domingo, 25 de dezembro de 2016

NATAL - POEMA DE JORGE CASTRO-ORCA

Natal, o tal, sempre que a gente quiser....
e aperfeiçoaremos como melhor nos aprouver.

artesanato da serralharia "O Pinha", de Manuel Machado em Celeiró, Braga


O Natal é uma janela

o Natal é uma janela
que abrimos a quem passa
tão-só para cumprimentar
dando um ar da nossa graça
porque o tempo passa
passa
sem dar tempo de parar

temos musgo
e azevinho
na ombreira da janela
não vá o nosso vizinho
passar também a correr
e nem sequer dar por ela

o Natal tem afinal
esse dom de por um dia
- ou
vamos lá… por um mês –
sentirmos essa alegria
de sermos gente outra vez

de ficarmos à janela
aberta de par em par
lançando à rua um sorriso
e deixando entrar o ar
que nos varra os pesadelos
os medos
as aflições
de que estamos pelos cabelos
sem aprendermos lições

o Natal é esse olhar
que vai além da vidraça
e que nos mostra quem passa
apenas por lá passar

um tempo de ter presente
mesmo quando estamos sós
que quem quer que passe em frente
da janela que abrirmos
de repente descobrirmos
ser gente
tal como nós.

- Jorge Castro
Dezembro de 2016


9 comentários:

  1. Obrigado amigo Jorge Castro pela participação!

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  2. Obrigada, amigo Orca, pelo poema,pela imagem e pela mensagem.
    Boas Festas para vós!

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  3. É sempre um prazer ler a poesia deste nosso amigo Jorge Castro! Mais uma vez,esta, enquadrando-se na época que atravessamos,para além desse prazer sentido,também me leva a agradecer pela partilha efectuada. Obrigado Jorge. Obrigado RAFA.

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  4. E lá vou ter que chamar o Jorge Castro, para exercer o direito de resposta... ihihih

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  5. O direito de resposta
    Tem a meu ver neste instante
    P’ra gente que a gente gosta
    Algo assim de redundante

    A povo assim escorreito
    De dar mais que receber
    Para mim nem é direito
    Trata-se mais de um dever

    Qual taça de fino vinho
    Que a todos vós ergo e bebo
    Em comunhão de vizinho
    De brindes feitos a rodos
    Dou-vos pois quanto recebo
    De cada um e de todos

    Abraços, abrações e abracinhos e - vá lá - que haja, para aconchego, uns beijinhos, aqui ficam, desde já, os meus votos de um 2017 temperado por esperanças e alegres e felizes realizações.

    - Jorge Castro

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  6. Quando será que vamos "bugiar" num prè pré anunciado aniversário Afundansão!Ou outro motivo qualquer, não faço cuestão 'BOM ANO

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  7. Também tenho saudades. Carlos Carvalho, vamos nessa?

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