segunda-feira, 30 de abril de 2018

PARABÉNS FUTEBOL CLUBE DO PORTO ...

 

 Parabéns ...

O Administrador deste blogue coimbrão - o meu estimado amigo Fernando de Oliveira Rafael -  é um fervoroso adepto da Associação Académica de Coimbra, tal como o signatário destas linhas. Porém, pecador me confesso, sempre tive e tenho, uma simpatia viva pelo Futebol Clube do Porto. E um respeito surdo pelo que o clube nortenho significa, não apenas desportivamente, mas pela luta contra o centralismo lisboeta e uma certa arrogância petulante pelos ditos provincianos que desvalorizam. Pela mão do maior dirigente de sempre de um clube nacional - Jorge Nuno Pinto da Costa - o Futebol Clube do Porto tem sido, ao longo dos anos, um espinho encravado e odiado pela força de um norte laborioso, que se afirma cada vez mais. Hoje, na Madeira, o Futebol Clube do Porto assumiu-se de novo como o único clube de Portugal que venceu o campeonato nacional cinco vezes consecutivas, feito que um clube lisboeta pretendia igualar . Nenhum clube, até hoje, conseguiu esse desiderato. Parabéns pois ao novo campeão, que na próxima jornada, no seu estádio e junto das suas gentes, carimbará mais um êxito. E quando o povo do norte de azul vestido descer aos Aliados, é muito mais que um êxito desportivo que estará em equação. É a afirmação de que Portugal é um todo, e que não se resume apenas à Torre de Belém, aos Jerónimos ou ao Parque das Nações. E muito menos, aos respeitáveis clubes, todos sem excepção, da cidade de Lisboa.

Obrigado Futebol Clube do Porto.
Quito Pereira      

sábado, 28 de abril de 2018

ENCONTRO DE GERAÇÕES E A ACADÉMICA RUMO `PRIMEIRA DIVISÃO

RUMO À SUBIDA
FOTO PRINCÍPIO DE ÉPOCA


Para promoção da AAC/OAF para a dificil tarefa de subir de divisão
                                         
Nesta foto participo eu, a minha filha Ângela Maria Rafael, sobrinhos-Cláudia Rafael Gomes e Nuno Gomes, a Teresa Bento Prata, marido Francisco Prata e neta, outro sócios e alguns jogadores em especial MARINHO
   VÍDEO PROMOÇÃO NO PRINCÍPIO DE ÉPOCA 

POSTALINHO DOS AÇORES- 6º


Ilha do Pico, vista da Ilha de São Jorge.
Abraços.
Alfredo e Daisy.




sexta-feira, 27 de abril de 2018

quinta-feira, 26 de abril de 2018

quarta-feira, 25 de abril de 2018

AS PÁGINAS DE UM TEMPO ...





 António Vaz, exemplar cidadão ...

O céu deu uma trégua, nesta primavera molhada. Por isso, parti. Parti à desfilada por essas estradas do interior de Portugal. Olhei as florestas que já não existem. Mas vi os campos a convalescer da tragédia, num verde primaveril. Um hino ao renascer da vida.

Aqui e ali, também as casas devastadas pela desgraça, voltam a erguer-se pelo esforço dos homens no refazer da vida. Reparo, neste ou naquele local, a azáfama da gente laboriosa que, pendurada em bancos ou em escadotes, pinta as fachadas das casas de um branco imaculado, ou vão refazendo telhados degradados, alindando o rosto dos novos lares com fé no presente e no futuro.

Chegar a tempo de cumprimentar amigos. De falar da bela Itália e do pandemónio do trânsito em Verona.  Depois, reiniciar a caminhada pelos campos da uma Beira esquecida. Olhar paisagens familiares e, lá longe, a Serra da Estrela ainda agasalhada no seu manto branco, a querer resguardar-se dos rigores invernais que já partiram, na mais apetecida montanha em horas de lazer, entre farrapos de neve silenciosa, num recanto de paz.

Por uma estrada estreita segui. Olhei a casa do Eduardo de janelas fechadas. A moradia do Prata, plantada no meio do nada. Numa curva, a estrada desce e ali, deparamos com o casario de Juncal do Campo.

Nada mudou. O casarão amarelo do Real que já partiu. A paragem do autocarro, com o seu banco de madeira e telhado de zinco. E aqueles que vivem nas proximidades e que na proteção da sombra acolhedora, procuram alguma novidade que sacuda o marasmo dos dias no esgotar do Tempo. Entre aquela sociedade juncalense, destaco o António Vaz. Tem o rosto mirrado num corpo franzino. Encara-me e pressinto nos seus olhos humedecidos enquanto me abraça, a lealdade da palavra honrada de um homem simples:

- Pensei que nunca mais o via …

Realmente, longo já é o caminho da Vida. O Vaz vive sozinho, no velho casarão do Real. Convida-me a entrar pelas traseiras da casa para provar a sua jeropiga. Impossível fazer a desfeita a tal convite. Entro e, no compartimento escuro, vejo uma mesa de madeira. Sobre a mesa, repousa um jornal aberto e uns óculos graduados. São os olhos com que o Vaz decifra as notícias do semanário regional de inspiração cristã.


Então abre a garrafa e, sentados à mesa frente a frente, fala-me de um passado que conheci. Dos dias de glória da taberna que também era mercearia. Dali, pela porta entreaberta só vislumbro escuridão e um cheiro à solidão que perpassa pelo balcão e pelas prateleiras forradas de nada. É ali, naquela casa de dois andares, que o Vaz prolonga a batalha pela sobrevivência. Como quem desfolha as páginas de um Tempo, vai-me afirmando que é um homem feliz, apesar de viver só. O Centro de Dia fornece-lhe as refeições e a magra reforma ainda dá para os seus modestos gastos. 

Depois falámos do Martins, que conduzia a camioneta da carreira vinda do Fundão e dos jogos de “bisca”, com os passageiros dentro do autocarro à espera. Aquela atitude do motorista sempre me fez confusão e tive finalmente a resposta: quando a carreia vinha adiantada no horário, era ali que fazia uma pausa para chegar à tabela a Castelo Branco. 

Quis fazer um brinde. Um brinde ao presente -  disse - me, porque o caminho nos seus mais de noventa anos já é curto. Não o contrariei. Tilintámos copos ao presente e disse – lhe que breve voltaria para mais um brinde e um abraço. Olhou-me com os seus olhos francos e fez que acreditou com um aceno afirmativo de cabeça, num sorriso largo e gaiato.

Então, num mar revolto de emoções, parti.


Quito Pereira                                                

ANIVERSÁRIO

FERNANDO BEJA LOPES

25-04-1946

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!









terça-feira, 24 de abril de 2018

segunda-feira, 23 de abril de 2018

REENCONTRO ENTRE AS ILHA DE FAIAL E PICO



No próximo dia 23 de Abril, o nível da maré entre as ilhas do Faial e Pico atingirá a primeira cota mínima deste século (semelhante fenómeno só voltará a ocorrer em 2097, mas com mais 80 centímetros de nível do mar) e vai permitir a travessia do Canal a pé entre as ilhas do Faial e do Pico.
É um fenómeno raro só possível pelo alinhamento perfeito entre a Terra, a Lua e Júpiter, mas vai proporcionar-me uma experiência ÚNICA de uma vida no arquipélago dos Açores.
Esta travessia, com tempo de duração previsto de duas horas e meia terá de ser obrigatoriamente acompanhada por guias da Proteção Civil e terá uma janela temporal extremamente rígida por razões de segurança (já que não serão permitidos inícios de caminhada após uma hora do valor mínimo de maré).
A última vez que esta travessia foi possível, foi em 1938, tendo duzentas e cinquenta e três pessoas atingido a ilha do Pico depois de partirem da Horta em direcção à Madalena do Pico antes de a subida de nível da maré ter impossibilitado mais partidas. (Foto cortesia de Thomson Corporation)
Sugerida por Júlia Faustino


POSTALINHOS DOS AÇORES: 2º

Piscinas naturais dos Biscoitos Abraço, Alfredo e Daisy



VOCABULÁRIO- ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE PORTUGAL-BRASIL.3ª PARTE PARTE

continuação:
1ª parte  AQUI
2ª parte aqui

Pá de porco                                                  Paleta de porco
Paio                                                               Lombo defumado
Pão de véspera                                            Pão amanhecido
Pão pita                                                         Pão sírio
Pão ralado                                                     Farinha de rosca
Panar                                                             Empanar
Pastel                                                            Bolinho
Paté                                                               Patê
Perna (porco, borrego)                                Pernil
Pescada                                                         Merluza
Pimentão doce                                              Páprica
Piri-piri                                                           Pimenta Malagueta
Pinhões                                                         Pinoles
Pimenta preta                                               Pimenta do reino
Pimentos                                                       Pimentão
Palitos de la reine                                         Biscoito champagne
Porco                                                             Suino
Queijo creme                                                 Requeijão cremoso
Queijo flamengo                                           Queijo prato
Queque                                                          Muffin
Malagueta                                                      Pimenta dedo de moço
 Presunto                                                       Presunto defumado ou Presunto de Parma
Raia                                                                Arraia
 Rissóis                                                          Rissoles
Rebento de soja                                            Broto de feijão
Requeijão                                                       Coalhada
Salpicão                                                         Linguiça defumada
Salsa                                                              Salsinha
Salsicha fresca                                              Linguiça calabresa
Salva                                                              Sálvia
Sandes                                                           Sanduiche
Sésamo                                                          Gergelim
Sumo                                                              Suco
Sultanas                                                         Uva Passa Brana
Tarte                                                               Torta
Tarlete                                                            Tortinha
Torta                                                               Recambole
Vinho de arroz                                               Saquê
Dióspiros                                                       Caqui

FIM             

domingo, 22 de abril de 2018

POSTALINHO DOS AÇORES 1º


Algar do Carvão
Podemos dizer que já estivemos dentro dum vulcão!...
Abraços,
Alfredo e Daisy


sábado, 21 de abril de 2018

ANIVERSÁRIO

DAISY AMARO  MOREIRINHAS

21-04-1949

Nesta data especial...

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!

sexta-feira, 20 de abril de 2018

NOTÍCIAS CNM




ACADEMIA DE MÚSICA CNM
É já no próximo domingo, que alguns dos nossos alunos/as apresentam algum do trabalho desenvolvido neste ano letivo.
Começa tudo pelas 15h no ATRIUM SOLUM CENTRO COMERCIAL.
Até lá.
Um abraço para todos/as
AMCNM

ANIVERSÁRIO

ANTÓNIO RUI SANTOS BENTO

20-04-1939

Nesta data especial

"Encontro de Gerações" deseja

MUITAS FELICIDADES!

PARABÉNS!




Em 2008 EG

quarta-feira, 18 de abril de 2018

FLAGRANTES VIDA REAL. UMA TARDE NA BAIXA DE COIMBRA

  Praça 8 de Maio tendo ao fundo uma Tuna Académica
   Grupo de estudantes( Caloiros e Doutores) na rua Ferreira Borges, preparando-se para subir pelo Quebra-Costas
    Um grupo de estudantes em cortejo subindo Quebra- Costas
 
   Um grupo de estudantes grelados de medicina nas escadas de Quebra-Costas
          Um arranjo arbustal encobrindo uma caixa de elctricidade junto a um estabelecimento...
EG

terça-feira, 17 de abril de 2018

O AROMA AFRICANO DA GUERRA BRUTA ...





O Dr. António Lobo Antunes, é dos mais notáveis escritores portugueses contemporâneos. Admiro as suas palavras ditas e escritas. Admiro a sua escrita despojada de preconceitos e de palavras redondas de uma geometria difícil do leitor entender. Admiro a forma como despe as palavras e desnuda a sua própria alma de escritor de afetos. Ele - António Lobo Antunes - não é Homem de omitir pensamentos, os seus pensamentos. Fala do que lhe apetece, com a verticalidade do seu caráter.

Também fala de África. Da África dos tempos coloniais. E da guerra. Da guerra crua e bruta. Mas também da harmonia dos afetos em tempos revoltos. Diz:

“ Eu gostava muito dos nossos rapazes. Eram corajosos, modestos e bons. Recordo-me de um oficial cubano, desses que estiveram em África depois de nós, me dizer:
- Nunca vi soldados como os portugueses.
E então eu compreendi ainda melhor porque tínhamos sido nós a sair para o mar, cheio de monstros e ameaças, em casquinhas de catorze metros (…). O que quero que fique bem claro é a coragem dos miúdos de vinte anos, o seu espantoso espírito de corpo e o meu orgulho de ter ganho a sua amizade (…). Muito depois, estava eu no Porto, num clube chique, e vários deles que moravam por perto apareceram. O apresentador, um professor da Faculdade, observou ao microfone:
- O António gosta muito das pessoas humildes e eu tirei-lhe o microfone e disse:
- Os meus soldados não são pessoas humildes, são príncipes (…). O maior orgulho da minha vida foi ter vivido aqueles anos de tropa rodeado de heróis (…). O Zé Luís que, já sem granadas de morteiro, venceu um ataque de very lights. O cabo Sota, apontador da metralhadora, que desfez uma emboscada sozinho, de peito aberto, empoleirado numa camioneta. (…). Vou conduzir daqui a nada o rebenta – minas e quero apertar-lhe a mão para o caso de não voltar a vê-lo. Quando eu voltar bebemos uma cervejola juntos Senhor Doutor, sou eu que convido. Voltou-se devagarinho e foi-se embora. Ainda levantei o braço numa espécie de aceno, que o João não viu porque não olhou para trás. Também não levantou braço nenhum e as trevas não tardaram em comê-lo (…). Ainda pensei em chamar:
- João …
Mas não o fiz. Para quê? A noite já o tinha comido. Portanto voltei para dentro, sentei-me à mesa de tábuas de barrica mas não escrevi nada. O que podia escrever ? Limitei-me a poisar o queixo na palma da mão até escutar o motor das viaturas que partiram”.

Assim escreve António Lobo Antunes na edição de hoje – 25 de Agosto - da revista “Visão”. O aroma africano da guerra bruta, embebido no elixir de afetos do escritor. Porque se guerra é dor, também pode rimar com amor. E com a fraterna comunhão entre homens a tentar superar dificuldades.

E eu, simples e anónimo escriba de uma escrita enviesada, perante a estirpe intelectual do escritor, que não mete na gaveta a sua faceta de homem de afetos, jamais terei o complexo de não escrever de um tempo de guerra. À minha maneira, também não calarei as minhas memórias, omitindo realidades passadas, como se aquele momento da nossa Historia, fosse uma espécie de doença terminal de que se fala entre dentes e em surdina, numa sociedade em que a vida é uma espécie de puzzle onde se encaixam apenas as ambições pessoais e de matilhas organizadas em interesses corporativos. 

Nesta fogueira dos que assobiam para o lado, para quem um passado incómodo é apenas uma espécie de relíquia de museu, sabe bem ler quem escreve com a pena dos afetos. Bem – Haja, Dr. António Lobo Antunes.

Quito Pereira