Porque amanhã é dia de afazeres mil, de levar a poesia para a rua e de fazer algo para acreditar que a Liberdade nos redime, é hoje o dia para vos deixar o meu poema anual evocativo do 25 de Abril de 1974.
No final, o poema é ilustrado com uma composição que, há já alguns anos, o meu filho criou sobre imagens minhas colhidas nesse dia magnífico. Por Abril, sempre!
ABRIL, SEMPRE!
vê como soltaste o teu riso pelo dia dentro
como sentiste o vento pela vida fora
como trazes em ti a liberdade de ser
e o arbítrio de estar
que alguém te roubara
vê como voltaste a sonhar o imenso arco-íris
como abraçaste a vida às mãos-cheias
e os teus filhos
esperados e queridos
alvor de alguma utopia
vê como te sobra a esperança
«mesmo na noite mais fria»
mas quebrada a servidão
como soltas a voz quando te oprime o peito
a tua nobre razão
vê
e então vês Abril
o Abril dos soldados
do povo
dos cravos
o Abril que é o teu
o Abril que é o nosso
dessa liberdade que é minha e que é tua
mais perto do céu
então
meu amigo
que me dizes de Abril?
valeu ou não valeu?
- Jorge Castro
Abril de 2022
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