sexta-feira, 25 de maio de 2012

«O meu coração é preto» - Paulo Archer

A pedido do Quito, aqui têm a crónica de Paulo Archer no Jornal do Fundão de 23/5:





29 comentários:

  1. É um artigo de primeira!
    Muito bem escrito próprio do vosso JF!
    Gostei muito de ler.
    A Académica é sempre uma paixão, mesmo para se escrever sobre ela!

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  2. Que texto fantástico.

    Realmente todas as lágrimas que chorei foram também de choque. Choque por irmos para fazer a festa "jogando como nunca e perdendo como sempre" (como bem diz o texto e como já é hábito) mas desta vez acabando com a taça nos braços.

    Confesso que que só acreditei que ganhávamos algures pelo quarto minuto dos descontos, quando dei por mim 3 filas abaixo a pontapear furiosamente umas cadeiras e a implorar pelo apito final.

    No fim foi um sentimento tão saboroso e tão ... desconhecido, que penso até não haver ninguém, adepto de um dos 3 clubes do costume, que o tenha alguma vez sentido. Até nisso somos diferentes ...

    Deixo-vos com uma peça bem montada sobre a Final da Taça do Canal Coimbra.

    "Briosa, amor sofrido que dá sentido à ilusão ..." :)

    http://www.coimbracanal.com/pt/play/2-destaques/209-academica-conquista-da-taca-de-portugal-2012

    Um Abraço Académico

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  3. Confesso que, quando comecei a ler este artigo, pensei que se tratava apenas e somente de mais um extravasar das briosas emoções.
    Extravasamento legítimo mas, como tudo na vida, tudo que é acessório à vida, tem de ter o seu termo, para que o essencial da vida não se perca.
    E Paulo Archer sabe disso. Por isso, escreve o último parágrafo.
    Estupendo!
    Obrigado ao Quito, por ter pedido a sua publicação, obrigado ao Paulo Moura por lhe ter feito a vontade.

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  4. Agora reparei que foi a São Rosas que publicou e não o Paulo Moura.
    Peço-te desculpa, Sãozita.

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  5. Centenas de sócios e adeptos da Académica passaram esta tarde pela Loja do Sócio, situada no Estádio EFAPEL Cidade de Coimbra, onde tiveram oportunidade de privar de perto com os jogadores da Briosa e de tirar fotografias às Taças de Portugal de 1939 e 2012.

    Um momento único captado pelo serviço de fotografia da Académica numa tarde que fica eternizada na História.


    Durante a tarde, vários foram os jogadores dos "estudantes" que se deslocaram ao local para dar autógrafos naquele que mais parecia um dia de jogo, tal a afluência de público.

    As Taças continuam expostas na sexta-feira, a partir das 12:00. Antes do duelo frente a Angola já sabe, nada melhor que ficar com uma fotografia com as Taças de Portugal conquistadas pela Académica.

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    1. Eu fui um deles!!!!

      Este comentário não está aqui muito a propósito, mas "foi uma boleia" para ser lido.
      Especialmente o último parágrafo.
      É que a afluência foi tanta que recomeça amanhã a partir das 12H00

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    2. SALTA, SALTA, SALTA, e QUEM NÃO SALTA NÃO É DA MALTA!

      Prontus.

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  6. O Quito ainda não se pronunciou, mas pediu-me para publicar isto para mostrar que há quem saiba escrever bem... o que alegadamente não será o caso dele...
    Se isto fosse no Farwest norte-americano, ele já estava há muito em cima de um carril, com alcatrão e penas!

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  7. Está muito bem escrito, é inegável.
    E à laia de "moral da história", parte da crónica sobre a final da taça, para sintetizar no derradeiro parágrafo, a outra face dos tempos que se vivem.
    Paralelismo que marca e sobressai.

    Como disse o Paulo Moura noutro local, não devemos, porém, à sombra deste texto, comparar o incomparável. Se era essa a intenção do Quito, sempre lhe digo que é despropositada.

    Porque o seu estilo muito próprio, vale mais do que ele pretende fazer crer. A sensibilidade, o poder de observação, os pormenores descritivos, a escolha das palavras adequadas, prendem e emocionam quem os lê.

    E isso, como também disse Paulo Moura, tem "alma" e "não se faz por encomenda".

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    1. Dá-lhe, Felício. Só se perdem as que caem no chão!
      Embora eu ache que isto só lá vai se lhe fizermos uma barrela...

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  8. Agora aqui chegado, as minhas primeiras palavras são de agradecimento ao amigo Paulo Moura, pela publicação deste artigo. Pelos comentários, percebo que valeu a pena partilhá-lo no blogue. Porque se trata de um excelente texto. Nele se respira tudo o que é o SENTIR de algo que extravasa a paixão por uma Instituição que tem, para além de atividades de outro caráter associativo, uma equipa de futebol.E foi até, tendo como base o fenómeno desportivo, que um dia no Jamor se fez o maior comício político de que há memória, contra o regime vigente na época. E a academia de Coimbra, escudada numa camisola negra de losango ao peito,afrontou os poderes instituídos.
    Mas a Académica também é futebol. O futebol de antanho do saudoso Cândido de Oliveira, em que a bola girava de pé para pé em passe curto, como bola em pano verde de uma mesa de bilhar. Era o futebol espetáculo em contra ponto com o futebol competição. Mais tarde, juntou-se em Coimbra um grupo de atletas de eleição e, no dizer do saudoso Jorge Anjinho, era o perfume do futebol coimbrão, a espalhar-se pelos campos do país e da Europa.
    Mas tivemos que nos adaptar às novas realidades da alta competição. Temos brasileiros no plantel? Temos. Temos franceses no plantel? Temos. Mas nada que impeça a que mantenhamos a matriz deste ESTADO DE ALMA que nos foi legado pelos antepassados e que continuamos a honrar.
    Domingo foi um dia difícil. De um lado a legitima esperança de quem está mais habituado a ganhar do que a perder de camisola ás listas colorida. Do outro a ausência de cor. O preto que carregamos. Seja por uma peleja desportiva ou pelo luto de um país adiado.
    Saudações académicas

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  9. a Sãozita é uma agitadora ... hihihihihihihi

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    1. Pois sou. E faço milagres. Queres que te mostre a minha varinha mágica?
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      Faz sopas que parecem milagre (tinha que ir por aqui, para fazer uma finta ao ginecologista)

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  10. Estou atento e vigilante!
    A varinha mágica é tão frágil que só serve mesmo para milagrar a sopa!

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    1. Experimenta fazer uma sopa com um taco de baseball...

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    2. Boa Rafa. Vê lá se metes estes gajos na ordem ...

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    3. Os gajos, sim. Incluindo os gajos que acham que não são escritores. Mas nas gajas, nem com uma flor...

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    4. É curioso, catrino ! Flor rima com escritor e rima com Jamor ...
      Flor deve ser a Sãozita, escritor só pode ser o nosso preclaro Felício e Jamor serei eu de chapéu de palha amolgado na cabeça, desfeito pela chuva, mais parecia um pastel de nata ...

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    5. Olha, por acaso tenho curiosidade em provar os pastéis de nata de cereja, que sendo a nova especialidade da Cova da Beira, só pode ser uma delícia.

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    6. Estás a falar a sério, Paulo ? Nunca ouvi falar ! Mas as cerejas deste ano são excelentes...
      Bem ...vou almoçar ali ao restaurante "Portas da Serra", que a lagosta e o champanhe estão a arrefecer. Não acreditas ? Olha que o restaurante é 3 estrelas Michelin. São é cadentes ...
      Abraço e até logo

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    7. E olha que não é propriamente novidade, como podes ler aqui:

      http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=62693

      Novidade é aproveitarem a dica do Álvaro para promover essa especialidade:

      http://www.asbeiras.pt/2012/05/municipio-do-fundao-promove-pasteis-de-nata-de-cereja/

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    8. Obrigado Paulo, pela informação. Parece-me uma excelente ideia, que afinal já germinando há dois anos. Matéria - prima não falta. Assim haja vontade política, para que o projeto tenha pernas para andar.
      Vivemos num país a duas velocidades, em que fuga para o litoral por falta de oportunidades neste interior de Portugal, é bem latente. Aliás, no país, a palavra "interior" já tem um conotação negativa. Em França, ninguém diz que Paris é no interior. Em Espanha, ninguém diz que Madrid é interior. Há um todo, sem discrimação. Mas por aqui, o que vai interessando, é o aliciamento dos cidadãos na procura dos seus votos. Apenas e só.

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    9. Falta ali o "que" no "discurso". Foi uma bola ao poste ...
      não era "que" era "vinha" ...duas bolas na trave ...

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    10. Mas também tenho amigos meus que fizeram e fazem a sua vida em Caria... e fazem-me inveja pela qualidade de vida que têm, em muitos aspectos.

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    11. Concordo, Paulo. É verdade o que dizes ...

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  11. Um bom momento de prosa e de comentários.
    Tonito.

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