamentais são obra da Natureza; os condimentos das histórias, a súmula da vida rural nas décadas medianas do século vinte. A ficção é, todavia, a coluna vertebral de todo o trabalho – é possível, e até provável, que uma ou outra coincidência, com esta ou aquela pessoa, possa levar o leitor a ver factos reais, onde nada mais há que imaginação –.
Tal como Dom Quixote, que via monstros e guerreiros heróicos onde o Sancho apenas vislumbrava moinhos de vento, também nós, nos excedemos, por vezes, ao arquitectar histórias de camaradas, que o destino juntou um dia, numa companha do Alto Alentejo.
A intenção – para nós essencial – é boa; isso podemos garantir. Pretendemos mostrar aos mais novos e relembrar aos mais vividos, que foram os adultos, daquela época, que caldearam as grandes transformações da Sociedade, dando forma, e fundamento, ao tipo de vida da actual geração.
Na segunda metade do século passado o País despertou; acordou de um longo letargo em que estivera mergulhado. Foram duas Guerras Mundiais, que muito exigiram, sobretudo aos mais humildes – como sempre – e, paralelamente, cá dentro, um regime de força e vistas curtas, importante para consumo interno, mas absolutamente desajustado do que se passava lá fora, no resto do Mundo.
A Beira Baixa e todo o centro do País, vivia dos trabalhos no campo. As gentes, rijas e duras, não ficavam mal, quando se lhes pedia mais que o engenho necessário para os habituais trabalhos de lavoura. Dominavam, muito bem, as tarefas da azeitona, da ceifa, da monda, da poda, da enxertia e dos trabalhos com madeira. Aprendiam, com relativa facilidade, qualquer ofício.
Os beirões que partiram para as Áfricas, Américas e outros pontos mais longínquos da Terra conhecida, singraram na vida; quando, um dia, voltaram para a sua terra, traziam algo de seu, falavam sempre com muita saudade do que deixavam e manifestavam muita satisfação pelo dever cumprido.
Antes de passarmos à análise de cada personagem, deitemos um olhar à cultura da época e ao obscurantismo nessas terras e gentes. Poucos completavam a instrução primária e, só alguns, desses poucos, iam para os Seminários, ou para uma cidade, onde tinham familiares, para o liceu.
Um exemplo, pouco edificante, é o da aldeia onde nascemos: até ao fim dos anos cinquenta não referenciamos qualquer indivíduo formado. Os colégios particulares apareceram, na zona, nos anos quarenta e cinquenta; fez-se luz e começou a abertura ao mundo. Passou a valer mais um curso do que uma courela; as raparigas deixaram de estar votadas a simples parideiras de filhos e substitutas do homem, nas lides agrárias, quando este se fazia à vida, fora da terra.
Nas décadas de setenta e oitenta a sociedade foi abalada por grandes transformações; a “inteligência” que se vinha acumulando e a força capitalizada na mudança de regime político, deram ao povo a dimensão mais correcta das coisas humanas. De repente, toda a vida mudou e até as ceifas, que inspiraram estas histórias, deixaram de exigir o esforço, sobre-humano, que, ao homem, era exigido.
Olhar para os tempos da nossa meninice, abstrair do stress – neologismo usado para definir muitas coisas que naqueles tempos não existiam – e recordar o que nos parece cada vez mais distante, é, tão só, o nosso objectivo.
as “histórias de gente simples” que se seguem, sejam úteis a quem as ler e valham mais que os calmantes, ou outros tratamentos, que o “marketing” impôs às sociedades hodiernas, são o nosso único e sincero desejo.
Humildemente, mas com toda a força e sensibilidade – como diria o melhor dos beirões – deixamos esta pequena obra como uma sentida homenagem àquele que um dia, afirmou, perante os “velhos do Restelo”, lá da pequena aldeia, que a única coisa que queria da vida era que os seus netos viessem a ser muito mais que ele era.
1 A aldeia da Serra, no concelho de Mação, situa-se no limite das terras de Sardoal, freguesia de Alcaravela. Chegou a ter 500 habitantes, em mais de cem fogos. Enquadra-se no limite norte do Distrito de Santarém e pertencia à antiga Província da Beira Baixa. Ali começa a Zona do Pinhal e os costumes e usos são uma amálgama de Ribatejo, Beira Baixa e Alentejo. Recentemente tem-se desenvolvido graças às residências de segunda habitação, de famílias de aposentados, da Terra e de fora.
José Marques Valente
Estudante, Professor, Formador, Comercial e Marketing, Auto-didacta,Contador de Histórias
Enviada por José Leitão
CROMOS DO NOSSO BAIRRO
Hoje só consegui um CROMO para a troca!
Mas atenção!...
Este cromo é o mais raro, a seguir ao número da sorte.
Trata-se da tão badalada…
Só identificada por andar sempre acompanhada da sua cobra cuspideira e que, na altura da fotografia, ela pôs a cabeça de fora!...
Mas atenção!...
Este cromo é o mais raro, a seguir ao número da sorte.
Trata-se da tão badalada…
SÃO ROSAS - A Lésbica
Só identificada por andar sempre acompanhada da sua cobra cuspideira e que, na altura da fotografia, ela pôs a cabeça de fora!...
*****
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Cromos do Nosso Bairro,
São Rosas
EM 2009 em PENELA 1º Aniversário do GEG...foi assim.E em 2010 o 2º Aniverário como será?
Amanhã se ficará a fazer uma idéia, com a publicação do PROGRAMA/EMENTA!
TENTA-SE FAZER UM POUCO DIFERENTE.
VAMOS VER SE RESULTA
TENTA-SE FAZER UM POUCO DIFERENTE.
VAMOS VER SE RESULTA
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Aniversários,
GEG 1º Aniversário,
GEG 2º Aniversário,
Penela
GRUPO DE DANÇAS E CANTARES DOS CTT NO BNM
NOITE de Ranchos no BNM !!! 26 Junho 2010
Fotos tiradas com telemovel (!!!??) !!!
A reportagem possível.
As minhas desculpas pela má qualidade das imagens! Mas foi bom reconhecer nos "tocadores", um amigo de longa data do ISEC.
Abraço
José Leitão
O TOCADOR AMIGO DE LONGA DATA NO ISEC é o 2º da esquerda para a direita tocando Acordeon Eng Pedro Fonseca!
Toca acordeon, concertina, gaita de foles, flauta, viola, violino, piano, Kasuse, e recentemente vuvuzela!
O seu grande "problema" é a Barragem da Aguieira!
Em Penela no 1º aniversário do GEG lá esteve integrado na Charamela do Bairro, assim como outros dois músicos deste grupo de Danças, Antonino e Carlos Carvalho!
Cá o Castelão e sua consorte Celeste Maria pertencemos a este grupo durante 20 anos!
As duas últimas fotos são testemunho dessa passagem pelo grupo!
Foto do grupo talvez há 10 anos atrás!
Na representação de uma peça de Natal á Administração dos CTT em Lisboa.
Fotos tiradas com telemovel (!!!??) !!!
A reportagem possível.
As minhas desculpas pela má qualidade das imagens! Mas foi bom reconhecer nos "tocadores", um amigo de longa data do ISEC.
Abraço
José Leitão
O TOCADOR AMIGO DE LONGA DATA NO ISEC é o 2º da esquerda para a direita tocando Acordeon Eng Pedro Fonseca!
Toca acordeon, concertina, gaita de foles, flauta, viola, violino, piano, Kasuse, e recentemente vuvuzela!
O seu grande "problema" é a Barragem da Aguieira!
Em Penela no 1º aniversário do GEG lá esteve integrado na Charamela do Bairro, assim como outros dois músicos deste grupo de Danças, Antonino e Carlos Carvalho!
Cá o Castelão e sua consorte Celeste Maria pertencemos a este grupo durante 20 anos!
As duas últimas fotos são testemunho dessa passagem pelo grupo!
Foto do grupo talvez há 10 anos atrás!
Na representação de uma peça de Natal á Administração dos CTT em Lisboa.
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