quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

UM CONTO DE LUÍZ GOES ...



 
Foi numa noite. Destas noites em que o sol se deita mais cedo, para lá do dorso cinzento da esfinge austera do Moradal. O toque de recolher de Outono. Uma humidade espessa, desce sobre a aldeia de Juncal do Campo. Ao longe, a planície que dali se avista, foi engolida pela escuridão. Apenas o cheiro da esteva queimada, a esgueirar-se pelas chaminés atarracadas do humilde casario, são o aroma reconfortante para quem percorre as ruas empedradas e vazias do povoado. É o perfume característico da Beira Baixa. Ali, no meio da colina, um pálido clarão rompe a noite de breu. É a luz mortiça da Junta de Freguesia. Por uma porta estreita entramos e, lá dentro, temos acesso a uma sala desconfortável e fria. As paredes, estão forradas de fotografias de antigos presidentes da Junta, de nó de gravata afinado e o semblante de circunstância que a situação exigia. Afinal, o perpetuar da imagem para anos futuros. E uma base de onde, em metal cromado, sobem três hastes para outras tantas bandeiras. A bandeira verde da freguesia, povoada de motivos campesinos. A bandeira azul e estrelada da União Europeia. E a bandeira portuguesa, em destaque, ladeada pelos outros dois símbolos. Ao fundo, um pequeno gabinete, onde um homem magro, de bigode fino, sentado a uma secretária, vai remexendo numa pilha de papéis, que vai ferindo com um enorme carimbo, em batidas fortes e ritmadas. Ao lado, um velho computador, que debita informações importantes, sobre a vida da freguesia e é uma janela para o mundo. É com os dedos a percorrer o teclado, que o funcionário vai facultando informações, que depois serão expostas numa vitrina emoldurada por quadro de madeira bem visível, para conhecimento dos utentes. O homem de que vos falo é o secretário da Junta. O computador, é o milagre da tecnologia que assassinou o mata - borrão.

Na sala avantajada, várias cadeiras de assentos de napa preta. É ali que os habitantes da aldeia, aguardam por qualquer certidão, ou, até, pela consulta do médico. Foi lá, numa das minhas digressões campesinas, que encontrei o João Prata. Vinha para falar com o secretário da Junta. Cumprimentámo-nos com um formal aperto de mão e ele disparou-me sem respirar e ar consternado: “… Então o Luíz Goes lá se foi …”. Fiquei perplexo. Achava a afirmação descabida no contexto, mas o resto do seu monólogo, esclareceu-me: … sabe Pereira, eu e o Luíz Goes fomos amigos na guerra. Andámos os dois a moirejar na Guiné. Ele era médico e eu era o motorista dele. Para onde ele ia, eu também ia. Uma tarde, entre o Gabu e Bafatá, tivemos um furo no “Jeep”. Mudei o pneu e uns quilómetros à frente, furou outro. Já não tinha mais pneus e o Dr.Goes disse -me que era melhor prosseguirmos com o pneu furado, pois estava a anoitecer. Confessei-lhe a minha preocupação, porque ia dar cabo da jante e o Marques Pereira, que tinha à sua responsabilidade o material circulante da Unidade e de péssimo feitio, não acharia graça nenhuma e iria despejar toda a sua ira em cima de mim. O Luíz Goes manteve a opinião, afirmando que a responsabilidade era dele. E foi com o pneu desfeito e a jante toda amassada, que entrámos na Base. Por infelicidade, demos logo de caras com o Major, que veio direito mim, naquele seu jeito ameaçador. Valeu então o médico, que me defendeu e assumiu que tinha sido ele a dar a ordem de prosseguirmos viagem. Por segundos, Marques Pereira ficou de olhos fixos em Luíz Goes, capaz de o engolir vivo. Depois, virou-lhe as costas e, a vociferar, afastou-se. Então, olhámos um para o outro e rimos. E com um aperto de mão, reconfirmámos a nossa amizade em tempo de guerra.”
Depois, João Prata despediu-se, tragado pelas sombras da noite. Mas não sem me dizer, que na sua carrinha de mercadorias que pelos anos de fabrico já merecia estar em repouso, ainda tem uma velha cassete roufenha, com o cantar de Luíz Goes, que por vezes vai ouvindo, na sua azáfama diária pela região.

Luíz Goes, partiu. Mas, facilmente se percebe, que não só nas tertúlias do trinado do Mondego é admirado e estimado. Naquela noite, o médico de Coimbra foi lembrado pela gente simples da Beira - Baixa. Naquele momento, não com o estatuto de grande intérprete do fado coimbrão. Mas à beira do estatuto de herói.
Quito Pereira           

27 comentários:

  1. Um Médico que por alguns anos o fizeram oficial do exército e que soube mostrar os galões, para, com muita honestidade e dignidade, assumir a responsabilidade da sua decisão.
    Digo isto, porque esteve comigo no Ultramar um alferes-médico, que não seria capaz de assumir a responsabilidade.
    Um episódio bonito que nos mais uma faceta desse vulto da canção de Coimbra.
    Obrigado Quito, por teres divulgado!

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    1. Um abraço, Alfredo. Nem tudo o que se passou na guerra foi baço. Por vezes, muitas vezes, em tempos de aperto, conheci gente que se regia por padrões de camaradagem e lealdade.
      Há dias, em Cabeceiras de Basto, estive com vários. Comemos, bebemos e, em coro, cantámos o fado. O nosso fado. O fado da amizade fraterna.

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  2. O primeiro parágrafo deste conto é uma espantosa e perfeita descrição realista do ambiente da Junta de Freguesia de Juncal do Campo, só acessivel a quem como o Quito é eximio na arte de escrever.
    Detentoras de uma História ancestral, Juncal do Campo e Freixial do Campo são prestadoras de serviços às populações rurais do interior esquecido dos senhores que decidem as leis no Terreiro do Paço e em São Bento.
    Sabemos que se avizinha a agregação destas duas freguiesias, em nome de um sofisma, em nome de uma falsa e, mesmo assim, insignificante rendibilidade, cujas atenções os mesmos senhores parece quererem desviar para que se não fale das imensas mordomias e gastos surpéfluos que realizam em proveito próprio e de que não querem abdicar.
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    Mas o cerne do conto assenta em Luiz Goes e é sobre ele que devo falar.
    Luiz Goes sempre defendeu, e com ele sempre estive de acordo, que mais do que Fado, o canto da nossa cidade deve ser chamado Canção de Coimbra.
    Já por diversas vezes o defendi, uma delas em alocução que proferi no Rotary Club de Mafra, terra onde faleceu este grande Homem.
    Em algumas ocasiões, noutros locais, não me livrei de manifestações de discordância e até de irónicos comentários por parte de muita gente, que, polémicamente, acha que esta canção devia aproveitar e colar-se ao galardão recentemente atribuido ao Fado como Património da Humanidade.
    Porém, nem por isso abdico dessa minha convicção mau grado a consideração e estima que nutro e mantenho por essas vozes discordantes.
    Porque a Canção de Coi mbra é mais do que Fado. É muito mais abrangente e, ninguém melhor do que Luiz Goes, nado e criado na minha e nossa cidade, e uma das maiores vozes de Coimbra de todo o sempre, para dar credibilidade a esta asserção, com toda a autoridade que ele possuia e que eu infelizmente não tenho.
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    O episódio que o Quito relata passado na Guiné, em estrada que bem conheço, só demonstra que Luiz Goes era, para além de grande cantor, um homem de bem, um homem de princípios.
    De outra forma não seria relembrado com saudade, em aldeia perdida nas faldas do Mouradal por um anónimo soldado que com ele andou por terras de África.


    Peço desculpa ao Quito por me ter desviado um pouco do essencial do seu conto, mas não quis desperdiçar o ensejo para falar de uma faceta possivelmente menos conhecida de Luiz Goes.
    Obrigado por me teres feito “ver” a estrada Nova Lamego ( hoje Gabú ) - Bafatá, que tantas vezes percorri numa altura em que ainda não era alcatroada.

    Um abraço

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    1. Há um desamor pelo povo. Por este povo, das aldeias mais escondidas de Portugal. Há uma perspectiva economicista, sem se querer saber de quão importantes são para as populações, as Juntas de Freguesia. Quem está nos corredores do poder em Lisboa, não vê para lá dos corredores do Parlamento.Desconhecem totalmente a realidade do país e das gentes campesinas.
      Sobre o Dr. Luiz Goes, fica esta história, que numa noite fria, me foi contada com pesar, por quem dele muito gostava. Um simples soldado.
      O Rui, entendeu tecer várias considerações, que foram bem oportunas. Em meu entender, os comentários não têm, forçosamente, de se restringirem ao conteúdo dos textos.
      Eu, com autor deste escrito, quero apenas recordar esse meu e nosso conterrâneo, que era médico e cantor de eleição. Mas, naquilo que é a minha forma de sentir, o que hoje aqui pretendo realçar, é sua faceta cívica de cidadão honrado.
      É a homenagem simples, de um simples conimbricense, que ama a sua cidade e que assim, de forma modesta, pretende homenagear quem tanto honrou Coimbra.
      A estrada que conheceste, Rui, também eu a conheci. Ambos por lá andámos e eu até estive aquartelado no Gabu.
      Foram os ventos da memória que regressaram, pela boca de um ex-soldado de Juncal do campo. E, com ele e o seu sentir, a lembrança de Luís Goes ...
      Um abraço

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  3. Luis Góis no cenário de guerra e no cenário da Beira Baixa...
    Homem de causas humanas e sociais para além das musicais numa excelente referência através da escrita atenta e afectuosa do Quito.
    Beijinho

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    1. Cá de longe, Olinda, envio-te um abraço. Obrigado por também te juntares aos que gostam de Luís Goes ...

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    2. É assim tão estranho juntar-me aos que gostam de Luis Goes???

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  4. Mais uma vez peço desculpa ao Quito por utilizar o seu post para me alongar em considerações que me vieram à memória a propósito do seu conto e da assumpção de responsabilidades...

    Em Outubro de 1969, já em início da primavera marcelista, recebi para distribuição pelos soldados um conjunto de listas e uma urna de voto, para votação nas eleições legislativas que se iam realizar.
    Competia-me, em pleno mato onde me encontrava destacado com o meu pelotão, constituir uma Mesa de Voto onde os soldados deveriam depositar o seu voto.
    Como eu sabia que havia quatro listas concorrentes e como só estava a receber a lista da União Nacional, questionei via mensagem rádio, o Administrador Civil de Bafatá, Sr. Guerra, sobre quando me seriam fornecidas as outras listas concorrentes, nomeadamente a CED, a CEUD e a CEM.
    Foi-me respondido pela mesma via, por mensagem que imaginei ter sido escrita com um sorriso de gozo, que perguntasse aos responsáveis por essas listas.
    Claro que na Guiné não havia representantes dessas comissões eleitorais e, mesmo que houvesse, as comunicações eram inexistentes para quem estava desterrado numa ignara tabanca no meio do mato...
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    Reuni os soldados, dei-lhes as lista da UN, e expliquei-lhes que o voto, que, aliás, nunca na sua vida tinham exercido, é a forma de o cidadão poder escolher entre diversas opções e eleger por maioria os seus representantes na Assembleia de Deputados.

    Ora, expliquei-lhes eu, só tinhamos listas de um dos concorrentes ( a UN ) e não havia as listas alternativas da CED, da CEUD e da CEM. Portanto, eles não poderiam fazer a tal escolha!
    Contudo, todos deviam votar porque esse é o seu dever.

    Como não poderiam escolher entre várias listas, de duas uma:

    - Ou concordavam em eleger a UN e nesse caso depositavam a lista na urna tal como estava;
    - Ou não concordavam ou nem sequer sabiam se concordavam ou não, então deviam riscar a lista, anulando-a, depositando-a assim mesmo na urna.

    Havia ainda o voto em branco que neste caso de listas já preenchidas com os nomes, não se conseguiria realizar.

    Logo, expliquei-lhes eu, nestas circunstâncias especiais, o voto nulo deve ser considerado uma manifestação de vontade tão válida como qualquer outra.
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    Dois meses mais tarde fui chamado à sede da Companhia onde me esperava o tal Sr. Guerra, que me perguntou se eu sabia a razão porque é que mais de 90 por cento dos militares a meu cargo tinham riscado as listas, anulando-as.

    Respondi-lhe que o voto, sendo alegadamente secreto, não compreendia como ele sabia o sentido da votação, já que todos os votos foram teóricamente misturados numa única urna contendo toda a votação da Companhia!

    De qualquer modo, disse-lhe, assumia toda a responsabilidade por ter feito, de facto, um esclarecimento prévio aos soldados, como de resto ele parecia já saber.
    Deixando, todavia, como deixei, ao critério de cada um, decidirem como iam votar.

    O Sr. Guerra disse-me, em tom de ameaça, que eu era um militar e como tal estava proibido de fazer campanha eleitoral e que iria comunicar ao Comando Chefe este comportamento irregular.

    Adverti-o e aconselhjei-o a usar as palavras certas, porque uma coisa é campanha eleitoral e outra, bem diferente, esclarecimentos sobre o acto eleitoral.

    Tudo perante o silêncio medroso do Capitão que comandava a Companhia que não parava de me fazer sinais para me conter nas palavras...

    Fosse pelo que fosse, nada me veio a acontecer, mas ainda hoje não sei se o fulano comunicou alguma coisa è entidade militar...

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    1. Há aqui alguma comicidade, porque o Guerra se chamava Guerra. Nem mais. Quanto à votação estamos conversados. Lá como cá, a votação era sempre estrondosa, o que até nem admira, porque até se descarregavam os mortos.
      A soldadesca, também votou e deu azo ao seu azedume, riscando as listas. E tu, Rui, podias ter-te saído mal daquela contenda.Embora mal já estivesses, naquele degredo onde estiveste e estivemos. Quanto à tua dúvida se o fulano comunicou alguma coisa ...claro que comunicou. Estiveste debaixo de olho, numa espécie de controlo remoto. Era assim que as coisas funcionavam ...

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    2. Aquilo que tu dizes disse-me o Capitão depois de o Guerra se ter ido embora ( este Guerra ficou famoso na Guiné, como Administrador Civil de Bafatá, por quem Arnaldo Shultz tinha grande admiração mas de quem Spinola não gostava por ser mais papista que o Papa ).

      O que eu respondi ao Capitão foi também mais ou menos o que tu disseste:

      - Que mal maior me podiam fazer para além daquele que eu e todos já sofriamos?

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    3. De facto, que mais nos podia acontecer. Mas há sempre tipos com azar. O Cabo Azevedo, que entornava tintos à velocidade com que uma galinha come milho, o que lhe valeu o nome de Azebêbado, foi preso em Canjadude pelo Capitão,pois estava com uma rosca monumental na enfermaria onde era enfermeiro. Nem conseguia atar uma ligadura. O problema veio depois. Mas que prisão, se aquilo já era uma prisão ? O capitão, que para para parvo só lhe faltavam as asas, meteu o Azevedo no galinheiro, junto dos galos e das galinhas, com o pobre do enfermeiro a berrar para o algoz se ele o achava com cara de frango ...
      Também só lá esteve 1O minutos. Um martelo e um ferro deram cabo da fechadura. Fugiu o Azevedo, os galos e as galinhas ...

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    4. A ti Rui aconteceu-te isso na guerra..
      A mim na ESTACO quando as mulheres puderam votar e era necessário recenceá-las.Passou-se numa reunião com o Governador civil,empresários e assistentes sociais mas só poderíamos recensear quem votasse UN...Ao que respondi que isso não faria recencearia todas ou nenhuma!Broaaaaa na sala...fui a única que abriu a boca. Recensei as operárias todas e informando-as das outras hipóteses...Sinto-me feliz porque nunca fui contra o meu espírito de cidadania procurando ser coerente. Claro,inimigos acabei por ter alguns...mas continuei a ser íntegra e coerente!

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    5. Tiro-vos a todos o meu chapéu (mesmo não usando)

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    6. O papel da mulher é quase sempre "relegado"...
      Porque ainda se mantém algum "resquício" dessa mentalidade?
      Venho frisar tal porque até aqui nos comentários se nota...
      Na guerra não tivemos o vosso papel pois não! Apenas as tais do Movimento Nacional Feminino "andaram" por lá a dar uns cigarritos e bastante geito vos deu,acredito.
      Mas a "guerra" aqui no continente as mulheres tiveram um papel saliente e passa despercebido a alguns homens...Quantas noites na Clepsidra a trabalhar para a MUDANÇA!!! Já disse o que me emtupia.

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    7. Olinda, concordo contigo. E nunca te deixes entupir!

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    8. Paulo de Fala quanto tu vales!...são as mulheres e os homens a fazer sempre elogio aos machos.
      É um defeito de nascença...

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  5. Um "escrito" do Quito,no seu inconfundível estilo, de relatos reais e carregados de humanismo!
    A complementar, o Rui Felicio vem reforçar com as suas memórias.
    Um prazer, ler todos os comentários!

    Sugiro-te que ofereças ao " soldado de Luís Goes" um novo CD com fados do fadista.

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  6. Bem lembrado. Um abraço, Celeste Maria ...

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  7. Será que ainda venho a tempo de participar neste desfolhar de lembraças do passado?
    Mas comecemos pelo principio como mandam as regras!
    E o principio foi esta introdução sobre a Aldeia de Juncal do Campo, e um pouco sobre a parte burocrática da aldeia, o mesmo que é dizer sobre a Junta de freguesia.
    Tudo descrito como só o Quito o sabe fazer.Só não sei se as bandeiras lá estavam hasteadas ou não estando o Quito sabia quais eram.Antigamente só se hasteavam aos domingos e feriados!
    E foi ao entrar na sede da Junta que o assunto principal tomou conta deste belo texto do nosso romancista!
    Há momentos assim!O protagonista princiapal lançou o tema:"então o Luis Góis lá se foi"...
    Pronto o rastilho pegou...e o resto do que o Quito romanceou a partir de faCtos verdadeiros já estão devidamente apreendidos e que foram desenvolvidos à volta desse grande vulto do fado-canção de Coimbra Luis Góis1, não só pelo próprio texto, mas também pela excelente colaboração do Rui Felício!
    Para mim Luis Góis, na voz terá sido o expoente máximo do fado de Coimbra.
    Nestes últimos tempos antes da sua morte estive em vários espectáculos em que ele participou!

    Só referi que também gostei do que mais se escreveu a propósito desta postagem!
    Só um reparo....não falaram na Mariema e bem merecia porque vos trazia sempre nos "tinkes"!!!



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    1. Regresso aqui, para te enviar um abraço. Obrigado pelo comentário ...

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  8. Bonito conto que o Quito acaba de nos brindar! Não é surpresa, porque o Quito tem esta veia de saber compor as palavras, de as saber juntar com mestria de enormíssimo contista.Quando andei pela Alliance Française, li muitas obras que adquiria em alfarrabistas Livros de "poche" como se dizia. Guy de Maupassant era um extraordinário escritor e, posso dizer com toda a honestidade que o Quito é o Maupassant portugûes. Ainda por cima o conto é sobre um ex-soldado combatente na Guiné e o nosso Luis Goes, humanista de gabarito como o era Zeca Afonso. Não eram apenas cantores de Coimbra, mas muito mais do que isso. Acho bem que alguém ofereça ao João Prata um ou mais CD´S de Luis Goes, para que ele possa ouvir a voz potente e doce de um dos maiores vultos da música de Coimbra. Se alguém estiver disposto a isso, não me importo de também contribuir. Parabéns ao Quito uma vez mais.

    mariorovira

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    1. Obrigado, Mário Rovira, pela amabilidade das palavras. Já é minha intenção, oferecer um CD ao João Prata. Vai ser uma surpresa para ele ...
      Um abraço

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  9. E, como sempre, o realismo com que escreves faz-me "sentir" na sala da junta de freguesia.
    Depois, os comentários do Felicio são a outra razão para gostar de vos ler.

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  10. Bela prenda de Natal, caro amigo! Natal que para mim...já era!!! Abraço fraterno. Boas Festas Abraços & Beijos e dá um abraço ao Senhor Teu Pai!!!!

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