domingo, 30 de junho de 2019

ANIVERSÁRIO

JOAQUIM ALVES DOS REIS-Quim Reis

30-06-1943

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

ANIVERSÁRIO

MARIA ÂNGELA MIGUÉIS

30-06-1951

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações"  deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

sexta-feira, 28 de junho de 2019

NOITE AMARELA ...






Amarela é a noite. Uma noite com rosto, salpicada de estrelas. Estrelas dispersas no palco imenso. Silenciosas, parecem vigiar a planície campesina. Também a lua, majestosa no seu lento navegar, ilumina os caminhos e as estradas desertas, como se a Vida se escoasse para lá das montanhas. Um luar desmaiado de cor amarela, que inunda tudo envolto em silêncio. Um silêncio absoluto, quase intimidante. De longe olho a curva da estrada. Que mistérios me reserva o que a vista não alcança? Nada. Do lado de lá da curva, de novo e apenas o silêncio. Diluiu-se a vida na luz de um candeeiro mortiço, como uma vela pálida de finados a anunciar o ancoradouro da Vida. Percorro de carro a noite amarela. Vagueio o meu pensamento pela cidade distante – Coimbra. Lembro a Torre da Sabedoria. O Pinhal de Marrocos do meu passado. Uma Rua com nome de Navegador que foi a minha. Um Bairro que é o meu. Num sobressalto vislumbro uma silhueta. Parido debaixo das saias da noite, vejo emergir um homem. Um ser alto e magro. Anda devagar, olhos no chão, meditabundo, como se caminhar fosse uma penitência. Cruzo-me com ele e, num esforço, adivinho-lhe os traços da face magra e rosto sombrio - é o Cardosa. Seguimos destinos opostos. Rápido deixei de o ver tragado pelas sombras angustiantes da noite amarela. Por minutos, em marcha lenta, relembrei a sua cara cansada e sem alma. Um dia dei-lhe boleia numa curva apertada destes caminhos de Cristo. Vinha sujo, o semblante marcado pelo esforço da jornada. Um rosto sem emoções. Mas, naquele dia, para minha perplexidade, o Cardosa sorriu. O Senhor Doutor Juiz, homem generoso, deu – lhe trabalho numas propriedades suas lá para os lados da Esteveira. Afinal a oportunidade de ganhar algum dinheiro e afagar os apelos de um estômago vazio. De novo recordo aquela noite -  a noite amarela. Para alguns, aquele será apenas e só um vagabundo. Para outros, o ferrete acre de um excluído, um indigente. Para mim, que um dia lhe pressenti na alma e no olhar triunfante a satisfação de uma ocupação que lhe permitia ir vivendo com alguma dignidade, aquele homem jamais será um indigente ou um vagabundo. Prefiro chamar-lhe um caminheiro da noite.
Q. P.    
             

quinta-feira, 27 de junho de 2019

COIMBRA DE OUTROS TEMPOS - PARTE VIII

    FOTO nº 1
   FOTO nº 2 -  Nevão de 1983
   FOTO nº 3 - Igreja Santo A. Olivais
  F OTO nº 4 - Passagem nivel do Calhabé
   FOTO nº 5 - Antiga Pastelaria Império- Elétrico-S.A. Olivais
   FOTO nº 6 -  Praça 8 de Maio.Policia sinaleiro
   FOTO nº 7 -  Portagem 1890
   FOTO nº 8- Obras no Largo da Portagem
   FOTO nº 9  - Av Navarro -Largo da Portagem- Banco de Portugal
   FOTO nº 10 - Largo da Portagem- Estátua J.A. Aguiar
    FOTO nº 11- Praça 8 de Maio- Câmara Municipal-Igre ja           Santa Cruz 
   FOTO nº 12 Praça 8 de Maio- Igreja Santa Cruz-Cfá Santa Cruz e praça de Táxis
   FOTO nº 13 Praça 8 de Maio-Velho Quiosque e Praça de     Táxis
  FOTO nº 14 Largo 8 de Maio e rua Visconde da Lauz
 FOTO nº 15 - Rua larga?
    FOTO nº 16    Rua Visconde da Luz

quarta-feira, 26 de junho de 2019

O ALDRABÃO

É uma imagem que inexplicavelmente nunca saiu do topo da lista infindável de recordações da minha memória. Ainda rapazinho, ficava hipnotizado a vê-lo...
O homem empoleirado no pequeno palanque montado à entrada do Parque da Cidade, perto do Largo da Portagem.A mulher, bem aviada de carnes, a seus pés, de olhar atento ao mais leve sinal de interesse no meio da pequena multidão que se ia juntando a ouvir o pregão do vendedor de banha da cobra.
Num cesto redondo de ráfia, uma cobra enrolada dormitava...Era dela que a banha era extraída e empacotada, explicava o vendedor, cuja lenga-lenga ininterrupta era debitada em vozeirão estridente que ecoava na parede do Posto de Turismo ali ao lado..
Na sua mão, um pacote de cartão com coloridos dizeres, cheio da massa milagrosa.
Ele enumerava os prodígios que tal remédio providenciava a quem sofresse de artrite, dores nas costas, lumbago, ciática, nefrites, males de amor, taquicardia, maus olhados e um sem número de maleitas que abarcavam quase na totalidade os catálogos de doenças dos canhenhos de medicina e outras que nem sequer deles constavam.
E dava exemplos:
É que Vocências têm dor de dentes, mas os dentes não doem. O dente é osso e osso não dói. O que dói é o nervo...
As pessoas ao principio riam-se do “aldrabão”, mas aos poucos o fiel da balança inclinava-se a seu favor e a multidão substituía o sorriso de escárnio pelo assentimento afirmativo da cabeça, pelo murmúrio de concordância ainda envergonhada...
Certo de já ter o público na mão, o “aldrabão” partia para a 2ª fase:
Não custa vinte escudos, meus Senhores, nem custa dez!
- Para a selecta gente da cidade dos doutores, também não custa cinco! Custa apenas vinte e cinco tostões…
 que eu hoje quero é despachar a mercadoria para não a levar comigo para a China onde vou buscar mais um carregamento.Aquele Senhor ali duvida, mas olhe que é lá que a banha da cobra é tratada segundo uma fórmula que se mantém secreta há mais de mil anos.
Comprem meus Senhores e minhas Senhoras!
E enquanto eu vou à frente a receber o dinheiro… a minha mulher vai atrás a distribuir o pacote…!!E quem comprar um leva dois de graça...
Publicada em 03-12-2010

terça-feira, 25 de junho de 2019

ANIVERSÁRIO

MARIA MANUELA SANTOS DIAS

                 NELA DIAS

25-06-1946

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

domingo, 23 de junho de 2019

sábado, 22 de junho de 2019

A PÁGINA FINAL ...







Até sempre ...

Não tenho o dom da indiferença – não tenho. Gostava de olhar as tragédias dos outros de uma forma protocolar, quando de uma maneira mais conservadora atamos uma gravata preta no colarinho da camisa e nos barricamos no chavão das condolências que é preciso dar.

Anteontem o telefone tocou. De lá, o Zé Silvar disse-me a soluçar - "acabou" ! E eu, de cá, não fiquei muito surpreendido. Mas era aquele o telefonema que eu não queria receber. Quis balbuciar umas palavras ao telefone mas para dizer o quê ? Palavras de circunstância? Que dizer a um amigo que ficou sozinho no declinar da vida? Que palavras mágicas poderia eu arranjar naquele momento, que lhe levantassem o ego ? Sem saída airosa limitei-me a dizer-lhe que lamentava. Mas que palavra mais pateta neste luto para cimentar ainda mais uma amizade de quase cinco décadas, forjada nas trincheiras da guerra ! Desligado o telefone, fiquei em silêncio. A vontade era de partir para o norte à desfilada e dizer ao meu amigo que eu e minha mulher estávamos ali a partilhar daquele drama. Eu amava a Manuela Silva. Todos amávamos a Manuela Silva. Todos os que, em Trás – os - Montes, nos refugiávamos no solar de um de nós e durante dias convivíamos em sã amizade. A Manuela dedicou a sua vida aos outros. Ao marido, aos filhos, aos netos e ao seu colégio infantil de que era proprietária. Quando chegava ao nosso ponto de encontro transmontano, ela já trazia na mala do carro tudo o que precisava para confecionar as refeições. Ia para a ampla cozinha e com energia cozinhava para todos por amor. E, quando se cozinha com amor, a comida sabe melhor.

A doença terrível capturou-a. Foi mártir mais de um ano. E ele – o meu querido Zé Silva – um herói. Acompanhou o sofrimento dela com o sofrimento dele. A Manuela era e é o grande amor da sua vida. Nós, os tais militares que já não temos patente porque agora somos todos soldados da paz, da concórdia e da amizade dispersos pelo país, rumámos a norte para estar com este amigo. Do nosso  pequeno grupo fui – fomos – o primeiro a chegar dos que vinham do Ribatejo ou do Algarve. Foi um abraço longo e em silêncio. Um abraço ao amigo honesto, frontal e leal que sempre foi. Dei-lhe um beijo na face. Um beijo fraterno, que mais não era que o meu reconhecimento pela amizade num momento tão doloroso em que acabava de perder a companheira. Não levei no bolso o texto de homenagem que pretendia fazer à nossa querida amiga. Em casa, antes de partir, ainda tentei. Mas as palavras escritas saíam – me embrulhadas. Tinha a cabeça vazia. No Campo Santo, à torreira do sol, nos despedimos de quem nos deixou cedo de mais. E ali, no Cemitério de Valadares, os aviões comerciais voavam baixo a fazerem-se à pista do aeroporto. Parecia que os seus motores estavam mudos, a associarem-se à cerimónia, num planar elegante. A Manuela adorava o Brasil que visitou por várias vezes. Talvez os aviões, que por ali passaram naquele momento triste, a levem nas asas do vento a caminho do Olimpo. Porque é lá, pela sua filosofia de vida de doação aos outros, que ela merece estar. Por nós e muito por ti, reafirmámos a continuação da nossa amizade. Lá, junto ao Monte Farinha e ao redor da lareira, a tua cadeira cabe sempre na mesa. Não estás mas estás. Para sempre.  
Adeus, querida amiga.
Quito Pereira             

sexta-feira, 21 de junho de 2019

POSTALINHOS DA CHINA VI

Da entrada da Cidade Proibida, Mao ainda domina a Praça Tianamen.
De Pequim, China, beijinhos e abraços da Daisy e Alfredo Moreirinhas.

 

ENCONTRO COM A ARTE - POESIA

          O Sorriso na Poesia

Entrou um dia o sorriso na Poesia
E penetrou-a com trejeitos de risada,
Pior que a mosca, quando, dia a dia,
Em qualquer porcaria pousa deleitada.

As temáticas da poesia são enormes,
Tão profundos os assuntos recorrentes,
Por vezes tão horrendos e disformes,
E incompatíveis com humores mais sorridentes...

Que o sorriso desflorando a poesia
E ao fazê-lo de um modo consentido
Conseguiu alegrá-la dia a dia..

E o sorriso não deu o tempo por perdido
Porque deixou, onde só desgraça havia,
Um sorrisinho sorridente e bem nascido....

PO(RT)EMAS  APENAS
EDUARDO MARTINS Carcavelos-Cascais

quinta-feira, 20 de junho de 2019

POSTALINHOS DA MONGÓLIA VI


Nadaam é um festival anual com várias provas, como luta-livre, cânticos, danças, acrobacias e corrida de cavalos.
Embora não fosse época, fomos presenteados com um mini-show Nadaam!
A corrida é curta, de velocidade.
Beijinhos e abraços da Daisy e do Alfredo Moreirinhas.




ANIVERSÁRIO Maria João Sousa

MARIA JOÃO SOUSA

20-06-1961

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

quarta-feira, 19 de junho de 2019

POSTALINHOS - MONGÓLIA V


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 Gengis Khan e seus generais, na Praça Principal de Ulanbataar.

Beijinhos e abraços da Daisy e do Alfredo Moreirinhas.

terça-feira, 18 de junho de 2019

POSTALINHOS DA RUSSIA...E NÃO SÓ....IV


O Lago Baikal é o mais fundo do Mundo e, também, a maior reserva de água doce do Mundo. Viajámos no Transiberiano puxado por uma locomotiva especial porque a velocidade é limitada neste troço.
Beijinhos e abraços da Daisy e Alfredo Moreirinhas