PAULO MOURA
30-09-1960
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
PAULO MOURA
30-09-1960
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
25-09-1946
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
Na minha aldeia de menina, este tempo era tempo de cheiro a
maçãs maduras, a peras de Inverno, a castanhas a assar, a mosto a fermentar em
tanques de pedra por baixo do " balcão" - o terraço que se estendia
ao longo da casa no cimo das "escaleiras" - as escadas do curral para
casa. E não tardaria a vir o cheiro dos alambiques a destilar a aguardente
pelas noites adentro, num cheiro acre e forte e, para mim, desagradável,
não fora dissimulado pelo aroma das castanhas a assar nas brasas e distraído
pelo toque de realejos ao desafio daqueles que pacientemente esperavam o
gotejar lento daquele ping...ping...
Quase todos tinham umas cepas que davam
cachos. Estes eram das mais diversas castas. As vinhas eram pequenas, só
para darem vinho para consumo lá de casa. Era um orgulho poder dizer "este
é do nosso!"
Pois, por estes dias, preparavam-se os tanques ou lagares de
pedra de granito. Esfregavam-se com escovas rijas, com carqueja e sabão, com
água, acarretavam-se, do chafariz, caldeiros e caldeiros de água para ficarem
bem enxaguados. A "canalhita" de que eu fazia parte, fazia disto uma
festa, é que o trabalho do menino é poucochinho mas quem o perde é
parvinho!....
A vindima raramente durava mais do que
um dia. Era um dia de festa e cansaço. Era o jungir das vacas, atrelá-las ao
carro com a bigorna em cima presa entre os estadulhos, o caminho até às vinha,
por sorte sentados no fundo do carro, de pernas dependuradas a baloiçar ao ritmo
lento do bambolear das vacas e do estremecer do rodado ao deslizar no piso
irregular dos carreiros.
Na vinha, os mais afoitos cortavam os
"cachos", carregavam a cesta enfiada nos braços, que iam despejando,
de vez em quando, nos cestos grandes que um dos homens mais fortes ia
"botar" na dorna. E nós, lá íamos apanhando um "catchinho"
aqui e outro acolá, provando um baguinho deste, outro baguinho daquele,
cheiinho de pó, o que não mata engorda. À noite é que eram elas. Era uma dor de
barriga!...
A volta era mais penosa, tinha de ser a
pé, os animais já tinham carga de sobejo! Distraíam os cantares das modinhas
tradicionais, as gargalhadas da mocidade, que se iam desafiando uns aos outros,
como se quisessem mostrar que o cansaço não os molestava.
No dia seguinte seria o pisar da uva. Aí
sim, que tinham de ter ritmo e resistência.
Bem, vou voltar ao hoje, que não me
cheira a Outono, mas parece vir com um amanhecer maravilhoso... Bom dia para si
que me conseguiu acompanhar a outros lugares, a outros tempos e aos nossos
amigos ... Um abraço e bom dia nos dê Deus.
Georgina Ferro.
"XANI"
21-09-1949
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
ANTÓNIO MANUEL QUARESMA
"TÓ QUARESMA"
13-09-1945
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
12-09-1950
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
EDUARDO JORGE LEITÃO CARVALHO
12-09-1951
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
08-09-1946
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
ALCOOLISMO E MISÉRIA
Ao fundo da ladeira de quem descia do Bairro para o sinaleiro do Calhabé, antes da passagem de nível do comboio da Lousã, existiu durante anos um velho casebre de madeira onde vivia a Porfíria.
“Porfíria bêbada” era o que a criançada lhe chamava na sua inconsciente crueldade infantil.
Alcoólica em grau extremo, vivia da caridade das pessoas das redondezas a quem esmolava uns tostões que depois gastava na taberna, onde dava de beber ao seu vício.
O vinho e os bagaços tiravam-lhe a noção do tempo e levavam-na, por vezes, a bater à porta das casas do Bairro e da Estrada da Beira, de dia ou de noite, para pedir uma esmolinha.
As pessoas, para evitarem os berros em que a Porfíria desatava quando não lhe acorriam com a celeridade desejada, apressavam-se a desembolsar-lhe os trocos que ela reclamava.
Certa vez, a dona da casa onde ela tinha ido bater à porta, resolveu não a atender. Era Noite de Natal, a família estava reunida para o jantar da consoada e ela achava que o abuso passava as marcas.
Mas a gritaria era tanta que, para se livrar da alcoólatra, acabou por pegar no porta-moedas, tirou duas e abriu a porta.
Espantoso! Desta vez, a Porfíria não vinha pedir esmola! Trazia um urso de pano que queria oferecer como prenda de Natal à filha mais nova do casal.
A dona da casa não queria aceitar aquele brinquedo velho e ensebado, e recusou repetidamente a oferta. Mas, perante a veemente insistência da Porfíria e a conselho do marido, acabou por aceitar o urso, só para se ver livre dela.
O brinquedo foi lavado e a criança passou a dormir com ele na cama. Ganhou uma enorme afeição pelo velho urso...
Tempos passados, a Porfíria voltou a bater à porta daquela casa. Sem explicação, reclamava em altos berros a devolução do urso. Coitada, era o vinho a falar e não ela, mas a exigência era peremptória...
Para evitar o escândalo da gritaria daquela desgraçada, a dona da casa que olhava constrangida as persianas de algumas casas vizinhas a abrirem-se para assistirem àquela patética cena, foi buscar o urso e devolveu-o à Porfíria.
No dia seguinte, na mercearia do Sr. Nunes, em conversa com uma vizinha do Bairro, contava o sucedido. A outra disse-lhe:
- Muita sorte teve a vizinha! A mim, já me aconteceu coisa parecida e o escândalo foi muito maior. A Porfíria, uma noite, ofereceu-me um frango, que nós depenámos e comemos. Uns dias depois veio exigir-me, aos berros, que lho devolvesse
Reposição de 2010
01-09-1942
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!