segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
INTERLÚDIO MUSICAL-ALFREDO MOREIRINHAS COM VOZ DE OURO
ANIVERSÁRIO EDUARDO REIS- LAU
LAU
31-01-1945
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações# deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS
domingo, 30 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE - POESIA O VOTO PROF. RENATOI ÁVILA
O VOTO
Eu não gostaria
De ser voto!
Causa-me uma impressão tremenda,
Um susto,
Vê-lo desaparecer num ápice
Pela greta medonha
Duma urna preta.
É assim como que atirar terra
Sobre o caixão dum defunto!
Fazem-no de cores várias:
O rosa, o amarelo, o azul, o verde…
E o branco,
Tudo em tons suaves
Para animar a soturna
Solenidade do evento.
É que o voto carrega
As nossas convicções,
As nossas expectativas,
As nossas esperanças,
As nossas frustrações
Os nossos equívocos,
As nossas desilusões.
É que o voto, também,
Fora do proscénio,
Nos camarins,
Nas catacumbas dos palcos
Onde a obscuridade
Ofusca a lei e a ética,
Leva tratos de polé
Ao desencadear a avidez
Dos malabaristas do poder.
E quando, contas feitas,
O fumo do “habemos governo”
Supor-se-ia de um níveo resplendor,
Na imponente abóbada da catedral
Tremula o negro esburacado
Duma espécie de bandeira de piratas.
Se eu pudesse,
Urnas cristalinas de transparência
E os votos todos negros,
Feitos com as ardósias
Da nossa escola velhinha
E, com giz bem branquinho,
Em letras garrafais,
Escrever-se-iam as palavras
Mais estranhas
Mais abjectas
Nas mentes do politiqueiral,
Os dono disto tudo:
Educação, Democracia,
Seriedade, Sabedoria,
Dignidade, Solidariedade,
Fraternidade, Humanidade.
sábado, 29 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA COIMBRA
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
OCTÁVIO SÉRGIO - GUITARRISTA DE COIMBRA
Por Zé Maria Oliveira
Guitarristas de Coimbra
OCTÁVIO SÉRGIO
Nasceu em Viseu - 15.8.1937
Professor do Ensino Secundário, Guitarrista, Compositor e Intérprete.
Octávio Sérgio é talvez um dos mais versáteis, complexos e elaborados compositores para Guitarra de Coimbra.de sempre:
Tem cerca de três dezenas de instrumentais e inúmeros arranjos para fado..
Integra há vários anos um dos grupos mais prestigiados da Canção de Coimbra - o RAÍZES DE COIMBRA
"Encontro de Gerações" teve a honra de OCTÁVIO SÉRGIO ter participado, integrando o grupo de Fados de Coimbra RAIZES DE COIMBRA no 2º Aniversário do ENCONTRO DE GERAÇÕES
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA - Rio Mondego
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE-PROSA - ACORDEI
Acordei. Lá fora o vento sopra barulhento. Eu gosto dele. Gosto de olhar para as traquinices dele. Pena eu já não ter agilidade para ir lá para fora a brincar também.
Ponho-me atrás da vidraça e vejo as suas tropelias. Agora arrancou um montão de folhas e leva-as pelo alto, alto...depois descem e voltam a levantar... Lá mais ao fundo deixa-as cair aos trambolhões. Depois, sopra-as devagarinho para ficarem alinhadas junto ao muro branco do passeio, já atapetado com milhares delas: folhas de plátano, de tília, de álamo, bolinhas e folhas de mélias... E o maroto vai e volta atrás a colher laranjas das laranjeiras da rua da frente. E meia dúzia delas não lhe resistem. Com o peso que têm não conseguem voar e caem estateladas no chão. Ainda rebolam um bocadinho convencidas que conseguem correr. Mas não. Ou ficam paradas nas pedras do passeio para serem chutadas para o canteiro pelos transeuntes ou vão parar ao alcatrão ficando esmagadas debaixo das rodas negras dos automóveis. O vento, aflito ainda corre a tentar levá-las mais para a berma, mas nem sempre consegue.
Como não posso continuar aqui vou lembrando aquele vento com quem brinquei em menina que me empurrava para eu correr mais depressa, ou vinha de frente para eu não ir para a escola. Zanguei-me com ele quando me levantava as saias dos vestidos e quase me fazia aparecer as cuequinhas. Mas adorava quando me soltava os cabelos e me roubava a boina. Nessa altura eu corria tanto ou mais do que ele e quando estava quase a apanhar aquela marota, ele dava nova sopradela e fugia com ela... A vida é tão linda vivida assim sem preocupação de o amanhã, do logo, do depois...
Um grande chi coração para si, que quis apanhar estas palavras soltas...
Georgina Ferro.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
DE COIMBRA PARA O MUNDO
domingo, 23 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA - COIMBRA VISTA DA QUINTA DAS LÁGRIMAS
sábado, 22 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA - FOTO DE COIMBRA INVULGAR!
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA - Coimbra Moderna
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA COIMBRA-TORRE UNIVERSIDADE
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
VACINAS E UTOPIA - Texto de Kito Pereira
terça-feira, 18 de janeiro de 2022
ANIVERSÁRIO ROMICAS
ANIVERSÁRIO GUILHERMINA LEÃO
18-01-1952
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
ANIVERSÁRIO CARLOS ALBERTO RODRIGUES
17-01-1948
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
domingo, 16 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA- COIMBRA DE SONHO
sábado, 15 de janeiro de 2022
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS-
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE- AZULEJARIA IGREJA SANTA CRUZ
quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE - UNIVERSIDADE DE COIMBRA
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA- UMA GAIVOTA NO MONDEGO NO 1º dia do Ano 2022!
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
OBRIGADO PROFESSOR ANTONINO ANTONINO - HOJE ESTA CRÓNICA TEM MAIS SENTIDO
Hoje esta crónica tem mais sentido.
Muito bem haja e muito obrigado!
Depois de mais uma visita aos vales e montes que me viram nascer, para cumprir mais um dever com os que já partiram, o regresso é sempre uma hora e meia de reflexão sobre o visto, o ouvido e o pensado. Pensámos neles e agradecemos-lhes o muito que nos deram. Por outro lado, o ouvido começou a rodopiar na mente, levando a refletir sobre o bem haja muito ouvido na minha aldeia e, raramente, o obrigado. Veio-me ao vórtice do pensamento a frase várias vezes dita perante um obrigado: ‘Eu não fui obrigado; fiz isso porque quis’, sugerindo o menosprezo desta forma de agradecimento e, até, que poderá ser indelicada. Ora nada é menos verdade do que isso.
Na verdade, em bom português, deve dizer-se obrigado ou obrigada, segundo a pessoa que agradece, incluindo as formas plurais, e não aquele ou aquela a quem se dirige. E a explicação é simples: Obrigado é a forma de agradecimento mais compromissiva, a mais profunda, que cria um vínculo com quem nos fez o favor.
S. Tomás de Aquino elabora, no ato de agradecer, 3 níveis distintos, do mais superficial para o mais profundo. As línguas que melhor conhecemos dão conta desses 3 níveis.
No primeiro deles encontramos o simples ato de reconhecer que alguém nos fez um favor. Para reconhecer é necessário pensar, razão por que, no inglês, se usa a forma thank, etimologicamente evoluída de think (pensar) e o alemão danke, também verbo evoluído de denken. Agradecer, neste caso, é reconhecer e pensar em alguém que nos fez o bem.
No nível intermédio temos o desejo de querer bem ao outro que nos fez o favor. Usam estas formas línguas como o castelhano gracias, o francês merci, o italiano grazie ou o português bem haja. Independentemente das intenções que queremos colocar no ato de agradecer, linguisticamente não estamos a dizer mais do que ‘Desejo que alguém o/a favoreça com coisas boas (as graças, as mercês, o bem). A forma portuguesa é bem explícita ao usar o conjuntivo presente do verbo ‘haver’ com sentido de’ ter’ e com valor desiderativo: ‘Que tenha bem’.
No nível mais profundo e mais envolvente da gratidão só conheço uma língua que o verbaliza: o português. Quando dizemos obrigado, na realidade estamos a vincular-nos com uma dívida que fica. No livro do deve e do haver, temos um saldo negativo, uma dívida de gratidão que não precisa de entrar na economia do ‘fazes agora e eu pago-te depois’, pois tão simplesmente a palavra (muito) obrigado é o sinal do reconhecimento pelo favor, o desejo do bem e o garante do compromisso. A forma bem haja, por muito que nos custe, não é tão rica quanto a forma obrigado, apesar do casticismo que acarreta e do sentido de profundo respeito que nós, os beirões, lhe queiramos associar.
Ao nível da pragmática, observamos que é muito frequente aquele menosprezo de que falei, porque alguns falantes distraídos usam obrigado quase como uma simples interjeição, sem as concordâncias e esvaziando-o de sentido (como o inglês thanks), e a existência de uma frase como bem haja/hajam parece-nos ser mais sentida. Um dia poderá ser assim, mas ainda não o é. Por isso, muito obrigado!
Prof. Antonino Silva
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA - COIMBRA
.... Para 2022 .....
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
ANIVERSÁRIO BRANCA SARMENTO
domingo, 9 de janeiro de 2022
ERA UM DOMINGO D O MÊS DE JANEIRO JANEIRO
Era um domingo do mês de Janeiro.
Nos domingos, não havia trabalhos ao serão. Não se degranava o milho, não se fiava o linho, nem se fazia meia! Nada disso!... Domingo era dia de descanso.
O toque das Trindades, ao pôr-do-sol, era antes das seis da tarde. Ora, os serões eram longos. Então, quase todos os domingos de Inverno, se não chovesse, depois do jantar, íamos seroar para casa do tio Eduardo e da tia Palmira.
Naquela noite havia lua cheia! Não era uma lua cheia qualquer, era uma bola branca, enorme, num céu azul escuro transparente de ar gelado. A geada aumentava o brilho do luar, reflectido nas poças de água vidradas! Nem precisámos de acender a lanterna para o caminho.
A minha tia ajudou-me a vestir o sobretudo, abotoou-me a touca e ela pôs o xale de lã. Meu tio enfiou a samarra, pôs o chapéu de feltro e esperou que ambas saíssemos para encostar a porta.
Descemos as escaleiras e queixámo-nos do frio todos quase em simultâneo. A minha tia aconchegou-me a ela com uma ponta do xale. Eu abracei-a pela cintura e caminhámos agarradinhas uma à outra.
Mal chegámos ao portão do curral, meu tio Eduardo assomou à porta e fez-nos entrar. A minha tia Palmira apressou-se a pôr mais umas cepas de giesta e uns ramos de carqueja para que o lume tivesse labareda viva e aquecesse bem toda a gente.
Depois das "boas noites" tirámos os agasalhos que dependurámos nos cabides à entrada.
Os tios sentaram-se à mesa, com os pés no estrado da braseira onde as brasas espreitavam avermelhadas debaixo de duas pratas (para não se apagarem) . Nós sentámo-nos nas cadeirinhas de verga em volta do lume. A tia tinha feito umas bicas doces e tinha galhetas e bolachas de Navas Frias que pôs na mesa pequena. A mesa pequena era uma mesinha com duas gavetas uma para o talher de uso no dia a dia e a outra para colocar os pratinhos com as sobras de carne cozida do almoço, o queijo... Puxava-se para perto do lume à hora da refeição se só estavam as pessoas da casa. Mas, agora servia de apoio à ceia. O leite da vaca já estava fervido e bem quentinho no tacho de esmalte sobre a trempe.
Minha tia Maria tinha levado uma "pasta" de chocolate e lascou um tomo para o leite.
Entretanto encheram-se as canecas e cada qual pegou na sua e íamos tirando um bolinho . As tias foram também para a mesa grande e vá de baterem uma sueca!...
Durante o jogo ninguém "piava"! Meu tio Eduardo ia aos arames se ouvia uma palavra ou se alguém tentava fazer sinais. Atirava logo com as cartas. Mas, entre cada jogo, soltava gargalhadas estridentes quando ganhava; ou, dizia pela décima vez, que se não fosse aquela bisca estar seca, sequinha..., não teria perdido de certeza.
Depois de ganharem e perderem eram horas de voltarmos a casa. Vestimos os agasalhos! O frio agora ainda era mais gelado!... Atravessámos o Enxido em passos largos.
O tio foi pôr um pouco de feno à Mimosa, enquanto a tia punha a água da panelinha que deixara ao lume na botija de barro. Enrolou, também, o meu "rebolinho" e foi levar-me à cama. Pedi a benção aos dois, rezei ao Pai do Céu e caí na minha enxerga de folhelhos onde adormeci de imediato com as fadas e musas.
Georgina Ferro
sábado, 8 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA - COIMBRA MADRUGADAS SILENCIOSAS
sexta-feira, 7 de janeiro de 2022
ENCONTRO COM A ARTE - COIMBRA
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
ANIVERSÁRIO LENA MORGADO
LENA MORGADO
06-01-1950
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
quarta-feira, 5 de janeiro de 2022
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS - Arcos do Jardim
terça-feira, 4 de janeiro de 2022
O TEMPO - POESIA POR PROF RENATO ÀVILA
O TEMPO
Insensível,
Veloz,
O tempo passou
Por nossas vidas.
Nele escrevemos
As páginas da nossa história,
Nele desenhámos
Os quadros da nossa existência,
Nele deixámos
As pegadas da nossa passagem,
As marcas das nossas acções e omissões,
Dos sonhos e pesadelos
Dos êxitos e dos insucessos.
Das utopias.
Nele vertemos
Alegrias e tristezas,
Lágrimas e sorrisos;
Nele balizámos
Os momentos sublimes
Da chegada e da partida.
Nele semeámos o amor
E convivemos com o ódio,
Com a guerra e com a paz.
Dele guardámos os momentos únicos
Dos encontros e desencontros
Connosco e com o próximo,
Das alegrias infinitas dos afectos,
Da dor imensa
Das tragédias horrendas
De tantos irmãos
Escorraçados,
Supliciados.
Dele, é mister que reservemos
Todos os instantes futuros
Para semear a paz entre todos:
Os de boa e os de má vontade,
Para fazer do amor
Um fraterno abraço universal.
Que as memórias de cada um de nós
Sejam sementes fecundas
De bondade e harmonia
Nos vindouros instantes
Da frígida vertigem
Da voragem do tempo.
Para todos os amigos e amigas, para todos os nossos irmãos desta complexa humanidade, aqui vão os melhores votos de um Novo Ano de paz, saúde e fraternidade.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
HISTÓRIAS DA CIDADE DE COIMBRA -por KITO PEREIRA
domingo, 2 de janeiro de 2022
ANIVERSÁRIO - SÃO VAZ PEREIRA
02-01-1951
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!