sábado, 31 de julho de 2021
sexta-feira, 30 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA Rua do Carmo Coimbra
quinta-feira, 29 de julho de 2021
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS - MERCADO MUNICIPAL
quarta-feira, 28 de julho de 2021
ANIVERSÁRIO - Teresa Soares
terça-feira, 27 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - PROSA A TI BALBINA...
A Ti Balbina
A Ti Balbina fora numa carreirinha até Navas Frias para comprar três pães! É que já devia um à ti Maurícia e, desse, pouco mais haveria do que um codornito! Desde que tivera as “maleitas” que mal se “astrevia” a ir andar o caminho quanto mais ter que carregar tanto peso! A ti Virgínia disse-lhe que podia levar a sua Laurinda para lhe fazer "carava" e sempre lhe dava uma ajuda no carrego do pão. Já tinha quase nove anos e já aliviava muitas vezes a mãe até a carregar o cântaro cheio de água.
Não sei quem ficou mais contente se a Ti Balbina ou a Laurinda. E lá foram ambas calcorrear ladeira acima, ladeira abaixo. Para lá tudo correu bem. A Ti Balbina ia num passo regular, embora com menos genica do que há uns meses atrás. A Laurinda quedava-se de vez em quando a olhar as borboletas ou a olhar para uma flor “que era tão linda”, dizia ela. Depois dava uma carreirinha e ainda passava à frente da Ti Balbina.
Estavam quase a chegar a um morro quando avistaram os guardas. Nem era tarde nem era cedo, meteram-se num “tchão” e começaram a apanhar beldroegas para o marrano. Os guardas vinham de regresso ao quartel deram-lhes os bons dias e continuaram a caminhada. Elas esperaram que eles se afastassem e retomaram a viagem.
_Ai Mãe!, Laurinda! Dizem que aquele guarda é tão mau!... Outro dia correu atrás do nosso Olímpio que tinha ido a casa da Ti Rita comprar um "poquenino" de petróleo numa "almotolia". Ele pensava que era azeite espanhol e quase o arrastava para o quartel. Não fora o senhor Sargento conhecê-lo bem e ter acreditado nele a esta hora estava no “calaboiço”! Parece que para os lados de Valverde matou uns contrabandistas que traziam "galhetas" e “tchancas” para os "catraios" calçarem. Tiveram que o tirar de lá, senão o povo ainda lhe fazia alguma espera!
_ Ai Ti Balbina, será que ele fica à coca a ver se nos vê voltar?
_ Não, não deve ficar! Agora vão mudar de turno. O melhor é nós nos “aviarmos depressinha”.
Mal chegaram ao comércio compraram o pão e um laço para o cabelo da cachopita! Ela parecia que tinha recebido o maior presente da sua vida! Deu-lhe um grande abraço e nem sei quantos beijinhos para agradecer à ti Balbina.
E não quiseram demorar mais. Elas a saírem do comércio e o ti Ferreira a chegar.
_Olhem, quedem-se por aí um "poquenino" porque os carabineiros ainda agora tiraram o pão a um magote de gente! Estavam no caminho da Lageosa mas acho que ainda não vieram almoçar. ( Avisou-as o Ti Ferreira).
E lá ficaram com os olhos cravados no quartel até avistarem as fardas verdes.
Já eram umas três da tarde quando conseguiram botar pé no caminho!
O Ti Abel Músico vinha do moinho do Prado Castelhano e conseguiu pôr dois pães nos alforges da burrica, para aliviar a Ti Balbina e a Laurinda.. Elas carregaram o outro no "talego" à cabeça.
Não é que os guardas as esperaram à Lage da Lancha?! Fizeram-nas ir deixar o pão ao quartel e o malvado do guarda, com uma navalha, esquartejou o laço todo à cachopa. Dizia ele que bem tinha reparado que ela não tinha laços na cabeça quando tinham fingido que andavam a apanhar ervas para a vianda!
A criança ficou lavada em lágrimas e com uma raiva imensa! Os outros guardas olhavam-no com desprezo e tristeza! Passados uns dias o senhor guarda Joaquim e o senhor guarda Brites foram a casa da Ti Balbina levar uma fita nova para o laço da miúda. Quase a pedirem desculpa pela malvadez do colega. Mas pediram que não dissesse a ninguém. Tinha sido a mulher do Ti Joaquim que a tinha comprado. O pão é que não lho podiam devolver!...
Georgina Ferro
segunda-feira, 26 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA - Miradouro do Picoto dos Barbados sobre Coimbra
Fotos Municipio de Coimbra
domingo, 25 de julho de 2021
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS : Estudante e lavadeira
sábado, 24 de julho de 2021
ANIVERSÁRIO Ana Guilhermina Pinto
ANAGUI
24-07-1950
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
ANIVERSÁRIO Maria José Neves
MARIA JOSÉ NEVES
ZECA NEVES
24-07-1943
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
sexta-feira, 23 de julho de 2021
INTERLÚDIO MUSICAL "Balada de Outono"_"Raízes de Coimbra"_Canta Mário Rovira_Faro, Junho de...
ANIVERSÁRIO José Luis Faustino
23-07-1954
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
quinta-feira, 22 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA UC com reflexo
quarta-feira, 21 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA COIMBRA
terça-feira, 20 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE- PINTURA - COIMBRA
segunda-feira, 19 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA - COIMBRA
domingo, 18 de julho de 2021
APANHAR NO COIRO E FICAR POR CIMA...Texto do Professor Antonino Silva
Apanhar no coiro e ficar por cima.
Nem sempre quem porfia mata caça. Muitas pessoas fazem tudo o que podem por uma vontade ou o cumprimento de um desejo e não conseguem. No lado contrário, temos as vitórias conseguidas com baixo esforço. Não é por isso que são menos ditosas e menos felizes, como é o caso desta história de que me lembro.
Estávamos então naquele intervalo entre a implantação da República e a presidência majestática de Sidónio Pais. Era uma década que se preparava para tudo, até para uma guerra que viria a devastar a Europa e a mostrar ao resto do mundo que, afinal, os europeus também sabiam ser inclementes na selvajaria e que o eurocentrismo era uma balela alimentada por quem a proclamava. Parecia impossível que um continente que se proclamava civilizador dos outros povos, raças e nações se portasse agora pior que os mais bárbaros cafres e ‘selvagens’ chefes tribais.
Por cá, enquanto a guerra não vinha, a testosterona dos mancebos era posta à prova em vários episódios que envolviam orgulhos coletivos, como eram o caso das escaramuças nos bailes das aldeias ao som das filarmónicas. Então, entre os rapazes de Magustim e os de Maçãs era tiro e queda: não havia baile em que a zaragata não fosse chamada por causa de brios ofendidos, de uma piscadela de olho à catraia comprometida ou de um encontrão intencional nos rodopios da dança. Armava-se logo grande burburinho e nem as famílias escapavam.
Na festa da Sra. da Guia voltou a acontecer o mesmo. O dia tinha corrido bem da parte da manhã, durante a missa campal celebrada pelo Cónego Baptista. A espiritualidade do local e da festa da padroeira foi bafejando a paz até ao fim da procissão. À hora do almoço, comido à volta de um eucalipto no recinto da festa, o Gaspar empachou arroz do forno com capão, um dos pratos que mais apreciava nestes dias. Preferia o naco do peito, “por causa da rilha”, dizia, enquanto levava o garrafão aos beiços. Noutra roda, a família do Sacristão valia-se de um coelho estufado, comido com pão e regado, também, a goles vertidos do gargalo do vasilhame de cinco litros. De um e outro lado, a sede era já pouca quando começou o baile.
O rastilho para a confusão estava lá: um era de Magustim e o outro de Maçãs e ambos andavam perdidos pela Conceição Bela. Ela, por causa das coisas e prevendo o desarranjo que se podia gerar, disse que não a um e a outro, quando foi solicitada para a dança.
Sem tentarem perceber os motivos, cada um deles atribuía a culpa da nega ao outro e pegaram-se de razões. As famílias e os conterrâneos não se puseram de parte, de tal forma que tudo se transformou num arraial de porrada sem conto. Os praças da recém criada GNR viam os quepes e voar e tiveram de fazer uso de bastonadas dadas generosamente a quem estava no raio de ação do braço. As crianças refugiavam-se nas saias das mães e o tesoureiro da irmandade mandou recolher a mesa com as doações e os pagamentos dos anuais, não fosse o diabo tecê-las.
O Gaspar e o Sacristão, no meio disto tudo, viram-se frente a frente, um de varapau em riste e outro com um pequeno revólver escondido no bolso do casaco. Foi num repente que tudo aconteceu: o Gaspar deixa cair a vara repetidamente nas costas do outro, enquanto este, disfarçadamente, dispara de dentro do bolso, acertando na mão que o Gaspar tinha no ar.
As autoridades conseguiram pôr ordem na festa e acalmaram os ânimos; o Reitor da capela e os membros da mesa fizeram das suas palavras uma tal sermonária que todos se sentiram envergonhados e a paz reinou. “Siga o baile!” - Disse o juiz da festa.
Assim foi, mas alguém ficou a remoer: um e outro esbaforiam a prosápia da vitória perante o grupo dos amigos. O Gaspar, porque tinha dado duas valentes arrochadas no rival, muito bem assentes, como pedra em muro, apesar da mão a sangrar. Estavam dadas, estavam dadas; não as queria de volta. De certeza que os vergões do varapau deveriam ter feito mossa nos costados do outro. Tinha-o ouvido impar à primeira e à segunda. O Sacristão gabava-se, porque vazara a mão ao concorrente, mau grado as bordoadas que tinha apanhado. Sentia um desarranjo por dentro, mas de certeza que a mão do Gaspar não teria melhor conserto. Talvez nem na quinta-feira, quando fosse a Lamego ao Paula, ao compõe ossos, conseguisse recuperar toda a agilidade de antes. Ambos derreados, mas ambos cheios de vista, como um pavão.
Entretanto, a Conceição Bela passeava de mão dada com o Arnaldo, o meu avô, que não tinha nada a ver com a história.
sábado, 17 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA - COIMBRA
sexta-feira, 16 de julho de 2021
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS - hora de ponta na Baixa de Coimbra
quinta-feira, 15 de julho de 2021
COIMBRA-TRICANAS
quarta-feira, 14 de julho de 2021
ANIVERSÁRIO - Helena Parreiral
14-07-1947
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
terça-feira, 13 de julho de 2021
CADA UM É PARA O QUE
NASCE …
Foi num dia de primavera que o conheci. Todos os dias, quase
todos os dias, ele descia a estrada em grande velocidade, fazendo alarde de uma
técnica de dominar uma bicicleta de competição que não estava ao alcance de um qualquer
leigo. Vistoso no seu fato de licra azul, uma fita na cabeça que lhe prendia o
cabelo longo e óculos de competição , curvava inclinado para a direita quase
roçando o chão, com fé talvez no Divino e na sua bicicleta italiana Campanollo
de dupla roda pedaleira e muitas desmultiplicações. Um dia parou junto daquela
curva e apresentou – se – me. Disse o que eu já desconfiava. Que era ciclista
profissional da equipa Sicasal, com mais de uma dezena de voltas a Portugal e
um título de campeão nacional de estrada em 1993. Acrescentou que vivia em
Almaceda, que dali distava mais de uma vintena de quilómetros, uma aldeia
encravada entre montanhas. E foi assim que conheci o Raúl Matias.
O Camilo era emigrante e repórter de guerra de uma cadeia de
televisão francesa. Um dia chegou junto de mim enquanto eu olhava a Serra do
Moradal, e desatou num monólogo das suas façanhas de jornalista entre tiros e
canhões , fugas precipitadas e dedos gelados do frio. Depois falou-me da mulher
dos seus sonhos, que era um anjo que lhe aturava a sua faceta destemida de
máquina de filmar em punho e bloco de notas a cair do bolso de trás das calças
lá pelas bandas do leste europeu. Deu-me então uma forte palmada nas costas,
para me afirmar que eu estava mais novo, como se alguma vez já nos tivéssemos
visto. Tinha tanto de gabarola como de bom rapaz.
Naquela tarde de verão, o Camilo apareceu junto do meu
escritório com vista para a Serra da Raposa, montado num bicicleta velha
vulgarmente conhecida por “pasteleira”. Calções e uma camisola fresca eram a
sua indumentária desportiva naquela tarde quente. No café da curva, bebemos uma
cerveja. Foi então que a toda a brida apareceu o Raúl Matias. Ao ver – nos
travou a fundo, encostou a bicicleta a um plátano e lá veio mais uma rodada de
cerveja com tremoços. O Camilo naquele seu jeito de dizer pouco e falar muito,
perguntou ao Raúl se ele andava treinar. E o Matias, descontraído enquanto
chegavam à mesa mais uns pacotes de amendoins, disse - lhe que não. Só tinha
vindo dar um pequeno passeio. Refrescados, o
Camilo dispôs-se a acompanhar o Matias. O Camilo com o seu rabo gordo e a cabeça
derramada sobre o guiador da “pasteleira”. E o Raúl de máquina Campanollo de
competição e fato de licra. E lá
partiram ambos estrada abaixo. Fiquei sentado à sombra da árvore e o tempo foi
passando. Por fim, comecei a ficar inquieto. O Camilo nunca mais voltava, já
que do Raúl eu não me preocupava pois aquela era a estrada para a sua terra –
natal. Então, não resisti e meti-me no carro na busca de ambos. E foi ali junto
ao Pontão da Ribeira do Chão da Vã seca como as palhas por ausência de água
naquele tempo tórrido, que fui dar com o Camilo sentado no chão encostado a um
sinal de trânsito, todo transpirado da suas bochechas gordas e rosadas, a arfar
de cansaço, enquanto com o nervoso miudinho ia mordiscando a raiz de uma planta
daninha para me dizer de maus modos_
- Olha, se o gajo diz que anda só a passear que vá correr
para a terra da avó dele !!!
E derrotado por uma aventura breve que apenas tinha durado escassos
cinco quilómetros com os pulmões em brasa, lá ficou a arranjar forças para
regressar à desejada esplanada de onde tinham partido para apagar o fogo nas
entranhas com mais umas cervejas. E eu de carro voltei tranquilo e a meditar
que provavelmente nem o Camilo dava para ciclista profissional, nem o Matias
com o seu ar cordato e tranquilo dava para repórter de guerra …
Realmente, cada um é para o que nasce …
Kito Pereira
segunda-feira, 12 de julho de 2021
ANIVERSÁRIO Helena Garcia Marques
domingo, 11 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA -Coimbra rio Mondego
sábado, 10 de julho de 2021
ANIVERSÁRIO - João José Carvalho Ferreira
sexta-feira, 9 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRFIA-Ponte Pedonal Pedro Inês e Ponte Rainha Santa
quinta-feira, 8 de julho de 2021
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS - Procissão Rainha Santa 1966
quarta-feira, 7 de julho de 2021
PANDEMIA - O "PRESSÔRE" ACORDARA ANSIOSO...
O "pressôre" acordara ansioso.
Não era para menos, visto que era o tão esperado dia do famoso encontro com a paixão avassaladora, repentina e assolapada, a "vácina".
Levantou-se, preparou-se, vestiu o seu melhor fato, em tons de rosa "marshmellow", reforçou a dose de perfume e pegou no ramo de rosas, ainda frescas, preparado cautelosamente na noite anterior. Saiu de casa e pôs-se a caminho do local do encontro, um quartel de bombeiros.
Estranhara. Não seria o local mais romântico do mundo, mas até compreendia. Caso o fogo da paixão se descontrolasse, era sempre bom ter por perto quem soubesse apagar fogos.
Antes da hora combinada, estava à porta do quartel. Tudo muito tranquilo, apenas duas ou três pessoas conversavam de forma domingueira à sombra de um chaparro, visto que o sol já se fazia sentir com alguma intensidade.
Um senhor, que deduzi ser o mordomo, chamou o "pressôre" e encaminhou-o para a entrada de um túnel. A estranheza foi imediata. O túnel era escuro, algo aterrador e algumas pessoas circulavam por ali com umas fatiotas estranhas. Estava a pessoa distraída a olhar para o que ali se passava e eis que o dito mordomo saca de uma arma e ma aponta à cabeça. Só tive tempo de dizer que estava inocente e que tinha sido convidado para a festa. Resultou, ele deve ter acreditado e pegou numa lista de convidados para confirmar se o meu nome lá estava.
Aqui a desconfiança aumentou. Convidados? Tu queres ver que fui ao engano e a fulana, para me apanhar, marcou logo o casamento?
Nisto, o mordomo agarra e entrega-me um inquérito para eu preencher com os meus dados pessoais. Um inquérito? Nunca tinha sido tão escrutinado na véspera de um encontro. Como não me pedia os dados da conta bancária, lá preenchi o papel e depois de percorrer o túnel escuro (que ainda julguei que fosse algum fetiche da "vácina", assim tipo uma cena sado-maso), fui recebido por um senhor com um pijama azul a quem entreguei o inquérito e me perguntou se tinhas doenças. Caneco, a fulana não fazia por menos, se calhar já deveria estar a pensar na constituição de família.
Como as minhas respostas devem ter agradado ao senhor do pijama azul, meteram-me numa espécie de tenda onde iria decorrer o dito encontro romântico. Era uma tenda simples, em tons alaranjados. Num canto, estava uma mesa com um computador, onde uma senhora de pijama azul iria anotar os detalhes do encontro. Fiquei logo reticente. Então, mas isto vai ter assistência? Sou tímido, não acho piada a "voyeurs". Teria sido mais uma vez enganado e metido na produção de um daqueles filmes para adultos?
Noutro canto da tenda, estava uma cadeira branca, onde uma outra senhora de pijama azul me mandou sentar. Foi buscar um tabuleiro, pensando eu que me iriam servir algum aperitivo, uma patanisca de bacalhau ou um croquete, mas eis que pega num objeto comprido e esguio, com uma antena bicuda na ponta e me apresenta a "Pfaiza". Aquela bodega é que era a fulana que tinha marcado o encontro comigo? Tinha mais ar de extraterrestre do que de outra coisa, nem sexy era. Tentei iniciar o diálogo, mas manteve-se muda e, de um rompante, sem eu estar à espera, atacou-me o braço esquerdo e, dois segundos depois, disse "Já está!"
Mas já está o quê? Que raio de ato de amor foi aquele? É que eu nem senti nada. Meio atarantado, a dita senhora de pijama azul, resolve entregar-me um cartão com a marcação para um segundo encontro. E nem pergunta se eu tenho interesse. É assim, pumba e já está.
O mais estranho veio a seguir.
Mandaram-me para uma sala cheia de cadeiras, onde deveria esperar 30 minutos para ver se o serviço tinha ficado bem feito.
Fiquei em choque! A sala estava cheia de pessoas que tinham sido atacadas pela fulana, que afinal me saiu uma grande galdéria. Andava a atirar-se a toda a gente e não escolhia géneros. Marchava tudo. Pior, algumas dessas pessoas eram minhas conhecidas e, juro, não percebo como tiveram a ousadia de me trair. Sim, ao "pressôre" que tanta esperança depositara naquele encontro.
Meia hora depois, saí de lá, com o coração desfeito, mas com a esperança de que o próximo encontro me dê a imunidade necessária para estes desgostos amorosos.
Apesar de tudo, nem foi muito mau, visto que ouvi lá gente a queixar-se que tinha sido inoculada. Que horror! Tive sorte, a mim só resolveu atacar o braço!
autor desconhecido...mas sugerido por LUISA MOURA
terça-feira, 6 de julho de 2021
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS
OLD COIMBRA
segunda-feira, 5 de julho de 2021
ANIVERSÁRIO - Luis Garção Nunes
05-07-1955
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
domingo, 4 de julho de 2021
NOTÍCIAS DE COIMBRA - FESTAS DA CIDADE 2021
Visite a iluminação festiva no âmbito das Festas da Cidade de Coimbra.
sábado, 3 de julho de 2021
COMO ERAM LINDOS PRIMEIROS DIAS DE JULHO....Georgina Ferro
Como eram lindos os primeiros dias de Julho. Bem cedinho apagavam as estrelas do céu azul escuro e começava a clarear. Só ia restando uma luzinha aqui, outra mais longe... até que sumiam por completo para que o Sol brilhasse sozinho enquanto elas iam dormir.
Pelo "janelo" do quarto entrava o ar perfumado a "hortejos" e a flores!... Ouviam-se as "picotas" a içar e a baixar e, o cambão da nora do poço grande, chiava, chiava... enquanto os alcatruzes enchiam e despejavam no regueiro...
Nesses dias ninguém tinha preguiça de se levantar!... Era uma alegria sair da cama e agarrar numa merenda e num punhado de cerejas e ir comendo pelo caminho afora enquanto a vaquinha "bamboleava" apressada até ao lameiro.
Depois havia sempre um jogo para fazer e a Mimosa depressa ficava farta pois a erva estava alta e fresca. Não era preciso ficar por lá até ao entardecer. Bastava que o sol ficasse a pino.
Quando voltávamos já havia comida na mesa. Os adultos iam passar pelas brasas, diziam eles, e nós tínhamos um tempão para enchermos o Largo do Enxido de vida, alegria e de brincadeira até ao toque das Trindades. Era ali que voavam os " motchos" feitos de varas de giesta, rolavam os aros de arame guiados pelo guiador, arrastavam os carrinhos feitos com latas de sardinha, saltitavam as meninas com a pedrincha nos pés, pulavam os rapazes no jogo do eixo e as garotas saltavam à corda... Os catraios adoravam fazer capeias e jogar à "pela" com "trapeiras" feitas pelas avós que não resistiam muitos jogos sem se desmancharem todas... Lá havia um dia em que aparecia um garoto com uma bola de borracha '"catchu", mas isso era tamanho tesouro que não demorava muito tempo a ser arrecadada pelo dono, que se desculpava que a mãe lhe recomendara que não demorasse. O jogo do berlinde era o mais disputado quer por cachopos ou cachopas. Como quase nunca havia berlindes de vidro dos "pirulitos" eram os bogalhos dos carvalhos que faziam as suas vezes. Eram bem mais difíceis de jogar porque as mãos tinham de ser bem habilidosas para controlar a leveza daquelas bolinhas minúsculas!
Pelo meio da tarde havia sempre miúdos a desaparecer por uns instantes para ver se os pais precisavam de alguma ajuda, para irem merendar, para acarretaram uns jarros de água do chafariz. A maior parte das vezes já não voltavam. Ou ajudavam lá em casa, ou iam buscar as vacas ao lameiro, mercar um pouco de petróleo para o candeeiro, eu sei lá...
Depois, vinha aquele entardecer longo, longo... começado no toque das Trindades e que afogueava o céu cor de arrebol como se o sol quisesse ficar à espera da noite e de ver luzir os milhões de estrelas que iriam acordar não tardaria...
Georgina Ferro
sexta-feira, 2 de julho de 2021
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA - COIMBRA VISTA AÉREA
quinta-feira, 1 de julho de 2021
EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE MARIA GUIA PIMPÃO EM COIMBRA
Caríssimos amigos. No próximo dia 2 de Julho, pelas
18:30, vou inaugurar a minha exposição, em Coimbra:
FEMININO PLURAL
Galeria da Mutualidade, da Previdência Portuguesa (junto ao Palácio da Justiça)