terça-feira, 31 de outubro de 2023

ENCONTRO COM A ARTE-PINTURA RAINHA SANTA ISABEL

 

          Maria Guia Pimpão

ROSAS

Não sei falar de Coimbra sem falar 

das rosas que por vezes

se transformam em palavras.

Quando o abril e maio desabrocham

nas sílabas ardentes

do amor. Ou quando o pão fermenta por dentro

dos poemas. Rosas que

de súbito florescem no regaço

da rainha. E são o pão do amor nas sílabas

ardentes.

As invisíveis. As 

que por vezes se despetalam em

metáforas. E são o pão dos pobres, o pão dos poemas.

Nas sílabas ardentes.

Quando o abril e maio desabrocham

em Coimbra. E as palavras 

fermentam por dentro

da sintaxe. E o pão 

floresce no regaço da rainha.

Vai-se a ver

e afinal

palavras.

As rosas

meu senhor. As

rosas.


Poema de Manuel Alegre

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