Os índios que vivem na América do Norte passaram uma rasteirazinha ao senhor Cristóvão Colombo, que ao vê-los pensou que tinha descoberto a Índia. Foi mais tarde outro navegador, Amerigo Vespucci de origem italiana que veio desfazer a confusão. Amerigo esteve ao serviço da Espanha e de Portugal porque tinha um excelente agente, motivo pelo que foi dado o nome de América a esse continente. Pouco falado porque além das suas muitas histórias contradisse o tão célebre e popular Cristóvão, que nessa época andava sempre no topo do Boat Parade.
Ainda não contentes com toda esta situação, mais tarde os colonos americanos ao verem as caras dos verdadeiros americanos pintadas de vermelho nos campos de combate, passaram-lhes a chamar peles vermelhas até ainda há pouco tempo.
Conhecidos como "ameridians" ou "ameridiens" nas línguas inglesa ou francesa antes da colonização europeia para não se confundirem com os naturais da Índia, conhecidos como "indianos". O nome inicial "ameridien" vem da junção das palavras américa e índio nas duas línguas acima referidas, se bem que hoje aos naturais do Quebec lhes dêm mais o nome de Autoctónes mas quando se reférem a eles como povo, digam povos das Primeiras Nações.
Como se pode ver abaixo não há nada de vermelho nestas gentes. São descendentes de pessoas oriundas da Ásia que atravessaram há quatro mil anos a norte um istmo nomeado Ponte Terrestre de Bering, hoje conhecido como estreito do mesmo nome. Sendo excelentes caminheiros, foram-se deslocando por todo o continente americano até ao sul.
Como se pode ver abaixo não há nada de vermelho nestas gentes. São descendentes de pessoas oriundas da Ásia que atravessaram há quatro mil anos a norte um istmo nomeado Ponte Terrestre de Bering, hoje conhecido como estreito do mesmo nome. Sendo excelentes caminheiros, foram-se deslocando por todo o continente americano até ao sul.
Foi ao fazerem fogos no interior das suas tendas para se aquecerem, que criaram uma tampa amovível com uma simples haste para controlar a saída do fumo para cima evitando que invadisse as tendas. Esta invenção gentilmente oferta à humanidade e por isso não patenteada, é ainda hoje muito utilizada em todo o mundo para controlar a saída de fumos nas cheminés das casas com lareiras.
Excelentes fotos e texto. Gostei de ler todas as considerações e informações que prestaste. Curioso que quando li o nome de Amerigo Vespuci, pensei que realmente me dizia algo referente a navios e, de facto, numa pesquisa logo aparece o nome associado a um navio- escola italiano. Mas estou em crer, que o seu nome também está ligado a um outro barco de passageiros igualmente italiano e que foi construído como réplica de um outro que naufragou. Se calhar estou a delirar ...
ResponderEliminarAbraço
Antes de tudo, as minhas desculpas por só agora aqui chegar mas o homem põe e Deus dispõe. Com esse nome só conheço o navio escola italiano. Do nosso tempo o navio italiano que naufragou e que me lembro como se fôsse hoje, foi o Andrea Doria que foi cortado ao meio pelo navio de passageiros Stockholm que era sueco e tinha uma prôa para cortar gêlo. Estás a ver: até parecia que estava a cortar fiambre. A lamentar são as perdas de vidas. Fui ver e confere. Como me parece que gostas deste assunto, basta clicares no Andrea Doria.
EliminarAndrea Doria – Para veres o calendário Histórico dá lá um geitinho: clica aqui novamente.
Também me lembro do do naufrágio do navio Pamir de origem alemã e que foi o último cargueiro de quatro mastros. Também fui ver e se quizeres ver basta clicar aqui mais uma vez.
Um abraço.
Eu bem que gostaria de desmistificar a indiazinha dançarina da segunda foto...
ResponderEliminarAndas muito lésbica. Nem a indiazinha se safa.
EliminarLésbica inveterada, Chico!
Eliminardes·mis·ti·fi·car - Conjugar
ResponderEliminar(des- + mistificar)
verbo transitivo
1. Fazer cessar o carácter místico ou misterioso de alguma coisa.
2. Despojar (algo ou alguém) daquilo que engana (ex.: desmistificar um impostor). = DESMASCARAR, REVELAR
"desmistificar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/desmistificar [consultado em 28-04-2016].
São Rosas quanto à indiazinha vais na opção 1 ou 2?
ResponderEliminarEu saltaria logo para a opção 69...
EliminarNão se podem queimar etapas...
EliminarE quem as iria queimar?!
EliminarChico passar rasteira é falta!
ResponderEliminarO que nós aprendemos contigo!
As fotos são bem elucidativas do que escreves
Então da indiazinha que a São Rosas quer desmestificar é muito gira...e a indiazinha é bem simpática e não só!
Vá! Vá! Eu disse primeiro!...
EliminarOs índios sabiam muito. A sorte destes navegadores, foram os índios porque quando chegava o inverno que nessa altura era longo, eles ficavam presos com os barcos no gêlo. Acabavam-se-lhes as laranjas e aparecia o escorbuto. Os sábios índios, com "Sirop d’Érable" conseguiam tratá-los. Foi por isso que eu da outra vez enviei umas garrafinhas desse produto. Não foi para fazer panquecas. :) Só não enviei mais, porque não tinha dinheiro para curar Portugal. Temos que ver tudo de forma muito séria.
EliminarHá índias muito giras, tanto das naturais desta terra como muitas Incas, Maias, etc. É giro conviver com esta malta toda. É toda uma cultura.
Aconteceu que há anos fui em trabalho a conduzir de noite e perdi-me, entrando sem notar pela reserva índia Mohawks* que estava em guerra com o Canada. Vi um posto de abastecimento de gasolina e parei perguntando ao senhor o caminho. Ficou muito admirado a olhar para mim mas lá viu pelo sotaque que não era daqui e após pensar um pouco, lá me ensinou o caminho certo. Só depois é que vi aonde tinha estado metido. Passado essa época, está tudo normal.
*Mohawks era o nome que para os seus jurados inimigos "Algonquins", queria dizer na lígngua deles "devoradores de homens" – Eles estavam com sorte porque nessa altura eu ainda não tinha metastases mas se fôsse agora ficavam todos doentes. :)
Andas sempre à tona da água, São Rosas.
EliminarDe repente assustei-me. Mas depois percebi que escreveste "tona".
EliminarO Chico, com o seu jeito de menino bem comportado, bem se esforça por aqui trazer material de valor, educativo e histórico.
ResponderEliminarEste belo apontamento sobre a origens dos índios da América de Norte, mereceu apenas um comentário, o do Quito que, com a sua sensibilidade e ânsia de absorver conhecimento, apreciou e deu o devido valor ao post.
À excepção desse comentário, que temos nós?
Um autêntico fartar vilanagem, desde logo com a minha querida Sãozita a perder a cabeça com a indiazinha dançarina. Eu sei que ela sempre se perdeu com a dança, e, nesse sentido, dou-lhe alguma desculpa. Mas, logo aparece Dom Rafael, que esquecendo as elevadas responsabilidades que tem nesta espécie de blogue, puxa da sua famigerada maceta para com ela vergastar a indiazinha, libertando-a, na sua pérfida imaginação, das parcas roupas que enverga.
Chico, já reparaste que nem uma olhadela deram à primeira foto?
Aquelas duas índias, tão ou mais índias do que a "outra", artesãs do mais puro artesanato da história daquele povo, expondo para venda os mocassins que foram criados pelos índios americanos, para proteger os pés e ainda assim sentirem o chão, essas artesãs nem uma palavra mereceram.
Enfim, é o que temos...
O Carlos Viana, ou me engano , ou está a querer passar umas férias no Canadá!
ResponderEliminarPorquê, perguntais vós!
Porque como se se diz na minha terra(Chico era mesmo assim sem querer ofender...)"anda a passar a mão pelo lombo do Chico"!!
Será que também veio das terras dos Incas?
O Prédio amaricano nada tem a ver com o que vem no texto do Chico:"ameridien" vem da junção das palavras américa e índio"
Esclarecido?
Estes textos do Chico que acompanham as fotos permitem-nos(pelo menos a mim) ficar a saber mais sobre os Indios.
Fiquei também a saber como apareceram os Peles Vermelhas.
à parte: num torneio de volebol ainda no campo da sede antiga na Rua Nuno Tristão havia uma equipa que se chamava "Peles Vermelhas" Ou seja "amaricanos pintados de vermelho"!Será que o construtor do prédio amaricano descende destes amaricanos pintados de vermelho?
Ò Carlos vê lá onde te meteste!!!
Quanto à primeira foto Vê-se bem que as artesãs já não são "indias puras"!!
Quanto à india da 2ª foto estamos conversados...não vá a São Rosas fazer mais algum comentário...É mesmo uma "INDIA" à solta!
Está muito enganado, Rafael. O Carlos Viana não vem cá. Se cá viesse congelava, tadinho. Até ficava com pena dele.
EliminarBem... há muito tipo de Chico. Por qual deles é que queria passar a mão no lombro. Isso tem de ficar bem esclarecido. :)
Quanto à primeira foto, são índias puras, Rafael.
Bem... eu não estive lá no meio...
A indiazinha da segunda foto é que possívelmente já tem uma percentagem de mistura. Era muito alegre. Gostei de a ver.
De facto, mesmo em fotografia, é uma alegria...
EliminarPois...
EliminarÉ melhor nem falar mais nisso!
Alegria? Alegre comó milho, querem vocês dizer!
Fiquei agora a saber porque nunca houve escorbuto aqui em Coimbra: tinhamos os laranjais na Insua dos Bentos. Cautela que agora já há muito pouco...
ResponderEliminarÉ isso mesmo, Rafael. Não fôssem essas laranjas e Coimbra teria tido muitos problemas.
EliminarAlém disso os barcos não conseguiam passar o açde ponte, que nesse tempo ainda não existia. Só que respeitavam o futuro.
Tens toda a razão, Carlos Viana. Só no caso daqui os índios foram muito mal tratados até há pouco tempo. Eram retirados aos pais com quatro ou cinco anos e metidos em internatos aonde eram vestidos como nós e nem a língua deles podiam falar nos intervalos ou no fim da escola. Tinham castigos muito duros. Assim assimilaram-nos a nós e perderam as suas raízes. Muitos dos que nesse tempo morriam com doenças como a tuberculose e outras da época, agora é que andam a mostrar aos pais aonde ficaram enterrados. Andaram estes últimos trinta a cinquenta anos, sem saberem aonde estavam os corpos dos filhos. Hoje procuram recuperar o perdido mas no artesanato têm muito pouco, comparado com os índios de todo o continente americano. Além disso, dando-lhes actualmente condições económicas muito vantajosas para os manter em reservas leva um certo número a nada fazer e estarem dependentes sempre do governo.
ResponderEliminarNo caso das crianças é um problema muito grande para os que ficam a norte ou em locais isolados. Saem da casa e só vêm neve mas na televisão vêm muito mais, o que os faz pensar na miséria mental em que estão metidos. Crianças são inteligentes. Como são pobres, não têm dinheiro para droga. Então põem-se a cheirar gasolina e aqueles cérebros ficam destruídos. Há aqui um local aonde a polícia tenta travar o suicídio infantil que é elevado. Ainda há duas ou três semanas, salvaram uma situação de mais de vinte que tinham feito um pacto. Só que o problema persiste e espera-se a todo o momento que alguns partam.
Há uma lei que permite a um dos pais vir para a cidade com o filho que queira estudar apoiados pelo estado e já muitos aproveitaram. Só que o pai é necessário para a caça da foca que é a principal alimentação deles e a maioria das mães como têm muitos filhos, não vão abandonar os outros para virem só com um e ficarem sem ninguém em casa a olhar por eles com o pai fora.
Por outro lado se quiserem mudar uma localidade para dar mais possibilidades às crianças, não aceitam o que também é natural pois é ali que estão habituados e sempre tiveram o seu ninho. Já os avós e pais ali nasceram e morreram. É lá que estão as campas deles.
Por outro lado, há outras tribos altamente trabalhadores que estão bem na vida pois a posição geográfica, é outra. Foram eles que não tendo medo das alturas, construíram pontes e arranha céus.
Nas vigas de variadíssimas dezenas de andares em altura, em que uma pessoa tem de estar sempre preza por causa dos ventos, eles não ligavam a isso e até corriam em cima dessas vigas. Também não caíam. Nova Yorque tem muito arranha-céus em que estes índios daqui foram os principais trabalhadores, incluindo as célebres torres que foram destruída do World Trade Center.
A ministra actual do Canada para assuntos indios, é índia. Gosto de ver a Sra porque quando se apresenta como ministra, até parece europeia mas quando vai a locais índios, da forma como penteia o cabelo, vê-se bem que é india. É giro. E como este caso, há muitos mais.
Vamos a ver se com esta atitude do primeiro ministro Trudeau ao nomeá-la, consegue amelhorar diversos pontos pois ela sabe bem reconhecer os problemas.
Já agora, não os deixavam falar a sua língua mas quando foi da Grande Guerra, foram-nos buscar para utilizarem a língua deles como código. O inimigo nunca conseguiu descobrir o código porque ele não existia. Era a língua deles. Só que depois de altamente medalhados, quando a guerra acabou, estando habituados a tratarem-se por tu com os europeus, foram obrigado a voltarem às suas reservas.
Hoje as reservas já não são obrigatórias mas dão-lhes condições que eles preferem aceitar.
Carlos Viana.
EliminarEste comentário saíu fora do lugar mas sei que compreende muito bem a situação. Vi-me aflito para meter o texto que está dentro do número de palavras. Bem vindos à informática.
Lido, relido e aprovado.
EliminarAprender, aprender sempre!
Caraças Chico ! Eu andava aqui "embrulhado" com o nome do navio e é mesmo o Andrea Dória ! Eu bem puxava pela "tíbia" e não me conseguia lembrar. Mas continuo a pensar que o Amérigo Vespuci, era uma réplica dele. Deve ser a minha mente delirante !
ResponderEliminarAbraço
Não é delírio, Quito. A nossa memória com o tempo retem o principal e o secundário sofre desvios. Eu lembrava-me do naufágio do Pamir mas pensava que era um navio escola panamiano, o que estava relacionado com os comentários. Derivado ao ter-me lembrado dele fui ver e é bem diferente, pois era um cargueiro. É assim, meu caro. É bom sinal. É sinal que chegámos lá.
EliminarUm abraço.
Muita História desconhecida!
ResponderEliminarAfinal os "peles vermelhas" são apenas morenos...
Apareceram por cá umas estorietas que, oh! valha-nos Deus!
Mentes agitadas e danadas para a brincadeira.
Se a indiazinha tem a pele vermelha, não me importo de lhe passar uma pomada pelo corpinho todo... só tem que parar quieta um bocadinho...
EliminarPois são, Celeste Maria. A diferença é que muitos deles fazem uma vida mais ao ar livre e a tez da pele queima-se muito mais. A tez das que estão debaixo da tenda, é diferente da índia que anda a dançar. Só que esta índia é capaz de andar a estudar pois até está em Montreal. Como todos os estudantes trabalham nos tempos livres.
EliminarÉ muito bom porque não dá o choque que aconteceu em Portugal com a recessão. Não encontram emprego, ficam em casa e esperam que a família os ajude. Não vão buscar comida aos locais que fornecem gratuitamente. Por estes lados vão buscar e não têm vergonha nisso, pois é um direito e a pessoa tem que sobreviver por ela, não à custa dos familiares. É uma certa humildade social. Aqui, como já estão habituados a trabalhar desde estudantes, fazem-se à vida para logo que possam voltarem ao seu ramo. Estar sem trabalhar é que aqui cai muito mal. É sinal que a pessoa não é capaz de fazer face às suas obrigações. É mal visto.
Quanto à estorietas, há disso em todo o mundo. Se algumas não são verdadeiras mas que muitos pensam que sim, há também algumas com muita piada.
Não somos só nós. Eles também têm gente com muita piada. Houve aqui um chefe índio que era advogado e mandou fazer um passaporte para a sua tribo. Então sempre que ia ao estrangeiro passava a alfândega com ele e nem aqui nem lá fora lhe diziam alguma coisa. Só que um dia foi para a Inglaterra e quizeram-lhe fazer ver que estava sujeito a sua Majestade. - "Mas quem é essa senhora, eu não a conheço. No meu terreno o chefe sou eu." Lá chamaram o embaixador do Canada que quando o viu dezatou-se a rir, pois já o conhecia. Bem... entrou na Inglaterra com o seu passaporte.
Quieta é que ela nunca esteve, São Rosas. Era uma bola de energia e muito alegre.
EliminarPela forma como confratenizava, via-se bem que deve andar aqui a estudar. Tinha um à-vontade extraordinário. Muito simpática.
Nitidamente simpática. Abençoada!
EliminarSimpática comó milho!
Eliminarhihihihi
Até fazia pipocas!
EliminarCara pálida! Gostas mesmo de uma índia, São!
EliminarDei assim tanto nas vistinhas?!
Eliminar