Isto é um dos previlégios de um país que tem no seu seio várias comunidades de imigrantes.
Comendo-se cá em casa o habitual cabrito pela Páscoa, este ano foi uma chanfana de cabrito Hallal.
O problema era arranjar tão bom pitéu pois raramente se encontra cabrito e por isso se faz habitualmente chanfana de cabra velha, muitas vezes vinda da Nova Zelandia. Mas desta vez, após incansáveis buscas nos jornais que cá vêm ter a casa, além das circulares, até havia cabrito do Quebec e o mais em conta era o Hallal. Isto não se trata do nome deste simpático bichinho mas sim de sêr um cabrito abatido segundo os princípios Mulçulmanos, como eram nas nossas aldeias há bastantes anos atrás, faltando-nos só fazer a respectiva reza no momento de o matar. Também não utilizam o sangue dos diversos animais como nós.
Assim, numa visão mundialista, vamos-lhes falando dos chouriços e das nosssas receitas com sangue dos animais como o bom arroz de cabidela, etc, que os deixa muito admirados. Que o seu Deus nos perdoe por esta propaganda mas sendo católico e não tendo carta do partido, o cabrito e as mãos das minhas joínhas fizeram uma chanfana que estava uma delícia.
Para adoçar a bôca, produtos portugueses e made in maison, que são os mais salutares.