Parece mesmo que as lembranças do Quito impulsionam-me a escrever algo similar. Reforçando, ou mesmo contradizendo, até mesmo simplesmente por...apenas querer registrar o que também me passa à cabeça àquele momento em que leio suas postagens.
À medida que lia Poema do Nada, senti imediata vontade de escrever Poema de Tudo. Naturalmente, não está no mesmo nível clássico da Língua, como bem utilizada pelo Quito. Um estilo refinado, que muito admiro.
Poema de Tudo
Agora, estão sentados solitários lugares,
Dantes em constante movimento.
A completa agonia da Linha do Tempo.
Outrora, populosos, tornaram-se como viúvas,
À espera de alguém que já não vem.
As suas árvores choram à noite,
Suas lágrimas lhes correm pelos ramos,
Como a saberem-se também sozinhas,
A engolirem o pranto.
Nem o vazio acha descanso.
Os filhos, se afastam do ninho...
Já não o alcançam.
Os vales pranteiam,
Dantes em constante movimento.
A completa agonia da Linha do Tempo.
Outrora, populosos, tornaram-se como viúvas,
À espera de alguém que já não vem.
As suas árvores choram à noite,
Suas lágrimas lhes correm pelos ramos,
Como a saberem-se também sozinhas,
A engolirem o pranto.
Nem o vazio acha descanso.
Os filhos, se afastam do ninho...
Já não o alcançam.
Os vales pranteiam,
Já não existem crianças brincando,
Namorados envergonhados,
Por estarem se amando.
Portas trancadas, desoladas...
É tudo silêncio... e mais nada!
O que nos contenta, entretanto,
É que, mesmo em meio a esse pranto,
Os lugares conservam a formosura
E nos fazem buscar, nas lembranças,
Que no Infinito não existe Amargura.
Namorados envergonhados,
Por estarem se amando.
Portas trancadas, desoladas...
É tudo silêncio... e mais nada!
O que nos contenta, entretanto,
É que, mesmo em meio a esse pranto,
Os lugares conservam a formosura
E nos fazem buscar, nas lembranças,
Que no Infinito não existe Amargura.
Chama Mamãe
Nota: por lapso da minha parte esta postagem não saíu na devida altura, do que peço desculpa a Chama a Mamãe
Nota: por lapso da minha parte esta postagem não saíu na devida altura, do que peço desculpa a Chama a Mamãe
Muito francamente, não sei se Poema do Tudo é complemento do Poema do Nada, ou se é o contrário. A inspiração da minha amiga de Manaus, trouxe - nos um belo poema e respigo estes momentos:
ResponderEliminar- A completa agonia da Linha do Tempo ...
- Suas lágrimas lhes correm pelos ramos ...
- Que no Infinito não existe Amargura ...
MOMENTOS que nenhum poeta universal não desdenharia de escrever ...
Obrigado e um Abraço
Ora, quem agradece sou eu e em forma de outro...abraço.
EliminarPoema do nada...poema do tudo!
ResponderEliminarQue bem se enquadram no tema da desertificação.
O EG e seus leitores ficam agradecidos pelos dois textos
Brilhantes.
Belos poemas que se complementam no tempo e na arte de bem escrever!
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