Lançamento do livro Nos Bastidores da Medicina - reflexões autobiográficas que nunca pensei escrever.
|17 de abril | 18h00 | Sala Miguel Torga | Coimbra |
A Secção Regional do
Centro da Ordem dos Médicos acolhe o lançamento do livro do médico escritor
Cândido Ferreira, “Nos Bastidores da Medicina – reflexões autobiográficas que
nunca pensei escrever”, no dia 17 de abril (quarta-feira), a
partir das 18h00, na Sala Miguel Torga da Ordem
dos Médicos (Av.
Dom Afonso Henriques, 39) em Coimbra.
A sessão contará com as intervenções de:
Carlos Cortes, Presidente da Secção Regional do Centro da
Ordem dos Médicos
Cândido Ferreira, Médico nefrologista, autor
da obra
Diogo Cabrita, Cirurgião e escritor
Júlio Leite, Cirurgião e Professor Catedrático Jubilado
da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Vasco Pereira da Costa, Professor aposentado do ensino
secundário e superior, escritor e artista plástico.
# A presente obra:
Trata-se de uma autobiografia que
aborda muitos casos reais da atividade médica e cívica do autor, integrando
ainda alguns artigos de opinião e intervenções públicas em que também se
desdobrou.
Através de uma escrita
fluída, pejada de humor e de crítica mordaz, sem medo de expressar a sua
opinião e de usar remates estilísticos de minúcia e ornamentos de
filigrana, Cândido Ferreira mostra-nos o seu percurso de vida e os
“casos dignos de relato” com que se confrontou, ao longo de mais de quatro
décadas. São histórias com gente dentro.
O livro, com chancela
da Minerva/Coimbra (2019), possui 380 páginas.
# O autor:
Cândido Ferreira, médico
nefrologista, é também um cidadão preocupado com a causa pública. Escritor de
pensamento livre, e marcado pelo humanismo, é ainda reconhecido pela sua
generosidade e dedicação aos doentes, tendo tido várias intervenções na esfera
política.
Nascido em 1949, em Febres (Cantanhede), onde frequentou a
escola primária, cumpriu o restante percurso escolar em Coimbra, culminando o
curso de Medicina em 1973. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian,
trabalhador-estudante, delegado de curso e atleta da Associação Académica de
Coimbra.
Com um notável percurso profissional, em 1976 foi o grande
impulsionador do Hospital de Pombal, do qual foi diretor. Entre
1978 e 1982, foi Assistente de Nefrologia na Faculdade de Medicina da
Universidade de Coimbra, tendo ainda frequentado um estágio em Lyon (1980) na
área da transplantação renal.
Regressado aos Hospitais da Universidade de
Coimbra, Cândido Ferreira integrou o programa de “Enxertos de Rim”
na Zona Centro, na equipa pioneira dos transplantes renais liderada pelo
cirurgião Prof. Linhares Furtado. Aí esteve na organização da primeira
consulta de transplantação em Portugal, na primeira colheita de órgãos e
acompanhou clinicamente a primeira – e bem-sucedida – transplantação renal com
rins de cadáver, sendo o único médico não-cirurgião.
Em 1982, enveredou pela diálise privada a partir de Leiria, mas
nunca esqueceu a vertente formativa, área em que deu importantes
contributos não só à Medicina, mas também à Enfermagem.
É autor
dos romances “O Senhor Comendador”, “A Paixão do Padre Hilário” e “Setembro
Vermelho” e de três livros de crónicas – “Os Burros”, “Esmeralda-Sim!...” e
“Pelas Crianças de Portugal – A propósito de Esmeralda e de outras causas”. Foi
ainda porta-voz de um movimento na blogosfera, criado em torno do “Caso
Esmeralda” e coordenador de uma edição sobre Alexis Carrel (Nobel da Medicina
em 1912). Já em 2018, publicou mais dois livros: “Pegadas Recentes… – Integrado
nas comemorações do encerramento da atividade médica” e “A transplantação em
Portugal – O meu testemunho”.
No romance histórico “Setembro
Vermelho” confluem as suas vivências da crise académica desencadeada a 17 de
Abril de 1969, em Coimbra, comemoração a que simbolicamente se quis associar,
cinquenta anos depois.
Cândido Ferreira foi
distinguido na Enciclopédia de Artistas Médicos e na Antologia de Ficcionistas
da Gândara. É membro convidado, desde 2009, da Sociedade Portuguesa de
Escritores e tem merecido ótimas referências pela crítica.
Durante mais de 40 anos de
dedicação à Medicina, multiplicou-se também em inúmeras iniciativas nas áreas
cultural, social, cívica, associativa e autárquica, estando neste momento a
criar múltiplos núcleos museológicos, em todo o espaço da lusofonia, que
integrarão as novecentas mil peças que reuniu, estudou e preservou ao longo da
sua vida.
Desejo de grande sucesso. Um abraço.
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