Naquela aldeia quase despovoada
Confinamento de idosos sem seus filhos
A Ti Pepa ia, em saudades levada,
Como em carroça pelos antigos trilhos
Olhando a rua, onde mais ninguém passa
Viaja até ao tempo da mocidade,
Sentada, queda ali, atrás da vidraça...
Reza o seu rosário de vida e saudade
Vê o largo cheiinho de agitação
Moços garbosos, aprontando com alarde,
O mastro e as fogueiras de S. João
Que, cada qual, com seu par, saltará mais tarde
Lembra-se do seu vestido de tafetá
De peitilho bordado com favos de mel
Todo às risquinhas brancas e de rosa chá
Com que atraiu o olhar do seu Manuel
Sorri!, na memória vê tempos de antanho
A concertina e o crepitar da fogueira
Aquele pinheiro, de enorme tamanho,
E ela, de mão dada, pinchando ligeira
Quem diz que é triste a lembrança e saudade?!
Não sabe como é bom guardar na memória
Horas lindas de tempos de outra idade
Que fizeram os dias da nossa história.
Georgina Ferro
Parabéns, pelo conjunto da obra. Fotografia perfeita...
ResponderEliminarObrigado pelo comentário.
ResponderEliminarComo vai o surto epidémico. Tudo por aí bem?
Nós por aqui estamos todos bem.
Beijinho
Está,ainda, uma instabilidade,mas mais pela incompetência das autoridades e a negligência do povo. Beijos
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