terça-feira, 30 de junho de 2020
NOTÍCIA TRISTE
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Noticia triste
ANIVERSÁRIO
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Aniversários
domingo, 28 de junho de 2020
UMA MEMÓRIA ...
Bairro Marechal Carmona ...
O Bairro Marechal Carmona foi um Tempo. Um tempo passado de
recordações presentes. Olho a floresta de betão de prédios anónimos, de bombas
de gasolina e de catedrais de consumo num corre – corre da vida dita moderna.
Ali, aquele espaço agitado de carros, poluição e de buzinas estridentes, também
já foi uma catedral. Uma outra catedral de uma liturgia de silêncio e de
silêncios. Naquele espaço alargado, morava um pinhal – o Pinhal de Marrocos.
Não sei a proveniência do nome, mas sei que tinha a identidade própria de um
lugar quase de culto de todos os que habitavam as casas singelas de um bairro
com nome de marechal. Nos dias de primavera e de verão, o pinhal ganhava um
novo fôlego e uma nova vida. Debaixo das árvores se namorava e se faziam juras
de amor. Debaixo das árvores se estudava para exames em tempo de exigência
escolar. E debaixo das árvores se sonhava e se faziam versos arrebatados e
sonhadores. E também havia a casa modesta da Maria, que tratava dos seus
animais no jeito atarefado. Lá longe, um longe que era tão perto, havia uma
mina de água. Uma mina mesmo a propósito para as nossas aventuras de infância.
Uma caverna que nos fazia sonhar com os contos escritos pelo punho de Enid Blynton.
Penetrar na mina era uma aventura. Por vezes, o espaço era amplo e permitia
andar em pé. De outras vezes, era necessário rastejar, até ao gozo supremo de
se chegar a um local amplo a que batizámos de “sala do trono”. O percurso
levava cerca de cinco minutos a fazer. Sempre que demandávamos a mina, fazíamos
um pacto de silêncio, para que os nossos pais não soubessem pela sua absoluta
reprovação. Chegávamos a casa com os calções sujos de terra e lama e os joelhos
esfolados de rastejar pela galeria. E dois açoites no rabo, eram irrelevantes
na suprema glória de mais uma aventura no Pinhal de Marrocos. A aplaudida Enid
Blynton, teria certamente muito orgulho em nós. Pela sua pena inspirada,
certamente que eu e os meus pares teríamos hoje um lugar de destaque na
literatura mundial.
Quito Pereira
sábado, 27 de junho de 2020
POSTALINHOS - DESCONFINANDO
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Encontro com Arte- fotografia
sexta-feira, 26 de junho de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - PINTURA Coimbra Maria Guia
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Encontro com a Arte - pintura
quinta-feira, 25 de junho de 2020
NOTÍCIA TRISTE
FALECEU
FERNANDO ROVIRA
1933
O funeral foi esta manhã
Encontro de Gerações apresenta a toda a sua familia
as mais sinceras condolências
Escritor: Vários trechos de alguns dos seus livros foram temas de publicação em
"ENCONTRO DE GERAÇÕES"
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2011/07/francesa-novela-historia-e-lenda-da.html#comment-form
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2013/09/recordando_12.html#comment-form
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2017/01/centro-norton-de-matos-contributo-para.html#comment-form
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2017/06/encontro-com-arte-o-calhabe-do-meu.html#comment-form
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2011/08/biblioteca-encontro-de.html#comment-form
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2017/02/sabia-que-o-aerodromo-de-coimbra-esteve.html#comment-form
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2013/08/o-eletrico.html#comment-form
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2013/09/recordando.html#comment-form
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2011/08/biblioteca-encontro-de-geracoes_26.html#comment-form
FERNANDO ROVIRA
1933
O funeral foi esta manhã
Encontro de Gerações apresenta a toda a sua familia
as mais sinceras condolências
Escritor: Vários trechos de alguns dos seus livros foram temas de publicação em
"ENCONTRO DE GERAÇÕES"
https://encontrogeracoesbnm.blogspot.com/2011/07/francesa-novela-historia-e-lenda-da.html#comment-form
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Noticia triste
ANIVERSÁRIO Nela Dias
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Aniversários
terça-feira, 23 de junho de 2020
REVISTA DE IMPRENSA - JORNALDE SÃO PAULO-BRASIL.
Texto de uma brasileira-Professora Universitária, SOBRE PORTUGAL
Sugerido pelo amigo Jorge Castro,que escreveu....
Porque gostamos de Portugal, com todos os seus incontáveis defeitos e virtudes, tiques, manias e idiossincrasias, medos imensos e coragens desmesuradas, partilho, hoje, convosco, um texto divulgado pela Associação 25 de Abril e da autoria de Ruth Manus, advogada e professora universitária brasileira que escreve num Jornal de S. Paulo (Brasil) e no Observador (Lisboa).
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TEXTO
«Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas:
Ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e otimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui - embora me pareça que muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal seja perfeito.
Nenhum lugar é.
Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém.
Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente.
Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.
Para começo de conversa, o mundo deveria aprender a cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam que aqueles pratos com porções minúsculas não alegram ninguém.
Os alemães descobririam outros acompanhamentos além da batata.
Os ingleses aprenderiam tudo do zero.
Bacalhau e pastel de nata ?
Não.
Estamos falando de muito mais.
Arroz de pato, arroz de polvo, alheira, peixe fresco grelhado, ameijoas, plumas de porco preto, grelos salteados, arroz de tomate, baba de camelo, arroz doce, bolo de bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo deveria aprender a se relacionar com a terra como os portugueses se relacionam.
Conhecer a época das cerejas, das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano, que o vinho do Porto é do Douro.
Talvez o pequeno território permita que os portugueses conheçam melhor o trajeto dos alimentos até a sua mesa, diferente do que ocorre, por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar a terra à família e à história como os portugueses.
A história da quinta do avô, as origens transmontanas da família, as receitas típicas da aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.
E se alguns dizem que Portugal vive do passado, eu tenho certeza de que é isso o que os faz ter raízes tão fundas e fortes.
O mundo deveria ter o balanço entre a rigidez e a afeto que têm os portugueses.
De nada adiantam a simpatia e o carisma brasileiros se eles nos impedem de agir com a seriedade e a firmeza que determinados assuntos exigem.
O deputado Jair Bolsonaro, que defende ideias piores que as de Donald Trump, emergiu como piada e hoje se fortalece como descuido no nosso cenário político.
Nem Bolsonaro nem Trump passariam em Portugal .
Os portugueses - de direita ou de esquerda - não riem desse tipo de figura, nem permitem que elas floresçam.
Ao mesmo tempo, de nada adianta o rigor japonês que acaba em suicídio, nem a frieza nórdica que resulta na ausência de vínculos.
Os portugueses são dos poucos povos que sabem dosar rigidez e afeto, acidez e doçura, buscando sempre a medida correta de cada elemento, ainda que de forma inconsciente.
Todo país do mundo deveria ter uma data como o 25 de abril para celebrar.
Se o Brasil tivesse definido uma data para celebrar o fim da ditadura, talvez não observássemos com tanta dor a fragilidade da nossa democracia.
Todo país deveria fixar o que é passado e o que é futuro através de datas como essa.
Todo idioma deveria conter afeto nas palavras corriqueiras como o português de Portugal transporta .
Gosto de ser chamada de “ miúda“.
Gosto de ver os meninos brincando e ouvir seus pais chama-los carinhosamente de “ putos “.
Gosto do uso constante de diminutivos.
Gosto de ouvir ” magoei-te ? ” quando alguém pisa no meu pé.
Gosto do uso das palavras de forma doce.
O mundo deveria aprender a ter modéstia como os portugueses, embora os portugueses devessem ter mais orgulho desse seu país do que costumam ter.
Portugal usa suas melhores características para aproximar as pessoas, não para afastá-las.
A arrogância que impera em tantos países europeus, passa bem longe dos portugueses.
O mundo deveria saber olhar para dentro e para fora como Portugal sabe.
Portugal não vive centrado em si próprio como fazem os franceses e os norte americanos.
Por outro lado, não ignora importantes questões internas, priorizando o que vem de fora, como ocorre com tantos países colonizados.
Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece.
Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal.
Essa sorte, pelo menos, nós brasileiros tivemos.» (fim de citação)
Vamos, então, digo eu, tentar conservar esta maneira única de estar no mundo e na vida, não por razões turísticas mas por nós mesmos, que tanto o merecemos, pela nossa causa, pela nossa cultura. Sejamos, pois, alegre e confiadamente, Portugueses.
Sugerido pelo amigo Jorge Castro,que escreveu....
Porque gostamos de Portugal, com todos os seus incontáveis defeitos e virtudes, tiques, manias e idiossincrasias, medos imensos e coragens desmesuradas, partilho, hoje, convosco, um texto divulgado pela Associação 25 de Abril e da autoria de Ruth Manus, advogada e professora universitária brasileira que escreve num Jornal de S. Paulo (Brasil) e no Observador (Lisboa).
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TEXTO
«Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas:
Ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e otimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui - embora me pareça que muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal seja perfeito.
Nenhum lugar é.
Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém.
Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente.
Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.
Para começo de conversa, o mundo deveria aprender a cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam que aqueles pratos com porções minúsculas não alegram ninguém.
Os alemães descobririam outros acompanhamentos além da batata.
Os ingleses aprenderiam tudo do zero.
Bacalhau e pastel de nata ?
Não.
Estamos falando de muito mais.
Arroz de pato, arroz de polvo, alheira, peixe fresco grelhado, ameijoas, plumas de porco preto, grelos salteados, arroz de tomate, baba de camelo, arroz doce, bolo de bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo deveria aprender a se relacionar com a terra como os portugueses se relacionam.
Conhecer a época das cerejas, das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano, que o vinho do Porto é do Douro.
Talvez o pequeno território permita que os portugueses conheçam melhor o trajeto dos alimentos até a sua mesa, diferente do que ocorre, por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar a terra à família e à história como os portugueses.
A história da quinta do avô, as origens transmontanas da família, as receitas típicas da aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.
E se alguns dizem que Portugal vive do passado, eu tenho certeza de que é isso o que os faz ter raízes tão fundas e fortes.
O mundo deveria ter o balanço entre a rigidez e a afeto que têm os portugueses.
De nada adiantam a simpatia e o carisma brasileiros se eles nos impedem de agir com a seriedade e a firmeza que determinados assuntos exigem.
O deputado Jair Bolsonaro, que defende ideias piores que as de Donald Trump, emergiu como piada e hoje se fortalece como descuido no nosso cenário político.
Nem Bolsonaro nem Trump passariam em Portugal .
Os portugueses - de direita ou de esquerda - não riem desse tipo de figura, nem permitem que elas floresçam.
Ao mesmo tempo, de nada adianta o rigor japonês que acaba em suicídio, nem a frieza nórdica que resulta na ausência de vínculos.
Os portugueses são dos poucos povos que sabem dosar rigidez e afeto, acidez e doçura, buscando sempre a medida correta de cada elemento, ainda que de forma inconsciente.
Todo país do mundo deveria ter uma data como o 25 de abril para celebrar.
Se o Brasil tivesse definido uma data para celebrar o fim da ditadura, talvez não observássemos com tanta dor a fragilidade da nossa democracia.
Todo país deveria fixar o que é passado e o que é futuro através de datas como essa.
Todo idioma deveria conter afeto nas palavras corriqueiras como o português de Portugal transporta .
Gosto de ser chamada de “ miúda“.
Gosto de ver os meninos brincando e ouvir seus pais chama-los carinhosamente de “ putos “.
Gosto do uso constante de diminutivos.
Gosto de ouvir ” magoei-te ? ” quando alguém pisa no meu pé.
Gosto do uso das palavras de forma doce.
O mundo deveria aprender a ter modéstia como os portugueses, embora os portugueses devessem ter mais orgulho desse seu país do que costumam ter.
Portugal usa suas melhores características para aproximar as pessoas, não para afastá-las.
A arrogância que impera em tantos países europeus, passa bem longe dos portugueses.
O mundo deveria saber olhar para dentro e para fora como Portugal sabe.
Portugal não vive centrado em si próprio como fazem os franceses e os norte americanos.
Por outro lado, não ignora importantes questões internas, priorizando o que vem de fora, como ocorre com tantos países colonizados.
Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece.
Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal.
Essa sorte, pelo menos, nós brasileiros tivemos.» (fim de citação)
Vamos, então, digo eu, tentar conservar esta maneira única de estar no mundo e na vida, não por razões turísticas mas por nós mesmos, que tanto o merecemos, pela nossa causa, pela nossa cultura. Sejamos, pois, alegre e confiadamente, Portugueses.
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Revista de Imprensa
segunda-feira, 22 de junho de 2020
QUANDO ERA CRIANÇA...
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Diversos.
domingo, 21 de junho de 2020
COIMBRA DE OUTROS TEMPOS ....
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Coimbra antiga
sábado, 20 de junho de 2020
IN MEMÓRIAS & INSPIRAÇÕES
"Tinha para aí 5 anos… Vivia numa velha casa na Pragueira. Velha mas linda…hoje, no seu lugar, está o Centro de Saúde. Acordei e desci as velhas (mas lindas) escadas de madeira até à cozinha. Era grande a nossa cozinha. Tinha um lume. Ou seja, uma fogueira de chão com trempe de ferro. A mãe tinha ido vindimar para o Vaz Serra…o pai para o trabalho de motorista, no Botânico. O irmão mais velho e o mais novo ainda dormiam, lá em cima. Tínhamos as sopas de broa quentinhas, entre as brasas. As pequenas panelas foram ali colocadas cirurgicamente, à distância certa do fogo, para não ferverem, nem arrefecerem demasiado, até acordarmos. Satisfeito, saí para a rua. Para a eira. Sim, a nossa casa tinha uma eira. E um celeiro. Mas a sua utilização era comunitária…Algumas pessoas trabalhavam sob o sol da manhã, malhando, espalhando e juntando o milho na eira…Penso que também trabalhavam por conta do Vaz Serra…não sei… 50 anos é muito tempo…Num intervalo, um dos homens sentou-se no murete e começou a executar um ritual diário que me fascinava. Tinha um colete preto, com vários bolsos. Primeiro retirava um relógio de bolso, preso por uma corrente, e abria a sua tampa prateada, para ver as horas. Fechava-o com um click e depois, procurava noutro bolso, uma embalagem de mortalhas de tabaco de côr preta. Não me recordo da marca, mas sei que era preta. Colocava-a na mão esquerda e com a outra mão, retirava, ainda de outro bolso, um pequeno pacote de papel com tabaco. Pousava-o no murete, abria-o, e utilizando o indicador e polegar, pegava numa porção, e distribuía-a uniformemente pela mortalha branca. Dobrava-a agilmente, apenas com uma mão, e levava-a aos lábios para humedecer e colar. Feito o cigarro, guardava-o, junto com os outros, numa pequena lata espalmada, com letras desenhadas por fora e metal dourado muito brilhante por dentro…. Passado algum tempo, deixamos esta casa e mudamos para uma quase nova, na aldeia. Depois perdemos quase tudo…. ."in Memórias & Inspirações
Por JOSÉ PASSEIRO
Por JOSÉ PASSEIRO
sexta-feira, 19 de junho de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA-Prça do Comércio e Universidade
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Encontro com a arte-Fotografia
quinta-feira, 18 de junho de 2020
COIMBRA ATRATIVA E SEGURA-Promoção turística
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Noticias de Coimbra
terça-feira, 16 de junho de 2020
O BELENENSES DO PALVARINHO ...
Naquela tarde de verão, Irene percorria a pé a estreita fita
de alcatrão que ligava Salgueiro do Campo à povoação de Palvarinho. Com o sol a
pino, parei o carro junto dela e ofereci-lhe uma boleia. Reconheceu-me da
farmácia e aceitou. Naqueles quatro quilómetros deu para conversar, e lá me foi
dizendo que durante vinte e sete longos anos tinha trabalhado numa pastelaria
de Belém. E no Palvarinho a deixei e parti. Pelo caminho fui meditando naquele
percurso de vida daquela minha companheira de viagem na sua simplicidade, que
de uma simpática e pequena aldeia da Beira – Baixa um dia partiu para a grande
metrópole, e em como foi parar lá para as bandas do Restelo. E que ligação
haveria com os famosos pasteis de nata de Belém. Porém, por um blog sabemos
muitas coisas. E eu, que vou oferecendo a minha colaboração a um outro Rafael,
que tem um espaço de convívio da aldeia onde passei parte da minha vida, fiquei
a saber alguma da minha curiosidade e as peças começaram a juntar-se. Um
habitante do Palvarinho de nome Artur, fundou uma pastelaria em Belém, onde se
confecionavam os famosos bolos. E ela – a Irene – para lá foi trabalhar. Curiosa
também da razão de todo o Palvarinho vestir de azul e o seu povo ser Belenenses
ferrenho. De novo o nome de Artur vem à baila, agora como dirigente que foi do
Clube da Cruz de Cristo. O grupo amador da aldeia veste de azul, e os
equipamentos para a prática desportiva vinham das camisolas e chuteiras já
usadas pelo clube de Lisboa em épocas recuadas. Aquele apego da aldeia ao
Belenenses, valeu aos seus habitantes em tempo remoto, conviveram com alguns do
grandes jogadores do Belém que ali se deslocavam propositadamente, a convite da
aldeia mais azul de Portugal. E, como amor com amor se paga, o Belenenses
assumiu o grupo desportivo da aldeia como sua filial. Duas figuras públicas são
referência do Palvarinho. A artista Rita Pereira que ali tinha os seus avós que tive o prazer de conhecer, e o
falecido locutor Henrique Mendes, ele também um simpatizante fervoroso da
camisola azul do Restelo.
Quito Pereira
VISITA (RECONHECIMENTO) da NOVA PRAIA FLUVIAL DE COIMBRA - REBOLIM
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Noticias de Coimbra
segunda-feira, 15 de junho de 2020
ANIVERSÁRIO
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Aniversários
domingo, 14 de junho de 2020
VALSA TRISTE a solo, com a tristeza do confinamento!
Alfredo Moreirinhas - «Valsa triste»
NOTA: Diz o Alfredo Moreirinhas : Há mais de 6 anos que não toco guitarra...
NOTA: Diz o Alfredo Moreirinhas : Há mais de 6 anos que não toco guitarra...
Diz Paulo Moura: Sinceramente, tinha ideia de que tu tocavas guitarra só de uma forma básica. Mas, mais uma vez, conseguiste surpreender-me (o que já não é nada fácil).
Mas diz mais Alfredo Moreirnhas-Eu costumo dizer que para se tocar bem guitarra é preciso 20% de talento e 80% de suor.
Mas diz mais Alfredo Moreirnhas-Eu costumo dizer que para se tocar bem guitarra é preciso 20% de talento e 80% de suor.
O talento até penso que poderei ter os 20% (pois aprendi tudo de ouvido e sem mestre, além de não saber nada de música); agora os 80% de suor é que nunca foi o meu forte. Nunca consegui estar a tocar sozinho, mais de uma hora e não era todos os dias!...
Tem mais: Nunca tive uma guitarra na minha vida. Esta foi o Luís Filipe Roxo que a construiu de propósito para mim, já eu tinha uns 60 anos. Um dia falaremos sobre o assunto.
Abraço
Tem mais: Nunca tive uma guitarra na minha vida. Esta foi o Luís Filipe Roxo que a construiu de propósito para mim, já eu tinha uns 60 anos. Um dia falaremos sobre o assunto.
Abraço
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Alfredo Moreirinhas
sábado, 13 de junho de 2020
COIMBRA ANTIGA Coimbra a preto e branco
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Coimbra antiga
sexta-feira, 12 de junho de 2020
ANIVERSÁRIO
ROSA MARIA GANDARA
12-06-1946
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
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Aniversários
quarta-feira, 10 de junho de 2020
A MINHA GENTE DE ANTANHO...
A minha gente de antanho
Mal a vaca mugiu na “loje” o ti Zé, voltou-se para a outra borda da enxerga, onde ficaria de bom grado, não fosse a sua Isabel ter dado um “pintcho” da cama, tirado o “morrão” da torcida do candeeiro que ateou “levezinho” com um dos quarenta fósforos da caixinha pequenina de quatro tostões. “ Ai mãe, só já restam tão poqueninos”, resmungara.
A vaca mugira de novo... Então, o Ti Zé espreguiçou-se, vestiu as ceroulas do dia, calçou as meias grossas de algodão que tinham levado um novo calcanhar, enfiou as calças de pana negra, calçou as botas da semana. Foi até ao lavatório do corredor e lavou a cara com sabonete Madeiras de Oriente, “patchinando” de água tudo em volta. Secou-se na toalha e voltou ao quarto. Enfiou o camisolão, embora já remendado ainda era bem quentinho, deu uma penteadela no cabelo e por ali demoraria se a Mourisca não mostrasse o seu desagrado pela demora.
Foi até à cozinha, onde a Ti Isabel já tinha limpado a cinza, picado o grosso tição meio ardido e juntado um braçado de carqueja que crepitava em chama viva. Enquanto lhe arrimava a cafeteira de esmalte azul pintalgado de branco, para fazer aquele cafèzinho de cevada que perfumava a casa inteira pela manhã, o Ti Zé pegou no copo e no caldeiro e foi acudir à Mourisca. Pôs-lhe uma “faxa” de feno na manjedoura, achegou-lhe o vitelo e não tardou a ordenha.
Quando montou as escaleiras, já abria o lusco-fusco.
A Ti Isabel, que viera esmagar a vianda na pocilga, abrira a cortelha ao marrano e a porta da capoeira às galinhas, montara acima com um braçadinho de toras, e foi acabar de fazer o café com acrescento de uma brasa chamejante, para que assentasse as borras lá para o fundo. Pusera as malgas na mesinha, coberta da toalhinha de linho, aproveitada de um velho e gasto lençol, já descosido e invertido pelo meio, mas que deixara o fundo bem resistente para levar uma bainha e servir de toalha.
Quando o seu homem arribou com o leite, pôs um tachinho sobre a trempe com um “poquenino” e levou-o a cozer. Entretanto, “esnocou” um codorno de pão e migou-o em pedacitos para a malga. Juntou-lhes uma colherzinha de açúcar amarelo, o leite e uns “goles” de café. Tirou da gaveta, o naco de toucinho cozido que sobrara do dia anterior, o queijo já em meia cura e ainda perguntou se haveria de estrelar um ovo...
Acabada a refeição, o ti Zé foi picar mais umas giestas e ajeitar uns “fieitos” para a cama da vaca e do bezerro.
Já o sol passara sobre a Xalma, quando veio o Ti Pepe: “Atão, vamos matar o “bitcho”?
O Ti Zé apanhou a samarra e de “carava” lá foi até à taverna do Ti Zé dos Pilos. Como não era muito dado a aguardente, pediu um copo de meio quartilho de vinho, resmungando, pois este já tinha sido bem “baptizado”! Na mesa ao lado estavam os guardas fiscais que tinham pedido umas farinheiras assadas ao lume, para acrescentar ao mata-bicho, pois tinham estado a noite inteira de plantão. Era a hora do Ti Zé e do Ti Pepe, porem as chancas a caminho da candonga. Saiu um deles primeiro, como se o outro não tivesse interesse em abalar “tão listo” e foi metendo conversa e pagando uma rodada, mais umas febritas assadas, umas lascas de bacalhau assado... para que se mantivessem por ali mais tempo. Então veio chamá-lo a catraia mais nova do Ti Pepe, que a mulher precisava de ajuda. O sinal estava dado. O Ti Zé fingiu cambalear para enganar quem por ali estava e acompanhou a cachopita. Mal se apanhou no Largo do Enxido, “óh!, pernas para que vos quero”, desatou a andar ligeiro, apanhou o carrego e ala que eles lá vão.
Georgina Ferro
Mal a vaca mugiu na “loje” o ti Zé, voltou-se para a outra borda da enxerga, onde ficaria de bom grado, não fosse a sua Isabel ter dado um “pintcho” da cama, tirado o “morrão” da torcida do candeeiro que ateou “levezinho” com um dos quarenta fósforos da caixinha pequenina de quatro tostões. “ Ai mãe, só já restam tão poqueninos”, resmungara.
A vaca mugira de novo... Então, o Ti Zé espreguiçou-se, vestiu as ceroulas do dia, calçou as meias grossas de algodão que tinham levado um novo calcanhar, enfiou as calças de pana negra, calçou as botas da semana. Foi até ao lavatório do corredor e lavou a cara com sabonete Madeiras de Oriente, “patchinando” de água tudo em volta. Secou-se na toalha e voltou ao quarto. Enfiou o camisolão, embora já remendado ainda era bem quentinho, deu uma penteadela no cabelo e por ali demoraria se a Mourisca não mostrasse o seu desagrado pela demora.
Foi até à cozinha, onde a Ti Isabel já tinha limpado a cinza, picado o grosso tição meio ardido e juntado um braçado de carqueja que crepitava em chama viva. Enquanto lhe arrimava a cafeteira de esmalte azul pintalgado de branco, para fazer aquele cafèzinho de cevada que perfumava a casa inteira pela manhã, o Ti Zé pegou no copo e no caldeiro e foi acudir à Mourisca. Pôs-lhe uma “faxa” de feno na manjedoura, achegou-lhe o vitelo e não tardou a ordenha.
Quando montou as escaleiras, já abria o lusco-fusco.
A Ti Isabel, que viera esmagar a vianda na pocilga, abrira a cortelha ao marrano e a porta da capoeira às galinhas, montara acima com um braçadinho de toras, e foi acabar de fazer o café com acrescento de uma brasa chamejante, para que assentasse as borras lá para o fundo. Pusera as malgas na mesinha, coberta da toalhinha de linho, aproveitada de um velho e gasto lençol, já descosido e invertido pelo meio, mas que deixara o fundo bem resistente para levar uma bainha e servir de toalha.
Quando o seu homem arribou com o leite, pôs um tachinho sobre a trempe com um “poquenino” e levou-o a cozer. Entretanto, “esnocou” um codorno de pão e migou-o em pedacitos para a malga. Juntou-lhes uma colherzinha de açúcar amarelo, o leite e uns “goles” de café. Tirou da gaveta, o naco de toucinho cozido que sobrara do dia anterior, o queijo já em meia cura e ainda perguntou se haveria de estrelar um ovo...
Acabada a refeição, o ti Zé foi picar mais umas giestas e ajeitar uns “fieitos” para a cama da vaca e do bezerro.
Já o sol passara sobre a Xalma, quando veio o Ti Pepe: “Atão, vamos matar o “bitcho”?
O Ti Zé apanhou a samarra e de “carava” lá foi até à taverna do Ti Zé dos Pilos. Como não era muito dado a aguardente, pediu um copo de meio quartilho de vinho, resmungando, pois este já tinha sido bem “baptizado”! Na mesa ao lado estavam os guardas fiscais que tinham pedido umas farinheiras assadas ao lume, para acrescentar ao mata-bicho, pois tinham estado a noite inteira de plantão. Era a hora do Ti Zé e do Ti Pepe, porem as chancas a caminho da candonga. Saiu um deles primeiro, como se o outro não tivesse interesse em abalar “tão listo” e foi metendo conversa e pagando uma rodada, mais umas febritas assadas, umas lascas de bacalhau assado... para que se mantivessem por ali mais tempo. Então veio chamá-lo a catraia mais nova do Ti Pepe, que a mulher precisava de ajuda. O sinal estava dado. O Ti Zé fingiu cambalear para enganar quem por ali estava e acompanhou a cachopita. Mal se apanhou no Largo do Enxido, “óh!, pernas para que vos quero”, desatou a andar ligeiro, apanhou o carrego e ala que eles lá vão.
Georgina Ferro
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Encontro com a Arte - Prosa
terça-feira, 9 de junho de 2020
LENDA DO MONDEGO
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Diversos.
segunda-feira, 8 de junho de 2020
ENCONTRO COM A ARTE- FOTOGRAFIA Daisy-oliveiras
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Encontro com a arte -Fotografia
sábado, 6 de junho de 2020
ANDAR NA LUA ...
Buzz Aldrin ...
O homem era franzino e arrebatado. Chefe de um serviço
público, não tinha grande vocação para a função. Só estava bem onde não estava
e aquele martírio de estar atrás de uma secretária atafulhada de papéis punha-o
doente. Decididamente, gostava de liberdade. Dotado de uma mente febril, em
tudo arranjava um caso. Talvez por isso fosse olhado de sobrancelha franzida
pelos seus inferiores hierárquicos, que achavam que ele era chefe mas pouco. No
fim do dia, um funcionário entrava no seu gabinete com um molho de documentos
na mão para ele assinar – coisa enfadonha. Então o chefe que era pouco, nem se
dava ao trabalho de ler o que assinava. Ia tudo de cruz e pouco se importava
com as matérias mais relevantes. Vivia num mundo de ilusão, para quem já
tombava para as seis décadas de vida. E naquele ano de 1969, deu-se um
acontecimento histórico à escala global. Na corrida à lua entre americanos e
russos, foram os homens de Nixon que venceram. E a Apolo 11 lá partiu com
Armstrong e os seus pares em direção ao cobiçado satélite da Terra. A aventura
mexeu com o engenheiro de profissão travestido e investido na função de chefe. Não
havia dúvida, a viagem espacial dera - lhe volta ao miolo. Devorava tudo o que
era jornal regional ou nacional e perante os funcionários enfadados, dava
explicações técnicas daquela corrida espacial com o à vontade de um perito da
NASA. E quando a Apollo já gravitava em redor da lua, o homem dos pensamentos
arrebatados passou a noite a olhar para o satélite natural da Terra. E de
manhã, quando entrou no Serviço Público, disse na sua mente delirante que tinha
visto a nave com as suas luzes cintilantes em órbita à volta do pequeno planeta,
agora à mercê dos americanos. Decididamente, aquele chefe andava sempre na lua.
QP
ANIVERSÁRIO
MARIA TERESA BENTO PRATA
06-06-1942
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
sexta-feira, 5 de junho de 2020
INTERLÚDIO MUSICAL-ZECA AFONSO-Rui Pato
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Interlúdio Musical
ANIVERSÁRIO
05-06-1946
Nesta data especial...
"Encontro de Gerações" deseja
MUITAS FELICIDADES!
PARABÉNS!
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Aniversários
quarta-feira, 3 de junho de 2020
ENCONTRO COM A ARTE - FOTOGRAFIA-Jardim da Manga
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Encontro com a Arte- Fotografia
terça-feira, 2 de junho de 2020
QUANDO FUI "VEDETA"(?) RTP1 LONGINQUO ANO 1978
segunda-feira, 1 de junho de 2020
ANIVERSÁRIOS
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