AUTORES: VÁRIOS
POEMAS
SELECCIONADOS
DA AUTORIA
DO NÚCLEO
INTEGRANTE
DAS
NOITES COM
POEMAS
Ana T. Freitas, Carlos Peres Feio, David José Silva,
Eduardo Martins, Francisco José Lampreia, João Baptista Coelho, Jorge Castro, Luis Perdigão, Maria Francília Pinheiro
hino à infância
o meu menino é d´oiro
é d´oiro o meu menino
hei-de levá-lo ao céu
enquanto for pequenino
cantarolava a mãe enternecidamente
no seu mimar diário de fim de dia
uma estória
vozes sons entoações expressões
diversas
personalizam personagens e animais
fantasiam cenas
a magia
nos olhos d´oiro cintilantes
absortos
presos à mãe
agora a canção
e se o João Pestana não vem
mãe canta mais outra
cantarola a mãe enternecidamente
apesar do cansaço
dorme meu menino
a Estrela d´Alva
já a procurei e não a vi
se ela não vier de madrugada
outra que eu souber será para ti
momentos únicos harmonia
é o cordão umbilical que se une
-se é que alguma vez se cortou-
a ternura o carinho
de que os sonhos são feitos
a criança adormece e sonha
amanhã outra estória outra canção
o mesmo embalo
o mesmo ninar
sem cansar
Ana T. Freitas
JORGE CASTRO
Nasce no Porto, em 1952, em casa dos seus avós paternos e tendo, como primeiro berço, um cestinho de pão.
Passa a infância em Trás-os-Montes, por terras de Miranda do Douro. A juventude, de regresso ao Porto.Tem vindo a complementar o seu crescimento em Lisboa, mais exactamente em Sassoeiros - Carcavelos, concelho de de Cascais, que o mar faz-lhe falta.
Foi até ao curso de Direito, nos idos de 70 e pela Universidade de Lisboa, mas não lhe achou graça , pelo que decidiu não o levar a cabo e, logo que pôde, libertar os progenitores do fardo complexo do filho, mantendo com eles apenas a relevância do afecto.
Desenvolveu, durante alguns anos, intensa militância politica, antes e depois de Abril de 1974, em regímen de exclusividade, o que lhe preencheu o espírito de incertezas, condescendências e bastantes anticorpos
Por feliz acaso teve, assim, a oportunidade de viver o Abril em estado de Graça e a plenos pulmões.
Um dia, começou a ensaiar essa nobre arte de juntar palavras, com algum sentido, de si para os outros...e leva actualmente já para cima de quinze obras publicadas, mormente em poesia,
Dele se poderá dizer, então, que tendo começado a andar pelos seus pés com a idade de um ano, ainda não parou
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A Mesa Da Sueca
em redor do verdor daquela mesa
onde cartas se debatem sem destino
cada trunfo tem a cor do desatino
cada mão fecha o ciclo da certeza
voam naipes num volteio com leveza
paus espadas ouros copas tal um sino
cujo timbre quase soa como um hino
ecoando pelos cantos da incerteza
e por fim ao somar pontuações
num ensejo de preguiça mais ridente
entre voltas feitas de quatro intenções
ou de olhares cada qual o mais ausente
volta a vida a sorrir nas marcações
cada par se entendendo frente a frente
Jorge Castro
Com um abraço de muita amizade!
ResponderEliminarRafael adorei.estas visualizações deixam_nos a pensar e nunca desistir dos nossos sonhos. Obrigada.bjs.ç
EliminarBelos são os versos. Também a forma como os declama ...
ResponderEliminarAbraço Jorge Castro
Um livro com muito bons poemas!
ResponderEliminarGrande abraço, amigo Jorge Castro.
Grato pelo destaque e comentários. Abraços a quem me faz apetecer continuar a escrever!
ResponderEliminarÉ sempre um prazer ler o que escreves.De vez em quando lá vai saindo um poema no Eg.abraço
EliminarNo poema hino à infância é muito feliz a combinação com as passagens pelo Zeca Afonso em poema que gosto muito!
EliminarGrata por terdes escolhido o meu poema :-)
ResponderEliminarÉ um prazer fazer parte deste grupo "Noites com Poemas", dinamizado pelo Grande Dinamizador e Amigo, Jorge Castro.