sábado, 30 de novembro de 2019
ENCONTRO COM A ARTE - PASTELARIA
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Encontro com a Arte-
sexta-feira, 29 de novembro de 2019
ANIVERSÁRIO
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Aniversários
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
ESTÁTUAS DE COIMBRA - III- Papa
VISITAS A PORTUGAL João Paulo II visitou Portugal 3 vezes: em 1982, 1991 e 2000 foram visitas apostólicas[29] e em 1983 fez escala em Lisboa onde discursou.[30]
A primeira visita, de 12 a 15 de maio de 1982, ocorreu um ano após o atentado de que foi vítima em 13 de maio de 1981. No primeiro dia de visita, João Paulo II acabou sendo ferido na segunda tentativa de assassinato quando Juan María Fernández y Krohn o tentou esfaquear com uma baioneta, onde o papa acabou sendo ferido.[31][32][33] Nessa visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior em plena Praça de São Pedro no altar de Nossa Senhora de Fátima. Ainda hoje a mesma bala se encontra na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima. Em 14 de maio, visitou o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal, em Vila Viçosa.[34] No mesmo dia o papa realizou uma cerimonia para uma multidão de quase meio milhão de pessoas, no Parque Eduardo VII, em Lisboa.[35] Na manhã de 15 de maio, visitou o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, e, à tarde, viajou de helicóptero até o Porto, onde presidiu uma missa celebrada junto à Câmara Municipal, na Avenida dos Aliados.[34] Para comemorar sua visita o CTT Correios de Portugal lançou uma emissão de selos intitulada "Visita de S.S. o Papa João Paulo II a Portugal de 12 a 15 de Maio de 1982".[30]
Em 2 de março de 1983 fez uma escala em Lisboa, por volta da meia-noite, em viagem com destino a América Central e na ocasião uma multidão de pessoas o aguardava, sendo que o papa fez uma pequena homília invocando a sua "Fé e Devoção a Nossa Senhora de Fátima".[30]
De 10 a 13 de maio de 1991, esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, e novamente em Fátima.[36][37] Um dos pontos mais altos foi o encontro com os jovens realizado no Estádio do Restelo, em Lisboa, em 10 de maio.[29]
A sua última visita, em que beatificou os pastorinhos de Fátima, Jacinta Marto e Francisco,[30] teve lugar em 12 e 13 de maio de 2000, em Fátima[38] e sobre eles disse o seguinte: "grande era, no pequeno Francisco, o desejo de reparar as ofensas dos pecadores, esforçando-se por ser bom e oferecendo sacrifícios e oração. E Jacinta sua irmã, quase dois anos mais nova que ele, vivia animada pelos mesmos sentimentos".[29] Nesta peregrinação, João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fátima o anel com o lema "Totus Tuus" que o cardeal Wyszyński lhe havia ofertado no início do seu pontificado.[39] Também teve a revelação do "Terceiro segredo de Fátima que estava relacionado com o atentado de João Paulo II. Para assinalar esta data os CTT Correios de Portugal fizeram uma emissão de selos intitulada "Visita a Portugal de Sua Santidade o Papa João Paulo II".[30]
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Postais de Coimbra
terça-feira, 26 de novembro de 2019
RECORDAR- VOZES DE ANIMAIS
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA-Ponte Pedro e Inês
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Encontro com a Arte- Fotografia
domingo, 24 de novembro de 2019
NOTÍCIA TRISTE
FALECEU
MARIA ISABEL RAFAEL GOMES
1932
Viúva de Emílio Manuel Gomes
O corpo encontra-se em câmara ardente na Capela Mortuária da Igreja de São José(TORRE), a partir da 18 horas de hoje dia 24.
As cerimónias fúnebres serão realizadas amanhã dia 25 pelas 16h00 com missa de corpo presente, seguida do funeral para o Crematório de Taveiro.
MARIA ISABEL RAFAEL GOMES
1932
Viúva de Emílio Manuel Gomes
O corpo encontra-se em câmara ardente na Capela Mortuária da Igreja de São José(TORRE), a partir da 18 horas de hoje dia 24.
As cerimónias fúnebres serão realizadas amanhã dia 25 pelas 16h00 com missa de corpo presente, seguida do funeral para o Crematório de Taveiro.
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Notícia triste
ESTÁTUAS DE COIMBRA II D. DINIS
Dom Dinis I de Portugal nasceu a 9 de outubro 1261, provavelmente em Lisboa, e morreu em Santarém a 7 de janeiro de 1325. Foi o sexto rei de Portugal, e ficou conhecido como Rei Trovador, por suas várias cantigas de amor e de amigo, e ainda como Rei Lavrador. Filho de Dom Afonso III de Portugal e da infanta Beatriz de Castela, foi coroado em Lisboa em 1279, tornando-se rei aos 17 anos. Em 1282, casou-se com Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como Rainha Santa. Um dos primeiros reis letrados de Portugal, seguiu os passos de seu avô, Afonso X de Leão e Castela, contribuindo grandemente para a cultura poética galego-portuguesa.
sábado, 23 de novembro de 2019
TIMIDEZ
Na Faculdade de Letras, o Chico era alcunhado pelos colegas de “bicho do mato”.
Educado, bem parecido, mas de uma atroz timidez, nas raras festas a que acedia comparecer, apenas por falta de pretexto para declinar o convite , refugiava-se num canto, de olhos baixos, pendurado num copo de whisky, tentando passar despercebido.
No meio da algaraviada dos dichotes e das estridentes gargalhadas dos colegas, das batidas rítmicas do “disco sound”, do tilintar dos copos, rezava intimamente para que não reparassem nele nem lhe dirigissem a palavra, contando os minutos para regressar a casa e encafuar-se na protectora solidão do seu quarto.
Andava loucamente apaixonado pela Carla, sua colega de turma, ao lado de quem se sentava durante as aulas, disfarçadamente, numa dissimulada casualidade. Inebriava-o a proximidade do seu corpo, do seu calor! Pelo canto do olho, admirava-lhe as curvas, a pele sedosa, os lábios carnudos, os longos cabelos negros. Um profundo arrepio percorria-lhe o corpo sempre que o braço roçava no dela. Mas era incapaz de lho confessar...
Aspirava, sôfrego, o cheiro perfumado que dela emanava, suspirava baixinho, mas desviava o olhar quando ela o fitava. Ciosamente, guardava o seu segredo, ocultava o intenso desejo de a abraçar, de a tocar. Fingia concentrar-se nos livros que tinha à frente, para esconder a sua perturbação. Chegava a ser carrancudo e ríspido com ela, para não denunciar o que sentia!
Por mero acaso, um dia descobriu na agenda que ela, casualmente, deixara aberta em cima da carteira, o endereço do “Messenger” da Carla.
Chegou a casa, ligou o computador, criou o seu próprio endereço, registou-se no “Messenger”, inventou um “nickname” e mandou-lhe uma mensagem pedindo-lhe que o aceitasse como amigo.
Desde então, todas as noites trocavam mensagens no “chat”, onde, sob o pseudónimo de “Solitário”, o tímido Chico se transformava num ser desinibido, viril, atiradiço até!
Educado, bem parecido, mas de uma atroz timidez, nas raras festas a que acedia comparecer, apenas por falta de pretexto para declinar o convite , refugiava-se num canto, de olhos baixos, pendurado num copo de whisky, tentando passar despercebido.
No meio da algaraviada dos dichotes e das estridentes gargalhadas dos colegas, das batidas rítmicas do “disco sound”, do tilintar dos copos, rezava intimamente para que não reparassem nele nem lhe dirigissem a palavra, contando os minutos para regressar a casa e encafuar-se na protectora solidão do seu quarto.
Andava loucamente apaixonado pela Carla, sua colega de turma, ao lado de quem se sentava durante as aulas, disfarçadamente, numa dissimulada casualidade. Inebriava-o a proximidade do seu corpo, do seu calor! Pelo canto do olho, admirava-lhe as curvas, a pele sedosa, os lábios carnudos, os longos cabelos negros. Um profundo arrepio percorria-lhe o corpo sempre que o braço roçava no dela. Mas era incapaz de lho confessar...
Aspirava, sôfrego, o cheiro perfumado que dela emanava, suspirava baixinho, mas desviava o olhar quando ela o fitava. Ciosamente, guardava o seu segredo, ocultava o intenso desejo de a abraçar, de a tocar. Fingia concentrar-se nos livros que tinha à frente, para esconder a sua perturbação. Chegava a ser carrancudo e ríspido com ela, para não denunciar o que sentia!
Por mero acaso, um dia descobriu na agenda que ela, casualmente, deixara aberta em cima da carteira, o endereço do “Messenger” da Carla.
Chegou a casa, ligou o computador, criou o seu próprio endereço, registou-se no “Messenger”, inventou um “nickname” e mandou-lhe uma mensagem pedindo-lhe que o aceitasse como amigo.
Desde então, todas as noites trocavam mensagens no “chat”, onde, sob o pseudónimo de “Solitário”, o tímido Chico se transformava num ser desinibido, viril, atiradiço até!
Falava-lhe nos íntimos desejos que ela lhe fazia experimentar e alvoroçava-se quando percebia que as palavras que digitava produziam na Carla, reciprocidade e igual reacção.
Numa dessas noites, descaiu-se e escreveu que as carícias e os beijos que ambos trocavam num descontrolado devaneio virtual, lhe faziam lembrar o aroma do perfume “Loewe” que ela usava, como se o estivesse a sentir no ambiente tépido do seu quarto, naquele mesmo momento.
No monitor do computador apareceu a inesperada e surpreendida pergunta da Carla:
No monitor do computador apareceu a inesperada e surpreendida pergunta da Carla:
- Como sabes? Que estranho! Não nos conhecemos pessoalmente e nem eu te disse nunca que uso “Loewe”!
O “Solitário” nunca mais a procurou no "Messenger"...
Rui Felício
27-12-2010
27-12-2010
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Rui Felicio
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA -Nuno Sousa
Quem conhece bem a Lousã a Serra Mágica...
Serra sabe que a sua luz ao fim do dia é mágica.
Os mais resistentes e sortudos conseguem contemplar imagens, como esta, de cortar a respiração. Uma bonita raposa "banhada" pela cor de ouro do fim do dia.
Raposa (Vulpes vulpes)
Serra da Lousã 2019
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quinta-feira, 21 de novembro de 2019
ESTÁTUAS DE COIMBRA I Brotero
Félix de Avelar Brotero (25 de novembro de 1744 - 4 de agosto de 1828) foi botânico e professor português . Ele fugiu para a França em 1788 para escapar da perseguição da Inquisição Portuguesa , e lá publicou seu Compendio de Botanica para ganhar a vida. Imediatamente estabeleceu sua reputação de botânico e, ao retornar a Portugal em 1790, recebeu a cadeira de botânica e agricultura da Universidade de Coimbra . Seus dois trabalhos mais conhecidos, Flora lusitanica , 1804, e Phytographia Lusitaniae selectior, 1816-1827, foram as primeiras descrições longas de plantas portuguesas nativas. Como diretor dos jardins botânicos de Coimbra (ver Jardim Botânico da Universidade de Coimbra ) e Ajuda ( Lisboa ), ele os reorganizou e aumentou.(Net)
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Postais de Coimbra
terça-feira, 19 de novembro de 2019
RIO DE OUTONO ...
Rio Ocreza ...
Regressaram os dias tristes. E as noites de Outono. Pelo meio
da tarde, as nuvens descem sobre as montanhas. Uma estranha neblina invade o
vale e o Sol, que não se deixa ver, resguarda-se nas entranhas do Moradal. Lá
fora, o murmúrio de uma aragem agreste varre a planície e o planalto. É a dança
do vento. As árvores dobram-se em agonia, desnudadas de folhagem. Há uma
estranha calma nesta vertigem espacial. Parece que o Universo parou. Até uma
nora à beira do caminho parece comungar deste estranho hiato do Tempo. Há muito
que as suas rodas dentadas das engrenagens carcomidas de ferrugem deixaram de
gemer o seu arrastado pranto. Mas é uma estranha ilusão. Aos dias continuarão a
suceder as noites. E a noite voraz engole a aldeia num manto de escuridão. É
hora de arrumar as alfaias. De resguardar o gado que se passeia pelos campos.
De acender os paus com que se ateia o fogo. De colocar a panela de ferro tripé
ao lume. De ir à aloje e abrir a torneira da pipa a compasso. De encher o jarro
de vinho vermelho e espesso. De assar uma fatia de toucinho na brasa. Sente-se
agora o acolhedor estalar da lenha. Na cozinha rústica, o fumo esvai-se pela
chaminé enegrecida. E é ao clarão da lareira que se põe uma toalha branca na
mesa tosca, memória dos antepassados. Num cesto repousa o pão quente, a côdea
apetitosa a estalar. Neste ambiente de magia, já cheira a caldo saboroso. A
mulher, de tez enrugada, sentada no pequeno mocho de cortiça, vai mexendo o
caldo com uma colher de pau em movimentos ritmados. Tem os olhos fixos na fogueira
e pressente-se que está ausente. No regaço do avental negro, o abanador com que
vai atiçando as brasas. O homem, também distante nos meandros do seu
pensamento, medita nas coisas sérias da vida. Agora que a noite se acomodou
sobre a aldeia, a temperatura gélida tomou conta deste Lugar. E lá ao fundo, no
coração do vale, junto ao pontão do Tabuinhas, corre um rio. Sente-se o seu
cantar cristalino, por entre arvoredo e penedos. Mas ali, naquela garganta
estreita, o Ocreza ainda não tem estatuto de rio. Chamam-lhe apenas ribeira - a
ribeira do Ocreza. Mas por aqui, nesta paisagem agreste e desolada, é este o
rio de esperança pertença deste povo - o
seu rio de Outono.
Q.P
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
TRIBUTO A RUI PATO
Homenageado FORUM LISBOA a 16-11-2019
RTP Memória
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Rui Pato
domingo, 17 de novembro de 2019
ANIVERSÁRIO
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sábado, 16 de novembro de 2019
COIMBRA É SAUDADE VÍDEO
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Coimbra
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
INTERLÚDIO MUSICAL- RUI PATO INTERPRETA EM VIOLA JOSÉ AFONSO
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Interlúdio Musical
ANIVERSÁRIO
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quarta-feira, 13 de novembro de 2019
ANIVERSÁRIO
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terça-feira, 12 de novembro de 2019
OS CROMOS....
"A malta juntava-se no balcão da Capela do Espírito Santo, antiga junta de freguesia, para fazer a transacção. O produto eram cromos da bola, mas alguns chamavam-lhes bonecos, e o valor de cada um era determinado pela sua raridade e dificuldade em os conseguir. Assim um Rui Rodrigues (Académica), valeria 3 Fanecas (Barreirense). Mas um Benje (Varzim) já poderia valer 5 Capitães-Mor (CUF) Ui…havia maning de Capitães-Mor…
Quem tinha um Quinito (Belenenses), um Custódio Pinto (Porto), um Pedras (Sporting) ou um Malta da Silva (Benfica) era um senhor, pois eram considerados números da sorte! Nunca soube bem o que isso queria dizer, mas era assim que a maralha mais velha lhes chamava e portanto eu não tinha mais que chamá-los da mesma forma.
Quando não resultava o mercado de trocas, jogávamos ao Bafa, um jogo que consistia em cada jogador colocar o mesmo número de cromos virados para baixo, numa superfície plana e com a palma da mão, através de uma pancada seca, virar o maior número deles possível com a face para cima. Ganhava os que conseguisse virar. Gajos com grandes manápulas, como era o meu caso, tiravam vantagem disso. Mas essa práctica fazia com que os bonecos ficassem puídos de tanta pancada e perdessem valor em relação aos “novinhos”. A malta só colocava no jogo, aqueles que já tinha repetidos várias vezes, quase a desfazerem-se, e que já mal se percebia de quem se tratava. Os cromos eram vendidos a tostão, envolvendo pastilhas elásticas e às vezes eram tantas as pastilhas que mastigávamos, que conseguíamos fazer bolas com mais de 30cm de diâmetro. Uma vez por acidente, rebentou uma dessas na minha cara e colou-se ao cabelo, obrigando-me a aparecer na Escola, nos dias seguintes, com uma marrafa cortada às escadas o que foi uma vergonha do caraças para mim. Outra tragédia era conseguir a caderneta, pois eram poucas as disponíveis, e a sua obtenção exigia grandes investimentos da nossa parte. Um dia alguém descobriu, que o vendedor dos cromos era um sujeito de Vilarinho-de-Cima, cujo nome me não recordo, mas que várias vezes esperei, sentado à sua porta, que chegasse do trabalho no seu VW carocha, para lhe implorar a famigerada caderneta. Umas vezes consegui, outras não. É a vida…." In Memórias & Inspirações
Por José Passeiro
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segunda-feira, 11 de novembro de 2019
ANIVERSÁRIO
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domingo, 10 de novembro de 2019
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS
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sábado, 9 de novembro de 2019
ANIVERSÁRIO
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sexta-feira, 8 de novembro de 2019
INTERLÚDIO MUSICAL- DEDICAÇÃO PELA ESTUDANTINA
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ANIVERSÁRIO
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quinta-feira, 7 de novembro de 2019
terça-feira, 5 de novembro de 2019
A RESPOSTA SURPREENDENTE ...
ondas debruadas a branca espuma ...
Avançado mar adentro, aquele hotel é uma pérola ancorada no
Atlântico. Pelo menos para mim, que ali vejo o lugar ideal para descansar e
divagar em pensamentos dispersos. Abrir a janela pela manhã, ouvir a voz do
oceano ali mesmo à frente dos meus olhos, em ondas que se enrolam debruadas a branca
espuma que me revigoram o espírito. Passear pelo hotel e cumprimentar os
funcionários que já me conhecem. Sempre a palavra amável que gostamos de ouvir.
Quando se quebra a relação protocolar entre empregado e cliente e vamos ouvindo
histórias de vida. De quem fala de fadiga e da vontade de ir a casa lá para os
lados de Fernão Ferro, depois de uma semana de trabalho. Ou de quem se prendeu
de amores por uma mulher no continente australiano e dos filhos que a companheira
lhe deu. Também os utentes do hotel numa babilónia de línguas. São portugueses,
espanhóis, franceses, ingleses e alemães, estes com a curiosidade de na sua
esmagadora maioria terem já uma idade simpática. E se de manhã os pequenos –
almoços são um reboliço ordeiro e mesas fartas das mais variadas iguarias e
manjares, por contraste, os fins de tarde no bar ali a olhar o mar são sempre
de silêncio e tranquilidade. Uma música de fundo e uma luz mortiça convidam a
uma bebida e a uma leitura. E, na televisão, alguns vão olhando as incidências
de um qualquer evento desportivo e nem o jogo de um clube muito popular de
Lisboa e de Portugal de vermelho vestido a medir forças com um grupo do norte,
retira a calma de quem de forma civilizada vê um jogo de futebol. Depois há os
outros, os que não se interessam pelo pular de uma bola e continuam enfronhados
num jornal de referência nacional. E aquele homem já de certa idade, que todos
os dias ali aparecia com a sua companheira e falavam em surdina chamou-me a
atenção. Aquela cara não me era estranha e cheguei a confundi-lo com um antigo
advogado de Coimbra. Naquele princípio de noite, enquanto alguns olhavam um
qualquer jogo do campeonato de futebol, aconteceu ficarmos em pequenas mesas
juntas, sem que nem a ele nem a mim interessasse a contenda. Inevitável que a
proximidade me deu azo a perguntar-lhe, pedindo-lhe que me relevasse o
atrevimento, se não tinha sido advogado em Coimbra. Então, tive uma resposta
surpreendente. Sabe – disse-me – de facto fui advogado, juiz, psicólogo, médico
e tive também outras profissões. E perante a minha perplexidade acrescentou
… fui ator de teatro, pelo que é
provável que a sua confusão é de me ter visto em programas de televisão onde
trabalhei vários anos. Depois, de novo se afundou na leitura do seu jornal e eu
após ter bebido um sumo refrescante, despedi-me dele com um aperto de mão que
selou um conhecimento ocasional, mas com a certeza de um gosto em comum –
aquele refúgio do nosso contentamento à beira – mar plantado.
QP
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domingo, 3 de novembro de 2019
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS....
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Postais de Coimbra
sábado, 2 de novembro de 2019
LUIS PINHEIRO DE ALMEIDA COM OS BEATLES- CARO JÓ
PLANO DE TRABALHO PARA SEGUNDA FEIRA DIA 04
Caros amigos:
O GIM estará no Centro Norton de Matos na próxima 2ª feira (04/11/19) às 11H30 para assinar o Livro e às 18H00 para quem deseje dedicatória personalizada.
Tó Ferrão
09H00 - partida de lisboa;
11H30 - assinaturas no centro;
12H30 - almoço no D.Duartecom Beatles e Protões
15H30 - livros de receitas;
18H00 - assinaturaspersonalizadas no Centro;
19H00 - regresso a Lisboa.
Gim
Caros amigos:
O GIM estará no Centro Norton de Matos na próxima 2ª feira (04/11/19) às 11H30 para assinar o Livro e às 18H00 para quem deseje dedicatória personalizada.
Tó Ferrão
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Diversoa
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
A BAIXA DE COIMBRA Doc Palmira Pedro
A BAIXA DE COIMBRA no SéC. XX
Tendo sido contactada em 2015 para dar a minha opinião
àcerca da Baixa de Coimbra, e encontrando hoje este doc. vou dá-lo a conhecer,
aos meus amigos...
Acrescentarei, alguns pormenores que a meu ver nestes 4 anos
serão de referenciar...
1.P- Qual é, na sua perspectiva, a diferença entre a Baixa
do Século XX e a Baixa do Século XXI?
R - Embora sempre morasse na Alta (Almedina) foi na Baixa de
Coimbra que passei os melhores anos ( entre 1960 e 2000) sempre local da minha
vida de trabalho. Largo da Sota, Rua António Granjo, Av. Fernão de Magalhães.
Conhecia as Ruas, as pessoas, e todo o comércio da Baixa.A Baixa era linda.
Muito movimentada. Quase em todas as portas, havia comércio. As ruas e
Becos conhecidas pelos nomes dos seus mest res, davam a conhecer os produtos
que ali se comercializavam: sapateiros, correeiros, azeiteiros.carvoeiros,
padeiras, carqueja, da louça, dos oleiros, etc. bonitas lojas, bonitas montras:
de porcelanas, de vidros, de tecidos, de lãs, as drogarias, os bazares,
as retrosarias, as fábricas, os cafés, os armazéns… Os bons dias a cada passo,
as relações de vizinhança, a confiança, a amabilidade,o sorriso,
tudo isto marca uma diferença abismal entre a Baixa do século XX e a do
Século XXI. É certo que se verificaram melhorias nos pisos das Ruas, maior
limpeza, mas eu, pessoalmente, amava a Baixa que conheci.
( direi hoje:- Os mesmos pisos, mais estragados, Ruas
mais sujas, maior distância)
2. Tem alguma memória marcante da Baixa? Se sim, qual?
Sim. Tenho episódios marcantes… Quando chegava o Inverno e o
Basófias transbordava do seu leito para aquelas ruelas inundando as casas, rés
do chão, e tínhamos de sair dos locais de trabalho, transportados em carroças,
puxadas por homens, para os pontos mais altos! No auge da nossa juventude
era hilariante, O Largo da Sota era também o leito do Rio…O parque da cidade, a
Av. Fernão de Magalhães, mas a partir de 1979, com a construção da Barragem da
Aguieira, terminaram as cheias na Baixa de Coimbra, que tantas preocupações
causavam às pessoas que moravam abaixo do nível das ruas.
Lembro também a primeira vez que vi Coimbra! A Festa da
Raínha Santa, aquele Largo da Portagem, a antiga Ponte de Ferro, substituída
pela actual em meados do século XX os reclamos luminosos, meu Deus!
Estava na Baixa de Coimbra. Inesquecível. As fogueiras de S. João no Largo do
Romal, os fogareiros de carvão às portas onde as donas de casa ou das
tabernas, fritavam ou assavam o peixe, ou faziam as filhoses, Nas Ruas, pregões
constantes: peixe, hortaliças, frutas, doces, e tantos outros produtos que as
vendedeiras traziam dos arredores da cidade. A Baixa tinha vida…Quem se lembra
do Nacional e das bonitas matines dançantes? DO CINEMA TIVOLI sempre esgotado
aos sábados e domingos? A Baixa era linda, era a nossa sala de visitas !
P -Qual era a essência da Baixa, em sua opinião ?
R - Para mim , tudo o que descrevo nestas duas perguntas,
era a essência da Baixa de Coimbra, de um espaço habitacional e comercial que
se desenvolveu fora das muralhas, que criou características próprias as quais
manteve durante séculos. Passear na Baixa era obrigatório. Era um prazer.
E todos nos cumprimentava-mos, todos nos conhecíamos...
P- O que representou a Baixa, para si ?
R – Vou tentar responder a esta pergunta, mas tendo em conta
que a Portagem, as Ruas Ferreira Borges, Visconde da Luz, Praça 8 de Maio e Rua
da Sofia, fazem a separação entre a Alta e a Baixa de Coimbra, tem por isso de
ser apreciadas conjuntamente. .
Estas ruas, mantém ainda o comercio activo, e dignificam
a cidade. Belas construções que podemos remontar ao século XVI/XVII, e
seguintes, fazem deste espaço numa divisão acentuada entre uma e outra parte.
Continuam a representar uma artéria principal, com alguns melhoramentos
significativos, com animação, mas com pouca vida diária. As grandes superfícies
comerciais motivaram a situação actual. As montras bonitas das lojas: O
“NOVAIS” O “ÚLTIMO FIGURINO” o “LEÃO D’OURO” a “ MARSAN” a “NOVA PARIS” a
ourivesaria “PATRÃO” que passaram gerações, hoje em parte substituídas por
lojinhas, com futuro limitado!
Isto representa, SAUDADES! Sim sinto saudades! A Baixa
representou para mim o dever de a visitar diáriamente , era o coração da
cidade.! (Direi hoje:- 4 anos passados - ainda existe alguma das mencionadas
lojas ? Eram lojas de grande nivel !! e tudo o vento levou...Apenas os
resistentes- Coelho, Enxovais, Linhos e pouco mais, conservam um sorriso e vão
cumprimentando quem passa..)
5.P - Acha que algo mudou na Baixa com a classificação
de Coimbra como Património da UNESCO?
R - Penso que pouco mudou, até porque é tudo muito recente,
muito há a fazer sobretudo na recuperação e na revitalização da Baixa. O mesmo
que dizer da cidade. É preciso investir nas pessoas para que possa haver
progresso, e nem sempre isto é tido em conta.
(4 anos passados:- Coimbra a 3ª cidade do PaÍs- hoje 13ªou
menos ?- )
6 P - O que torna a Baixa tão especial para pertencer
à área do Património da UNESCO?
R - Como me baseei na Baixa de Coimbra nas respostas dadas,
no espaço que sempre designei por Baixa, só poderei acrescentar que o Eixo”
Portagem /Sofia, assim como toda a colina, é demasiado valioso e bonito
na arquitectura e na historia, digno por isso de fazer parte do
Património da UNESCO. Prezo-me de também ter lutado muito por isso,
enquanto fui autarca.-(4 anos depois –Autarcas que poderiam ter mantido
Coimbra,como a 3ª cidade, com maior dignidade, são excluídos (ver
M.do Corvo) Mas há quem goste!! )
`Esta, foi e é, a minha opinião, respeito a vossa !
Palmira Pedro
Ex-autarca-Presidente Junta Freguesia ALMEDINA
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