LUISA MOURA - Voz
Paulo Moura - Viola
Local - Penela-Restaurante Don Sesnando
Canção TIC TAC
Poema de "Encandescente", musicado por Paulo Moura
Produções- Mouradia
POEMA TIC-TAC (Encandescente)
Eu que sinto o espanto das coisas conhecidas
Por em nenhuma delas me reconhecer.
Eu que tenho um furacão a rugir dentro do peito
E uma bomba bem bem no centro do coração
E que ouço o tic-tac do mecanismo,
E que espero o tic-tac da explosão.
Eu que tenho a lava ardente correndo nas veias
E o corpo marcado, queimado da erupçao.
Eu que lutei e esperneei e esbofeteei
Para ser mais que este horizonte pequeno e mesquinho
Que a vida, a nascida, me predestinava.
Eu que pelejei em tantas batalhas
E mesmo caída em nenhuma me senti vencida,
E levantando-me segui em frente
Carpindo dores, lambendo feridas,
E continuei caminhando contra a corrente.
A corrente contínua e igual da vida.
Eu que percorri todos os lugares do mundo
E em nenhum encontrei abrigo
E a nenhum chamo o meu lugar.
Continuo caminhando ouvindo o tic-tac do mecanismo,
Da bomba que bate bem no centro do meu coração.
E a caminho e espero...
A cada passo.
A cada tic-tac
O tic-tac da explosão.
Tenho tanta pena de não ter tido mais notícias da Encandescente. Tinha uma forma de escrever tão própria, com uma força...
ResponderEliminarMas no google fazem referências.Deve ser ele?
ResponderEliminarEle?! A Encandescente é uma rapariga de Setúbal...
EliminarGostei de voltar a ouvir este poema com a voz e a interpretação da Luísa!
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