quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Gostei de ver

Quando ia a passar em frente da biblioteca da Universidade Concordia, deparei com uma ornamentação fora de comum feita com bancos municipais e latas de cervejas.
Aí chegado dei com este belo exemplo de defesa do meio ambiente de origem camarária, em plena zona universitária.



     Em matéria de limpeza, temos to
    dos um papel a desempenhar.Uti-
    lizando  os  caixotes  públicos  do
    lixo, contribui-se a manter o meio
    ambiente mais limpo e agradável.
   
Um gesto tão simples!
Os  maus  comportamentos  têm  um
efeito directo sobre o meio ambiente.

Já noutra rua, deparei-me com uma placa e seus dizeres num poste de tráfego.
Como era de dia, estes não se interessaram com a placa e ainda não se viam mas já se ouviam grasnar bem  longe. Os miúdos ao colo dos pais e avós diziam-lhes adeus,  continuando-se a ouví-los por muito tempo.  Foi um momento de franco convívio.

Para ampliar clique na imagem.

16 comentários:

  1. Assim gosto.
    Tudo simples mas com grande alcance na comunidade.
    Tonito.

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    1. É verdade, Tonito.
      Tanto neste como noutros campos, este género muito simples e a actuação de médias em repetição, levam a um bom resultado de sociedade.

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  2. Apelar à cidadania devia ser mais consistente pelos órgãos municipais ou nacionais.
    Infelizmente, mesmo que se ese apelo fosse mais apelativo, a esmagadora maioria do povo está-se a marimbar.
    Os exemplos são mais que muitos, desde simples procedimentos diários, como não atirar papeis para o chão, ter um cinceiro na mesa do café e deitar a "beata" para o chão, chegar junto do contentor do lixo e deixar os sacos no chão, deixar sacos do lixo junto a um vidrão, etc,etc, como também e como é referido na postagem, incomodar visinhos até altas horas da manhã com poluição sonora em bares,comportamentos com linguagem imprópria em voz alta em lugares públicos, etc, etc, Sei que é dificil mudar mentalidades...e em alguns casos nem vale a pena chamar a atenção a quem os pratica! Sai-se mal da questão! É olhar e seguir...

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    1. Rafael
      Mais vale tarde do que nunca e se fôr em repetição, acaba por dar resultados. Não são possíveis resultados se não se inciar um trabalho sistemático. A revolução cultural no Quebec começou nos fins dos anos sessenta do século passado e já há alguns anos que se vêm resultados a nível de sociedade. A pessoa depois de tanto ler placas iguais à de cima a dizerem que se arrumarem papeis e outros produtos para o chão pagam duzentos dólares, muitas vezes já evitam sem se lembrarem nos duzentos dólares mas nas outras pessoas que estão a vê-las. A sistematização por muito simples que seja, é fantástica.
      Uma recente foi passada com ciclistas. Um ciclista quando ia a ser ultrapassado por um camião com atrelado por baixo de um viaduto, foi morto. Hoje que a nova lei ainda não saíu, os camiãos se virem um ciclista mudam para a faixa imediatamente à esquerda de baixo dos viadutos. Só que muitos também já fazem o mesmo nas ruas da cidade. Neste caso, a mentalização foi sistemática e compacta.
      No caso de vermos alguém a prevericar, nunca se fala qualquer que seja o acto inaceitável. Num caso grave, chama-se a polícia pois podemos dizer que não queremos ser nomeados. Nunca se sabe quando o outro aceita a sugestão, dá uma facada ou se leva um tiro. Se se fôr de carro, um pau de baseball faz muitos desgastes materialmente e fisicamente.
      A educação social é dos reponsáveis mas a individual é diferente e hoje, os jovens saem de casa muito cedo. Por isso os responsáveis, que estão no lugar que ambicionavam, não têm direito de falhar.

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  3. E a fauna e flora agradecem. No caso,lá de cima fazendo festa, pássaros dão exemplos de como o trabalho em equipe rende, dá resultados positivos.
    Tudo tende a ser melhor, quando cada um faz a sua parte e não somente esperar pelos governos.

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    1. Sem dúvidas, Chama a Mamãe! Mas nos dias de hoje é muito bom a condução de uma sociedade sem sistemas coercivos. O que se vai vendo escrito nas ruas sem serem placas, assim como os médias que vão apresentando sempre exemplos, leva as pessoas a terem uma conduta muito positiva enquanto que sociedade.
      Os nossos amigos patinhos, devez em quando enganam-se e passam sobre Montreal pois o aviões afastam-nos. Fazem muito barulho mas têm cá um fôlego... Põem-nos de nariz no ar.
      Uma pessoa se quiser pode sempre dizer mal mas o trabalho que fazem com os animais, é fantástico. Isso daria para muita conversa.

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  4. Gostei de ver. Na verdade, é a conjugação das politicas nacionais e municipais, com a educação da população, que permite um ambiente limpo e arejado, numa palavra, qualidade de vida. A cidade onde vivo alguns dias por semana - Castelo Branco - é um exemplo de civismo da população, bem como a preocupação da edilidade em manter a cidade limpa. Todas as manhãs, os trabalhadores municipais limpam as ruas, a vassoura e carro - aspirador e ainda os jardineiros que tratam os jardins com muito zelo. Mas não há mistério nenhum, se pensarmos que a Câmara da cidade tem boas disponibilidades financeiras, proveniente de uma gestão competente. Mas nada faria sentido, se a população não estimasse a sua cidade, o que observo diariamente com o espírito de forasteiro que sou, apesar de conviver com aquela cidade há muitos anos.

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    1. Quito
      Gostei do teu comentário pois falas do que tens vivido. O que acontece numa grande cidade de milhões de habitantes e de imensos quadrantes, é que tem de haver um trabalho social constante a fim de se obterem resultados. Se fôr-mos para cidades pequenas, nota-se o mesmo que acabas de expôr.
      O que eu noto para manter uma cidade limpa como falas, é que além de todo o material mecâncio que possui e o pessoal, é a utilização estratégica de cestos do lixo e também de cinzeiros pelas ruas em grandes quantidades, isto fora das zonas meramente habitacionais. Aí há muito caixote do lixo dos privados e assim a pessoa não precisa de deitar lixo para o chão. Normalmente ninguém fica zangado. No fim das festas aonde quer que seja na cidade, aparece logo todo o material mecâncio e humano para deixar tudo limpo, porque nas festas fica mesmo sujo. Só visto. Qwuem vem daí não faz ideia. Por isso, a questão de limpeza por estes lados, depende muito dos responsáveis que devem ter uma visão que antecipe os acontecimentos.
      Para uma noção geral de como fazem no fim das festas, podem ver o que fazem a seguir a um cortejo que é o mais difícil pois têm que o acompanhar para que as ruas possam ser abertas imediatamente. É só clicar: aqui. É uma boa noção.

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    2. Vá lá que aqui por Coimbra na Queima das Fitas também os serviços da de limpeza da câmara também estão a postos para começar a limpar as ruas à medida que o cortejo avança.
      Nem podia ser de outra maneira tal é o lixo...Então garrafas e latas de cerveja são milhares!!

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    3. Pois, hoje uma Queima das Fitas em Coimbra é de longe pior do que nos nossos tempos. Eu mostrei o cortejo das festas aqui porque era o que tinha à mão. Não é no entanto o que é pior em matéria de sujidade pois as pessoas estão mais distribuídas, entram e saiem nos cafés e restaurantes para comerem, chegam e partem, etc. Já nos festivais ficam juntas, e se não forem na baixa "Praça dos espectáculos" mas sim em recinto para o esse fim, então não há nenhuma possibilidade de comparar. As pessoas começam a chegar de manhã ou mesmo no dia anterior, levam a comida em sacos de papel e em caixas de esferovite que ficam pelo chão e pisados com um pé se partem todos deixando saír o que ficou lá dentro, guardanapos de papel que até nas pequenas reuniões deixam tudo sujo porque a partir de um dado momento os caixotes do lixo estão cheios, embalagens de bebidas de todo estilo, enfim : jamais se termina de enumerar. Só que Coimbra tem à volta de cento e cinquenta mil habitantes e alguns espectáculos em recintos fechados andam de cem mil a cento cento e vinte mil até duzentos e cinquenta mil. Somos pequeninos no meio disto tudo e não faço ideia do que seja em Nova York e outras grandes cidades. "Só visto sentado à frente da televisão". :) Quanto ao utilizarem a mesma técnica de limpeza a seguir ao cortejo da Queima das Fitas, é reconfortante.

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  5. Ótimas ideias e julgo que funcionem para o objetivo a que se destinam.
    O bando, cruzando o azul do céu, envolve-nos num abraço que vence o oceano e nos une na saudade!

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  6. Francamente, Celeste Maria. Quando cá cheguei não dava grande atenção a esta forma de conduzir a sociedade mas com o tempo, fui-me apercebendo que estes pequeninos nadas fazem muito.
    Saudade, é uma palavra genuínamente portuguesa de sete letras que quando chegamos a uma certa idade é o filme da nossa vida.

    Penso que a Olinda gostará de vêr o "aqui" que pûs no comentário para o Quito, pois tem ficado admirada com a limpeza das ruas e passeios.

    Já agora, aqui vai uma passada a algumas horas apenas :
    O pessoal sindical cercou esta tarde o local aonde estava o ministro dos transportes do Quebec, por causa do problema das reformas. Ele quando foi para saír, na vez de pedir a segurança a que tem direito, resolveu com o motorista saírem por um local mais viável. Os sindicalistas descobriram, puseram-se a correr a-trás do carro e eles tiveram que atravessar a corta mato um jardim público que não era regular e lá foram deixando umas pedaços de farolins partidos. Bem... "um cidadão", tirou a foto ao carro muito provávelmente com a matrícula, apanhou os pedaços de vidros partidos e às cinco da tarde já tinha entrado uma queixa na polícia porque o carro tinha andado por cima de um jardim público. Isto aqui é duro, duro ser um político. Não é para rir mas faz sorrir.
    Uma abraço.

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  7. Óptima reportagem. Todas as formas de combater a favor do meio ambiente são positivas.
    Água mole em pedra dura...

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    1. Calos Viana
      Bem vindo ao fuso mas já te estás a deitar tarde, ou a levantar-te cedo. :)
      Sem dúvidas que a água mole dá resultado e quando bate à vista de todos, o que saír fora da linha, sabe que os outros que também levaram com a mesma água, reparam.
      Não quer dizer que não haja os reticentes e no meio de três milhões, o número acaba por ser elevado mas muito baixo em percentagem. Como me levantei às cinco da manhã, desejo-te um bom dia.

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  8. Viva quem sabe conciliar a devesa da ecologia...
    Chico,absorvi o que escreveste no comentário do Quito.
    As tuas "reportagens" são interessantes para além de nos dar a conhecer as mentalidades do povo do Canadá.
    Beijinho

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    1. Olinda
      Aqui utilizam grandemente os carros vassouras que ao mesmo tempo aspiram e deitam água. Assim nem há pó. Também utilizam do mesmo tipo mas mais pequenos para as pistas de ciclismo e ainda outro tipo nos passeios. Nos passeios também utilizam os aspiradores que podes ampliar do "aqui" no comentário para o Quito. Estas máquinas passam na zona turística todas as manhãs e nas restantes ruas uma a duas vezes por semana de cada lado, o que é de acordo com a quantidade do tráfego habitual. Há um outro que só deita jato de água, que é muito utilizado a seguir à neve para lançar o pó do sal e da pedrisca conta o passeio. Depois passa um dos grandes acima citados e acaba o trabalho, como podes ver no "aqui" "aqui".
      Na baixa, anda pessoal com pás, vassouras, picas para apanhar papeis e cartões, assim como um outro sistema idêntico para apanharem as garrafas, latas de cervejas e embalagens de outras bebidas. Não precisam de se baixar pois isso dá muitas visitas ao hospital que ficam caríssimas. Fora da zona da baixa, utilizam pouco pessoal a pé mas quando utilizam, como têm que cobrir zonas maiores, dispôem de triciclos eléctricos ou em bicicletas, como podes ver "aqui".
      Penso que as tuas observações quando tens visto tudo limpo, é a existência de um grande número de cestos do lixo na cidade, assim como de cinzeiros pois as pessoas por natureza, ou por mentalização, são limpas. Em questão de limpeza o cidadão português é excelente, dêm-lhe é os meios para poderem provar. Isso parte de cima como costumo dizer, pois vejo o que se faz por estes lados.
      Espero que tenhas ficado ilucidada sobre a limpeza das ruas e passeios em Montreal.
      Um abraço.

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