Maria Guia Pimpão
ROSAS
Não sei falar de Coimbra sem falar
das rosas que por vezes
se transformam em palavras.
Quando o abril e maio desabrocham
nas sílabas ardentes
do amor. Ou quando o pão fermenta por dentro
dos poemas. Rosas que
de súbito florescem no regaço
da rainha. E são o pão do amor nas sílabas
ardentes.
As invisíveis. As
que por vezes se despetalam em
metáforas. E são o pão dos pobres, o pão dos poemas.
Nas sílabas ardentes.
Quando o abril e maio desabrocham
em Coimbra. E as palavras
fermentam por dentro
da sintaxe. E o pão
floresce no regaço da rainha.
Vai-se a ver
e afinal
palavras.
As rosas
meu senhor. As
rosas.
Poema de Manuel Alegre
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