ARCADA, mais tarde ARCÁDIA
A sociedade elegante de Coimbra a partir de 23 de Dezembro de 1921 passou a marcar os seus “rendez-vous” na nova Pastelaria Arcada na Rua Ferreira Borges. Esse luxuoso e elegante estabelecimento foi uma arrojada iniciativa de um galego Sr. José Garcia e do conimbricense Sr. Caetano Rocha. As suas magnificas salas, decoradas em estilo árabe pelo distinto artista António Eliseu, tinham um tom exuberante para responder à mais seletiva clientela da cidade. A pastelaria, da melhor qualidade, era confecionada em fábrica própria, construída para o efeito na Avenida Navarro.
Tanto luxo, tanta ambição mas não durou muito tempo nas mãos dos Srs. José Garcia e Sr. Caetano Rocha e acabam por ceder a Pastelaria a uma sociedade constituida por Froes & Rôxo. Entretanto, em 1948, uma nova sociedade onde um dos sócios era o senhor Abel que tinha sido empregado do Nicola, compra o trespasse e, abre, agora com o nome de Arcádia. Aparece como funcionário um Senhor José Maria Cerveira, familiar de um dos sócios, que acaba por comprar parte da sociedade, e em novembro de 1950, o Senhor José Maria Cerveira passou a ser o dono do Café Arcádia e a partir daí conhecido como "Zé Maria do Arcádia".
De um lado do café, os teóricos da Académica passaram a ter ai sua “residência”, que também era local preferido de Cândido de Oliveira, Pedroto, Tellechea, etc…Faziam-se as equipas, discutiam-se opções técnicas, choravam-se derrotas e festejavam-se vitórias.
Do outro lado, sentavam-se as senhoras provenientes de uma elite burguesa que à volta das mesas a abarrotar de torradas e galões se ocupavam das bisbilhotices sociais.
A discussão política era deixada para a vizinha Brasileira.
Este retrato era repetido diariamente, até que a 4 de Maio de 2000 o Arcádia fechou as portas. Não mais se lavou roupa suja nesse espaço, a loja que agora existe é um pronto a vestir de roupa nova e implicitamente lavada!
Publicado 3rd March 2018 por Unknown
Etiquetas: Académica Arcada Arcádia Caetano Rocha Ferreira Borges José Maria Teóricos
- Tanto luxo, tanta ambição
mas não durou muito tempo nas mãos dos Srs. José Garcia e Sr. Caetano
Rocha e acabam por ceder a Pastelaria a uma sociedade constituida por
Froes & Rôxo. Entretanto, em 1948, uma nova sociedade onde um dos
sócios era o senhor Abel que tinha sido empregado do Nicola, compra o
trespasse e, abre, agora com o nome de Arcádia. Aparece como funcionário
um Senhor José Maria Cerveira, familiar de um dos sócios, que acaba por
comprar parte da sociedade, e em novembro de 1950, o Senhor José Maria
Cerveira passou a ser o
dono do Café Arcádia e a partir daí conhecido como "Zé Maria do
Arcádia".
De
um lado do café, os teóricos da Académica passaram a ter ai sua “residência”,
que também era local preferido de Cândido de Oliveira, Pedroto, Tellechea,
etc…Faziam-se as equipas, discutiam-se opções técnicas, choravam-se derrotas e
festejavam-se vitórias.
Do
outro lado, sentavam-se as senhoras provenientes de uma elite burguesa que à
volta das mesas a abarrotar de torradas e galões se ocupavam das bisbilhotices
sociais.
A
discussão política era deixada para a vizinha Brasileira.
Este
retrato era repetido diariamente, até que a 4 de Maio de 2000 o Arcádia fechou
as portas. Não mais se lavou roupa suja nesse espaço, a loja que agora existe é
um pronto a vestir de roupa nova e implicitamente lavada!
Publicado 3rd March 2018 por Unknown
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