O martírio de Rui Vinhas na etapa de hoje ...
Hoje, correu-se mais uma etapa da Volta a Portugal em bicicleta, entre Sabugal e Viseu, na distância de cerca de duzentos quilómetros. Mais uma etapa violenta, pela extensão e pelo calor. Porém, nada disto teria grande relevância, não fosse o acidente de que foi vítima o ciclista do Futebol Clube do Porto, Rui Vinhas. O atleta embateu violentamente na traseira de um carro de apoio da equipa de Israel. Perdeu momentâneamente o conhecimento, ficou com lesões nos braços, numa anca e várias escoriações no rosto. Ferido, de equipamento esfarrapado nos calções e camisola, montou na bicicleta de reserva e penosamente fez os cem quilómetros que ainda faltavam para a meta. Grande solidariedade dos outros ciclistas do Futebol Clube do Porto, que o foram auxiliando no sentido de se conseguir manter na frente do pelotão, de resto como tem sido recorrente na equipa mais forte da caravana nacional, que ostenta a camisola amarela que, muito provavelmente e se não ocorrer qualquer incidente, levarão até ao fim da Volta. Porém, Vinhas foi-se atrasando e arrastando pela estrada. Mas chegou a tempo de não ser eliminado. Mas nada disto é relevante. Importante, é a atitude profissional de Rui Vinhas e o seu espírito guerreiro de antes quebrar que torcer. No fim da etapa, como era expectável, foi levado para o hospital após uma avaliação do médico da prova.
Sendo amanhã dia de descanso,
espera-se que na próxima etapa Rui Vinhas possa de novo apresentar-se em mais
uma batalha. Os amantes da modalidade agradecem e todos os adeptos e simpatizantes
do clube do Dragão também.
Q.P
O Quito mais uma vez em cima dos acontecimentos do dia a dia e para mais num campo que é considerado só para duros. Mais nenhuma prova nos mostra a duereza do sofrimento humano como o ciclismo mesmo sem acidentes. São pessoas que estão habituadas a sofrer e quando o momento chega, mostram bem essa faceta que muitos desconhecem. Não é só o "simples" acidente mas sim o que sofrem nos treinos do dia a dia e nas diferentes provas, mesmo sem acidentes. São duros dos duros.
ResponderEliminarObrigado por este texto mesmo em cima da hora.
Estou a escrever e agora mesmo acabam de falar de Portugal e das suas temperaturas. Continuamos a seguir o que se passa aí e nós cá continuamos com a canícula que até à semana passada tinha feito noventa mortes fora de meios hospitalares. Neste momento já nem falam e para ser franco não temos as temperaturas de base que aí têm. A realidade é que além de o Quebec ser composto de muitos rios e lagos como tenho dito, Montreal fica no meio de uma ilha que a torna muito húmida e com essa condição hoje estamos a sentir quarenta graus positivos. Isto faz com que se sinta muito a temperatura pois vimos de aproximadamente menos vinte graus negativos e os nossos ossinhos andam no estica e encolhe e por isso muitos sofrem. Cada um com os seus problemas mas ainda ontem à noite vi pedras de gêlo caídas aí em Albufeira. Como é o mundo de hoje: estando vós a viver aí, sabem que eu vi pedras de gêlo daí dito daqui. Estamos de tal maneira habituados ao avanço da técnica que se não estivermos bem atentos, nem ligamos a estas coisas. Fantástico.
As temperaturas por aqui baixaram bastante-felizmente!
EliminarMas o que se passa em Monchique é deveras assustador.
Omtem diziam os responsáveis que 95% estava sobre controle...mas passadas poucas horas os descontrole foi total.
Neste momento que deixei as noticias da TV a situação é extremamente grave!
È um incêndio, tirando os casos de mortes está na dimensão das do ano passado na Zona Centro.
Agora pergunta-se porque não foi feita a defesa da que é uma das maiores manchas de verde do país. H´
Há 7 meses que era esperada a ordem para avançarem para o terreno para fazer as faixas de contenção e abertura de estradas com máquinas de arrasto.
Deve ser tudo uma questão de "austeridade"!É preciso aguentar os déficies!!!!
O Rafael tem muita razão e não compreendo como não resolveram o que diz, assim como também há pessoas que não querem abandonar as casas como tenho lido. Acabam por se pôrem elas e outros em perigo de vida com todos os prejuíjos e atrasos que originam ao resto da população e serviços de socorro. Para mim essas pessoas que não pensam em sociedade, deveriam ter de pagar os prejuízos que andam a causar. Digo isto e tambám já perdi tudo uma vez mas não me ando a queixar. Cada um tem que assumir as suas responsabilidades.
EliminarSinceramente, fiquei de boca aberta quando vi que arriscaram a vida de terceiros a pensarem só nos seus bens...
Meu caro Chico
ResponderEliminarFiz este texto ao correr da pena. Impressionou-me a raça deste homem, mas também te posso afirmar, sem mentir, que pensei que irias "gostar" no sentido que estás atento a tudo o que se passa no teu país. Nesta sociedade de hoje, só há lugar aos vencedores. Interessa quem cortou a meta em primeiro lugar. O sofrimento de Rui Vinhas, foi apenas um pormenor. Mas por falar em heróis, recordar os bombeiros e todos quantos andam no Algarve a tentar salvar Monchique e outras povoações do diabo à solta. Coisa bem mais grave que uma corrida de bicicletas.
Um abraço
Sem dúvidas, Quito. Cada um à sua maneira têm demonstrado a raça de que são feitos. Daqui vou seguindo pelos médias, amigos e família. É uma tendência quando se vem à net ou tv ver logo o que há de novo. Enfim... façamos votos para que tudo se resolva depressa.
EliminarUm abraço.
Esses dias assistindo ao noticiário, deparei-me com essa tragédia, em Algarve, Portugal, assim como na Grécia, Califórnia...Sim, o "diabo" está "à solta"! Infelizmente, parece que fomos nós mesmos, o Homem, a soltá-lo.
EliminarLamento por tudo, por todos...como também pelo dilema do Rui. Porém, assim como ele "Vinhas" competindo... certamente voltará a fazê-lo, com a mesma garra.
Um abraço a todos...
Também tenho acompanhado as transmissões em directo da volta a Portugal.
ResponderEliminarClaro que nem sempre vejo a tirada no seu todo, excepção dos 10 Km finais que são mais emocionantes.
No que está para trás, as marcações das diversas equipas tornam a corrida um pouco enfandonha!
De vez em quando lá deixam fugir um corredor ou um grupo...mas tudo sob controle, para depois as chegadas sejam quase sempre em pelotão onde vêm os principais ciclistas.
Diga-se de passagem que o actual camisola amarela não dá hipóteses a mais ninguém!
Não vi realmente o que aconteceu ao Rui Vinhas.
As quedas entre ciclistas têm sido várias, mas sem consequências. Naquele emaranhado de rodas de bicicletas nem sei mesmo como ainda não caem mais vezes.
Mas é um bom apontamento sobre a Volta esta postagem do Quito. A queda do Rui Vinhas deu o mote e o correr da pena do Quito ilustrou bem as incidências desta etapa!
Eu diria que foi um bom sprint!
Ainda o Rafael não me viu praticar ciclismo já velhote, pois dantes só andava de carro. Nas descidas, travava. Nas subidas, era um herói nem que fôsse pedalada a pedalada e quando pensava que estava cansado pois já começava cansado, punha-me a fazer umas fotos para passar tempo que agora aaté dão um resultadão. Ora digam lá que não valeu a pena…
EliminarNão sendo simpatizante do clube deste ciclista, acho que é de inteira justiça esquecer as minhas simpatias e fazer uma análise justa sobre este ciclista.
ResponderEliminarÉ simples: coragem, desportivismo e profissionalismo. Desejo que se restabeleça rapidamente.
É impossível ficar indiferente. Boa sorte para o Rui Vinhas.