segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Passeando em Pointe Claire

Passeando-se nas ruas notamos que as pessoas gostam de apaparicar os seus jardins, nem que seja com uma bicicleta. O espaço de relva até ao passeio dá uma maior profundidade que descansa a vista a quem passa. Como a invasão da propriedade alheia é um acto muito grave, ela é respeitada mesmo que hajam belas flores ou árvores de fruto. A largura dos passeios é uma bela contribuição para que tudo funcione harmoniozamente. Muito simples mas belo.

8 comentários:

  1. Torna tudo mais alegre! Mas por aqui a rua é estreita e não tem passeios e o espaço do jardim é para o carro, que só deixa um canteirinho para umas flores!
    Mas já nos podemos dar por satisfeitos. Morar neste Bairro já é uma benção!

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    1. Sem dúvidas que morar no bairro é uma benção, Rafael.
      O único senão, é que esta zonha de Pointe Claire é muito mais antiga do que o bairro, só que tiveram outra visão. No bairro fizemos tudo pequenino por causa dos espaços e hoje não há práticamente zonas verdes que bem falta fazem sobre todos os aspectos. Aonde havia espaços foi tudo ocupado como Quinta das Flôres, Pinhal Marrocos, etc. Nem o cavalo selvagem aproveitaram para dar um ar de graça. Pelo que analiso de diferença entre isto aqui e aí, é que não estamos habituados a prever e não vou andar mais porque vivi com vários exemplos pois já é o meu terceiro continente e o nosso problema tem sido sempre o mesmo.
      O que notei nesta gente é que à mínima decisão, pedem um estudo universitário. Não metem companhias a fazer os estudos porque por vezes aparecem "sacos azuis" de lado e quando iniciam um trabalho, têm todas as directivas.
      É claro que não estamos a falar da corrupção que existe aí e aquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

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  2. Larga diferença entre lá e cá:
    1) Aqui, Brasil, sequer vislumbramos a possibilidade de uma residência sem muro, sem grades e sem cerca elétrica (e, ainda assim, ainda é assaltada);
    2) Aqui, essa bicicleta nem estaria mais aí. Aliás, nenhuma pessoa sensata deixaria uma bicicleta assim, "dando sopa", porque estaria pedindo para ser furtada;
    3)Mesmo sabendo que a invasão de domicílio é crime previsto no nosso Código Penal (Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa), basta o infrator - se for apanhado - pagar uma cesta básica e logo será solto (e novamente atuará);
    Enfim...nem "cana" dá, nesses meliantes!
    Só no Canadá.
    Ir em cana - ser preso, ver o sol nascer quadrado...

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    1. A Chama a Mamãe! vem ao encontro do que penso e na da bicicleta não me admira a sua nota.
      Quanto à residência sem muro, até a casa dos meus Pais que foi vendida a gente que veio do Brasil, parece que está bem escondidinha.
      Tenho dito muitas vezes neste bloque que o exemplo vem de cima, quero dizer: dos nossos políticos. Quando eles não dão o exemplo, o resto vai tudo atrás.
      A casa na foto tem outra no lado de trás com uma rua paralela à que vemos.
      Esta foto foi tirada numa intercepção ou seja numa junção de ruas em T.
      Se alguém se atrevesse a tirar a bicicleta, apareceria um carro da polícia de cada lado do T num total de três e provávelmente que outro na rua de trás para apanharem os que saltam os quintais. Até os bandidos sabem isto e portanto não vale a pena roubar uma bicicleta. Sai caro tentar.... Mesmo os miúdos não tentam. Há países aonde roubam sistemas electricos dos carros mas isso aqui não vale a pena: ou roubam o carro e têm sorte ou então...
      Se forem miúdos que vão pisar a relva, até o dono se estiver por trás das janelas se ri. Criança aqui é raínha. Se num supermercado deitar abaixo de uma prateleira um frasco de qualquer coisa que se parta e suje tudo, isso é trabalho para o pessoal da limpeza mas na criança... só os pais é que lhe podem dizer alguma coisa, se disserem. Tocar, "nunca". Ela vai aprendendo com a prática
      Lá diz o outro: a experiêmcia é o conjunto dos erros que praticamos.
      Por sua vez esta polícia não se vende porque ao fim de seis anos o ordenado deles corresponde ao ordenado de um mestrado. Mais anos, mais elevado é o salário. Está tudo ligado. Há polícias sem patente que chegam ao fim do ano com cento e sessenta mil para declarar dependendo isto das horas extras. É preciso ver que com os impostos pagos não chegam aos oitenta mil por ano. Como aqui há poucos ricos, até os vão buscar fora, os impostos são a doer para conseguirem as obras sociais como educação, saúde, etc, a cargo público.
      Para um ordenado conta essencialmente a capacidade académica, esforço, risco e o desgaste psicológico que a função origina. Como gostava de ver esta noção em Portugal: não é só boas palavras de acordo com o lado que cada um se posiciona. Só que para isto é preciso vontade dos políticos de todos os quadrantes.
      Aí está o motivo porque um coveiro ganha à volta de sessenta mil dolares ano sem muita experiência e como tudo é automatizado, até nem fazem grandes esforços como estávamos habituados a ver . Só que depois de um dia de trabalho, chegar a casa e ter um sorriso para a pequenada e mulher, é quase teatral.
      É por isso que nos filmes se vê um pedreito casado com uma médica ou vice versa, um advogado/a com um estafeta do sexo oposto, etc, só que as pessoa dentro da sua mentalidade nem se apercebem. Um e outro frequentam os mesmos sítios sociais de lazer, económicamente sobrevive cada um por si e portanto o que conta é o amor, como aqui se diz. E já agora vamos rir um bocadinho: pedreiros/as e bombeiros/as que apresentam belos físicos derivado ao esforço despendido, têm uma cota tão alta que nenhum dos lados perdoam. São muito procruados/as.
      Quando se fala que a polícia se vende e outros, nem notamos no bem social que sistemas salariais como este podem trazer de positiva a toda uma sociedade.
      Sabe, eu tenho amigos portugueses em Coritiba e brasileiros em S. Paulo. Os portugueses já estão abrasileirados mas não são comos os brasileiros porque com esses farto-me de rir.
      Um que vai aqui vir agora ver-me, saíu-se com esta no outro dia pois telefonamo-nos. Sabes Chico, o mal do Brasil é que só anda de noite e como eu ficasse calado, continuou: é quando os políticos estão a dormir. O Povo bem faz mas eles acordam e estragam tudo. Encontram sempre uma forma de terem piada.

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    2. Estou devidamente esclarecido. Não levo bicicleta para o Brasil...
      Não ri, é verdade!
      Agora já é tarde está chegado a hora de dormir. Volto mais logo tenho muito que ler.À luz do dia é melhor.

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    3. Aproveito para uma actualização: - o inverno em Montreal é muito rigoroso e as máquinas com lâminas a tirarem a neve e o gêlo dão cabo das ruas. No ano passado já puseram a lâminas a quase um centímetro do pavimento e o trafego quando passa desfaz a neve que fica. Só que estes estragos mais a incúria de no passado terem deixado andar, levou a cãmara a iniciar uma recuperação que leva dez anos e a cidade no tempo bom está toda esburacada. Assim têm que ter polícias com curso para comandarem os semáferos no local aonde estejam sem alterarem a programação da central, pois está tudo coordenado. Era estes polícias que têm chegado a ganhar cento e cessenta mil por ano com todas as horas extraordinária porque havia falta. Acabam de resolver o assunto hoje e dentro de dois meses será o serviço feito por cadetes que ganharão trinta mil ano. A maioria destes polícias agora afastados deste serviço, passarão a ganhar uns cento e vinte mil por ano. É um bom mestrado. Isto permite o governo poupar dinheiro.

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  3. Hoje consegui ter NET. Amanhã logo se verá. Gostei do enquadramento. Como sempre ressalta limpeza e qualidade de vida. Abraço

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    1. Nossa Senhora dos computadores permita que amanhã também ainda o tenhas.
      A limpeza é derivado à passagem uma vez ou duas por semana de uma máquina com água e escovas junto ao passeio de acordo com o táfego. Os carros quando passam arrumam tudo para lá. Nos passeios, pequenos tratores com jactos de água semanalmente. Na baixa, é todos os dias.
      Logo que chega a primavera passam com um camião cisterna ao meio da rua com duas saídas de jacto de água junto ao solo por baixo para os lado, que empurra tudo para o passeio. Depois lá vêm as escovas e a limpeza primveril fica feita.
      Não se perde empregos com o sistema das máquinas como haja quem defenda pois as pessoas são recicladas. O trabalho é limpo como até nas fotos se nota e a cãmara ganha dinheiro que serve para outros serviços pois se a mão de obra fica mais cara, o trabalho também é mais rápido que o trabalho braçal.
      Abraço.

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