Antigo bairro do calhabé é hoje uma zona apetecível
Não há, em Coimbra, quem não conheça o Bairro Norton de Matos, muitos até se referem àquela zona da cidade, localizada entre a Solum e o Vale das Flores, simplesmente como “o bairro”. Mandado construir por Salazar em finais dos anos 40, para acolher os desalojados com as obras da Alta Universitária, o “bairro económico do Calhabé” mantém as típicas moradias - idênticas, de dois ou três quartos, todas com pequeno quintal e pátio, alinhadas em ruas paralelas -, conserva o ambiente de bairro, com vizinhos que se conhecem há décadas, escolas, serviços de saúde, as mesmas mercearias, cafés e um (hoje grande) centro cultural e desportivo. Os mais antigos dizem que «não há melhor sítio para morar» e há novas gerações a chegar, atraídas pela vivência que ali se proporciona, pela tranquilidade e segurança, e pela centralidade, numa cidade que cresceu e que tem naquela zona uma forte procura imobiliária. Falar com Fernando Rafael, de 82 anos, e Celeste Maria Rafael, de 77 anos, é ficar a conhecer toda a história do bairro. Chegaram ainda estava a ser construído, ele vindo de Penela para casa de um tio - a restante família chegou depois -, ela com os pais e o irmão, desalojados da Alta. «Hoje dizem que as casas são pequenas, mas na altura parecia-me um palácio, sala grande, um quarto para mim, nas ruas havia muitas crianças», recorda a professora primária aposentada
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Página I
Página II
Página III
Página IV
O melhor bairro do mundo.
ResponderEliminarSem dúvida um bairro cheio de história que não vai morrer nunca.Saudades
ResponderEliminarA extensão de Fala congratula-se com o merecido destaque no Calinas.
ResponderEliminarDesta vez suspende Calinas...portaram -se bem!
EliminarAcho que continua a não se dar a importância que merece ao ponto central deste bairro: a Rua T. Ali foi instalada a escola e não tinha saída.
ResponderEliminarNa entrevista foi referida,acompanhámos o fotógrafo ao local mas compreendo que não poderiam registar tudo.
EliminarTambém não colocaram fotos da Praça dos Açores e nem fizeram referência ao parque aí inaugurado em 2008!
De tempos a tempos aparecem fotos de alunos e professores que frequentaram a Escola na Rua T agora Chaimite.
ResponderEliminarMuitos dos jovens que a frequentaram jamais a esquecem!
Um abraço
Quem murou no bairro, jamais o esquece. É uma recordação para toda a vida. É sem dúvidas de louvar o trabalho daqueles que o levam a conhecer e também o empenho através do club e outro meios como neste caso a família Rafael.
ResponderEliminarUm abraço.
O Bairro, é uma pequena cidade dentro da cidade. Tem qualidade de vida e uma história. Quem aqui viveu jamais vai esquecer. E quem viveu, normalmente sente-se apegado à rua ou praça onde gozou a infância e a juventude. Recordar aqui a Rua do Volta Atrás, que mais não era que a rua T, emblemática porque era ali a escola. E dali lembrar com amizade o Manuel Cruz, a Ana Pera Roque, o Couceiro e o Azenha, entre outros. Uma referência para o Fernando Rafael e Celeste - o Diário de Coimbra não podia recorrer a melhor fonte para uma viagem ao passado e presente.
ResponderEliminarUm abraço
O Bairro é um local de excelência para se morar e conviver. Já não é o que foi mas as recordações que nos deixou são um alento. O casal Rafael está muito bem no "Calino" Um abraço aos meus amigos do Bairro
ResponderEliminarTambém andei na escolinha da Rua do Volta Atrás, mas à hora do almoço, pisgava-me pelo quintal da D. Rosinha e do Sr. Romão (que tinha uma mercearia na Rua de Moçambique).Essa casa era da R. Como eu, saltavam o espaço da Escola outros mafarricos. Lembro-me do Prof Feijó,que muito cedo nos deixou.
ResponderEliminarPara além de ser junto da casa onde vivi momentos inesquecíveis, foi também a minha primeira escola, (não esquecendo o Jardim Escola João de Deus), onde aprendi a ler e escrever, assim como criar amizades que perduram até hoje.
ResponderEliminarQue saudades destes tempos e da vivência do nosso Bairro.
Boas recordações dos laços de amizade que entao ali existiam, me levam hoje a continuar com a casa de minha mãe
ResponderEliminarFoi o meu primeiro mundo.
Grata ao nosso Castelão e sua veneranda esposa, que deram continuidade aos valores de então.
Para eles, um grande abraço
A maioria das vivendas tem jardim e quase todos tem para além de flores em espaços bem cuidados, árvores de frutas principalmente laranjeiras e limoeiros ou ainda diospereiros, pereiras...
ResponderEliminarReferência também (em sentindo negativo) aos "tapumes" em zinco ou material semelhante e de altura que tapa a visualidade dos jardins.Foi contudo uma moda passageira pois novos residentes fazendo obras já fa zem muros baixos encimados de pequenas grades artísticas e também os que optam por airosas e pouco altas estruturas em metal e até em vidro, que permite ver os ver os verdes jardins.Bem hajam! O Bairro agradece