sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ROSA ENFRASCADA

BOM ANO.
Não se enfrasquem, é perigoso.
Boa Passagem de Ano.
Um Abraço.
Tonito.

O último dia do ano


O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papeis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória,
doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficara repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo na solidão.

O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus...

Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereces viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muitas coisas já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez vivo,
e de copo na mão
esperas amanhacer.

O recursos de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
O recurso da bola colorida,
O recurso de Kant e da poesia,
todos eles... e nenhum resolve.

Surge a manhã de um novo ano.

As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está estupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

(Carlos Drummond de Andrade)

BOM ANO !!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

«ó gente da minha terra...» - por Jorge Castro

o OrCa (aka Jorge Castro) passou a publicar os seus desalentos (pensamentos rápidos) no blog «Persuacção». E começa com esta crónica:

“Assalta-me, com inusitada frequência e cada vez mais, uma estranha sensação de me sentir – ou parecer que querem fazer sentir-me – um estranho numa terra estranha, conforme o título dessa obra de ficção de Robert Einlein que me povoou leituras de juventude.
Ele é a aceitação amorfa e acrítica – explicitamente amorfa e acrítica, pois parece fazer-se apanágio de tal – por parte da (aparentemente) grande maioria dos meus concidadãos em face das mais despudoradas atitudes governamentais no esbulho da coisa pública, na aldrabice ou sistemática contradição do que ainda ontem foi assegurado como verdade absoluta, na deriva alucinada de políticas nos pilares da cidadania que são a Saúde, o Ensino e o Trabalho… e o resto!
Ele é (...)”

Ele é... tanta coisa... que só mesmo lendo tudo... aqui:

NOTÍCIAS DE COLMAR


Faleceu hoje em St.Petersburgo, depois de ainda ter dado ontem à noite um concerto nessa bela cidade, a alma masculina dos BONEY M: Bobby Farrell. Tinha apenas 61 anos de idade e juntamente com Maizie Williams, Marcia Barret e Liz Mitchell, formava o famoso grupo BONEY M, responsàveis por alguns dos melhores hits do planeta Disco-Sound.

Na altura, em pleno boom Disco e tambem ainda hoje, poucas pessoas desconheciam que este grupo era oriundo da Alemanha, mais exactamente, de SAARBRUCKEN. Idealizado por um produtôr alemao, Frank Farian, hoje milionàrio, graças aos vàrios milhoes de discos vendidos.

Evidentemente que o desaparecimento de Bobby Farrell (e quem sabe, dos BONEY M) me toca profundamente. Nao so pelas boas recordaçoes de tantas noites passadas, dançando ao ritmo desenfreado das suas cançoes mas igualmente por ter vivido uma noite extraordinària com eles, quando da sua passagem aqui por Colmar, em Janeiro de 1979. Uma noite memoràvel de pura loucura!

Em sinal de grande homenagem, publico aqui o artigo e a entrevista que a miuda mais bonita do grupo (Liz Mitchell) me concedera, publicada em Fevereiro de 1979 na revista MUSICA & SOM.

BONEY M

"Colmar ia conhecer a sua primeira noite disco!
Nas duas semanas que antecederam a vinda dos BONEY M, as três salas do cinema mais importante da cidade fizeram oficio de preparaçao, oferecendo simultâneamente os 3 filmes-disco que conquistaram toda a América: Saturday Night Fever - Grease - Thank's God It's Friday. Ficava desse modo recuperada em parte a possivel recusa dum sucesso que, para o publico francês, so começou com " Rivers Of Babylon".
Com efeito, tratava-se da primeira apresentaçao em França deste grupo.
Trinta e cinco milhoes de discos vendidos em dois anos para uma banda com dois anos de existência! Quem diz mais? Quatro negros compoem os BONEY M: Maizie Williams, Marcia Barret, Liz Mitchell e Bobby Farrell. Eles vêm da Jamaica, pais onde actualmente se passa qualquer coisa (reggae) e Bob é natural das Antilhas holandesas. Todos eles têm residência fixa na vizinha Alemanha. Ai encontraram Frank Farian, o verdadeiro responsàvel por este sucesso mundial. E ele que baptiza o grupo. E ele ainda que inventa a sua famosa prestaçao cénica. Tambem responsàvel pelos textos e musica dos grandes sucessos. O verdadeiro patrao!
Toda a Europa se aqueceu no inverno frio de 76 ao som de "Daddy Cool", o primeiro disco de Ouro, apenas apos alguns escassos meses de vendas. Simultâneamente, a América descobre Donna Summer com " Love To Love You", a primeira referência Disco.
Em Fevereiro 77 surge " Sunny" em versao disco. O sucesso é enorme. Nesse mesmo ano, Frank Farian compoe "Ma Baker" e "Belfast", que depressa atingem os Top's Europeus.
Porém, o sucesso é explicàvel. Na sua origem, os BONEY M parecem condenados a uma banda de estudio. O seu inventor decide desde entao pôr em pràtica as capacidades vocais aliadas à dança, pois nao esqueçamos que Liz e Marcia fizeram parte do elenco de "Hair" em Hamburgo.
Com os BLACK BEAUTIFUL CIRCUS, o grupo que serve de suporte musical, o show transforma-se numa verdadeira comédia musical com bastante requinte visual.

Um milhao de vendas! Hoje Colmar vibrou ao ritmo louco dos BONEY live. Na sala, centenas de fas gritavam pelo nome do grupo.Os projectores acendem-se e ouve-se jà a introduçao de " Daddy Cool". A malta em delirio, dança com muita loucura! Liz, Marcia, Bobbie e Maizie atiram-se a uma demonstraçao ritual de dança. As cançoes sucedem-se.
Maizie, com os seus collants vermelhos atinge o ponto fraco dos seus admiradores. As composiçoes lentas interpretadas por Liz fazem-nos lembrar Roberta Flack. Mas a excitaçao maxima vem com o frenesim do ritmo louco, com a tonalidade textual do seu ultimo àlbum, "Night Flight To Venus". O delirio é total! How many? 5 000 para ver e ouvir os Reis do Eurodisco!!

MUSICA & SOM, a vossa revista favorita e primeira em todas as frentes musicais, foi até aos bastidores para ouvir a porta-voz da banda, Liz Mitchell, radiosa da vida ao verificar que até em Portugal é conhecida!!! A representante do "BLACK POWER" prometeu actuar em Portugal. Haverà alguém disposto a arriscar mil contos por 3h de BONEY M?

LIZ MITCHELL, a voz pura de "RIVERS OF BABYLON", mostrou-se encantada em falar para a Musica & Som.
"NIGHT FLIGHT TO VENUS", o ultimo LP na corrida para o "Top vende-se jà na Europa como paezinhos quentes!!! Nao esqueçamos que os Boney M foram os unicos a destronarem dos Tops Europeus, os famosos BEE GEES!!
Palavra pois ao Disco-sound!

José Oliveira- A imprensa aponta-vos como "um grupo pré-fabricado". Ligado exclusivamente ao genial produtôr Franck Farian. Podes resumir em poucas palavras a vossa historia?

Liz Mitchell - Realmente tudo foi elaborado na Alemanha, pais onde nos conhecemos. O Bobby tinha trabalhado como disc-jockey e conhecia grandes personalidades do showbusiness alemao. Frank Farian andava procurando musicos de côr para a gravaçao dum single, de que ele era o autor. Foi através de Bobby que soubémos das intençoes de Franck e decidimos entao tentar essa experiência, pois até ai ninguém gravara. Começàmos com "Daddy Cool" e ficàmos estupefactos com tal tremendo sucesso! A partir dai, começàmos a ser exigidos e Franck elaborou a apresentaçao visual.

JO- Isso quer significar que, inicialmente,a ideia-base era unicamente mais uma experiência audio de Franck, nao?

LM- Sim, porque quando começàmos as gravaçoes ele jà era produtôr de vàrios grupos. Connosco, estava em jogo uma tentativa sonora, aquilo a que a Imprensa apelidou de " Som de Munique". Com a gravaçao do single "Ma Baker" surgiu a decisao de organizarmos um show visual e começàmos a trabalhar nesse intuito. Devo dizer que a tarefa nao apresentava grandes dificuldades, dadas as nossas profissoes anteriores. O impacto da nossa primeira apresentaçao na TV alema abriu-nos as portas do mundo inteiro.

JO- Na tua opiniao haverà uma razao fundamental no vosso sucesso?

LM- Deus! Acreditamos em Deus! Trabalhamos imenso, hà uma boa compreensao com os musicos e produtôres. Fundamentalmente hà também muita disciplina mas sinceramente o nosso exito tem por vezes o aspecto de milagre! E é ai, que os nossos pensamentos atingem a criatura divina!

JO- A moda do "disco-sound" invadiu completamente a Europa! Pensas que vai ficar por algum tempo?

LM- Em entrevistas insisto sempre em afirmar que BONEY M nao é um grupo disco...nota jà ouviste a Gloria Gaynor? A Donna Summer? Ai haverà razao para se falar nesse ritmo quase constante ou uniforme do disco sound. Com a nossa musica passa-se para um genero bem diferente. Francamente, nao me venham dizer que "Rivers Of Babylon" é o puro som do disco-sound! Se o publico chama "disco-sound" à musica de boite, musica com bastante ritmo, entao sim poderemos ficar incluidos. Mas o nosso estilo é bem diferente do da Donna summer ou Gloria Gaynor. Com o exito verificado com os três filmes-disco existentes no mercado, tudo leva a crer que o sucesso actual nao seja unicamente passageiro.

JO- Hà algumas novidades em matéria de digressoes? Projectos?

LM- Acabamos de regressar da Uniao Soviética onde o acolhimento foi estupendo. Em Fevereiro iniciamos uma digressao europeia, que terà o seu começo na Alemanha. estamos também preparando um filme musical muito interessante que serà comercializado antes do verao.

JO- o vosso ultimo sucesso "RASPUTINE" mereceu fortes criticas da imprensa alema, devido ao texto. Olhando para tràz, quer-me parecer que vocês utilizam a actualidade politica como temas. ("Belfast" - "Rivers Of Babylon" - Rasputine). Como reagiram os Russos, por exemplo, a uma cançao como Rasputine?

LM-Ao entrarmos na Russia foram-nos logo exigidas duas coisas: excluirmos "Rasputine" do nosso reportorio e a interdiçao de poses sexy, sob pena de interrupçao do espectàculo!!! Mas o nosso maior espanto foi vermo-nos anunciados nos jornais como "um grupo vocal-instrumental dos mares das Caraibas"!!! Nenhuma referência ao alemao Farian, o criador! Eféctuàmos 10 shows, todos eles com lotaçao esgotada! Alguns bilhetes vendiam-se a 100 libras no mercado negro! Musicalmente, o povo continua oprimido pela restriçao existente no pais à musica ocidental e as suas reacçoes lembram a Beatlemania!
Quanto aos temas com predominância politica, têm sido um acaso, mas no fim, sao um apêlo à consciência humana!

JO- Aterminar, pensas que o vosso filme possa suplantar os três jà existentes em disco-sound?

LM- Nao posso falar muito acerca dele. Farian assim o exige. Creio que serà uma boa surpresa, vais vêr!
Agora, desculpa-me mas tenho que ir para o aeroporto, pois amanha actuamos em Genebra e precisamos todos dum merecido repouso, nao achas?
Antes, nao esqueças de publicar na revista que Portugal està nos nossos planos e aqui deixo um grande beijo para os BONNY MANIACOS.

Vamos procurar o Restaurante Cantinho...

A ELEGIA DA GANÂNCIA ...

" ...e lá se foram as promessas de amor eterno ..."
Não era minha intenção, voltar a dar a minha colaboração ao blogue “Encontro de Gerações”, no final deste ano. Conforme disse ao Fernando Rafael, limitar-me-ia a comentar este ou aquele assunto que me parecesse de interesse, publicado no blogue. Porém, o Rui Felício, assíduo colaborador, mesmo passeando - se pelas terras geladas do Norte da Europa, não se coibiu de continuar a dar a sua contribuição escrita, com os seus reconhecidos méritos. E hoje, valendo-se da sua formação jurídica, trouxe ao nosso conhecimento um intrincado caso real. O Rui Pato, por sua vez, na sua qualidade de médico, também deu a Sua opinião. Tenho para mim que, por vezes – muitas vezes – a lógica do cidadão comum, não é aquela que prevalece nos Tribunais, mesmo que as decisões sejam passíveis de recurso. Naturalmente, que não vou enveredar por caminhos que não me pertencem. Mas hoje, ao ler o Felício, a minha mente descambou para outro lado. Para outra situação, que nada tem a ver com a que foi exposta. Lembrei-me do casal de namorados a quem saiu o euromilhões. As promessas de amor eterno, desvaneceram-se ao tilintar do vil metal. O recurso aos tribunais foi um ápice, reclamando a ex-namorada, metade do valor da aposta. Aqui, para mim, o “pequeno - grande” pormenor, de que o ex-namorado entrou, em dinheiro, com dois terços da aposta. Por mero exemplo, se registaram apostas no montante de 60 euros, ele pagou 40 euros e ela apenas 20 euros. Na minha modesta opinião, o ex-namorado deveria ter recebido o prémio na justa proporção do valor que pagou. O Tribunal, depois do caso se ter arrastado, decidiu dividir o prémio ao meio pelo desavindo casal, apresentando naturalmente fundamentada legislação que levou à douta decisão. São labirínticos e intricados os caminhos da Lei. Para mim, e certamente para muitos leigos como eu, o ex-namorado reclamou, e bem, os dois terços do prémio. O Tribunal achou o contrário. Será que foi feita justiça?. Salvo mais sapiente opinião, julgo que não.
Q.P.

DEDICADA AO BOBBYZÉ

O PONNEY que compravas e lias!

Aqui está o Fundador do Ponney-Fausto Marques!
Ao centro com amigos.

O "TÁXEIRA" a quem compravas o PONNEY




o Título do Jornal o GAIATO que também compravas!


fotos: Ponney-meu arquivo cedida pr Jottael
O Gaiato da net
outras meu arquivo

NA HORA DA MORTE


Perto de Grândola, o carro guiado pelo Pedro despistou-se, galgou o separador central da auto-estrada e embateu a grande velocidade contra um pesado camião que circulava em sentido contrário.
Os telejornais da noite abriram com a notícia do aparatoso acidente e a repórter, em directo do local, informava, imprecisa, que o Pedro e a sua mulher Fernanda tiveram “morte imediata e simultânea”!
Após os funerais, apresentaram-se à herança, avaliada em um milhão e duzentos mil euros, o Ramiro, pai da Fernanda e o José Alberto, irmão do Pedro, ambos oponentes e ainda em litigância nos tribunais, passado mais de um ano.
Impunha-se fixar o momento exacto da morte de cada um dos cônjuges, casados sob o regime de comunhão geral de bens, porque esse momento é determinante para a partilha dos bens.
Para encurtar razões, segundo o que estabelece o Código Civil:

- Se o Pedro morreu primeiro que a Fernanda
Os 1.200.000 euros pertencem à Fernanda, na sua qualidade de cônjuge sobrevivo, dada a circunstância de o Pedro, “de cujus”, não ter deixado nenhum ascendente nem descendente vivos. ( Artº 2.144º C.C. )
Logo após, pela morte subsequente da Fernanda, concorre à herança o seu pai Ramiro, a quem cabe a totalidade daquele montante de 1.200.000 euros, por ele ser o único ascendente vivo deixado pela Fernanda, e porque ela morreu sem ter tido nenhum descendente.
- Se foi a Fernanda que morreu primeiro
Como ela deixou o seu pai vivo, ao Pedro cabe a metade dos bens do casal que lhe pertencem pelo regime de casamento, constituindo herança a outra metade, que é repartida na proporção de 2/3 para ele e 1/3 para o pai dela ( Artº 2.142º C.C. ). Ou seja, o Pedro fica com 1.000.000 de euros e ao Ramiro, pai da Fernanda, cabem os restantes 200.000.
Logo após a morte subsequente do Pedro, como este não deixou vivo nenhum parente na linha recta, nem ascendente, nem descendente, concorre à herança o sucessível colateral, cabendo assim ao seu único irmão José Alberto, esse montante de 1.000.000 de euros, na sua qualidade de herdeiro exclusivo.
-----------
Veja-se a importância da determinação rigorosa da “hora mortis” do Pedro e da Fernanda, ainda que apenas separadas por breves minutos, batata quente que fica sempre na mão dos médicos e que, estando em jogo avultadas quantias, podem ser alvo de suspeições, quase sempre infundadas.
Como é o caso, verídico, com nomes fictícios, que reporto, de cujo processo já consta um requerimento do José Alberto, para exumação dos cadáveres e reavaliação da "hora mortis" do Pedro que, na autópsia realizada, foi dada como anterior à da sua mulher Fernanda...


--------------------------------------- Rui Felício
NOTA: Escrevi este texto em 12/09/2002. Desconheço o desfecho do caso.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O RESTO

Foto feita da PONTE.
As águas turvas do Bobbyzé são esta poça.
A entrada do Mondego foi desviada para as valas de Betão.
Há já uns bons anos que esta obra foi feita, para irrigar os campos de arroz do Mondego.
Já não há automóveis na ponte em circulação.
BONS ANOS.
Um Abraço.
Tonito.

UMA CURIOSIDADE!Esta Estátua?/Busto?/Memorial?, Onde se encontra em Coimbra?



Esta foto foi tirada por mero acaso, quando fiz o périplo pelos presépios de Coimbra!
Muitos de vós sabem em que rua esta estátua, busto ou memorial, está situada!
Aproveito a ocasião para recordar um pouco do PADRE AMÉRICO!
Nasceu a 23 de Outubro de 1887 em Galegos, Penafiel.
Foi um grande benfeitor que dedicou a sua vida aos mais carenciados, especialmente aos mais jovens!
Formou-se em Teologia no Seminário de Coimbra e foi capelão em Casais do Campo – São Martinho do Bispo – Coimbra
Fundou as CASAS DO GAIATO, tendo sido a 1ª em Bujos – Miranda do Corvo e a 2ª em Paço de Sousa.
Assistimos, eu e a Celeste Maria a várias festas anuais da Casa do Gaiato, tanto ainda em Cantanhede com em Coimbra.
Eram excelentes momentos de teatro e variedades que retratavam o que se passava no quotidiano destas Casas do Gaiato!
Comprávamos sempre o jornal “O Gaiato” que era vendido pelas ruas de Coimbra por um dos gaiatos.
Actualmente e talvez devido à reformulação destas casas deixou de haver tanta visualidade desta OBRA DO PADRE AMÉRICO!

UM ANO DE SAUDADE.


FERNANDO MALHÃO


É com muita saudade que assinalamos este dia - 29-12-2009, enviando
à Familia e em especial à Rosa Malhão a nossa amizade!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O AMOR MUDOU


Tempos houve em que eu estava sempre onde houvesse amor. Inseparável dele.
Sem ele, eu ficava solto, perdido, inútil...
Éramos como unha com carne. A unha precisa do apoio desta para existir, e esta carece da protecção daquela para não se ferir.
Assim era eu com o amor. E ele comigo...
Eu fazia parte integrante desse belo e nobre sentimento. Senti-lo, era sentir-me. Avaliarem-no, era avaliarem-me. O amor sem a minha companhia era incompleto, sem chama, algo insípido a que faltava o tempero doce da minha presença.
Mas os tempos mudaram!
Agora, o amor é olhado por mim da parte de fora. Sou um simples e longínquo observador, não o integro, não lhe pertenço, não o sinto a aquecer-me o âmago.
E quando, a espaços, procuro que nos tornemos de novo num só, indissociáveis, como era antigamente, o amor dos tempos de hoje afasta-me, repele-me, expulsa-me, ri-se das minhas pretensões antiquadas. Recorda-me que eu não evoluí no tempo, que tenho de me actualizar, que preciso de olhar o presente.
Diz-me que tenho de perceber que o amor de hoje não é igual ao de antigamente. Que hoje ele é menos convencional, mais moderno, menos complicado e, por isso mesmo, mais livre.
Argumentei-lhe que a inteligência, por exemplo, se me manteve fiel, mas o amor respondeu-me que não faltará muito para que essa presunçosa, vaidosa e esdrúxula peneirenta me abandone também.
Faço um esforço, conformo-me a custo, mas quando o apanho distraído, aproveito e envolvo-o na minha capa protectora. Nem que seja por breves instantes!
Porque, enquanto eu viver, nunca deixarei de ser o acento circunflexo que o antigo “amôr” repudiou...
Rui Felício

Em Jeito de Comentário ao Quito...eram os meus favoritos!



The Great Pretender
The Platters
Oh yes, I'm the great pretender
Pretending that I'm doing well
My need is such; I pretend too much
I'm lonely but no one can tell.

Oh yes, I'm the great pretender
A drift in a world of my own
I play the game; but to my real shame
You've let me to dream all alone.

Too real is this feeling of make believe
Too real when I feel what my heart can't conceal.

Oh yes I'm the great pretender
Just laughing and gay like a clown
I seem to be what I'm not; you see
I'm wearing my heart like a crown
Pretending that you're still around.

Too real is this feeling of make believe
Too real when I feel what my heart can't conceal

Yes I'm the great pretender
Just laughing and gay like a clown
I seem to be what I'm not you see
I'm wearing my heart like a crown
Pretending that you're still around

DUKE E OS " FOUR TOPS"

Os " Four Tops"
(Foto Net)
Há dias, pela mão do BobbyZé, recordou-se Frank Zappa. O guitarrista e compositor de Baltimore - tal como alguns outros - apenas desapareceu fisicamente. Porque perdura na mente dos seus incontáveis seguidores, e a sua música é transversal há sucessão dos anos, como tributo da sua memória. Individualmente, ou em grupo, existe um número restrito de artistas, cuja fama se passeia pelo Tempo, imunes ao seu efeito corrosivo. Mas, na esmagadora maioria dos casos, constata-se o reverso da medalha. Muitos, apareceram e desapareceram, como que por magia. Outros, arrastam-se ao sabor do Tempo. E é de um desses - dos que ainda por aí andam - que eu gostaria de Vos falar. Vou tirar da prateleira os “Four Tops”, o grupo norte -americano de Detroit, fundado em 1954. Perguntar-me-ão, o porquê da minha escolha recair sobre este quarteto. Respondo-vos: porque os conheci. Melhor dizendo, porque assisti ao "pôr-do-sol" do grupo inicialmente fundado. Uma noite, os “Four Tops” actuaram numa unidade hoteleira fora do país, onde eu, casualmente, me encontrava hospedado. Durante cerca de uma hora, o grupo deu o melhor de si, para uma limitada plateia, que não chegaria a trinta pessoas. Enquanto ouvia aquele belíssimo timbre de vozes negras, e a magia das suas danças na pista, junto à minha mesa, recordei os anos sessenta, e os banhos de multidão de que foram alvo, pelas vezes que ocuparam lugar de destaque nas tabelas de venda de discos dos Estados Unidos da América, nomeadamente com o seu maior êxito de sempre: “reach out l’ll be there”, de 1966. Agora, ali estavam, com grande brio artístico, longe das grandes plateias. Terminaram o espectáculo, com a canção atrás referida. Era obrigatório. No fim, enquanto agradeciam os aplausos, verifiquei que um dos elementos, destoava dos outros, pois era bem mais idoso. Saltava à vista. Dirigi-me então a ele, e apertei-lhe a mão. Num inglês macarrónico, disse-lhe como tinha apreciado a actuação do grupo. Ele, por sua vez, pareceu ter gostado da minha referência e, espontaneamente, abraçou-me. Estava alagado em suor, do esforço dispendido. Encharcado em generosidade profissional. É, aquele, o último elemento vivo do grupo inicial. Os outros, partiram do nosso convívio, num espaço de tempo relativamente curto. Abdul Fakir, já não tem o estrelato a seus pés, daqueles longínquos anos de ribalta. Mas mantém a dignidade, e a sua incontestável veia de artista. Tem mais de sete décadas de vida. Chamam-lhe Duke.
Q.P.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

TIMIDEZ


Na Faculdade de Letras, o Chico era alcunhado pelos colegas de “bicho do mato”.
Educado, bem parecido, mas de uma atroz timidez, nas raras festas a que acedia comparecer, apenas por falta de pretexto para declinar o convite , refugiava-se num canto, de olhos baixos, pendurado num copo de whisky, tentando passar despercebido.
No meio da algaraviada dos dichotes e das estridentes gargalhadas dos colegas, das batidas rítmicas do “disco sound”, do tilintar dos copos, rezava intimamente para que não reparassem nele nem lhe dirigissem a palavra, contando os minutos para regressar a casa e encafuar-se na protectora solidão do seu quarto.
Andava loucamente apaixonado pela Carla, sua colega de turma, ao lado de quem se sentava durante as aulas, disfarçadamente, numa dissimulada casualidade. Inebriava-o a proximidade do seu corpo, do seu calor! Pelo canto do olho, admirava-lhe as curvas, a pele sedosa, os lábios carnudos, os longos cabelos negros. Um profundo arrepio percorria-lhe o corpo sempre que o braço roçava no dela. Mas era incapaz de lho confessar...
Aspirava, sôfrego, o cheiro perfumado que dela emanava, suspirava baixinho, mas desviava o olhar quando ela o fitava. Ciosamente, guardava o seu segredo, ocultava o intenso desejo de a abraçar, de a tocar. Fingia concentrar-se nos livros que tinha à frente, para esconder a sua perturbação. Chegava a ser carrancudo e ríspido com ela, para não denunciar o que sentia!
Por mero acaso, um dia descobriu na agenda que ela, casualmente, deixara aberta em cima da carteira, o endereço do “Messenger” da Carla.
Chegou a casa, ligou o computador, criou o seu próprio endereço, registou-se no “Messenger”, inventou um “nickname” e mandou-lhe uma mensagem pedindo-lhe que o aceitasse como amigo.
Desde então, todas as noites trocavam mensagens no “chat”, onde, sob o pseudónimo de Solitário, o tímido Chico se transformava num ser desinibido, viril, atiradiço até!

Falava-lhe nos íntimos desejos que ela lhe fazia experimentar e alvoroçava-se quando percebia que as palavras que digitava produziam na Carla, reciprocidade e igual reacção.

Numa dessas noites, descaiu-se e escreveu que as carícias e os beijos que ambos trocavam num descontrolado devaneio virtual, lhe faziam lembrar o aroma do perfume “Loewe” que ela usava, como se o estivesse a sentir no ambiente tépido do seu quarto, naquele mesmo momento.
No monitor do computador apareceu a inesperada e surpreendida pergunta da Carla:

- Como sabes? Que estranho! Não nos conhecemos pessoalmente e nem eu te disse nunca que uso “Loewe”!

O “Solitário” nunca mais a procurou no "Messenger"...


Rui Felício

FALEMOS DE COISAS SÉRIAS ...

" ... falemos de coisas sérias ..."
Chama-se "Passos Perdidos". E é em Trás-os-Montes. Quem sobe a A 24, entre Vila Real e Vila Pouca de Aguiar, corta à direita na SAÍDA 15, para Vilarinho da Samardã. É lá que se encontra esta Adega Regional. Uma "sala - de - estar" envidraçada , e, de frente, uma montanha cheia de neve. O nome de "Passos Perdidos", lembra-me outra coisa. Outro restaurante. Mas aí, normalmente, cheira a esturro. Ainda não estão contentes ? Então, tomem lá mais esta infomação: Coordenadas GPS: Latitude: 41.379948º; Longitude: 7.708oo4º. Na fotografia, podem ver as "entradas". Agora imaginem as "saídas". O tinto também é bom. E agora tenham a pouca - vergonha de dizer que eu não sou vosso amigo !!!
Q.P.

NOTÍCIAS DO NOSSO BAIRRO




Festival Passagem d'ano - Coimbra


Preparem-se, passem palavra: 2011 será recebido com mil sorrisos de novo. No centro Norton de Matos, com a Tradballs e o Rodobalho, dança e música não haverá melhor passagem de ano.

Três dias em que o relógio, ironia das ironias, não é dono do tempo, em que o corpo se perde na melodia e adormece na dança. Milhares de sorrisos, centenas de danças e incontáveis minutos de aprendizagem e partilha. Se não foste cativado, vem descobrir a atracção da dança, aprender uma Mazurka encantar uma valsa e sorrir a(o) desconhecido(a).

Ficar a olhar para fogo de artificio: Aborrecido.
Embebedar-se numa discoteca apinhada, barulhenta e escura: Deprimente.
Sorrir a um desconhecido(a) enquanto se aprende mais uma dança sensual: Inesquecível.
Dançar a meia-noite, a uma, as três e as cinco da manhã: Divinal

marcadores: CNM:Passagem d´Ano

Retiro !?



NOTÍCIAS DE COLMAR



Serà que o Menino resistirà?

Ontem quando acordàmos estàvamos com 17° abaixo de zero là fora!!!
Como cà em casa estàvamos com +21°, havia apenas uma diferença de 38 graus de casa para a rua!
Batem-se records meteorologicos que jà datavam de hà muito. Mas os cientistas continuam a afirmar que o planeta està a aquecer demais!!!
A paisagem continua fantàstica e dà uma verdadeira tonalidade de Natal a esta época festiva.
Céu azul com bastante sol e neve omnipresente por todo o lado!
O Menino nasceu anteontem e nao hà vacas nem bois suficientes para o aquecer! Espero que as tenham posto ao abrigo pois là fora ficariam congeladas e so seriam boas para... leite condensado!!!

Com muitos acessos bloqueados, até o Pai Natal teve este ano grandes dificuldades para distribuir presentes.

Aqui fical algumas imagens do meu burgo!

Bobbyzé


marcsadores<:Noticias de Colmar-Bobbyzé

domingo, 26 de dezembro de 2010

BOM ANO

Falta pouco tempo para o 2011, vai ser a Cores?
Muita Saúde para todos.
Um Grande Abraço.
Tonito.

ANIVERSÁRIO




PAULO NOBRE

26-12-1938 / 26-12-2010

72 ANOS

"Encontro de Gerações" deseja

FELIZ ANIVERSÁRIO!


PARABÉNS!

Paulo o 4º na 2ª fila a contar da esquerda
marcadores:Aniversários

sábado, 25 de dezembro de 2010

Dia de Natal ...final de tarde




Coimbra

Um texto genial de um humorista sobre o ateísmo

Um excerto:

"Desde o início da história, que é marcado pelo início da escrita pelos Sumérios há cerca de seis mil anos, os historiadores catalogaram mais de 3.700 seres sobrenaturais, dos quais 2.870 podem ser considerados divindades. Sendo assim, da próxima vez que alguém me disser que acredita em Deus, direi «Qual? Zeus? Hades? Júpiter? Marte? Odin? Krishna? Vishnu? Rá?…» E se me responderem «Só Deus. Eu acredito no Deus Uno», eu assinalarei que esse alguém é quase tão ateu como eu. Eu não acredito em 2.870 deuses e ele não acredita em 2.869."

Nada como o humor inteligente para abordar um tema bem sério.
Sois todos bem vindos ao meu blog «Persuacção» para lerdes o texto completo.

NATAL NO ROSSIO - LISBOA!



ILUMINAÇÕES DE NATAL NO ROSSIO - LISBOA






Fotos enviadas pelo Tó Mané Quaresma


marcadores: NATAL


OFERTAS DE NATAL

A foto é para disfarçar.
Eu tive umas coisas para ouvir com um bom Queijo, Chouriço ou Paio,
Presunto, ou coisas de Alto Gabarito no meio artistico.
Gravações de TINTO feitas entre 2005 e 2006.
Um Abraço.
Tonito.

O ELOGIO DA PAZ ...

FELIZ DIA DE NATAL ...


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS!

"...."ENCONTRO DE GERAÇÕES" DESEJA A TODOS VÓS....
.........................................FELIZ NATAL....................
.........A N O NOVO C O M M U I T A S AL E G RI A S............

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Eu e alguns dos neus Presépios com votos de Bom Natal....

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